Não, Eu Não Sou Essa Sua Bianca di Angelo. escrita por Little Owl


Capítulo 18
Capítulo 18 - Jimmy.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora.
Estou tendo alguns problemas pessoais, e a escola não me dá folga. E eu ainda tenho que cuidar do meu tumblr, minha página no face, e mais uma dúzia de redes sociais, e ainda preciso terminar os três livros que estou lendo. E ainda escrever nas minha três histórias.
Para compensar a demora, fiz um capítulo especial. uma surpresa haha.
Seguinte: o capítulo vai ser narrado pelo Jimmy.



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Meu coração disparou quando a vi subir no duto de ventilação. Sim, essa poderia ser a ultima vez que eu veria Angelica. Queria dizer que a amava, e que faria tudo para tê-la nos braços, e mais do que tudo queria beijá-la. A ultima coisa que vi foram seus olhos, olhos de um castanho intenso e quase pretos, seu olhar dizia coisas que não podiam ser expressadas em palavras. Espero que meus olhos estejam assim também. Espero que ela entenda. Eu queria fugir com ela, para um lugar que os deuses não nos perturbe, um lugar que poderíamos ser felizes juntos. Mas esse lugar existiria?

Acho que não deveria ter esperado que ela fizesse sua escolha para se juntar com as caçadoras, não deveria ter ficado quieto, talvez ela não soubesse o tanto que a amo. Deveria ter beijado ela antes, no trailer, em Indianópolis, no trem, no pégaso, no acampamento, na primeira vez que a vi. Se eu tivesse beijado ela mais cedo tudo poderia ser diferente. Mas ainda posso ter uma chance, certo?

Mas meu coração disparou enquanto via ela subindo no duto de ventilação. Essa poderia ser a ultima vez que veria ela, quando nós entrássemos na sala ao lado poderia ser a ultima luta que teríamos. Eram um exército a disposição do inimigo contra nós três.

Não. - forcei a mim mesmo pensar positivo. - somos semideuses, heróis. Temos sangue divino correndo nas veias. Os deuses estão do nosso lado.

A tela do tablet ligou, o que me chamou para a realidade.

James estava segurando, ao meu lado.

Na tela, a sala ao lado parecia igual a que nós estávamos. Vista de cima. Logo comecei a notar cada objeto na sala. O que aprendi no acampamento não foi inútil. No desespero, poderíamos usar aquela vassoura no canto da sala como arma, a janela enorme de vidro era um problema, quando entrarmos na sala, seria fácil para qualquer um lá em baixo enxergar que seu comandante estava em maus lençóis. Não descartei a possibilidade de que a qualquer hora da luta mais reforços inimigos poderiam chegar. Seríamos dois contra quatro na sala por poucos minutos até Angelica conseguir sair do duto.

Praticamente não ouvi o que os dois homens estavam conversando, dois monstros desconhecidos estavam a postos um em cada canto da sala, e os dois homens discutiam sentados em uma mesa.

Espero que James tenha captado a conversa. - Pensei. Mas só consegui entender que os dois conversavam sobre um exército de monstros, derrotar deuses, experimentos,

O homem mais novo se levantou e de um dos armários tirou um pequeno baú. Colocou sobre a mesa e o abriu, tirando de lá um punhado de amuletos, continuou contando ao velho sobre eles, mas não prestei atenção à conversa, vi que um dos amuletos era uma ampulheta de prata, e outro era um elmo do tamanho da unha do meu dedão e era feito de ouro. Eram todos colares. Vi também alguns semelhantes ao que eu dei à Angelica e ao James.

Me esforcei a prestar atenção às palavras do rapaz.

– Aqui eu tenho um amuleto que faz parar o tempo, um que tem o veneno mais doloroso já criado, um que te faz mudar de forma, outro que te deixa invisível, outro que faz essas duas coisas, um que tem a coragem de 7 heróis, outros que tem o poder de cada deus, e mais. E isso são apenas ingredientes, imagine alguns deles misturados e procure algum herói capaz de derrotar um monstro desses.

Foi tudo que precisei ouvir. Os amuletos que eu procurava estavam ali, bem naquela caixa. Agora é só entrar, derrubar que quer que esteja no caminho e tentar sair daqui sem ser morto.

Os homens se levantaram e o rapaz disse algo a um dos monstros, que assentiu e saiu da sala com o velho. Ouvimos os passos seguirem para longe da plataforma.

Maravilha. - Pensei. - Dois a menos.

Não esperamos muito tempo, guardei o tablet na mochila e desembainhei minha espada e peguei uma faca, segurando na mão esquerda, treinei no acampamento a atirar facas com a mão esquerda. Torcendo para que mais ninguém chegasse ou estivesse olhando para a sala do comandante. Saímos da em direção à sala ao lado, James abriu a porta e juntos entramos. Atirei uma faca no monstro parado no canto da sala, acertei a garganta e a criatura caiu no chão.

