Deuses e Diamantes escrita por André Tornado


Capítulo 20
Inimigos.


Notas iniciais do capítulo

"Este é o fim
Meu único amigo, o fim.
Dos nossos planos elaborados, o fim.
De tudo o que está de pé, o fim.
Sem segurança ou surpresa, o fim.
Nunca mais vou olhar para os teus olhos
Outra vez."
The Doors, The End



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Número 17 sorveu uma grande porção de ar, de repente.

– Passa-se alguma coisa?

No tatami, Goku e Vegeta reuniam energia, gritando ao mesmo tempo.

A irmã interpelava-o preocupada, o que não era habitual. Ele sacudiu a cabeça para afastar a derradeira tontura, enquanto se encaixava devagar no seu corpo. Regressava ao torneio de Lux. Olhou para o balcão. Vazio.

– Está tudo bem – respondeu.

– De certeza?

– Pareço-te mal, mana? – Perguntou sem entoação na voz.

– Hum… Pareces-me estranho.

– Eu sempre fui estranho.

A energia acumulada por Goku e Vegeta era imensa, fazia o chão tremer de uma forma constante e movimentar os céus num remoinho por cima do recinto do torneio.

Entretanto, sem demonstrar como estava afetado, número 17 tentava reorganizar-se, recolocar-se. Tinha feito uma espécie de viagem, pensava confuso, com o fundo da garganta seco e as extremidades dormentes. Lembrava-se de ter destruído estrelas apenas com o pensamento e de estar no interior do diamante rosáceo da criatura. Um poder inigualável, não existiam fronteiras para qualquer desejo e era mais do que um ser físico e perecível.

Toda a energia acumulada concentrou-se em Goku e em Vegeta, transformaram-se em super saiya-jin, nível dois. O chão parou de tremer e o remoinho cristalizou. Iria começar um espetáculo memorável que, claramente, não interessava a Lux, pois o balcão permanecia vazio. Continuava a festa artificial nas bancadas. Ao lado do tatami, os dois fedelhos começaram a incentivar com entusiamo os respetivos progenitores e eram os únicos que estavam verdadeiramente compenetrados naquele próximo combate, porque todos os outros, incluindo ele próprio, estavam mais intrigados com a próxima eventual aparição de Argia, ou mesmo de Valo.

E Ozilia continuava ausente.

Primeiro, uma exibição singela de luta corpo-a-corpo. Socos e pontapés. Fortes, assertivos, certeiros, defendidos e esquivados, mas os dois oponentes eram velhos conhecidos e executavam aquela dança com uma perfeição que simulava um ensaio anterior. A técnica, os truques, todas as ideias e mesmo os pontos menos fortes eram explorados por cada um, proporcionando um espetáculo interessante. Era, deveras, uma luta a reter, que ensinava e demonstrava, mas a multidão da bancada reagia sempre da mesma forma, no mesmo registo sonoro. E aquele burburinho de fundo estava a irritar número 17.

Vegeta saltou para trás, para criar distância e enviou um raio luminoso. Goku apanhou o raio com ambas as mãos, absorvendo-o. Não conseguiu baixar os braços, porque Vegeta enviou um segundo raio que ele voltou a amortecer da mesma maneira. O príncipe pousou as botas brancas no tatami e abriu um sorriso. Então, face àquele convite disfarçado, Goku também elaborou um ataque energético. Ergueu o braço direito sobre a cabeça e criou uma esfera alaranjada. Compacta, zunia e estremecia, encerrando na sua massa uma energia tremenda, que foi de pronto sentida por Vegeta que se preparou para o choque. Crispou os punhos, dobrando ligeiramente os cotovelos, focando o olhar. Goku enviou a esfera com um grito, Vegeta desviou-a com uma palmada. Mas a segunda esfera, que se seguiu imediatamente à primeira, inesperada e totalmente imprevista, apanhou o príncipe em cheio e envolveu-o numa explosão ruidosa.

