Lorien Remains escrita por MH Lupi


Capítulo 37
Capítulo 34 - A Batalha - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Heeey Guuuuys *--------*
Psé, e eu pensando que ia demorar pra postar. Como se eu pudesse ficar dois minutos sem abrir o Word e começar á digitar palavras aleatórias.
Enfim, penúltimo cap da fic :/. Olha, tô postando na pressa pq queria postar hoje, e só vou revisar agora, se acharem algum errinho, me avisem.
É, eu não consegui escrever 2500 palavras, só 2100. E eu acho que o próx cap não vai ser tão longo, pq eu pus muito da batalha nesse cap. Ah, acho que, se der certo, o próx cap vai ser narrativo, para que eu possa aproveitar o máximo da batalha ;),
So...
Enjoooooy:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341800/chapter/37

Respiro fundo e fecho os olhos. Sabia que, dessa vez, não enfrentaria nenhuma farsa. Se eu quiser sobreviver, preciso da força de mais de mil lorienos. Escuto as botas deles quebrando as pequenas pedras que se desprenderam dos vários escombros ao meu redor. Escuto seus gritos de guerra e seus rugidos. Abro os olhos. Guardo minha pistola e aperto minha espada com as duas mãos. O primeiro chega á mim.

Ele levanta a espada acima da cabeça e desce-a rapidamente. Intercepto seu ataque um pouco antes dele acertar meu corpo e dou um chute em seu peito. Ele voa uns três metros pra trás e cai de costas. Os outros nove cercam-me enquanto o primeiro levanta-se. Eles fazem um círculo completo ao meu redor, sempre mantendo um metro de distância.

Sinto o que estava atrás de mim tentar uma estocada. Viro-me, desvio sua espada com a minha, e lhe dou uma cotovelada no nariz. O que estava á minha frente tenta cortar minha garganta. Movo a cabeça pra trás e desvio dele, mas não desvio do corte de outro deles, que passa a ponta da lâmina no fim das minhas costas. Sinto um pouco de sangue escorrer por minhas costas, mas foco nas espadas, que estão próximas demais.

Então começa. Por um segundo, tudo que vejo é cinza claro da minha espada lutando contra o branco da espada deles. E o branco estava ganhando, sempre manchando-se mais de vermelho. Sentia cortes rasos nas costas, tórax, barriga, rosto, pernas e braços. Intercepto um golpe deles á minha direita, usando minha espada como escudo, e um deles passa a lâmina pelo meu bíceps direito. O sangue escorre e pinga no chão.

Você tem telepatia, seu imbecil. Use-a!

Ah, é...

Entro na mente de todos eles, lendo sua estratégia. E ela era até fácil de se compreender: Distrair e Atacar. Uma pessoa não pode impedir dez lâminas ao mesmo tempo... Claro, a menos que saiba onde e quando essas lâminas o atacarão. Mas mesmo assim, eu não posso ler a mente de dez Mogs ao mesmo tempo. E, mesmo que eu conseguisse desviar, não conseguiria atacar. Principalmente com todos esses pensamentos em minha cabeça.

E então eles recomeçam os ataques. Sempre que defendia um á minha frente, o de trás atacava. Quando defendia um corte á direita, recebia uma estocada á esquerda. Quando me abaixava pra manter minha cabeça no corpo, recebia um chute e parava no chão, tendo que desviar os golpes com meus legados, que consumiam muito mais energia do que eu podia usar. Numa dessas, eu usei minha telecinesia pra lançar todos alguns metros de mim, separando-os e me dando uma ótima oportunidade.

Eu não conseguiria derrotar todos se eles estivessem juntos, mas separados, eles eram mamão com açúcar (N/A: Gente, é isso que o Oito fala quando Quatro avisa que os Mogs se juntaram com o FBI.).

Corro até o Mog que estava mais perto, eu tinha o lançado num bloco de concreto enorme, restante de um dos prédios. Vou em sua direção com a o cabo da espada apoiada na palma da minha mão direita. Ele desvia pra esquerda, e minha espada fica fincada na pedra gigante. Ele me dá um cruzado de direita e eu solto a espada. Ele ri debochadamente pra mim, enquanto eu lia seu pensamento. Ele tenta me dar um gancho de direita, eu desvio pra esquerda. Tenta me dar uma rasteira, eu pulo. Tenta me dar uma joelhada na barriga, eu impulsiono-me pra direita e chuto seu peito. Um segundo Mog chega á nos dois. Abaixo-me, enquanto ele tentava passar a espada na minha cabeça, e soco sua barriga. Ele cambaleia pra trás e eu soco o meio de seu rosto, e a parte direita, e então na barriga outra vez, e, pra finalizar, chuto com o calcanhar o seu rosto, tão forte, que vejo cinco dos seus dentes pontudos saírem manchados de preto de sua boca. Ele cai desnorteado no chão.

