Lembranças Do Inverno escrita por Ellen Brasil


Capítulo 15
"Quer namorar comigo?"


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, mil desculpas pela demora, tava com provas e sem nenhuma inspiração pra postar : mas agora eu voltei ;D não me abandonem ok? ashuashuashu



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— Gabriely! Levanta! Já são quase 12h00min da tarde, não vai estudar não? Quer ser alguém na vida ou você pensa que eu vou te sustentar até a morte? — mais que jeito delicado o da minha mãe de me acordar.

— Qualquer dia você ainda me mata de susto. — puxo a coberta até minha cabeça. Ela saiu do quarto esquecendo o celular em cima da minha cama. Estico a mão tentando alcançá-lo. Vejo que tinha um sms de um número desconhecido, mas pelo conteúdo só podia ser de um homem. “Amor, saudades…” dizia a mensagem.

— Mãe, que porra de sms é esse? Quem é esse cara? Você ta de caso com quem? — Levanto e saio gritando a sua procura.

— Você ta vasculhando minhas coisas? Você não tem esse direito. E daí? Se eu quiser me casar de novo? E se eu quiser refazer minha vida? É da sua conta? — ela fica nervosa.

— Você faz o que você quiser. Já que você não quer me abrir pros seus segredinhos a partir de agora não meta nem um dedo na minha vida entendeu? — Viro o rosto e subo as escadas.

Ando depressa para o ponto do ônibus, naquele dia preferi nem ir de carro com minha mãe. Como que ela teria coragem de me esconder uma coisa tão, tão particular, poxa, eu sou a filha dela. Começou a chover, as gotas d’água embaçava as janelas. O ônibus para e sobe alguém, nem percebo quem era. Ouço uma voz me chamando.

— Gabi! Posso sentar do seu lado? — era Vítor, só podia ser perseguição.

— Ah não! — falo em pensamento.

— Como você ta? — ele beija o meu rosto.

— To bem e você? — Vítor era tão atencioso, tão gentil, um garoto perfeito, mas de um modo ele era imperfeito por ser assim. Ah nossa… Que confusão!

A gente conversa o trajeto inteiro, lembramos da Califórnia, das suas viagens malucas, das comidas exóticas que ele já tinha comido por aí… Sentia-me tão bem ao seu lado, mas ao mesmo tempo queria que ele sumisse dali, só pra ficar ao lado de Daniel.

Desço do ônibus e ele me acompanha. Empolgada com a conversa nem vejo quem passa por ali. Daniel vem em minha direção.

— Olá! Pode me apresentar seu novo amigo Gabriely? — Daniel fala parecendo enciumado, querendo tirar satisfações.

— Esse é o Vítor. Ele é novato, mas já nos conhecíamos. — eles dão as mãos. Daniel me puxa pelo braço sem pedir licença. — Calma! O que foi? Ele é só meu amigo.

— Serio? Pareciam tão íntimos, que tal me dizer o que vocês fazem na intimidade também? — diz irônico.

— Ei, ta com ciúmes? Já te disse que eu sou só sua? — eu o beijo levemente.

— Não, não me disse. — sorrir percebendo a bobagem que tinha feito. — Vou te deixar na sala. — vamos de mãos dadas.

— Awn… Isso é tão romântico! — Luiza vê a cena e grita. Fico envergonhada. Daniel me beija se despedindo.

— Você é louca? — falo rindo. Pedro vem em minha direção já querendo saber das fofocas.

— Vocês tão namorando? Sua falsa! Não me conta nada. — brinca.

— A gente não ta namorando, ainda. Você sabe muito bem que eu sou bem reservada nesse assunto, então eu deixei as coisas acontecerem naturalmente. Vamos ver no que dá. — percebo o olhar envergonhado de Pedro percebendo que ta incomodando minha conversa com Luiza.

— Ei. Vamos sair nos quatro hoje? Eu, o Daniel, você e a Luiza. — proponho.