O fedelho do cabelo lilás chamou pelo pai, o fedelho do cabelo preto espetado uivou de satisfação. Número 17 contemplava a luta com indiferença, estava uns furos abaixo do que esperava de dois super saiya-jin que exibiam um poder que era superior ao que ele tinha – admitia-o secretamente, nunca o faria abertamente nem sob tortura, pois ele continuava a esgrimir a bazófia do mais poderoso do mundo – mas eles não desejavam abrir o jogo todo, assim tinham combinado. Mas, faria alguma diferença para os deuses?

A nuvem criada pela explosão dissipou-se e Vegeta riu-se.

– Estás a dececionar-me, Kakaroto!

Goku também se riu. Mantinha o braço direito erguido, a palma da mão voltada para cima. Uma posição insuspeita, mascarada pelo riso, pelo rosto sorridente, mas os olhos verdes não sorriam e esse era o pormenor que o denunciava. Moveu a mão, unindo três dedos que rodou desenhando um círculo invisível no ar. Vegeta só teve tempo de levantar o queixo, tempo para ver uma terceira esfera a precipitar-se sobre ele, tempo para tentar desviar-se e apenas tentar, tempo de abrir a boca e mais nada. Foi tragado por outra explosão, o corpo desfalecido atirado para as lajes. Caiu de costas entontecido, gemendo. Goku baixou finalmente o braço direito, avaliando os estragos.

Gohan exclamou, a acompanhar o entusiasmo do irmão:

– Boa! Um excelente ataque, não concordas, Piccolo-san?

O namekusei-jin, introspetivo, comentou:

– Não estamos aqui para medir forças uns contra os outros.

Otousan!! Levanta-te! Não o deixes derrotar-te! – Afirmou o fedelho do cabelo lilás empertigado.

Gohan esfriou o entusiasmo.

– Ah, Piccolo-san… Tens razão.

A irmã, ao lado dele, de braços cruzados, observou:

– Não passa de uma brincadeira.

E número 17 aquiesceu:

– Também acho.

No tatami, Vegeta limpou o fio de sangue que lhe saía do canto da boca e levantou-se. Goku esperava a réplica, aguardando numa posição defensiva. A aura dourada que o envolvia soltava faíscas e calor, parecendo provocar a aura idêntica que envolvia, por sua vez, Vegeta. Inesperadamente, este saltou levando o combate para outro cenário e Goku seguiu-o. Engancharam-se numa luta encarniçada, suspensos no ar. Havia socos e pontapés, rápidos como raios. Acercavam-se, separavam-se e, para olhos menos treinados, eram como manchas escuras que, de vez em quando, faziam contacto. Os lutadores do outro campo estavam mudos e imóveis como pedras. Os escravos de Valo nunca tinham visto lutadores com o calibre de um super saiya-jin, nível dois.

Goku cruzou os braços sobre o rosto para aparar um murro que iria atingi-lo em cheio. Gemeu ao sentir o impacto e recuou mais do que antecipou e do que Vegeta esperava. Este sorriu, percebendo que, de alguma maneira, estava em superioridade naquele combate.

– O que é que se passa, Kakaroto?

A baixar devagar os braços, Goku respondeu:

– Estou apenas a divertir-me.

– Não me pareces… devidamente concentrado.

E assim que se calou, deu-lhe um pontapé que Goku defendeu com um braço, num gesto demasiado atabalhoado.

– Continuas desconcentrado – insistiu Vegeta.

E sem esperar que o adversário reconstruísse a defesa, acertou-lhe com uma joelhada no estômago, que fez Goku ficar sem fôlego. Projetou a cabeça para diante, mercê daquele impacto profundo e doloroso, apanhou com uma cotovelada na nuca e teve de utilizar o ki para deter a queda. Ficou mais baixo que Vegeta e olhou para cima para obter o indispensável contacto visual, ainda que lutasse com todos os sentidos alerta.

Pairava a oscilar, respirando ofegante.

Mas depois atacou e todos os golpes que enviava, limitavam-se a passar ao lado do adversário e Vegeta sorria, confiante, sabendo-se superior, experimentando o prazer de ser efetivamente superior a Kakaroto naquele combate.

Gohan disse, intrigado e incomodado:

– Porque é que ele está a fazer isso? Por que razão não se defende e se deixa apanhar tão facilmente? O meu pai consegue fazer melhor…

– Ele não quer lutar com Vegeta – adiantou número 18 monocórdica.

