Quédate con el Cambio escrita por ReBeec


Capítulo 17
Cap. 16 - "Gatinhos!"


Notas iniciais do capítulo

E se eu disser que estou recompensando a demora com um capítulo muito grande e muito fofo?



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– Eu adoraria almoçar com você, Nathaniel, é claro. Amanhã, logo depois da aula. Podemos nos encontrar e ir direto.

Cabelos soltos e vestido azul na altura do joelho, com um cardigã branco e uma sapatilha de mesma cor para combinar.

– Você está arrumada hoje – Íris havia comentando. - Vai sair com alguém depois da aula? - e deu uma piscadela.

Em fato, eu vou, pensou Alice. E adoraria te contar cada detalhe, Íris, porém eu realmente quero manter isso em segredo, ao menos por enquanto.

– Eu apenas quis vestir algo bonito hoje – ela respondeu, e deu de ombros como se não fosse nada demais.

No horário de saída, Alice se demorou bastante para recolher seus pertencer no armário. Ainda mexeu um pouco no celular, escreveu qualquer coisa na agenda, prendeu o cabelo, passou o dedo pela sobrancelha, apontou um lápis, soltou o cabelo, e suspirou.

Melody aparecendo e despedindo-se de Alice fora sua deixa.

Fechou o armário e seguiu até a Sala dos Representantes.

Ela nem bateu, apenas girou a maçaneta e entrou no lugar, fechando a porta atrás de si e abrindo um sorriso para um Nathaniel sentado na carteira com os cabelos remexidos.

– Olá – ela falou.

Os olhos deles pareceram mais alegres.

– Eu pensei que não vinha – ele disse, levantando-se. - Já achei que tinha levado um "bolo"...

Ela riu.

– Não, eu nunca te daria "bolo" - ela se aproximou com passos tímidos. - Em fato, bem, eu... eu queria te perguntar uma coisa antes de irmos...

– Claro. Diga.

– Será que... - ela fez um biquinho, insegura. - Poderíamos não falar para as outras pessoas sobre esse encontro? Não, digo, não que haja algo entre nós além da amizade, ou que eu teria vergonha de andar com você... de jeito algum, isso seria impossível. Mas eu só gostaria de que não espalhássemos o que está acontecendo aqui para... para a escola toda, entende?

Nathaniel deu uma risada, discretamente a interrompendo.

– Eu acho... - ele falou, pegando uma pasta universitária com alça e a prendendo no ombro. - Que poderíamos, sim, sair em segredo, embora o motivo disso me deixe curioso. Ah, e também podemos sair como amigos se você quiser, apesar de que você deveria saber que eu não a convidei exatamente com uma índole de amizade.

Pare de ser tão irresistível!

– E eu devo admitir que... - ela limpou a garganta, e olhou para baixo – eu também não aceitei achando que sairíamos exatamente como amigos.

– Ótimo. Então estamos de acordo. - E em seguida aproximou-se do rosto dela e deu-lhe um beijo na bochecha; na outra bochecha que ele havia beijado na sexta-feira, quando fizera o convite. - Então, o que você prefere? - perguntou. - Frutos do mar ou espaguete?

[…]

– Você já veio aqui antes? - ela perguntou ao tomar um gole de seu suco, olhando ao redor com curiosidade. O restaurante era pequeno e aconchegante, com um vidro de aquário na porta, onde os peixes e suas bolhas recebiam os fregueses.

– Sim, eu gosto muito daqui – Nathaniel respondeu. Ele estavam sentados num canto do restaurante, um ao lado do outro, bastante próximos. - Minha mãe foi quem me trouxe pela primeira vez, quando ganhou um cupom de desconto de uma revista.

Alice quase cuspiu o suco quando deu risada.

– Ora, não é tão engraçado – ele disse, brincalhão, mas logo em seguida admitiu: - Tá, certo, talvez seja um pouco engraçado.

Ele deu de ombros, logo que o pedido chegou.

O garçom de cabelos loiros e ombros largos se aproximou, e colocou o prato com filé de peixe e vegetais cozidos à frente de Nathaniel, e a salada com sardinha à frente de Alice. Depois, ele segurou a bandeja para si e perguntou, mirando a garota:

– Algo mais?

– Hum... não, obrigada – Alice respondeu, educadamente. - Acho que estamos bem por enquanto.

– Qualquer coisa, não hesite em me chamar.

– Certo, obrigada.

– Meu nome é Daniel.

– Ótimo. Chamaremos se precisar.

O garçom fez um aceno com a cabeça, e demorou a sair.

Quando Alice voltou à Nathaniel, afim de comentar sobre o atendimento rápido do restaurante, ela travou. Ele estava com um olhar assassino na direção do garçom, à distância.

