Último Romance escrita por Marina R


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Aqui está galera ♥



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Quando vi que Rodrigo, apenas de cueca, estava se aproximando da porta, sai correndo. Teria dado tudo certo se eu não fosse uma mistura perfeita de uma pessoa destrambelhada com outra azarada. Então, naturalmente, não vi que tinha chinelo no chão. Era do Rodrigo, como eu percebi mais tarde. Sempre era o Rodrigo que esquecia essas coisas no caminho.

Aí que vem a parte azarada da coisa. Se eu tivesse pisado um centímetro para qualquer direção distinta que seja, nada do que aconteceu teria acontecido. Eu simplesmente tropecei por causa do chinelo, o que fez com que eu ficasse sem equilíbrio, o que ocasionou na minha queda. Mas não uma simples queda no chão. Eu caí em cima da mesinha favorita da mãe do Rô. Aquela que ela sempre colocava flores cheirosas dentro de vasos caros de vidro.

A mesinha, que era da bisavô do Rô, estava frágil há tempos. Claro que não ia me aguentar!

Então em resumo: eu caí em cima da mesa, a qual se quebrou. Mas não para por aí. Eu caí exatamente em cima do vaso de flor.

Imagine como o Rodrigo ficou. Você está lá, quase transando com uma garota linda, super feliz, quando ouve um barulho. Vai checar e se depara com a sua melhor amiga com os pulsos jorrando sangue pelo carpete. E para completar, a mesa favorita da sua mãe, que ela quase trata como um parente da família, está completamente destruída. Nossa, que reviravolta maravilhosa.

A reação do Rodrigo foi tentar me ajudar a levantar a me guiar para o banheiro. Gritou para Sarah ligar para uma ambulância. Falei que não era para tanto, mas ele repetiu que havia muito sangue saindo. Eu não sabia porque minha visão estava desfocada demais. Enrolou uma toalha branca em meu pulso, mas logo se encharcou. Ele colocou um jeans qualquer em seu corpo e me carregou até a ambulância que chegou rapidamente.

Rodrigo insistiu que queria ir junto na ambulância comigo. O homem grandalhão não queria mas de tanto insistir, ele foi comigo. Sarah ficou lá, afirmando que estava tudo bem e que torcia que eu melhorasse.

Não lembro muito do percurso até o hospital. Só lembro de uma parte em que o Rodrigo estava segurando o meu dedo indicador, que era a única parte da minha mão não machucada. Ele estava tão nervoso e adorável. Chegou até a roer as unhas de nervoso, coisa que ele não fazia a tempos.

– Oi - falei, puxando a mão dele - Não roe não.

– Desculpa - ele sorriu - Estou um pouco nervoso... Deixa sua mão quietinha.

– Obrigada por ter cuidado de mim lá - falei - E desculpa por ter te bisbilhotado.

– É, o que foi aquilo?

– É melhor ela descansar um pouco a voz - falou a enfermeira.

– Ok - ele falou. Chegou mais perto - E Ju, acalme-se. Eu sempre vou cuidar de você, tá? Você é a minha melhor amiga.

– Você deveria estar com a Sarah.

– Ah... Ela pode esperar.

Apaguei.

Acordei duas hora depois, com uns fios conectados a mim e muitos curativos no braço. Meus pais e Rodrigo estavam sentados na minha frente. Minha mãe e meu pai falava algo um com o outro e Rodrigo mexia no celular.

Fiquei alguns minutos observando eles, agradecendo por ter aquelas pessoas na minha vida. Mas então minha mãe notou que eu havia acordado.

– Filhinha, meu amor, como você está se sentindo? - perguntou levantando-se e vindo ao meu encontro. Meu pai e Rodrigo fizeram o mesmo.

– Meio fraca. Mas bem. O que é isso no meu braço?

– Ah, você perdeu bastante sangue querida...

– Mas que rápido que eles conseguiram sangue para mim!

– É. É porque alguém se dispôs a doar seu sangue para você - ela disse, insinuando algo.

– Obrigada pai - falei, sorrindo.

