Annie e Percy me mostraram o acampamento enquanto explicavam todas as coisas que eu precisava saber. E depois que um longo dia explicando muitas coisas, e de conversarem com Quíron, Já era umas 10 horas da noite quando decidiram me colocar no chalé de Hades. Percy, Annie, Rachel e Quíron começaram a discutir sobre a Bianca.

– Como é seu nome? - perguntou o menino que me levaria para o chalé 13.

– Angelica. - respondi em uma foz fraca.

– Meu nome é Jon sou filho de Hermes. Estão dizendo por aí que você é uma tal de Bianca di Angelo, certo?

– Eu não sou essa Bianca. - Minha cabeça doía sempre que falavam sobre essa Bianca. Será que todos precisam falar sobre ela?

– Desculpa, não quis te deixar nervosa, acho que você já deve estar cansada de te perguntarem essas coisas. - Ele deu uma pausa - Enfim, aqui é o chalé de Hades. Tem dois campistas aqui, uma menina de 5 anos, a Vivian. E um menino de 9 chamado Billy.

O chamlé de Hades era bem sombrio, uma tocha de um fogo verde brilhava na frente do chalé, vária caveiras e ossos estavam espalhados pelo chalé, as paredes de um mármore negro.

– é bem sinistro, acho que eu não conseguiria dormir aí, bem, até mais.

Entrei no chalé, duas camas estavam ocupadas. Minhas malas estavam em cima de uma terceira, eu estava com muito sono, então não prestei atenção na macabra decoração, me deitei em uma das camas livres e dormi imediatamente.

Tive um sonho estranho.

Eu estava tudo em preto e branco, uma música clássica tocava ao fundo, eu estava sentada no tapete de uma sala, com um menininho de uns 7 anos ao meu lado, estávamos brincando de um jogo de cartas. Um moça de uns 35 anos estava sentada no sofá, ela usava um vestido negro elegante, conversava nervosamente com um homem ao seu lado, ele usava um terno preto, um anel de com uma grande caveira brilhava em seu dedo. Ela chorava, ela afagava sua mão, dizendo palavras de conforto. Falavam baixo o suficiente para que eu e o menino não escutássemos. Pela janela eu via uma grande tempestade caindo, quando um grande trovão fez tremer a grande casa, o menininho tremeu um pouco, segurei sua mão e disse que estava tudo bem. Olhei para o casal no sofá a moça secava suas lágrimas o homem a abraçava forte, o menininho então me deu uma pequena estatua de bronze que se parecia com o homem no sofá, está tudo bem disse o menino, apertei forte a estátua em minhas mãos.

Está tudo bem, repeti.

Acordei com lágrimas nos olhos, estava escuro, de um jeito sinistro, caveiras brilhavam á luz da lua que estrava pelas janelas, uma pequena estátua se destacava em uma estante. Levantei da cama e cheguei mais perto, é a mesma estátua de meu sonho. Com um déjà-vu estranho apertei a estátua. Certo isso é bizarro. Coloquei a estátua de volta e voltei para a cama.

Eu não sou essa bianca. – repeti a mim mesma. - Isso não deveria ser familiar.

Parecia ser umas 3 da manhã, ainda estava cansada, não tinha vontade nenhuma de dormir e sonhar novamente. O sono me venceu, e acabei dormindo.

Estava tudo em preto e branco novamente, o mesmo menino estava ao meu lado jogando um jogo de cartas, ele estava maior agora, tinha uns 9 anos, estávamos sozinhos em um quarto de hotel, eu olhava para a janela, caía uma fina garoa. Eu usava roupas discretas, sem chamar atenção, mesmo sozinha. O menininho usava uma camiseta preta, estava deitado no chão, jogando seu jogo. Pedi secretamente que meus pais estivessem conosco.

Quando acordei ainda não tinha amanhecido. As duas crianças ainda dormiam, eu me recusei a dormir novamente, mais um sonhos como aquele acabaria comigo. Peguei meu mp3 e apertei play em uma música do Linkin Park. Fiquei na minha cama até alguém acordar e vim ver quem eu era, porque eu não estava aqui quando eles foram dormir.

– Quem é você? - perguntou a menina.

Me levantei e tirei os fones de ouvido.

– Meu nome é Angelica, eu cheguei ontem aqui, umas 10 horas.

– Meu nome é Billy, e essa é a Vivian. Você é filha de Hades? - perguntou o menino.

– sou, eu fui reclamada ontem.

– Nosso chalé é vazio, acho que seria mais acolhedor com mais gente.

– Eu escutei você chorando de noite, está tudo bem? - perguntou a menina.

– ah, está tudo sim. - nossa eu estava chorando tão alto assim?

Conversamos mais um pouco quando Annie bateu na porta do chalé.

– Anjo, quero que conheça um amigo nosso.

E quando entrou um garoto de uns 24 no chalé, minha cabeça quase explodiu de dor.

Não pode ser. disse a mim mesma.