Laura E Edgar - Uma Outra História escrita por Cíntia


Capítulo 37
A conversa


Notas iniciais do capítulo

Meninas muito obrigada pelos comentários no capítulo anterior. Eles me animaram muito. Mas o meu agradecimento especial para a Vivinha e a Cintia Cerqueira que recomendaram essa história. É isso mesmo, duas recomendações em um mesmo dia. Fiquei tãoooo feliz. Valeu. Espero que gostem desse capítulo.



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Por Laura

Eu estava nos braços de Edgar, sentia o seu calor. Aproveitava aquele momento... Após tanto tempo, ele havia se declarado. Ele me amava, me chamava de meu amor. Ahhh... era disso que eu precisava ... de palavras. Minhas inseguranças foram embora. Ele me amava. A gente resolveria as coisas.

Estávamos cansados, mas saciados. E pensei se não seria o momento ideal para uma conversa. O clima era mágico, e anteriormente, teria medo de quebrá-lo. Mas é que essa nossa conversa não poderia, nem deveria ser mais adiada:

– Edgar... meu amor – como era bom chamá-lo assim – Você está muito cansado?

– Meu amor ... cansado ... eu estou ... mas se você quiser, a gente ainda pode... – ele subiu em cima de mim e sorriu insinuante.

– Não era bem isso tinha em mente...– falei rindo e ele me beijou

– Então o que tinha em mente? – me perguntou sapeca

– Uma conversa... acho que cansados, não brigaremos...- falei insinuante

– Tá bom. Realmente, já a adiamos demais. – ele saiu de cima de mim e me colocou deitada em seu peito – Eu começo ... – ele ria, a coisa era séria, mas o clima não era ruim, isso era bom.

– Corajoso – falei rindo

– Laura ... meu amor ... anos atrás quando soube da Melissa. Agi de forma horrível ...quando te deixei no Brasil, quando a trouxe com a Catarina sem te avisar, e depois quando voltei ... eu não consegui conciliar. Não estive com você quando você perdeu o nosso bebê, não te apoiei depois. Eu deveria, queria ter estado com você ... mas eram tantas coisas, os problemas da Melissa. Eu queria te proteger, achava que estava te protegendo, não te afastando quando... Me desculpe...- ele falava intenso, parecia bem sincero e arrependido

– Edgar... só não faça mais isso, eu aguento, eu sou forte, não precisa me afastar para me proteger. Só não aguentaria ver você agindo assim novamente.

– Eu sei ... não farei mais isso. Você é uma mulher forte, doce, e admirável. E quanto a Catarina... já conversei com ela. Ela não virá mais aqui. Ela não nos incomodará mais ... te desafiar. Só tenho contato com ela por causa da Melissa. Ela não teve a sorte do Antônio, não tem uma mãe maravilhosa como você. Mas é a mãe dela, e eu sou o culpado disso, pois me envolvi com ela. Não posso deixar a minha filha sem mãe, só por isso, tolero a Catarina, não tenho mais nada com ela. – ele falou firme.

– Obrigada, como aquela mulher não apareceu mais... Eu já imaginava que você tinha falado com ela. Eu não aguento seu o jeito abusado e fingido. Eu tento me conter ... mas ela me incomoda.

– Eu sei, eu sei, meu amor – ele sorriu e nos beijamos

– Acho que agora é a minha vez então... – ele olhou para mim atento - Gostaria de esclarecer uns pontos em relação ao Toninho, a minha decisão de não contar nada. Você me acusou de não ter falado na audiência do divórcio...

– Eu fui muito duro ... não devia...