– Semideuses! - O rapaz disse, se levantando. - Eu estava agora mesmo pensando que precisaria de semideuses para minha próxima etapa.

– Fique sentado aí! - James gritou, o ameaçando com o machado.

– Nossa, mas que tal uma conversa? - Ele disse, levantando as mão, para mostrar que estavam vazias. - Por favor, não é que usamos espadas e machados que nos tornamos bárbaros medievais. Uma conversa civilizada ainda pode resolver vários problemas.

Olhei para além dele, sem que ele notasse. No duto de ventilação, um parafuso saía por vez, devagar para não ser notada. Angelica agia tão silenciosamente que parecia até um fantasma.

– Não vamos nos apresentar? - - O rapaz disse, antes que eu respondesse, desesperado para mudar de assunto.

– Tudo bem, quem é você? - Perguntei, enquanto lançava um olhar para James. Tivemos uma rápida conversa silenciosa. E chegamos a uma conclusão. Descobriríamos o máximo que pudermos, depois sem que ele notasse, Eu pegaria a caixa com os amuletos e daríamos um jeito de sair desse lugar.

– Sou Peter Karstark. Filho rejeitado de Hermes. O deus dos Mensageiros, Ladrões, viajan...

– Eu sei quem ele é. - Eu o interrompi.

– É claro que sabe, - Peter disse, abrindo um sorriso. - Também é filho dele. É um ladrão como eu. Hemes provou que não se importa com seus filhos. Mas me digam, quem são vocês?

– Eu sou James, Filho de Hefesto, e esse é Jimmy. - James se apresentou.

– Todos sabemos que os deuses não são lá pais muito responsáveis. - Peter começou a falar. - Eles são egoístas e irresponsáveis. Não conseguem cortar os dedos dos pés sem que peçam ajuda a filho semideus, acham que servimos só para isso.

Enquanto ele falava, eu observava Angelica com o canto do olho, ela tinha acabado de tirar o último parafuso, e tirava a grade tentando não fazer nenhum ruído.

Peter jogava para nós a mesma conversa fiada que tinha dito ao dr. Filgen.

Vamos, Anjo... Pensei, impaciente. Temos poucos minutos antes que alguém entre e perdemos a oportunidade de matá-lo.

Peter ainda falava, enquanto Angelica colocava as pernas para fora do Duto. Felizmente ela é realmente silenciosa como um fantasma, se é que fantasmas são silenciosos, ela deslisou o restante do corpo para fora e pulou sem fazer nenhum ruído, como se tivesse travesseiros nos pés.

– Se eu tivesse uma namora, - Peter continuou. - E os deuses estivessem tentando tira-la de mim, se eles estivessem tentando moldar o destino dela para atender aos próprios desejos egoístas deles sem que eu tenha papel nenhum ao lado dela... Acho que eu não continuaria fazendo exatamente o que eles querem. E o que você faria, Jimmy? O que...

Peter, ainda falava quando Angelica pegou sua adaga de ferro estígeo e pressionou o pomo de Adão de Peter.

– Mais uma palavra ou um pequeno movimento e será a ultima coisa que fará na sua vida. - Angelica disse, numa voz áspera e sombria, como uma verdadeira filha de Hades. Assustadoramente parecida com Nico di Angelo.

– Não se preocupe com o que eu disser, meu Anjo. - Peter disse. E Angelica apertou a adaga, deixando um fio de sangue escorrer do pescoço dele.

– Não a chame assim! - Eu quase gritei.

Peter sorriu.

– Ah, você tem língua. Por um momento, achei que nada que eu falasse o faria ter alguma reação. Parece que acertei em relação à sua namorada. Ou seu Anjo, como prefere chamá-la.

– Cale a boca. - Angelica disse, apertando a adaga em outro ponto e mais um fio de sangue escorreu da garganta de Peter.

– Mas nada disso importará em pouco tempo, logo estarão mortos. Alguns de meus empregados chegarão e não será preciso de muito para matá-lo. Uma menininha com metade do tamanho de meus monstros, um garoto magricela, e um filho de Hefesto com um martelo.

A adaga de ferro estígio deslizou para a boca de Peter, cortando da lateral direita do queixo até a narina esquerda.

– Nosso tempo está acabando. - James disse. - Vamos logo com isso, Angelica sai daí rápido.

Angelica, vendo a mão de James indo até o cabo do martelo de guerra, saiu de perto de Peter. E com um movimento rápido, James martelou a têmpora de Peter, deixando-o inconsciente. Peter caiu de cara na mesa.