– Mas Vegeta está a lutar com ele – argumentou número 17 no mesmo registo.

Hai – concordou Gohan. – O orgulho de Vegeta impede-o de não lutar a sério. Não está na natureza do príncipe dos saiya-jin simular que combate.

– O meu pai é muito forte – defendeu Trunks a mimar o orgulho do pai. – E nunca luta para perder.

– Mas o meu pai também é muito forte! – Exclamou Goten ofendido.

Piccolo interveio:

– Quem perder este combate, vai enfrentar Argia. É isso que Son Goku pretende. Ainda não tinham percebido? Não se empenha contra Vegeta, pois está a reservar-se para o combate contra o guerreiro dos deuses.

A lógica simples, direta e transparente surpreendeu número 17. Era demasiado evidente, contudo. Nem ele, e aparentemente nem Vegeta, se tinham apercebido disso. Era tudo um logro, uma espécie de ilusão, como os espetadores inexistentes na bancada que faziam o seu papel e continuavam a incentivar os lutadores.

– Claro! O meu pai quer lutar contra Argia – concordou Gohan, percebendo finalmente o que se estava a passar. – E Vegeta-san nunca admitiria refrear-se num combate, para ele o que importa é o tempo presente. Nunca foi de planear para o futuro, sempre quis acabar depressa com os assuntos, varrê-los e partir para outra. Pensa em derrotar o meu pai, recusar-se a eliminá-lo e Argia terá de aparecer. Depois, contra as regras do torneio, vai desafiá-lo. Vegeta-san nunca gostou de cumprir regras e julga que vai ser ele a lutar contra o deus. – E a conclusão que retirou da sua própria argumentação foi ainda mais completa e acrescentou: – Estão os dois com a mesma ideia.

Outra defesa incompleta e Vegeta acabava de atingir Goku com uma patada que o fez rodopiar como um pião. Número 17 comentou:

– A este ritmo, ele vai acabar demasiado esgotado. Não vai estar em condições de se enfrentar a Argia.

Piccolo replicou, dissecando o combate com o olhar atento:

– É um risco que Goku está a correr. Não te preocupes, ele sabe o que está a fazer.

Número 17 detestou ouvir aquilo. Semicerrou os olhos, o sangue gelou no interior do seu corpo.

– Não estou preocupado – avisou azedo. – Não estou a contar com esse saiya-jin para nada, sei defender-me sozinho.

O azedume não passou despercebido a Piccolo que desviou o olhar momentaneamente do combate.

– Hum?... Pensei que estávamos nisto todos juntos.

– Julgo que alguém terá de te esclarecer quanto a isso, namekusei-jin e não serei eu a fazê-lo.

Vegeta estava animado, pois tinha conseguido atingir sempre o adversário, ao contrário de Goku, cujas tentativas tinham sempre sido anuladas. Acreditava na sua superioridade, aproveitaria sempre qualquer nesga de oportunidade e deixar-se-ia guiar sempre pelo seu instinto, que lhe dizia que a vitória era dele. Tentou nova investida, houve socos a chover sobre Goku que parecia à beira da exaustão.

Depois, recuou para se afastar, para recuperar, mas Vegeta não queria prolongar aquilo por muito mais tempo. Combatiam no ar, terreno que sempre lhe fora favorável e contava terminar com aquilo nos próximos minutos. Mas Goku atacou, Vegeta esquivou o murro, aproveitou o movimento e enfiou um uppercut no estômago de Goku.

Nisto, viu o diamante. Um único disparo de luz alaranjada que o encandeou. Este agitava-se debaixo da roupa, como se quisesse escapar-se dali, com receio de ser esmagado pelo poder que o sovava. As pupilas verdes de Vegeta minguaram, ao perceber que a sua vitória poderia ser ainda mais completa. Goku também se apercebeu. Entreabriu a boca, aflito. Afastou-se, ou procurou afastar-se, mas Vegeta agarrou-o pela túnica do dogi. Assestou-lhe um soco na testa, fê-lo sangrar. Goku gritou com a dor intensa. Vegeta soltou-o, uniu as duas mãos e com um potente golpe no alto da cabeça, imprimindo neste raiva e vontade, enviou Goku para o chão. Onde caiu, abriu um buraco, as lajes saltaram.