– Não tem problemas, Edgar. Sei que você estava magoado. Me deixa falar... Eu preciso falar ... a gente precisa disso ... – eu estava emocionada e ele prestava atenção - Quero te explicar esse ponto. Eu não sabia que estava grávida na audiência do divórcio. Estava no início, a nossa vida era muito confusa e não tinha percebido que minhas regras ... Eu não te contei nada, pois não sabia, se eu soubesse ... talvez tivesse te contado. Não tenho como saber. Eu só descobri que estava grávida algumas semanas depois. Fiquei tão feliz, era um prêmio após ter sofrido tanto, de ter perdido o nosso bebê. A minha primeira vontade foi te contar, mas eu pensei na situação que vivíamos, o inferno a que estaria sujeita. Eu precisava de paz, senti tanta pressão na minha primeira gravidez, foi tudo tão difícil, fiquei com medo de perder esse bebê também se eu voltasse a viver assim. E se eu o perdesse, não aguentaria. Então resolvi ficar onde estava, depois que nosso filho nascesse, te contaria... – me lembrava desses momentos, e lágrimas começaram a cair dos meus olhos, mas continuei falando firme- Mas quando Toninho nasceu, ele era tão pequeno, tão desprotegido, eu era a sua mãe dele, o amava tanto, tinha o dever de protegê-lo. Fiquei com medo da situação em que ele cresceria, um ambiente ruim, ou que alguém fizesse algo contra ele. Então adiei, pensei em contar quando ele ficasse maior e pudesse se proteger. E ele foi crescendo em paz, parecia um menino feliz... eu sempre pensei em te contar, mas quando o via sorridente, tinha medo, ele estava bem, não queria acabar com o sorriso dele. Mas um dia, ele começou a perguntar sobre você, como havia morrido. Todos achavam que eu era viúva. Mas para ele não podia mentir. Então resolvi voltar para ele conhecer os parentes, e principalmente você. Eu não queria que você descobrisse daquela forma... a minha intenção era te contar, mas sem brigas, então queria uma situação tranquila, mas ela nunca veio. – havia dito tudo e desabei no peito dele, Edgar apertou o seu abraço, e me beijou no rosto.

– Eu entendo ... Laura. Você fez o que achava melhor... E Antônio é um ótimo menino, você o criou muito bem... Mas eu perdi tanta coisa importante na vida dele, tanta coisa que queria ter visto...

– Eu sei ... mas não fiz com essa intenção.- me aprofundei mais chorando em seu peito, mas ele puxou a minha cabeça e falou olhando em meus olhos

– Eu entendo ... Mas não concordo com a sua atitude... mas isso é passado... temos um grande futuro pela frente... Só te peço para não afastar mais meu filho de mim, para não afastar nem esconder nenhum filho de mim. Eu não suportaria ...– ele falava firme, e com muito sentimento.

– Sim, Meu amor. Eu não ... – ele me beijou com urgência... com emoção e nos aprofundamos nesse beijo

Depois que nos separamos, esperei um pouco para recuperar o fôlego e as lágrimas secarem, quando voltei a falar já sorria:

– Desse jeito vou acabar desidratando de tanto chorar...

– Bem ... isso é bom pois assim mostra que não nos tornamos maçantes... Melosos, mas não maçantes.- ele falou enquanto sorria satisfeito

– Se bem que você anda meio maçante, já eu .... – fui interrompida

– Maçante, vou te mostrar quem é maçante! – ele se passava por ofendido, mas sabia que brincava, enquanto se posicionava em cima de mim e começava beijar o meu colo.

– Já eu posso ter uma desculpa para estar chorando tanto – falei e ele parou surpreso

– Desculpa? – ele ainda continuava em cima de mim, mas olhava fixo em meus olhos.

– Acho que estou grávida, Edgar.

– Grávida? Já? – ele se afastou completamente surpreso

– Na verdade estou quase certa, só preciso confirmar com um médico – ele começou a sorrir, um sorriso brilhante, sincero e apaixonado.

– Laura ... meu amor ... – ele levou a sua mão até minha barriga e a acariciou – Tem um bebê aqui? – ele estava bobo, e eu fiquei muito feliz em vê-lo daquela forma.

– Sim.. parece que sim – confirmei e ele beijou minha barriga, e foi subindo o corpo até alcançar os meus lábios.

– Eu sou o homem mais feliz do Universo – ele falou enquanto me beijava, mas depois se afastou assustado – Desculpa ... você está bem? Eu não te machuquei? Não machuquei o bebê? Aliás.. a gente antes ... foi um pouco ... selvagem... não o machucou? – ele estava preocupado, gaguejava e dei uma risada

– Bobo... Mulheres grávidas não são de louça. Eu estou bem. Aliás, estou ótima. E tenho certeza nosso bebê também.

Ele ficou um pouco aliviado, se aproximou de mim com cuidado e disse:

– Bem... que bom. Mas talvez a gente devesse maneirar um pouco – me colocou em cima dele e me abraçou protetor

– Não... não... não se brinca dessa maneira com uma mulher em meu estado hormonal. Agora que você começou vai ter terminar.

Parti para cima dele e o beijei ...


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da DR? E do modo que Laura contou a Edgar sobre a gravidez?
Espero que tenham gostado. E comentem e recomendem isso sempre me faz escrever mais e melhor.