Sinto algo frio atravessar minha barriga. Vejo o metal branco brilhante mogadoriano sair de um buraco no meio do meu corpo. Escuto a risada abafada do Mog atrás de mim, que lambe a parte de frente de seus dentes. Pego minha pistola e, por cima do ombro, atiro pra trás. Faço isso tão rápido que minha mão virou praticamente um borrão. Escuto a risada do Mog acabar e, um segundo depois, o barulho de algo caindo no chão.

Cuspo o sangue, que subira a minha boca, no chão, arranco o cabo da espada atrás de mim e torço a parte da frente, até toda o metal branco ficar encostado em meu corpo. Sabia bem que, se eu tirasse a lâmina de dentro do mim, a hemorragia acabaria com minha energia e os Mogs me matariam. Mesmo que, toda vez que eu respirasse, a dor fosse absurda, ou, sempre que eu me movesse um centímetro, sentisse minha carne ser cortada ainda mais.

Os outro oito se levantam.

Marina. – Tento fazer seu pensamento chegar á alguém – Quatro? Nove? Eu to precisando de ajuda aqui! Agora.

Os oito vêm em minha direção. Pego minha espada, que ainda estava fincada na pedra – e transformo-a em adaga. Com telecinese, ignoro o que eu mesmo recomendei não fazer, e tiro a lâmina de dentro de mim.

–Cansei de vocês – digo, olhando em volta como se eu não estivesse morrendo. Respiro fundo e cerro meus punhos - Cansei demais.

Quando eles estão á quatro metros de mim, eu soco o chão.

Sinto todo o chão ao meu redor se mover. Eu acabo de criar o terremoto. O chão se contorce e, em alguns pontos, faz surgir blocos gigantes de três metros de altura, e, em outros pontos, crateras abrem-se, derrubando escombros, Mogs, carros e seja lá o que estiver perto dele no momento. O chão abaixo de mim é um dos pontos que sobem. Ele forma uma coluna desigual: Ela sobe em diagonal, pendendo pro lado direito, e, quanto mais sobe, mais balança, fazendo-me cair deitado. A coluna sobre muitos metros, igualando-se apenas com outras poucas. Quando ela atinge seu ápice, vejo o que causei.

Tudo está destruído num raio de trinta metros. As estradas desapareceram; Os prédios destruídos não se destacam mais: Está tudo destruído; Colunas e blocos gigantes de concreto estão “capotados” em todos os lugares, assim como fendas profundas, que engolem pedras e carros.

Sabe aquelas cenas de livros e filmes em que o mocinho usa toda sua força num golpe, mas depois toda sua energia reaparece magicamente, por que ele lembra que tem que proteger os amigos?

É. Isso não vai acontecer mesmo.

Isso sim vai dar notícia. Os possíveis títulos seriam: “Terremoto destrói parte de Illinois” – o que seria engraçado, já que não existem encontro de placas tectônicas perto daqui – ou a mais provável: “Terroristas atacam cidadezinha ao sul de Illinois.”. O terrorista de Paradise e o terrorista desconhecido do Kansas juntam-se e destroem TUDO á sua volta. Ah sim, isso vai dar muita notícia.

Sinto meu corpo deslocar-se pra direita, mas não tenho energia suficiente pra tirar a cara do chão.

Isso vai doer.

Pelos meus cálculos, a distância entre eu e o chão - que virou um monte de pedras gigantes espalhadas – é de quatro ou cinco metros. O ferimento em minha barriga simplesmente jorra sangue pra caramba, e não sinto nem um pingo de energia voltando á mim. Os assassinos de Mogadore já estão levantando-se de seus lugares. Restam quatro deles.

São duas possibilidades: Os outros ou foram esmagados pelas pedronas, ou foram tragados por alguma rachadura por aí.

Então caio. Com uma última fagulha de energia, paro meu corpo antes dele bater nas pedras. Assim que me deito num bloco gigante, tudo fica preto.


Sinto minha mente entrando numa visão. Agora, vejo as mesmas pessoas do meu outro sonho. O garoto, anjo, ou seja lá o que for, e a garota. Ambos estão lutando contra dois Mogs. Os Mogs tem a marca inconfundível dos assassinos. Eles trocam espadadas, chutes e cotoveladas, mas nenhum dos quatro fraqueja em nenhum momento. O garoto fala algo, e a garota abaixa-se. Um segundo depois, o garoto dispara um tipo de flash com a mão, e tudo fica branco.

Quando eu consigo ver de novo, nem eu acredito: O garoto estava ofegante, mas os dois Mogs – ou o que restou deles: A parte de baixo do seu corpo, seus braços e um pedaço de suas cabeças. – estavam totalmente carbonizadas. Cara, isso não é nada bonito de se ver.

O garoto sorri vitorioso pra garota, que tem uma cara perplexa. Ela grita algo com ela, que, por leitura labial, entendo como: “FICOU DOIDO?!”

Um bando de Kraulls pula nos dois, e tudo fica preto.

