Betrayed escrita por Diana


Capítulo 12
Damos uma reviravolta na noite


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D E queria avisar que talvez agora eu demore um pouco mais para postar, por causa de ser época de provas e tal =/ Mas não deixem de acompanhar e comentar.
Boa leitura *-*



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            Já é noite do dia seguinte. Tivemos mais treinamento de tarde, e estamos todos exaustos. Drake e Natalie foram jantar em um restaurante e Jack foi fechar o avião com os amigos dele para buscar a chave. Sobramos Max e eu.

            - Vamos sair também – diz ele se levantando do sofá. – É o último dia que temos para fazer alguma coisa antes de irmos atrás da chave.

- Aonde quer ir? – pergunto.

            - Se você topar, eu conheço outro bar.

            - Feito.

***

            Entramos no bar, e esse é mais vazio e maior que o Dorfo’s, onde teve o cover de Papa Roach. Vamos nos sentar no balcão. Noto que só há casais conversando nas mesas. O bartender vem até nós, e Max pede uma porção de batatas fritas e duas cervejas.

            Tomo um gole da minha, olhando para Max. Ele encara o vazio com um olhar vago.

            - O que está pensando?

            - Estou pensando em como acabamos assim – ele responde, dando um meio sorriso. – Juntos, quero dizer.

            - Ah – digo. – É, é uma história engraçada.

            - Sim, é – diz ele, mas seu tom de voz parece meio perdido, como se estivesse arrependido de alguma coisa ou então na verdade estivesse pensando em algo totalmente diferente. Decido não perguntar mais.

            Nossas batatas chegam e nós as comemos enquanto conversamos amenidades, rimos das pessoas no bar tentando fazer leitura labial para ver o que estão dizendo. De acordo com Max, uma mulher acaba de confessar que gostaria de ter uma lhama como animal de estimação.

            Perdemos a noção do tempo como sempre. As horas passam como passaram quando estávamos no parque de diversões, voando. Tenho a impressão de que não estamos ali há mais de meia hora, mas quando bato os olhos no relógio são mais de onze horas e chegamos aqui às sete. Acho que nem preciso falar que também perdi a conta de quantas cervejas bebemos.

            - Conte-me mais sobre você – peço. – Você sabe praticamente tudo sobre mim e eu não sei quase nada.

            - Tudo bem – diz Max. Suas sobrancelhas se franzem e ele começa: - Meu nome é Max Hautler, tenho 27 anos, já servi ao exército por três anos e não tenho familiares vivos.

            Ele me olha por um momento.

            - E, respondendo a pergunta do outro dia, sobre por que eu tenho medo de nadar – diz do nada, e eu começo a prestar mais atenção. – Meus pais morreram afogados quando eu era criança, eu estava junto e assisti a tudo.

            Isso me pega tão de surpresa que parece que levei um soco. Meus olhos ficam fixos em seu rosto, que parece uma máscara, e não consigo desviá-los.

            - Depois disso meus tios me criaram, mas foram assassinados na minha frente porque não pagaram o aluguel da casa. Sabe o que eu fiz? Me escondi – continua ele com amargura. – Eu os matei alguns anos depois. E você sabe o que aconteceu com a garota que eu gostava um tempo atrás. Venho vendo as pessoas que eu amo morrerem na minha frente a minha vida inteira.

            - Bem, então eu espero que você não me ame – deixo escapar em tom de brincadeira, me arrependendo completamente no segundo em que as palavras saem. Mas Max não parece afetado; ele sorri.

            - É tarde demais para desejar isso – responde ele, jogando uma batata no ar e a pegando com a boca.

            Nós rimos, mas fico me perguntando se ele realmente quis dizer isso ou foi só para deixar o clima menos tenso depois do que eu disse. Eu realmente preciso aprender a controlar a língua. E não ajuda em nada se eu estiver cheia de álcool no sangue.

            Uma pergunta surge em minha mente.

            - Posso te perguntar uma coisa?

            - Outra? – ri Max. – É claro.

            - Por que eu?

            Sei que ele entendeu a que eu me refiro. Achei que ele fosse se incomodar em responder ou dizer que isso não era necessário. Eu quero mesmo saber por quê, e ele não se importa.

            - Porque você é forte – diz Max, me olhando com tanta profundidade que eu me perco em seus olhos cinza claros. – É cheia de luz. Corajosa. Sabe o que quer, não esconde nada. Eu admiro isso mais do que qualquer coisa.

            Uma vez, quando eu era mais jovem, Drake e eu estávamos deitados na cama conversando, nós dois meio bêbados e com sono, o que não é uma boa combinação, principalmente para mim. Com as faculdades mentais fora de seus lugares, eu perguntei em voz alta:

            - Por que ainda ninguém ofereceu cinco camelos em troca da minha mão em casamento? O que eu estou fazendo de errado?