– Opa, eu não. Nem podia filhinha, meu sangue é A positivo e o seu é O positivo.

Estava tentando entender então quem tinha doado seu sangue para mim quando olhei para o Rodrigo. Ele estava com um sorriso torto. Quando vi, tinha um adesivo branco no braço dele.

– Você?

– Eu.

Olhei admirada para ele. Agradeci.

O hospital me liberou à noite. Rodrigo já tinha ido embora, até porque sua mãe ligou assustadíssima quando voltou para casa e viu sangue no chão e sua mesinha destruída. Achou que algo tinha acontecido com ele.

Ao chegar em casa, Alex estava lá. Ele pediu desculpas quanto a invasão mas disse que precisava me ver. Meu pai deixou ele ficar comigo no quarto, mas a porta, obrigatoriamente, teria que ficar aberta.

Alex me ajudou a eu ficar confortável na cama, então sentou-se na minha frente.

– Juliana, eu tenho que me desculpar. Me desculpe por ter falado mal de seu amigo. Ele não é babaca. Desculpe por ser o pior namorado do mundo e desculpe por ter te decepcionado. Você me perdoa?

– Alex, porque que você está fazendo isso?

– Como assim?

– Você sempre se mostrou desinteressado em tudo relativo ao nosso relacionamento. Como se nada importasse.

– O que? - fez cara de surpreso - Você enlouqueceu, Ju?

Na minha vida toda, eu acho que nunca fiquei tão surpresa como eu ficara quando ele falou as seguintes palavras, passando suas mãos grandes no meu rosto:

– Juliana, eu te amo.

Meu impulso no momento foi duvidar. Mas ele parecia tão sincero, com aqueles olhos esverdeados olhando fixamente para mim que eu não resisti e beijei sua boca com força.

Alex passou o resto da noite comigo, assistindo series na televisão e tendo guerras de travesseiro que sempre terminavam com beijos.

Porém quando o relógio deu nove horas, ele foi embora, alegando que sua mãe devia estar preocupada com seu sumiço.

Já estava indo dormir quando olhei para a janela. Rodrigo estava vendo um filme abraçado com a Sarah. Mas, surpreendentemente, não fiquei com ciúmes. Fiquei feliz por ele. Rodrigo merecia alguém que o amasse.

Acordei sábado com olheiras fundas debaixo dos olhos. Liguei meu laptop. Mal entrei no site e uma garota da minha sala veio falar comigo, afirmando que não tinha nem ideia. Quando perguntei o que ela estava falando, a garota me mandou um link.

Era do blog da Senhorita X. Tinha um post novo. Comecei a ler.

"Que saudade de vocês, leitores! Não, eu não morri, como muitos de vocês acharam. Estou bem viva e com fofocas quentíssimas para todos vocês. :D

Antes de soltar a bomba, queria parabenizar Amanda por ter ido de modelo da Vogue para mendiga da esquina. Nunca vi pessoa ficar tão diferente em tão pouco tempo.

Em falar na Amanda, a fofoca meio que tem a ver com ela.

Ontem de manhã, no colégio, Rafael Ferreira - garoto que ficou ainda mais queridinho por todos depois do "acidente" - foi visto com sua mais nova namorada! Veja o vídeo abaixo"

Cliquei já tendo uma boa ideia de quem era a mais nova namorada. Acertei.

Rafael beijava Camila com carinho e paixão até uma hora que ele olhou diretamente para câmera e suspendeu o beijo.

"A sortuda é a Camila Campos, do terceiro ano.

Boatos mais antigos diziam que Camila era peguete do Bruno Soares. Bom gosto é o seu segundo nome, ein querida?!

Amanda, tome um pouco de calmante antes de ir para a aula segunda-feira. ♥

Beijos e abraços,

Senhorita X"

Tentei ligar para Camila o dia todo, o que não obtive sucesso.

Segunda-feira chegou e eu estava nervosa. Torcia que a Amanda levasse bem a notícia.

Mas quando eu vi ela chegando na carteira da Camila... 

Bem que ela podia ter tomado um calmante.


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Notas finais do capítulo

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