— A gente nem se conhece. — Luiza diz envergonhada.

— Por isso mesmo. Sem desculpas, hoje em uma sorveteria ás 08h00min. Mando o endereço por mensagem. — eles concordam. Mando um sms pra Daniel e ele aceita a proposta. Seria na mesma sorveteria do nosso primeiro encontro.

Saio da escola cedo. Chego em casa e minha mãe vem gritando:

— Precisamos conversar mocinha.

— Não tenho nada pra conversar com você. Você que deve me abrir o jogo pra mim. Ah…Eu vou sair hoje. — subo as escadas e ela vem resmungando.

— Você não vai sair! Quer me desobedecer? Você não vai e pronto! — ela bate a porta com força.

— Marca um encontro com teu “namorado” também. Talvez possamos ir todos juntos, o encontro lá é de casais.

— Casais? Você ta namorando Gabriely? Você é uma criança. Quem é o garoto? — diz irritada.

— Me diz quem é o seu, tenho mais direito de saber não acha? — ela olha em meus olhos e dá um tapa forte em meu rosto. Saí como se tivesse comprido alguma missão. Lágrimas desabam em meu rosto. Mas… Calma. Aquele poderia ser o melhor dia da minha vida. Eu estaria com o cara que eu amava. Calma…

Passo maquiagem pra tentar cobrir a vermelhidão do rosto. Arrumei-me e saí de casa sem que ela perceba.

— Oi gente! Desculpem a demora. — noto que estava atrasada, todos já haviam chegado. Daniel levanta, puxa a cadeira e me beija carinhosamente.

— Querem sorvete de que? — Pedro chama o garçom. Decidimos os sabores. O silêncio toma conta dali. Ninguém puxava assunto, ninguém falava nada. Depois de um tempo Daniel me puxa.

— Vamos ali comigo. Acho que esses dois precisam conversar e a gente namorar um pouquinho. — fala em voz baixa. Daniel tinha jeito de safado, nunca tentou nada, mas quem não gosta de um pouquinho de safadeza?! Ele me leva naquela pracinha abandonada do nosso primeiro encontro.

— Eu quero te falar uma coisa. — ele fica nervoso. — Quer namorar comigo? — meu coração dispara, o que mais queria naquele momento era pular em seus braços e dizer o quanto esperava aquele momento.

— Sim! — falo com firmeza, sem saber o que fazer eu o beijo.

— Gabi, tem umas coisas que você não sabe da minha vida. Eu não quero forçar a barra então aos poucos eu vou te contando ta?  — ele acaricia meu rosto.

— Tudo bem. — nem presto muita atenção em suas palavras e sim em cada detalhe do seu rosto. Depois de um tempo a gente volta pra sorveteria e avistamos Luiza e Pedro rindo.

— A gente tem uma coisa pra falar pra vocês. — Daniel olha pra mim.

— Também temos uma coisa pra falar pra vocês. — Pedro se levanta.

— Falem primeiro. — digo curiosa.

— Estamos namorando. — Pedro fala.

— Como é? — falo assustada. — Como assim? Nossa. Tão rápido.

— É. Depois te conto Gabi. — Luiza fala e os dois se olham parecendo que tinham se apaixonado. — Então, o que vocês têm a dizer?

— Galera, a Gabriely é a minha namorada agora. — sorrir.

— Nossa. Tão rápido.  — Pedro brinca.

Daniel me acompanha até em casa, enquanto Pedro vai deixar Luiza, já que agora eles são namorados. A gente caminha devagar com vontade de aquele momento durar uma eternidade. Ele me deixa em frente a minha casa e me beija. Tudo parecia tão calmo até que…

— Gabriely! Quem é esse menino? — minha mãe sai de casa furiosa. Putz… Tinha me esquecido desse detalhe.


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Notas finais do capítulo

Continuem lendo ;D Vou postar o mais rapido que puder :*