Último Romance escrita por Marina R


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo está aí amores, espero que gostem ♥



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Bom, era só Camila.

Devia já ter desconfiado, quero dizer, minha mãe ficava ainda mais fã de adjetivos amorosos quando a Cam ia lá em casa. E era puro interesse, porque ela sabia que a família da Cam tinha dinheiro à beça. Quando o Rodrigo ia lá na minha casa, ah, minha mãe era tão antipática com ele como ela era comigo.

Camila estava sentada no sofá bege favorito da minha mãe, com uma xícara de chá na mão. Cam adorava fingir que era britânica.

– Olá, Ju - disse ela se levantando para me abraçar.

– Hm, oi - falei.

– Adorei a conversa e o chá, senhora - Cam disse, botando a xícara na mesa - Mas se me der linçensa, vou subir com a sua filha.

Camila também sabia tudo sobre como agradar adultos.

– Ah, toda, querida - falou minha mãe em direção a cozinha - Se precisarem de mim, estarei aqui em baixo!

Mal a Cam deu o primeiro passo no meu quarto, já estava falando sem parar.

– Ai ai ai amiga descobri tudo sobre ele - falou ela, jogando sua Luis Vitton na cama - O novato gatinho, quero dizer.

– Ah - falei, fingindo desinteresse.

– Deu maior trabalho pois ninguém conhece ele mas tá aí.

Ela estendeu seu braço e segurava na mão esquerda um papel todo preenchido. Tinha tudo sobre o garoto, realmente. Idade, colégio anterior, ex-namoradas, nome dos pais, endereço de sua casa...

– Cara, você é do CSI ou coisa assim? - indignei-me - Coitado do menino, nem sabe que tem gente perseguindo ele.

Devolvi o papel para ela, sem ler nenhuma informação. Só vira os tópicos.

– O que? - falou ela balançando o papel sem parar - Esse trabalho todo pra nada?!

– Não quero saber tudo sobre ele... Não assim. Prefiro que um dia ele me conte.

– Ah - sorriu ela - Agora sim. Gostei.

Revirei os olhos.

Depois de dez minutos dela falando da briga que ela teve com o pai, o qual decediu cortar dez por cento de sua mesada (coitada, ia ganhar só mil e trezentos reais naquele mês), Camila foi embora.

"Ótimo", pensei, "agora vou ter tempo de fazer meus deveres. Não vou começar mais um ano com anotação".

Mas acontece que dois minutos depois de tentar fazer as equações de matemática - sem sucesso - fui ver um filme do Adam Sandler e acabei adormecendo.


O dia seguinte foi bem monótono. Conhecemos alguns outros professores, e tinha um, o professor Luís, de química, que deixou as garotas loucas. É, ele era bem bonito, parecia o Zac Efron mais velho.


Porém, a melhor parte do dia, e não estou exagerando, foi a detenção. Cheguei lá um pouquinho mais cedo. Dei uma arrumada no meu cabelo e esperei você-sabe-quem chegar. Ele chegou uns dez minutos mais cedo, com um caderno na mão e andar de cafajeste. Ao me ver, deu um sorrisinho e sentou no mesmo lugar do dia anterior.

Logo em seguida chegou o resto das pessoas detidas, inclusive o Rafael, que sentou do meu lado.

– Oi Sei Lá.

Então ele olhou para o lindo dos olhos esverdeados e com um gesto da cabeça, fez com que o garoto se aproximasse. Sentou na minha frente desta vez.

O clima ficou um pouco desconfortável por um momento, porque a professora entrou, falou aquela baboseira de novo e saiu. Aí o Rafael começou a falar com o garoto sobre um jogo de futebol que ele vira no dia anterior. Como meu conhecimento é zero na escala "O quanto você sabe sobre futebol" eu fiquei calada. Pelo menos até o Rafa (como ele insistia que eu o chamasse) recebeu uma mensagem.

– Ih - falou o garoto de cachos - Deixa eu adivinhar... É a Amanda, não é?

– Sim - Rafa falou e deu uma risada rápida - "É só para avisar que eu te amo, beijos, Mandy."

O garoto riu.

– Quem é Amanda? - esforcei-me a dizer.

– A namorada dele.

– É... - disse Rafael, terminando de escrever um sms - E você, Juliana, namora?

Nem preciso dizer que eu fiquei vermelha.

– Hm... Não.

– Ah, qual é, uma garota linda e legal que nem você, solteira? - falou Rafa.

– É, não é possível - disse o garoto, olhando para mim, sorrindo um pouco, deixando-me louca.

Dei uma risada sarcástica e dei de ombros.

Daí eles começaram a falar de um novo filme de terror em cartaz. Como eu odeio filmes deste gênero, fiquei calada novamente.

Depois de duas horas dos dois me ignorando completamente, a professora entrou e nos liberou.

– Já vou embora gente - disse Rafa, saindo em disparada e deixando dois desconhecidos sozinhos num clima bastante tenso.

– Hm, você tem carona? - perguntou o garoto, botando a mão na nuca.

– Eu vou de ônibus mesmo.

– Pra que? - falou ele - Quero dizer, eu tenho um carro, posso te levar. Se você quiser.

– P-Pode ser - gaguejei, estupida - Mas antes, qual é o seu nome?

– Você não sabe? - ele disse, dando um sorriso aberto - É Alex.

Fiquei meio nervosa e logo em seguida saímos da sala em direção ao estacionamento. "Alex. Um nome lindo para uma pessoa linda", pensei.

O carro dele era bem simples, todo preto e com uns arranhados na lateral. Lá dentro estava um pouco bagunçado, cheio de papeis e latinhas vazias, o que ele pareceu lamentar. Depois de dar para ele o meu endereço, ele correu a toda a velocidade com o seu automóvel.

Tentando quebrar o gelo, comecei a falar:

– Você e o Rafael já se conheciam? - falei, colocando meu cabelo para atrás da orelha - É porque vocês parecem ser mais íntimos.

– Ah, sim. Eu já meio que estudei com ele quando eu morava em São Paulo.

– Legal - falei - Nunca fui pra São Paulo, mas meu amigo já.

– Ele gostou?

– Er... Não. É porque ele brigou com um garoto lá e tal.

– Hm.

"Ah, ótimo, bem vindo de volta silêncio horrível", pensei, quando nós calamos a boca.

Logo depois chegamos na frente da minha casa.

– Olha, muito obrigada por me trazer aqui, muito melhor que ir de ônibus - falei, fazendo ele sorrir. Ah, como tinha um sorriso lindo.

– De nada, Juliana.

Então quando eu vi, eu estava imóvel. A verdade era: eu não queria sair. Mesmo com o silêncio terrível e gelado, eu gostava de estar ao lado do Alex. Eu me sentia nervosa e com o estomago embrulhado, mas, inexplicavelmente, eu amava isso.

Porém o meu nervosismo comum de só ficar sentada perto dele não se comparou com o que eu senti em seguida. Ele estava se aproximando de mim, olhando fundo dos meus olhos, bem lentamente, e aí...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem e deixem review por favor! Não vão se arrepender ♥ ♥ ♥