Betrayed escrita por Diana


Capítulo 14
Entramos no campo de batalha


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou bem pequeno comparado aos outros, eu sei, mas ele era necessário. Talvez eu poste o próximo ainda hoje (que, na minha opinião é bem legal) pra compensar :D
Espero que gostem e não deixem de comentar *u*



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            O avião é pequeno para dez pessoas – eu, Drake, Max, Natalie, Jack, Howie, Tinie, Eric, Robbie e Jim. O fundo é entulhado com máquinas e equipamentos que não conseguimos mover, então continuam lá. Há quatro assentos nas laterais, fazendo com que fiquemos sentados uns de frente para os outros.

            Jack e Howie estão na cabine do piloto com o mapa. Pelo que entendi e estou vendo, vamos para uma ilha no Caribe. Drake disse que demora pelo menos uma hora e meia até chegarmos. Acomodo-me encostada com o braço direito e fico olhando pela janela para ver o mar.

            Mas não consigo ver direito porque o cabeção de Drake está na frente.

            - Chega pra lá, você está atrapalhando a vista – digo empurrando de leve seu ombro.

            Ele olha para mim com a sobrancelha erguida.

            - Eu sou a vista.

            Reviro os olhos, fazendo uma careta que lhe arranca uma gargalhada. Ele abre espaço para que eu veja também. Estamos sobrevoando o mar agora com as ondas revoltas. Há várias nuvens cinzas ao redor e nenhuma estrela, dando a impressão de que vai chover.

            Max se senta atrás de mim. Apoio-me nele, olhando para os outros na minha frente.

            Natalie abraça sua mala rosa – que eu espero que ela não pretenda levar junto – gravadas com suas iniciais N. A. F. Tinie tenta fazer o cubo mágico ficar certo com o cenho franzido de concentração, formando uma ruga entre suas sobrancelhas. Eric amola um facão de caça que normalmente deixa pendurado no cinto, ao lado da arma. Jim verifica pela décima vez os pentes de todos os revólveres que carregamos e depois toma um gole de um cantil. Imagino que tenha álcool, o que não é uma boa combinação.

            Drake parou de observar a paisagem e agora checa a hora a cada minuto no relógio de pulso.

            Deixei os papéis que Jack me entregou na minha mochila assim que entrei no avião. Quero conversar com Drake sobre isso agora, mas não é o momento. Vou esperar até estarmos sozinhos.

            Seguro o coldre da minha arma para me acalmar. O nervosismo de antes ainda não passou. Parece que demora uma eternidade até começarmos a perder altura. Meu estômago revira quando isso acontece. Pousamos com um solavanco e eu olho pela janela. Estamos aterrissando em meio a árvores.

            Jack e Howie saem da cabine assim que paramos totalmente.

            - Vamos nos dividir em duplas e circundar o local – diz Jack. – Qualquer um que não for do nosso grupo podem abrir fogo.

            Howie separa as duplas. Adivinhem com quem eu vou? Isso mesmo, a Natalie. Porque minha sorte é incrível e esse é o meu sonho. Não me leve a mal, eu estou sim querendo ser amiga dela. Mas convenhamos que uma pessoa que não atiraria nem para se defender na perna ou braço de outra pessoa como parceiro não é a melhor coisa do mundo.

            Apesar disso, não reclamo. Max e Drake são outra dupla, Robbie vai com Tinie, Jim com Eric e é claro que Jack e Howie vão juntos por serem melhores amigos.

            - Jennifer vai direto até o complexo pegar a chave enquanto nós damos cobertura – comanda Howie. – Entendido?

            Todos nós assentimos sem emitir sons.

            - Então vamos. E boa sorte a todos.

            Eric abre as portas do avião e pulamos um a um. Seguimos em fila até onde as árvores nos escondem. Elas acabam em uma linha perfeitamente reta. Além delas, há um prédio de metal de apenas um andar, achatado e comprido. Pelo que minha visão alcança, a parte da frente é parecido com um armazém, mas o resto se estende por um bom espaço com curvas e cruzadas.

            As três portas estão protegidas por três brutamontes com metralhadoras cada. O resto dos soldados está espalhado pelo chão de terra escura com as armas penduradas nos ombros. Todos eles usam um boné vermelho e roupas da cor do exército.

            Mas alguma coisa me parece errada. Não sei o que é. Tudo está exatamente como deveria estar, certo? Foi assim que prevemos que seria. O cofre está trancado e protegido por vários seguranças, armados fortemente e com coletes à prova de balas. Teremos que acertar em suas cabeças para passar.

            Robbie e Tinie com Jim e Eric vão alguns passos para a esquerda. Drake e Max com Jack e Howie vão alguns passos para a direita. Natalie e eu ficamos no centro para corrermos diretamente para a porta do meio. Percebo que ela engole em seco com dificuldade e até mesmo minhas mãos tremem ao sacar o revólver do cinto.

            Fico respirando fundo muitas vezes em silêncio, esperando que alguém dê o sinal para avançarmos. Meus ouvidos parecem entupir. Nada se mexe a não ser os guardas andando de um lado para o outro e voltando, vasculhando o perímetro.

            Natalie segura, mas apenas segura, sem tirar, o cabo da arma do coldre para minha surpresa.

            Entretanto, deixo de prestar atenção ou dar importância a isso. Uma voz grita:

            - Agora!

            E nós corremos em disparada até as portas, para o meio dos guardas, ficando totalmente visíveis.

            É quanto os tiros e os gritos começam.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Devo continuar?



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