Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS
Notas iniciais do capítulo
Problemas com minha internet ¬¬
Não é um capítulo muito importante, mas essa parte foi falada desde o começo e pá.
Enfim... Tá aqui, lindezas *u*
Já era noite, Alec e Tomas já deviam estar chegando, eu havia tomado um banho e peguei uma calça, que estava naquele guarda roupa, por que o quarto parecia realmente destinado a homens, mas a calça era preta e larga, apertada nos calcanhares e na cintura. Coloquei uma blusa social branca e esperei os dois.
Ouvi três toques na porta e abri, Tomas fez um sinal com a mão e Alec e eu seguimos as sua costas.
O castelo estava silencioso, Tomas seguia silencioso pelos corredores iluminados por tochas, nós dois em seu encalço, ele virava corredores como se fosse um labirinto e soubesse o caminho de cor.
No fundo eu achava que ele só estava lá por que havia me prometido isso, mas na verdade o que queria mesmo era estar dormindo de conchinha com Mel, ou sei lá.
Um fato que nunca compreendi era o porquê de Tomas não ter herdado o nome do pai, assim como todos os outros reis anteriores, estava tudo tão silencioso que resolvi tirar minha dúvida.
- Tomas, por que seu nome não é Joseph? – perguntei, e afinal isso soou bem melhor na minha cabeça.
- Por que não sou o filho mais velho, não vou herdar a coroa. – respondeu, e não parecia nem um pouco triste por isso – Até que por um lado é bom, é muita responsabilidade para uma pessoa só.
- De onde eu venho um lugar nunca é governado por apenas uma pessoa. – falei.
- Gostaria de ir lá, mas isso nunca vai acontecer.
- Por que não? Se conseguirmos consertar o avião talvez você possa ir junto.
- Meu pai, Luna. Ele nunca vai me deixar sair daqui.
- Talvez possamos convencê-lo, você já falou com ele sobre isso? – perguntei.
- Não adianta discutir, pelas palavras dele, ‘’o lado de fora da ilha é perigoso de mais para qualquer um nascido em minha terra’’. – falou triste.
- Olhe para mim, eu vim do lado de fora e estou bem, não é?
- Se conseguir convencê-lo, ótimo, mais isso é praticamente impossível. Agora devíamos nos concentrar no que viemos fazer.
Ele virou um corredor e fez sinal para que esperássemos, chegou ao fim dele, uma parede de pedra estava à frente, dois guardas sonolentos vigiavam o que parecia ser o ‘’nada’’ á frente. Ele falou alguma coisa que não pude escutar, os guardas relutaram por um tempo, mas Tomas conseguiu convencê-los a sair. Então quando já estavam longe, começou empurrar do lado direito, mas ela não se moveu.
- Será que podem me ajudar? – perguntou.
Eu e Alec nos aproximamos da parede de pedra e começamos a empurrar também, e a parede começou a girar como uma porta secreta disfarçada de estante de livros.
Dentro, um nada luxuoso depósito de aviões. Na verdade apenas um galpão anormalmente grande com meu jatinho e um avião um pouco maior, quase totalmente detonado na parte frontal.
- Antes de tudo preciso saber o que está errado. – falou Alec – Tenho um pouco de experiência com aviões. Luna, você tem a chave?
- Vai precisar da minha ajuda? – perguntei, lhe entregando a chave.
- Não, se quiser pode voltar para a cama.
- Se eu fosse você não faria isso, vai que ele arruma o avião e te deixa sozinha aqui? – alfinetou Tomas.
- Para a sua informação, principezinho de mer...
- Opa! – falei antes que Alec começasse uma discussão.
- Eu não quero voltar para Nova York. – falou simplesmente.
- E acha que vai ficar aqui? – perguntou Tomas.
- Você não é rei, não pode me expulsar.
- Tanto faz. Só faça o seu trabalho. – falou Tomas com uma autoridade que eu nunca vi.
- Você não manda em mim.
- Podem, por favor, parar com isso? – falei mais alto.
Alec pegou uma caixa de ferramentas no chão e foi em direção a avião, Tomas foi para o outro lado e se sentou em uma cadeira escorada na parede.
