Betrayed escrita por Diana


Capítulo 4
O segundo integrante


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, me desculpem pela demora =/
Espero que gostem!



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Acordo no dia seguinte quando um facho de luz vindo da janela acerta meus olhos. Resmungo incoerentemente por ainda estar meio dormindo e meio acordada e viro para o outro lado. Meu braço cai no outro travesseiro e não sinto Drake. Abro um olho e o vejo saindo do banheiro apenas de cueca, exibindo seu corpo – nem um pouco – sensual por aí.

Bufo e ele sorri.

- Bom dia, monstrinho.

Sento esfregando o rosto e em seguida me levanto.

- Bom dia, besouro – respondo, indo me trocar. Coloco um short rasgado, blusa preta com os dizeres KEEP CALM AND YOU CAN FUCK OFF e uma bota.

Descemos as escadas para tomar café da manhã. Falo oi para Jack, que está no telefone com Howie, e para Max, mexendo em algumas peças na mesa. Ele não me responde, mas decido não ligar agora. Quando termino de comer, vou até a geladeira buscar mais alguma coisa enquanto Drake senta no sofá e liga a TV.

Não há nada na geladeira. Faço uma careta desapontada e Jack me diz:

- Alguém precisa ir comprar comida, estamos quase sem.

- A Jen vai – Drake responde, sem nem desviar os olhos do futebol.

Rolo os olhos.

- Onde está o dinheiro? – pergunto, porque estava planejando sair de uma forma ou de outra.

Jack pega algumas notas de dentro da carteira e me entrega. Coloco no bolso e vou para a porta. Saio para a rua e começo a andar devagar. Dias quentes e ensolarados como este não me animam. Não gosto de calor, é nojento. De qualquer forma, eu caminho lentamente e vou até a padaria e mercados mais próximos. Passo por uma livraria e me sinto tentada a entrar e comprar alguma coisa, mas me contenho. Eu não terei tempo para ler nada até terminar o trabalho de Weasel.

Amanhã será a festa em que devemos conseguir o mapa da chave que abre o cofre em que a bomba de hidrogênio está. Parece tão fácil pensar isso, porém não tenho ideia de como vamos fazê-lo.

Paro de pensar e deixo minha mente vagar. Depois de mais uma hora, volto para casa com sacolas cheias de pães, sucos de caixinha, carne e verduras.

Na esquina do terreno baldio há alguém parado, olhando um papel com as sobrancelhas franzidas. Chego mais perto e vejo que é uma garota loira mais ou menos da minha idade, mais baixa do que eu e de olhos azuis. Ela segura uma mala rosa enorme de rodinhas com uma mão, usa uma blusa regata amarela ofuscante e saia verde rodada, com babados e floral, além do sapato de salto.

Tento passar despercebida longe dela, porque parece que quer alguma informação e está perdida, e pelo jeito como se veste não quero nem imaginar como ela deve ser.

Infelizmente, ela me para.

- Oi! – diz com uma voz animada, entrando na minha frente. – Meu nome é Natalie Fleming – ela sorri.

- Hum – digo. E por que eu iria querer saber seu nome?

- Você deve ser Jennifer Holt – ela continua. Eu a encaro. Tento não fazer cara de nojo quando vejo realmente o que ela usa. É tudo muito chamativo. Brincos, pulseiras demais, anéis demais, batom demais e tudo muito brilhante. Pessoas assim me dão dor no estômago e ofuscam meus olhos. E não no bom sentido.

Mas o que me chama a atenção é que ela sabe meu nome. Ninguém sabe meu nome. Penso que isso vai dar merda no momento em que ela profere a próxima frase.

- Weasel deve ter falado que mais alguém viria para ajudar a encontrar a bomba que o Irã e a Síri...

Eu tapo a boca de Natalie antes que ela decida falar mais alto do que já fala e alguém ouvir. Só pode estar brincando comigo que ela é a segunda pessoa.

- Ele falou sim – digo de má vontade.

O rosto dela se ilumina e ela sorri alegremente.

- Ótimo! Então, onde é que você mora?


***


- E em que você é boa, Natalie? – pergunta Jack assim como havia feito com Max ontem.

Eu a levei até os três já que não tinha escolha. Jack estranhou um pouco uma mercenária ser desse jeito, mas não comentou nada. Max não teve reação. Pelo menos eu esperava que Drake dissesse alguma coisa ou olhasse para mim com cara de “O quê?”, mas ele não disse uma palavra sobre isso. Agora ele a encara com os olhos brilhando e um pequeno sorriso e eu fico indignada.

- Ahn... – Natalie pensa antes de responder. – Eu sou boa em conversar com as pessoas. Elas costumam gostar de mim.

- Dá pra ver por que – diz Drake ganhando um sorriso dela.

Reprimo a vontade de socar os dois. Ele não pode ter falado isso, e quem é que gosta da Natalie? Só se forem pessoas com um mau senso de distinção. Jack também parece incerto quanto à resposta dela.

- Você não tem problema em matar, né? – digo.

Natalie faz uma cara de horror.

- É claro que sim. Nunca matei ninguém. Eu normalmente só consigo informações e distraio as pessoas enquanto o grupo luta.

Ponho a mão na testa e balanço a cabeça, não me importando se ela vai ficar magoada ou não. Tá, então ou Weasel quis tirar sarro de nós e atrapalhar tudo ou ele mandou Natalie justamente pelo que ela faz. Independente da razão, não gostei dela. Nem um pouco.

Mas Drake parece ter adorado pelo olhar de repreensão que lança a mim quando volto a erguer a cabeça. E Max também. Só Jack parece ser a pessoa sã que não confiou nela logo de cara.

- Eu posso ajudar, de verdade – Natalie diz. – Me deem uma chance e eu vou provar isso.

- Sabemos que pode ajudar – diz Drake. – Ou você não teria sido mandada.


***


É noite. Jack saiu de novo e não disse onde foi. Não insisti muito, mas fiquei curiosa. Natalie e Drake estão conversando no sofá, rindo igual a idiotas. Faço uma careta e volto a olhar para meu copo. Max pega um prato de comida e se senta de frente a mim porque não há mais lugar na sala. Ele não me olha.

Então eu pergunto:

- Tem alguma coisa errada?

Ele levanta as sobrancelhas.

- Como o quê?

- Sei lá. Eu te fiz alguma coisa?

- Não – diz ele voltando a comer.

- Mas parece.

- Deve ser impressão sua.

Não, não é impressão minha. Mas se você não quer me dizer o que eu fiz de errado não vou mais ligar. Pode engolir seu orgulho sozinho, penso.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Me digam aí o que acharam nos comentários :D



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