Betrayed escrita por Diana


Capítulo 13
Podemos mudar?


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, eu tive muitas provas e a inspiração não vinha kkkkk Espero que ainda estejam aí *-*
E esse capítulo não ficou tão bom ou legal quanto eu queria, mas é importante. No próximo começa a ação de verdade :D
Espero que gostem e comentem depois, por favor ♥



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            Abro os olhos, e está tudo claro demais para o meu gosto. Olho ao redor. Um sorriso toma conta de meus lábios quando o que aconteceu noite passada passa como um flash por minha mente.

            Minhas costas estão tocando o peito de Max, que sobe e desce regularmente por sua respiração constante. Um braço dele está me envolvendo, passando por minha cintura para me manter perto de seu corpo. Ergo a cabeça levemente do travesseiro que dividimos e viro-me lentamente para ver seu rosto. Sua expressão está mais relaxada do que eu jamais vi. Seus cabelos e pele claros o deixa parecido com aquelas imagens “ideais” de anjos.

            Max me sente trocando de posição e abre os olhos. Ele sorri, me analisando de cima a baixo até onde as cobertas permitem. Sinto o rosto esquentar, mas não ligo muito.

            - Bom dia – diz ele, passando os dedos por minhas costas.

            - Bom dia – respondo da mesma forma e me inclino para beijar seu pescoço. Ele fecha os olhos novamente.

            Sem prestar total atenção ao que fazemos, Max fica de barriga para cima e eu passo as pernas ao redor da cintura dele, ficando por cima. De repente, ouvimos uma voz debochada vindo da escada e paramos imediatamente.

            - Já acabaram com o rompe e rasga? Porque eu quero mesmo minha cama e meu quarto de volta.

            Olho para o lado e vejo Drake com um sorriso bobo de quem sabe das coisas. Meu rosto fica vermelho de raiva e vergonha. Max começa a rir.

            - Sério, eu não posso ficar uma noite fora que vocês se apoderam da casa?

            - Sai daqui! – Arremesso um travesseiro na cabeça dele. Ele se desvia e volta para baixo rindo.

            Quando volto a olhar para Max com uma risadinha, reparo novamente na tatuagem que vi ontem à noite em seu ombro.

            - O que significa?

            - Aqui e agora – ele responde, seguindo meu olhar.

            ***

            Chegamos para tomar café da manhã e encontramos a mesa cheia de coisas. E quando digo cheia, é cheia mesmo. Há montes de panquecas, mel, leite, café, frutas, suco, pães, presunto e queijo, geleia e manteiga. Ergo as sobrancelhas para tudo isso.

            - Bom dia, raios de sol! – Natalie aparece segurando uma segunda forma de panquecas.

            - Pra que tanta coisa? – pergunto.

            - A casa estava muito morta, então eu quis fazer algo para variar e nos animar – diz ela sorrindo e se sentando, seguida de Drake.

            - E aí você fez comida? – diz Max.

            - Sim, Max, eu fiz comida. Mas se não quiser, é só não comer.

            Nós dois damos de ombros e nos sentamos. Peço para Drake passar o pão e noto uma coisa.

            - Você não tem uma troca de roupas não? Está usando as mesmas de quando saiu ontem.

            Drake cora fortemente. O barulho dos talheres de Natalie cortando a comida para. O que eu falei foi só um comentário, mas percebo o que eu fiz quando reparo nas roupas de Natalie também.

            - Você disse que “não pode passar a noite fora”, não é? – continua Max.

            Eu gargalho para a cara que os dois fazem como se tivessem combinado.

            - Agora entendi o porquê de toda essa comida. Durou quanto tempo?

            - Coma suas panquecas – Drake me diz, fuzilando-me com o olhar.         - Bom dia, crianças – diz Jack vindo da sala. Ele afaga as nossas cabeças. – Parece que todos tiveram uma ótima noite.