- Se precisar de ajuda me chama. – gritei para Alec e me virei em direção a Tomas – Vocês pareciam duas crianças brigando. – comentei ao me aproximar.
- Desculpe. – falou Tomas – Ele me irrita.
- Por quê?
- Não sei, é só que… não é nada, Luna.
- Se prefere assim, tudo bem. – falei e lhe dei as costas.
- Certo, eu falo. – ouvi e um pequeno sorriso se formou em meu rosto, isso sempre funcionava – Ele parece tão próximo de você, é quase como uma… ameaça.
Eu ri, ele ficou vermelho de novo.
- Ameaça? E Mel? Você devia procurar ameaças para Mel, não para mim. – falei, controlando o riso.
- Eu sei, mas ela está diferente des de que voltou. Ante se parecia tanto com você, mas agora está estranha, não quis ao menos ouvir falar sobre o jardim.
- Então foi por isso que me chamou? Por que ela não quis ir?
- N-Não, eu… desculpe, não pense que quis te tratar como segunda opção, eu só pensei que pudéssemos nós três cuidar do jardim, mas ela não quis.
- Temos um problema. – falou Alec vindo em nossa direção, a roupa tradicionalmente suja de graxa.
- O que foi? – perguntei.
- O tanque está vazio – falou –, e a turbina precisa de reparos, mas isso eu poso fazer.
- Talvez tenha combustível no outro avião. – eu disse e Alec já foi verificar.
- Quantidade suficiente para ir até Nova York e voltar. – ele disse com sorriso de orelha a orelha ao voltar pouco depois – só preciso de tempo para consertar a turbina, você pode vir aqui à noite comigo, Luna? – perguntou.
- Tudo bem, mas precisamos de Tomas, para entrar. – falei.
- Não precisam não, eu conversei com eles, disse que estão dispensados, não vão precisar vir até que eu fale, mas vocês tem o problema da porta, talvez não consigam abri-la sozinhos. – Tomas disse.
- Na verdade, acredito que eu consiga sozinho, não vamos precisar de você para isso. – falou Alec – Estou com sono podemos voltar?
Tomas fez sinal para a porta, tive a sensação que Alec queria se mostrar, por que ele realmente conseguiu abrir sozinho. Tomas fez cara fez feia, mas continuava um cavalheiro.
- Quer que eu te acompanhe até seu quarto, Luna? – perguntou – Talvez não consiga acha-lo sozinha.
- Aceito sua companhia, realmente não sei onde fica meu quarto. – ri – Boa noite, Alec.
Ele se despediu e seguiu pelo lado oposto, parecia saber muito bem aonde ia. Tomas me guiava pelos corredores calmamente, mas ainda parecia uma criança birrenta.
- Você está mesmo com ciúmes dele? – perguntei.
- Ele tem tudo que eu não tenho. – falou.
- Principalmente não tem uma noiva. – retruquei.
- Não somos oficialmente noivos, já disse, ela está diferente… estranha, preciso de um tempo para pensar.
- Tudo bem, pense, ela precisa de uma resposta, você não pode enrolar a garota para sempre. – falei parando de frente à porta do quarto.
- Sei disso, Luna. Seria mais fácil aprender a conviver com a ‘’nova’’ Mel, se ela tivesse aceitado voltar a cuidar do jardim. – disse fazendo sinal de aspas.
- Você pode procurar aprender o que a ‘’nova’’ Mel gosta para conviver com ela. – falei fazendo aspas com os dedos também.
- Ou eu posso continuar com a ‘’antiga’’ Mel, que agora mudou de nome.
- Tomas… você sabe que eu vou ter que ir embora. – falei entendendo a indireta.
- Desculpe, eu sei, só achei que… você devia dormir boa noite.
Ele foi embora, eu entrei no quarto, tirei os sapatos e me joguei na cama. Eu não queria iludi-lo, e nem a mim mesma, deixei o sono me levar para esquecer os problemas por alguns instantes.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Deixem suas opiniões, por favor, quero saber o que acharam, é muito ruim escrever para si mesma, sabe? u.u