– Algo errado? - ela perguntou, alcança seus talheres.

Nathaniel ainda levou um tempo até desfazer o olhar, e encarar Alice com a delicadeza de sempre.

– Nada, nada. Só acho – pegou seu garfo – que aquele garçom esteve com os olhos em cima de você por um tempo além do preciso.

Alice conteve um sorriso. Era impressão dela, ou Nathaniel estava com ciúmes?

– Bem, tenho certeza de que não fora a intenção dele – disse ela.

– Ou ele deve ter ficado encantado com seus olhos como, admito, fiquei a primeira vez que te vi.

Ela deixou cair o garfo, em surpresa. A expressão dela foi assustada por um momento, mas, em seguida, ela riu.

– O que foi? - Nathaniel perguntou, alarmado.

Alice colocou o dedo indicador e médio nos lábios, contendo o bom humor que lhe escapava.

– Nada de importante, mesmo – ela disse, e pegou seu copo com suco para tomar um gole. - Eu só me lembrei de um poema que um garoto escreveu para mim. Ele citou algo como “Rosas são vermelhas e violetas são azuis como seus olhos”, e foi tão engraçado na hora.

– Uau! - Nathaniel soltou uma risada junto com o comentário. - E ele conseguiu te conquistar?

– Muito pelo contrário! Eu devo ter ficado até traumatizada, de certa forma, depois dessa. Nunca mais leio um poema amador!

– Compreensível – ele disse. - Sabe, se eu tivesse habilidade com poesias, com certeza a faria mudar de ideia. Mas, infelizmente, meus ofícios vão para outra direção.

– Mesmo? E quais seriam seus ofícios?

– Nada de mais – disse Nathaniel, comendo mais uma mordida e tomando um gole de sua água. - Mas, por exemplo, eu tenho um fôlego inacreditável para leitura.

– Como assim?

– Bom, eu já consegui ler por oito horas seguidas, sem interrupções!

– Puxa, impressionante! – admirou Alice. - E o que mais você consegue fazer por oito horas seguidas?

Só então que Alice percebeu um certo duplo sentido em sua pergunta, mas, se Nathaniel também notara, não demonstrou. Ele somente apertou sua mão na dela, esvaziou o copo d'água e depois a encarou de forma fixa.

– Aposto que também consigo admirar seu rosto por todo esse tempo. Sem interrupções.

– Mas isso é fácil – ela se aproximou dele, o encarando com desafio. - Isso até eu consigo. Na verdade, tenho certeza de que fico mais tempo encarando você do que você consegue ficar me encarando.

– Quer apostar? - ele perguntou, abrindo um sorriso.

– Quero – Alice respondeu, entrando na brincadeira. - O quê? Dinheiro?

– Não, eu considero dinheiro uma aposta baixa.

– O que é uma aposta alta pra você?

Nathaniel alterou o olhar entre as esferas azuis de Alice, e respondeu:

– Uma aposta alta seria um beijo.

O ar a faltou por alguns segundos. E, quando voltou, ela teve que confirmar o que ouvira:

– Um beijo? - perguntou.

– Se eu ganhasse, é claro. Então você teria que me dar um beijo.

– Mas e se você perdesse?

– O que você gostaria de ganhar?

Bem, você.

Alice quebrou o contato visual, e olhou para suas mãos, descansando no colo.

Pensou e pensou no que poderia pedir dele – das formas mais educadas, elegantes ou discretas que poderia fazê-lo - mas só tinha uma coisa que realmente queria naquele momento.

Ela riu, e soube que Nathaniel a encarou curioso.

– Seria desnecessário – ela disse, e o encarou – se realmente fizéssemos essa aposta, porque nós dois ganharíamos a mesma coisa se vencêssemos. Então... talvez pudéssemos pular a parte de nos encarar por tanto tempo...

Ele franziu as sobrancelhas:

– Você quer dizer o que eu estou pensando?

– Bem, sim, se o que você está pensando que eu direi inclui você também me dar um beijo caso perdesse a aposta.

Os olhos de Nathaniel brilharam.

Ela o olhou com temor, procurando saber qual seria sua reação. Havia ido longe, ou rápido demais? Havia os dois ido rápido demais?

Para Alice, a garota que havia recusado o primeiro convite de um encontro, propor um beijo na primeira vez que realmente saiam juntos parecia algo apressado...

Mas, sem concluir as apostas, nem começar o desafio de se encararem por oito horas seguidas, ela sentiu sua cintura sendo contornada pela mão de Nathaniel, e a outra mão dele seguiu para seu queixo, erguendo-o para que seus rostos estivessem alinhados.