Vegeta não tinha terminado o ataque, agora vinha o final de fogo-de-artifício.

Goku contorcia-se no buraco. Impulsionava-se com a ajuda de um joelho, olhando para cima, tentando pôr-se de pé, a sangue a escorrer do ferimento da testa e a manchar-lhe as sobrancelhas.

Vegeta soltou uma gargalhada. Levou os braços atrás, mãos unidas. Um ataque energético, dos antigos, reminiscência de um passado remoto, uma lembrança especial para um inimigo especial, pensou divertido.

Goku já se tinha posicionado convenientemente, mesmo trémulo, mesmo ferido. De pé, concentrando o ki para a defesa, fixava-o com aquela vontade inquebrantável de resistir até ao fim das suas últimas forças.

Vegeta gritou:

GalickoHo!!!

Goku abriu as pernas, dobrou os joelhos. Lançou as mãos unidas para o alto, para contrapor aquele ataque. E gritou:

KamehameHa!!!

As duas vagas flamejantes, uma violeta, outra azul, chocaram no espaço que existia entre o guerreiro do ar e o guerreiro do solo, criando uma explosão que varreu tudo em redor num furacão cálido.

Os lutadores da galáxia do Norte protegeram os rostos com os braços.

Os escravos de Valo continuavam petrificados.

O mestre-de-cerimónias permanecia no seu posto a olhar em frente, apesar das suas vestes largas e espalhafatosas se agitarem violentamente com a ventania.

A bancada manifestava-se ruidosa.

O balcão estava vazio.

As duas vagas flamejantes estouraram num bramido estrepitoso, sucedeu-se um maremoto de luz intensa.

Goku baixou os braços, sentindo-os pesar uma tonelada. O último ataque tinha-o deixado mais cansado do que esperava. Num gesto reflexo, retirou o diamante de dentro da túnica. Tremia e irradiava brilho, entre o laranja e o preto, com reflexos dourados. Sentiu um ki conhecido e desviou os olhos que se perdiam nos matizes daquele estranho diamante que Shenron lhe tinha ofertado e que lhe pesava agora como um fardo amaldiçoado.

Ergueu a cabeça, recuou um passo, dois, mas Vegeta alcançou-o com uma velocidade mortífera. Atingiu-o no peito com uma cotovelada e arrebanhou-lhe o diamante.

Imediatamente, Goku caiu de costas com um grande gemido, um lamento horrível de dor, amputado de uma parte vital de si mesmo. Começou a ofegar, em convulsões, retorcendo-se e debatendo-se para se levantar e enfrentá-lo, mais uma vez, devolver-lhe o ataque, surpreendê-lo, mas Vegeta sabia que isso não iria acontecer. O combate tinha terminado e ele, o príncipe dos saiya-jin, era o vencedor.

A capa dourada desfez-se e Goku voltou ao estado normal. Vegeta manteve-se em super saiya-jin, apreciando o momento, analisando-o minuciosamente, num silêncio abrupto que contrastava com os gemidos de Goku.

O diamante na mão de Vegeta lutava para se libertar, como coisa viva. Ele estava a monitorizar a sensação, como se segurasse o próprio Kakaroto e recordou-se daquela vez em que o fizera, anos atrás, quando se transformara em oozaru, na primeira ocasião que se tinham enfrentado, na Terra. Mas então tinha sentido prazer. Agora, não sentia nada.

Kakaroto debatia-se no limite da exaustão, mas ele era um lutador, nunca haveria de desistir e continuava a lutar, mesmo que fosse inútil.

– Vegeta… – suplicou Goku sufocado.

Um grito aflito vibrou no ar:

– Vegeta-san! Não o faças! Sabes que não o deves fazer! – Gritava Gohan agarrado aos limites do tatami.

Otousan! Não, por favor!

Era Trunks.

Ojiisan! Não faças mal ao meu pai!

