Laura E Edgar - Uma Outra História escrita por Cíntia


Capítulo 8
Tormento


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários. Esse capítulo é dedicado a todas que vêm comentando e acompanhado essa história. Espero que gostem.



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Por Edgar

Desde que me reencontrei e briguei com a Laura, não tenho ânimo para sair de casa, escrever o ou fazer qualquer outra coisa. Tudo aconteceu na sexta e hoje é domingo, já devia ter superado, mas ainda me encontro repetidamente pensando no que aconteceu.

Em como foram duras as palavras que ouvi dela e o quanto as minhas também foram. Amanhã não sei como conseguirei atender meus clientes ou como irei ao fórum para as minhas audiências. Caramba... Estou sendo patético.

Eu tento esquecer mas os pensamentos sempre voltam. As nossas brigas no passado, o divórcio, a carta que ela me deixou, o nosso reencontro. A culpa me corroí mas também estou carregado muita raiva. Depois de tudo o que vivemos, depois dela me deixar sozinho com tantas lembranças e comigo tentando preservar a sua reputação. Laura não teve a mínima consideração em me avisar que voltara.

Ao vê-la me relembrei de como sinto a sua falta. Por poucos momentos, senti uma felicidade imensa, algo que não vivenciava desde que ela se foi. Estava com saudades de Laura e também dessa felicidade.

Mas depois a raiva me dominou, e me excedi. Não devia ter alterado a voz daquele jeito, não devia ter puxado o braço dela, não devia ter falado palavras tão duras. Eu sou ótimo em controlar minhas emoções e meus acessos de raiva. Mas com ela eu não conseguia, com ela eu perdia a razão. Era mais forte do que eu.

Escuto a campainha e sou obrigado a atender. Estou só, pois dei folga a Matilde:

- Como vai o meu caro jornalista Antônio Ferreira? - falou Guerra entrando sorridente

- Vou indo, Guerra... Indo..- falei tentando disfarçar o meu desanimo

- Humm … O que aconteceu? Você não apareceu mais no jornal, nem para jogar conversa fora ou para falar das suas matérias. Esta tão empanhado escrevendo que nem teve tempo de tempo de fazer uma visita?

Estávamos na sala e me joguei no sofá desanimado:

- Eu até tentei escrever, mas não consigo me concentrar.

- Edgar não me diga que perderei o meu jornalista mais talentoso? - ele falou rindo, mas depois viu como eu estava abalado e ficou sério - Qual o problema?

- Laura!

- Imaginava, não podia ser outro. É sempre ela. Ela foi embora há tanto tempo não era para você estar assim. Ou será que está adoentado e devo chamar a D. Margarida para cuidar de você?

- Não. Laura voltou, Guerra, eu a vi na sexta.

- Ela voltou? E como foi? - ele perguntou animado e surpreso

- Horrível … Eu me excedi e gritei com ela. Ela também gritou comigo. Mas é que ... ela não teve a descendência de me avisar que voltara!

- Edgar... convenhamos, vocês estão separados, ela não era obrigada a te dar satisfação.

- Eu sei …. mas perdi o controle. Me senti quase que traído, o último a saber.

- Ela não é mais sua esposa e a cidade é de todos.

- Eu entendo racionalmente, mas ela…

- Você não me parece muito dono da sua razão agora. Edgar, você está um caco.

- Obrigado por palavras tão estimulantes sobre meu estado, amigo!

- Disponha – ele riu e depois voltou a falar sério - Só estou falando o que estou vendo. Vocês deviam conversar direito... Acertar as coisas. Pelo menos para você não ficar desse jeito O que sabe sobre essa volta dela?

- Não tenho muitos detalhes, só entendi que ela está trabalhando na biblioteca.

- Procure-a então e esclareça as coisas, é melhor do que ficar martelando sozinho esses problemas na cabeça.

- Eu disse a ela que não a procuraria mais.

- Ahh... Edgar, não seria a primeira vez que você voltaria atrás em relação a algo que disse a Laura, não é?

- Estou cansado, Guerra. Não quero falar mais sobre isso...

- Tá bom. Acho que não adianta fugir mas …

- E você, como vai? Como andam as coisas com a Celinha? - eu precisava mudar de assunto, senão a conversa duraria eras

- Ahhh, vão bem, meu caro …

Guerra começou a me contar do seu romance com a Tia de Laura. Olha aí.. Tá vendo? Até nisso o destino era cruel, me fazendo lembrar dela, mesmo quando se referia a namorada do meu melhor amigo.

De qualquer forma, eu não havia esquecido o que ele havia dito antes. Guerra só me deu um empurrão, mas antes da sua visita eu já estava propenso a procurar Laura, só não queria admitir. Essa era a melhor solução, tinha que acabar com esse tormento logo. No dia seguinte, eu a procuraria e dessa vez tentaria segurar minha raiva.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Como acham que vai ser o novo encontro de Laura e Edgar? Alguma sugestão? Comentem, mostrem que estão lendo, isso me anima a escrever...