Tudo bem, se James tivesse feito isso antes, pouparia muito nosso tempo. Mas precisávamos ouvir o que Peter tinha a dizer.

Peguei a caixa de amuletos em cima da mesa e guardei na mochila.

– Agora vamos torcer para que o corredor esteja vazio e que ninguém perceba nossa saída.

Ok. Me arrependi assim que terminei de falar. Todos sabemos como os semideuses atraem azar, quando acham que estão com sorte.

Quando terminei de falar, a porta atrás de nós se abriu.

Me virei e me deparei com duas criaturas estranhas. Combinações de vários monstro com que já lutei. E não são poucos. As criaturas olharam rápido para o que se passava na sala, mas logo compreenderam que nós eramos os inimigos, pois nos atacaram.

Não tive tempo para ficar observando os monstros. Saquei minha espada e cortei a garganta do que estava mais perto. James chegou e martelou a cabeça do outro.

E mais dois entraram, logo que o segundo caiu.

Continuei atacando a garganta, já que parecia ser um ponto fraco.

Um deles quase me acertou, mas uma flecha entrou no olho esquerdo da criatura e ela caiu. Agradeci mentalmente a Angelica, por ser tão boa com o arco, pois aquele monstro ia me acertar bem no coração.

Logo, estávamos lutando em cima de uma duna de poeira de monstro.

Não posso dizer que sou invencível, recebi vários cortes e arranhões, mas me esforçava ao máximo continuar com todos os meus membros inteiros.

Angelica acertava os monstros que eu e James não tínhamos tempo para fazê-lo. Ela acertava bem no olho.

Enfim, acertei um monstro que não explodiu em poeira quando o ataquei no pescoço. Ele era todo escamoso, tinha chifres do tamanho do meu pé. (eu calço 39). Ele tinha garras enormes, acho que do tamanho de uma faca de cozinha e parecia bem afiadas. E ele era muito rápido.

Angelica acertou três vezes o olho dele, mas as flechas ficaram lá. Mesmo com aquelas escamas, minha espada serviu para alguma coisa. Lutar contra aquele monstro não foi tão fácil quanto os outros, mas quando eu acertei pela quarta vez o mesmo ponto, a lateral da garganta, as escamas de lá foram se afrouxado. Tudo bem, não foi como acertar um boneco parado, mas consegui acertar mais algumas vezes o mesmo ponto e consegui tirar as escamas de lá e quando acertei mais uma vez lá, o monstro explodiu em pó.

Isso durou uns 3 minutos, e a sala já estava cheia de monstros dos mais diversos. Entrei no modo automático e fui matando todos que estavam ao meu alcance.

Mais um que estava em um nível mais elevado de defesa. Ele tinha a pele cor preta (não como um negro humano, mas preta preta.) E parecia que era tão forte como a espada de Angelica. Ele tinha quatro braços com uma faca em casa mão, e uma cauda com algo parecido com um ferrão de abelha na ponta. Prestei atenção à cauda enquanto lutava, quando o monstro desprotegeu a área, cortei a cauda ao meio, fazendo o monstro se desfazer em poeira.

James se saía muito bem, matando meia dúzia de monstros a cada girada com o machada. E Angelica, que estava em cima de um armário, (não me pergunte como nem quando ela subiu.) Atirava sem parar.

Mas foi um erro olhar para ela. Porque senti uma dor insuportável nas costas. Me virei, mas era tarde demais. Um outro monstro com uma cauda com ferroada estava atrás de mim. Mas sua cauda estava nas minhas costas.

– Não! - Angelica gritou.

Mas era tarde demais. Minha visão ficou verde e turva.

Caí no chão.

Angelica pulou do armário de onde estava e cravou sua adaga de ferro estígio no chão. E uma grande rachadura se abriu. Esqueletos saíram de dentro, apenas com o olhar Angelica mandou que eles matassem todos os monstros da sala. E eles se apressaram em fazer seu trabalho. Não parava de sair esqueletos da rachadura, não sei como coube tantos corpos no mesmo quarto apertado.

Angelica chegou até onde eu estava e me puxou para a rachadura no chão. Gritou para James, e se jogou comigo para dentro da rachadura.

E minha visão escureceu.

E a ultima coisa que vi foi Angelica. 

E a ultima coisa que pensei foi: Eu te amo. 


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Notas finais do capítulo

E aí? e aí? Gostaram? comentem!
(mesmo eu não respondendo), eu leio todos os comentários, e dou muitas risadas, mostro pra todo mundo e fico orgulhosa de mim U-U kkkk mas obg mt por comentarem. Faz eu criar tempo pra escrever mais.
muito obrigada por acompanharem a minha fic.



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