            Nós todos rimos abertamente. Ao terminarmos de comer e estarmos satisfeitos, Jack avisa:

            - Vamos hoje assim que escurecer. Estejam prontos.

            ***

            Jack estaciona o carro em frente a um galpão do outro lado da cidade. Tem dois andares, nenhuma janela e está todo apagado. Descemos e descarregamos as mochilas para levá-las para dentro. Não levamos muito. A maioria está cheia de armas.

            Começo a ficar nervosa. Eu não costumo ficar nervosa. É mais um pressentimento, como se dessa vez se qualquer coisa der errado tudo vai por água abaixo. E isso não pode acontecer, é sério demais. Não pode haver deslizes ou falhas em nenhuma hora. Não paro de repassar a senha do cofre em que a chave está em pensamento, e, por sua expressão de concentração, Drake também está fazendo o mesmo com a localização do cofre.

            Ele e Jack vão abrir a porta de metal enferrujado do galpão enquanto Max, Natalie e eu pegamos as mochilas. Estamos vestidos igualmente: coturnos, calças e blusas de mangas compridas pretas e luvas. Exceto Natalie, é claro. Parece mais que está pronta para uma trilha feliz em um acampamento do que para atirar em alguém. Suas roupas são claras, brancas e beges, ela não usa luvas e a blusa não é comprida. Vai parecer um ponto iluminado na noite.

            - Ãh, você não acha que está um pouco chamativa demais? Quer dizer, se queremos ser discretos, uma pessoa diferente não ajudaria muito a nos esconder – observo tentando ser gentil.

            Natalie inclina a cabeça para – espanto – pensar.

            - Bem, pelo menos vou ser a distração – responde animada do mesmo jeito de sempre. Ela percebe meu nervosismo e acrescenta: - Não se preocupe, não é nada de mais.

            Respiro fundo e finalmente vamos levar as coisas para o galpão. O interior é enorme de comprimento, e o pequeno avião que vamos usar está no centro. O lado oposto à porta não existe, e o corredor se estende por pelo menos cem metro; não há teto. Os amigos de Jack já estão esperando em volta. Cada um de nós deixa uma arma preparada na cintura por precaução. Howie abre o avião e começamos a entrar.

            Sou a última, mas assim que ponho o pé para subir, Jack me para.

            - Espere, tenho uma coisa para dizer antes.

            - O que é?

            - Estive pensando nos últimos dias – diz ele. – Acho que depois desse trabalho, devemos parar.

            - Como assim?

            - Depois de todo esse tempo fazendo a mesma coisa... – Jack balança a cabeça. – Não me parece certo que você e Drake tenham que fazer isso também. Vocês merecem ter uma vida normal. Eu os puxei quando eram muito jovens para um mundo de assassinatos.

            - Jack, eu não me importo, você sabe – digo, porque realmente não me importo em matar. – Nós entramos porque escolhemos entrar.

            - Sim, eu sei. Mas vocês merecem mais que isso. Com Natalie e Max aqui, vocês mudaram, e isso é bom. Entende o que quero dizer?

            Jack nunca foi bom com palavras, assim como eu. Então entendo o que ele quer dizer. No fundo, eu também quero isso. Talvez tentar não custe nada, não é?

            Faço que sim e ele sorri. Tateia os bolsos da jaqueta e tira um maço de papéis, esticando-os para mim.

            - Quando isso acabar, posso mudar suas identidades, arquivos e todo o resto. Vocês podem ir para uma faculdade se quiserem. Isto – ele empurra os papéis na minha mão – é o dossiê com nossos nomes e tudo o que já fizemos. Vamos alterar todos os dados. Fique com você. Guarde-o bem.

            Fecho meus dedos nos documentos e dou um sorriso.

            - Drake já sabe?

            - Sim.

            - Certo.

            - Vamos – Jack faz um movimento com a cabeça para que eu entre. – Já passou da hora.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Deixe um review me contando :3



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