            E Drake, como o cavalheiro que é, me respondeu:

            - É porque você vale dez camelos.

            E essa tinha sido a coisa mais fofa que alguém já havia me dito até agora. Noto que Max não disse nada sobre minha aparência. Em minha cabeça, isso deixa claro que ele não gosta de mim porque me pareço com sua antiga namorada. Ele gosta de mim pelo que eu sou.

            Sorrio com todos os dentes e ele me acompanha. Não sei o que dizer e se eu tentasse falar algo, provavelmente soaria idiota e não faria sentido. “Obrigada” seria muito ignorante e “Eu te amo” soaria muito precipitado, até porque eu não teria coragem para dizer essa frase. Como sou péssima em meio termos, resolvo ficar calada, esperando que Max saiba o que eu penso.

            Mais ou menos meia hora depois, pagamos a conta e vamos embora. Não demora muito até que cheguemos à garagem. Entramos e ainda não há ninguém. Max vai comigo até o quarto e a cama vazia me tenta.

            - Temos a casa só para nós dois – digo, esperando que ele capte a mensagem.

            - Tomara que eles demorem a chegar – Max concorda e me agarra assim que termina de falar, prensando-me contra a parede.

            Entrelaço os dedos em sua nuca e ele aperta minha cintura. Quando temos que partir o beijo, ofegantes, eu aproveito para desabotoar sua camisa preta e jogá-la no chão ao nosso lado. Ele me pega no colo e me leva até a cama, ficando por cima. Beija meu pescoço enquanto suas mãos descem até minha calça. Nos livramos dos nossos sapatos.

            Estou meio bêbada, mas não o suficiente para não ter plena consciência do que estou fazendo. Beijo o ombro de Max e descubro que ele tem uma tatuagem. Desenhados em tinta preta, há os escritos Hic Et Nunc. Torço para que eu me lembre de perguntar o que significa amanhã.

            Max trilha um caminho de beijos do meu pescoço até a boca, fazendo com que nossas línguas se encontrem ansiosas. Desafivelo seu cinto e abaixo suas calças com pressa. Ele solta um suspiro ao sentir minha mão roçar sua ereção. Logo, nossas peças de roupas têm um destino desimportante e ficamos completamente nus.

            Max sorri doce para mim. Ele se põe a distribuir pequenos beijos por todo o meu corpo, desde a minha boca até a parte interna das minhas coxas, onde deposita leves mordidas e lambidas lentas e sensuais. Aprecio toda a cena com os olhos semicerrados, já adivinhando o que está por vir. Os lábios de Max se chocam contra a minha intimidade já demasiadamente úmida, e então a sua língua quente e habilidosa começa um trabalho com maestria por aquela região. Ao encontrar o meu clitóris, ele o pressiona levemente para então o chupar vagarosamente, fazendo-me arfar.

            Max cessa o toque de repente, fazendo com que eu me envergonhe pelo gemido de protesto involuntário que paira no ar. Ele volta a deixar nossos rostos da mesma altura. Os meus músculos ainda sofrem com o êxtase que quase alcançaram há segundos quando Max me penetra, fazendo-me sentir uma onda de prazer tão grande que é preciso eu me agarrar aos seus braços com força para descontar a tensão.

Cubro o seu queixo com os lábios, dando leves mordidinhas enquanto ele investe em mim com movimentos tão lentos que chegam a me torturar. Começo a mover a minha cintura em sintonia com a dele, o que o faz cerrar os lábios em uma tentativa inútil de reprimir um grunhido e me permite dar uma risadinha quase inaudível de satisfação.

- Eu avisei que se arrependeria de ter me chutado – sussurra Max com a voz rouca, mordendo o lóbulo da minha orelha.

            Em resposta, dou um gemido alto que não consigo controlar. Max aumenta a velocidade e a intensidade de seus movimentos. Chego ao clímax instantes depois, fincando as unhas em suas costas por conta dos espasmos que me atingem. Ele então se deixa entregar ao êxtase também, derramando seu líquido quente dentro de mim.

            Max desaba em cima de mim, voltando a roçar seus lábios quase preguiçosamente por meu pescoço. Faço carinho em seus cabelos cor de areia, e nós ficamos assim, abraçados, até decidirmos dormir antes que alguém chegue e nos veja nesse estado.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí o que acharam, porque eu não sou boa em escrever cenas desse tipo kkkkkkk então queria mesmo saber a opinião de vocês.
Então... devo continuar?



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