Sinto algo bater em minha bochecha direita e escuto ecos, tão baixos que são impossíveis de se entender. A luz entra por uma pequena brecha em meus olhos, mas tudo está embaçado. As únicas coisas que consigo distinguir são as cores: O azul do céu e o branco das nuvens.

Sinto algo envolver meus ombros e encostar por completo na parte esquerda do meu rosto. Todo barulho ainda são ecos distantes, e as cores ainda são as mesmas. Os meus olhos fecham-se outra vez. A coisa encosta em mim de novo, mas não no rosto ou nos ombros. Sinto-a encostar em meus lábios.

Sabia que não era Seis. Eu sabia que antes, mesmo sem querer, eu havia obrigado-a á fazer aquilo. Ela tinha feito o que eu queria, não o que ela queria.

Faço mais força pra abrir os olhos. A luz forte agora estava bloqueada por alguma coisa. Quando meus olhos finalmente acostumam-se á luz, eu vejo dois globos castanho-escuros olhando pra mim. Sinto ela arrumar meu cabelo e colocar uma mecha por trás da minha orelha. Ela sorri.

–Tudo bem? – pergunta, ajudando-me á sentar. Dessa vez sua voz chegou completa até mim.

Olho confuso pra tudo á minha volta. Blocos de pedras enormes capotados uns nos outros. Fendas escondidas entre os blocos gigantes. Ferro retorcido em todo lugar. Fogo surgindo em todos os lugares. Isso daqui é um campo de batalha.

Olho pra Marina, que ainda está a minha frente.

–Tu... Tudo. – respondo, ainda olhando em volta, tentando descobrir o que diabos aconteceu aqui.

Ah é... Eu aconteci á esse lugar. Parece que eu sei como começar confusões. Também sou bom em destruir coisas. Eu sou profissional nisso.

–O que aconteceu aqui? – ela pergunta, colocando a mão no meu braço direito e curando-o.

–Eu – respondo, olhando e sorrindo pra ela.

Não sabia bem o que era, mas algo nela me fazia rir. Talvez pelo fato de que ela sempre está sorrindo, ou que eu amo fazê-la sorrir, mas... Pode ser outro motivo, certo?

Escuto um rugido alto atrás de mim e ponho a mão na minha adaga. Ela segura-a e sorri.

–É só o BK. – ela diz e olha pra cima. – Ele te achou e ficou preocupado com você.

Sinto a língua gigante de BK lamber todo o perímetros das minhas costas. Viro-me e vejo um monstro que misturava um tigre e um carneiro. Seu corpo era duas vezes maior que a de um tigre, e tinha pelagem laranja, com listras negras. Em sua cabeça, dois chifres curvos de carneiro e uma barba laranja diferenciavam-no de um tigre.

Uso seu chifre como apoio e Marina ajuda-me á montar nele. Ela senta logo atrás de mim, e não posso dizer que não gostei do momento que ela se segurou em minha cintura quando BK começou a corrida. Então lembro de uma coisa.

–Marina, onde estão os assassinos de Mogadore?

–Os o quê?

–Os Mogadorianos com uma marca na bochecha.

–Não tinha ninguém aqui quando o achamos. Você estava sozinho no meio daquelas pedras. Você praticamente não respirava.

Ela põe a mão nas minhas costas e sinto meus músculos retorcerem-se na mesma hora. Mas a dor logo se vai. BK pula ao encontrar uma das fendas. Marina desvia dois mísseis que vinha em nossa direção. Ela os manda de volta para um helicóptero que nos seguia. BK nos leva pra onde Oito, em sua forma de leão de oito braços, destroçava alguns Mogs. Descemos e BK vai ajudá-lo. Á alguns metros de nós, Nove, Quatro, Seis e Ella lutavam contra uma frota deles, que vinham em Humvees, SUVs e helicópteros.

Olho pro céu, diferente do normal, ele não tem nenhuma nuvem de tempestade, como Seis costuma criar quando luta. Um brilho branco chama minha atenção. Uma nave branca Mogadoriana enorme aparece em meio ao azul do céu. Ela tem três vezes o tamanho de uma nave Mogadoriana comum. Ela diminui um pouco antes de chegar no chão, aterrissando calmamente. Um tipo de passarela curva sai do meio da nave, revelando um brilho branco forte em seu interior.

Todo meu corpo gela quando vejo quem sai de dentro dela. Segurando sua espada enorme, ele desce calmamente a passarela.

Sétrakus Rá. Ele está aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:O
Sétrakus divo U.U
Tava na hora dele fazer uma apariçãozinha na fic hein? Concordo.
O próximo cap vai ser o último da primeira temporada T.T, e eu não estou nada animado pra escrevê-lo... Principalmente pelo fato de amanhã ter prova de português e redação - que, como o professor me AMA MUITO, ele colocou, pensando em mim, é claro, o tipo de conto que eu realmente não sei fazer: A droga do conto de amor.
Então, é possível que amanhã eu não poste (depois de amanhã tem História e trigonometria.) por causa dessas merda de prova, mas, até depois de amanhã a fic vai ter terminado T.T



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lorien Remains" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.