Ela não poderia ter nenhuma dúvida do que aconteceria em seguida, e não pode deixar de se sentir feliz. Ela estava ansiando por isso. Era Nathaniel, afinal de contas, o rapaz por quem tivera uma certa paixão desde o primeiro dia de aula.

Ela queria aquilo.

Alice fechou os olhos com o toque quente do rapaz, esperando o momento, já com a sensação do hálito quente de Nathaniel sobre seus lábios, imaginando como ele tiraria seu fôlego ao beijá-la, ou como a língua dele deveria se mover com suavidade contra a sua.

E esperou, sabendo que ele se aproximava...

– Então, gostariam de sobremesa?

Os dois travaram.

Alice abriu lentamente seus olhos, e encontrou o garçom loiro ansioso na beirada da mesa, segurando sua bandeja, e, pela visão periférica, o olhar de Nathaniel sobre o funcionário ainda mais cruel do que antes.

– Não – Nathaniel rosnou. - Apenas traga-nos a conta.

– Não tem certeza de qu-

A conta – Alice quem pediu.

Pra já – completou Nathaniel.

O garçom concordou rapidamente com a cabeça, e se afastou apressado, como se tivesse percebido subitamente a besteira que fizera.

Alice olhou para Nathaniel, numa mistura de timidez com frustração.

Ele suspirou, ainda com o braço em sua cintura.

– Acho que nós dois perdemos a aposta, não é? - ele disse, com um vestígio de raiva na voz.

Alice encostou-se no banco, e soltou o ar de forma pesada. Percebeu que o clima havia acabado no mesmo instante em que decidiu nunca mais voltar àquele lugar.

[…]

– Chegamos - Nathaniel avisou.

Os dois pararam em frente a uma construção com muros brancos marcados por borrados de tinta feitos por mãos infantis. Era uma escola, com uma placa aonde estava gravado: “Jardim de Infância de Fundamental – Primeiros passos do sucesso”. Uma frase um tanto boba, mas Alice não diria tal coisa em voz alta na presença de Nathaniel.

– O que estamos fazendo aqui? - ela perguntou.

Nathaniel sorriu. Pegou em sua mão e atravessou uma porta de metal, fazendo-os caminhar entre plantas e balanços.

– Aproveitando que tínhamos tempo, quis te mostrar uma coisa – ele disse.

– Numa escola infantil? - Que, aparentemente, parecia estar vazia, já que o horário de aula havia terminado.

– Acontece que não é uma escola infantil, – ele retrucou – mas também um lugar onde há doação de gatos.

Ela parou de andar, e o olhou desconfiada.

– Doação de gatos? - ela perguntou. - Isso me soa familiar...

– Foi onde eu sugeri que viéssemos na primeira vez, quando você falou que tinha... outros planos. Eu realmente queria te trazer para cá.

– Ah! Nathaniel, isso é ótimo!

– E arriscado...

– E adorável! - ela puxou a mão dele para continuarem o percurso. - Vamos. Onde é?

– Naquele pátio – ele apontou, onde havia algumas pessoas ao longe que rodeavam uma cerca baixa. - Ah, e, caso esteja se perguntando, eu estudei aqui também.

Ela parou novamente.

– Sério? - questionou.

Nathaniel olhou para o grupo de pessoas, e depois para um corredor ao lado.

Virou-se para Alice:

– Quer uma prova?

Os olhos dela brilharam. Ela afirmou ao balançar a cabeça.

– Mas tem que ser rápido – ele disse. - Nós não termos permissão de entrar nos prédios da escola.

– Nathaniel... você está quebrando as regras agora? - ela o provocou.

Ele deu de ombros.

– Acho que você causa esse efeito em mim. - E antes dela cogitar dar um suspiro de emoção, Nathaniel puxou a mão dela e os dois se infiltraram entre armários de metal e desenhos decorando a parede.

Depois de alguns passos, ele a fez parar em frente a uma sequência de prateleiras, uma embaixo da outra, protegidas pelo vidro espesso.

As prateleiras do centro e de cima eram compostas por troféus: time campeão de vólei, escola vencedora em concursos de xadrez, melhor coral nas regionais. E abaixo, algumas fotografias de turma.

Nathaniel apontou para uma delas:

– Eu, – disse – bem aqui.

Alice cerrou os olhos para enxergar a cabeça loirinha de Nathaniel.

Ao ver a imagem dele naquela fotografia entre várias outras crianças - provavelmente de sua sala -, lembrou-se instantaneamente que já havia visto uma imagem dele na infância: a que Peggy mostrou, aonde ele tinha um aspecto malvado, puxando os cabelos de sua irmã.

– E aqui está Ambre – Nathaniel apontou para uma menina de trança, do outro lado da foto.

– Ela estava chorando nesse dia? - Alice perguntou, observando os olhos verdes inchados da criança.