E era Goten.

– Vegeta-san!

Voltara para Gohan.

As vozes deles eram como dardos anestésicos que não conseguiam penetrar na dura carapaça que o cobria. Continuavam a não confiar nele, apesar de tantas provas, apesar de todas as provas. Sentiu desprezo. Cuspiu para o lado. Agachou-se junto ao adversário. A voz saiu-lhe num sussurro tenso:

– Maldito sejas, Kakaroto. Com um ponto fraco como este e apresentas-te para desafiares os deuses… Mas ambos sabemos que, apesar desta estúpida limitação, continuas a ser o único capaz de terminar com isto a nosso favor. Por isso…

Agarrou no pulso de Goku e devolveu-lhe o diamante, encaixando-o na mão enclavinhada. Empurrou o braço, de modo a que a pedra moribunda pudesse entrar em contacto com o corpo do qual fazia parte. Goku abriu os olhos, retendo a respiração, paralisado, a recuperar de repente todas as funções vitais.

– Eu lutarei com Argia.

E Vegeta desceu do tatami.


***



Gohan subiu para o tatami, seguido de Goten e de Trunks, depois de Piccolo, que mantinha um olho no príncipe. Gohan ajoelhou-se e amparou a cabeça do pai que tossiu ligeiramente, cuspindo saliva ensanguentada.


‘Tousan?

Goten perguntou preocupado:

– Estás muito ferido?

Quis sossegar o filho mais novo e tentou sorrir.

– Não… Goten. Eu estou bem. Isto não foi… nada.

Era mentira, mas ele não se importou por estar a enganar o miúdo. Não o queria preocupado, precisava dele concentrado para lutar a sério se fosse necessário.

Sentou-se. Limpou a testa com as costas da mão, arranhou o ferimento e fez um esgar de dor. Guardou o diamante na túnica, outro gesto reflexo. Respirou fundo três vezes e sentiu-se melhor.

Estava com um aspeto horrível e sentia-se pior, mas não iria deixar Vegeta sozinho com a sua decisão, que teria implicações sérias no grupo. Só que quando se pôs de pé não aguentou a fraqueza e, se não fosse Gohan tê-lo agarrado, passando um braço pela sua cintura, tinha-se estatelado no chão. O diamante ainda não estava totalmente recarregado. Desceu do tatami amparado pelo filho mais velho, ajudado pelo filho mais novo.

Quando olhou para Vegeta este já não estava sozinho. Argia tinha aparecido.

– Príncipe, desafiaste as regras do torneio.

Vegeta retorquiu rouco:

– Deixa-te de tretas e vamos começar com o nosso combate de uma vez por todas. Já sabias que isto iria acontecer.

Tinha-se mostrado sério, mais majestoso e altivo que o príncipe, mas, com aquela réplica, Argia abriu um sorriso.

– Só restava conhecer quem, do grupo, iria ser sacrificado. Uma excelente escolha!

– Tu e eu somos inimigos, não te esqueças. E eu não perdoo aos meus inimigos!

– Certamente.

Nisto, Vegeta e Argia desapareceram, deixando um rasto que cruzou os céus com um silvo. Goku não estava a gostar daquilo. Preferia que o combate deles se desenvolvesse sobre o tatami e não em espaço aberto. Poderia ser uma desvantagem para Vegeta. Por outro lado, gostaria de ver Argia lutar. Mesmo que estivesse ainda fraco, levava os dois dedos à testa para utilizar a Shunkan Idou quando o rosto sereno de Valo surgiu diante dos seus olhos. Goku saltou para trás com o susto.

– Ah!...

E Valo disse cordato:

– Retomamos o torneio, saiya-jin?

Goku piscou os olhos, sem conseguir responder.

O mestre-de-cerimónias gordo olhou para o grupo de lutadores da galáxia do Norte e número 17 descruzou os braços. Era a vez de ele se divertir. Não queria saber do combate entre Vegeta e Argia e das preocupações de todos. Queria estrear-se com um combate memorável, uma demonstração inequívoca do seu poder.

Com um sorriso nos lábios finos, subiu os poucos degraus.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
Armadilhas.



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