Nathaniel continuava a olhar a fotografia.

– Eu não sei – ele disse. - Talvez. Faz muito tempo.

– Hum...

No instante seguinte, passos foram ouvidos no corredor. Alice fez menção de dar meia volta para que eles caminhassem para fora, sem serem descobertos. Mas Nathaniel continuou no lugar, e abriu um sorriso ao ver uma senhora se aproximando.

A senhora cumprimentou gentilmente Alice, e emendou uma conversa rápida com o Nathaniel sobre como a doação de gatos estava aumentando. E aquilo pareceu interessar Nathaniel, já que em poucos segundos ele ficou absorto no assunto.

Alice, então, não viu outra escolha senão se distrair com as outras fotos restantes.

Entre elas, havia turmas de crianças e pré-adolescentes. Grupos de meninas em volta de uma árvore, num laboratório, ou de meninos sentados numa biblioteca escrevendo em cadernos.

Abaixo, na última prateleira – onde Alice já estava agachada para enxergar melhor – viu uma foto curiosa. Tinha uma legenda: “Alunos aprendendo a compartilhar desde os primeiros anos.”.

O cenário era num parquinho coberto de areia. A menina já era facilmente identificada como a Ambre – principalmente por conta da pinta -, e ela tinha os olhos úmidos. Parecia ter acabado de chorar. E um menino estava à sua frente, segurando uma boneca que deveria ser dela.

O menino tinha cabelos pretos, e os olhos acinzentados.

Alice só conhecera uma pessoa que possuía olhos acinzentados:

Esse é o Castiel?, perguntou-se, percebendo que a fisionomia do menino era realmente parecida com o colega de escola.

Ela olhou para Nathaniel, que ainda discutia com a senhora sobre seu devido assunto. Alice pensou em confirmar sua suspeita, mas não quis interromper a discussão.

E ainda, quando voltou à imagem, viu, numa letra bem menor, abaixo da legenda: “Alunos do último ano: Ambre Gaspard e Castiel Stonkovich.”

Foi sua confirmação. Mas como Castiel estaria na mesma foto que Ambre? Ainda mais quando os dois eram pequenos, e lhe entregando uma boneca?

Aquilo era tão esquisito...

Algo voltou à sua mente:

“E se eu conseguisse algo para você sobre o Castiel? E, em troca, você não publicaria as fotos que tem do Nathaniel, pelo contrário, você se livraria delas?”.

O acordo com Peggy. Ela havia se esquecido totalmente!

E, olhando aquela fotografia, viu uma oportunidade.

Espiou o Nathaniel pelo canto do olho. Ainda conversando com a senhora. Ainda distraído.

Isso é tão errado...

Mas eu dei minha palavra. E também estou ajudando Nathaniel, mesmo que ele não saiba disso.

Alice apoiou os dedos no vidro, e moveu com cuidado para a direita, abrindo-o silenciosamente. Depois, esgueirou sua mão pela prateleira até alcançar a foto desejada. Puxou para si, e voltou a fechar o vidro.

Ela abriu a bolsa com rapidez e colocou a foto dentro.

– Alice?

A garota ergueu o queixo em surpresa quando Nathaniel a chamou.

Meu Deus, será que ele viu?

– O que está fazendo aí embaixo? - ele perguntou, mas um sorriso brincalhão em seus lábios parecia mostrar que ele não havia visto nada. A senhora de antes não estava mais ali.

– Ah... Bem, eu queria ver essas fotos da última prateleira – ela respondeu.

– Hum... Mas, você não prefere ver alguns gatinhos bem filhotes? - e levou sua mão até ela, induzindo-a a segurá-la como apoio para se levantar.

Alice conteve o suspiro.

Ufa... ele não viu.

Ainda bem. Seria tão complicado explicar...

Espere...

Gatinhos!

– É claro! - ela exclamou, pegando em sua mão e levantando-se, ficando rosto a rosto com Nathaniel. - Como eu poderia negar isso?

– Não poderia – ele respondeu. - Essa é a intenção.

E foi o sorriso do rapaz que lembrou Alice do porque ela estava fazendo tudo aquilo: porquê ela acreditava que ele merecia. Ela recordava-se do dia em que vira o jornal ser publicado, e Nathaniel fora indiretamente acusado de mudar as notas. E ela recordava-se de como estava irritado quando o encontrou no corredor, e soube que aquilo ele não merecia.

Alice sabia que Nathaniel deveria ser feliz. E um sacrifício ou outro de sua parte valeria a pena.

Sorrindo, e de mãos dadas com o rapaz que gostava, ela caminhou para o pátio do lugar, indo brincar com filhotes de gatinhos.

O que mais poderia pedir?


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Notas finais do capítulo

Gatinhos :3



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