Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS


Capítulo 19
Aniversário Na Praia


Notas iniciais do capítulo

Atrasada, eu sei, não me matem, matem a Yeza porque a culpa foi dela u.u
Mas o capitulo ta aqui e o Alec apeareceu uhuuul ~ops spoiler~soakspak



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340214/chapter/19

 - Isso tudo parece tão real pra mim, mãe, e então vem Jason me dizer que nada passa de uma ilusão. É verdade? – perguntou Luna, parando de rir.

 - Sinto muito, querida, foi o diagnostico do médico. – respondeu a mãe deixando de lado as brincadeiras.

 - Então porque ele próprio não veio falar?

 - Jason insistiu muito, disse que achava que você podia surtar, ou algo assim, se um médico desse a notícia.

 - Então ele realmente acha que eu sou louca? – perguntou Luna arqueando a sobrancelha.

 - Não é bem assim, filha, ele só sabe como é seu temperamento.

 - Não tenho mais temperamento explosivo. Levei numa boa com ele e faria o mesmo com o médico. – respondeu firmemente Luna.

 A mãe levantou as mãos em sinal de rendição, mas em sua cabeça se passava a cena do ataque de fúria de Luna com um Jason imaginário que ela viu na câmera do hotel.

 - Tudo bem, Luna, descanse, eu volto mais tarde. – disse finalmente e se levantou.

 - Mãe. – chamou Luna, a mulher se virou – onde está meu pai?

 - Ele foi procurar uma oficina para reparar os danos do avião. – isso estranhamente fez Luna se lembrar de Alec.

 Ela fez um aceno de cabeça, a mãe sorriu e se virou para ir.

 Luna se virou na cama e fechou os olhos. Escutou a porta se fechar, e então silencio, por muito tempo. Em sua cabeça se passavam as lembranças do sonho que acabara de ter. Isso era real, não apenas um sonho, ela tinha certeza que aquilo realmente havia acontecido, era esse o motivo das palavras de Jason ‘’nunca faria isso de novo’’. Mas pelo que se lembrava, no sonho, Jason não estava como atualmente, um adulto de 23 anos, mas como um adolescente de 16. Seu rosto era igual ao de Tomas, cada detalhe, cada espinha, cada pelo da barba que começara a crescer, aquele era Tomas. Mas por quê? O que os dois tinham a ver, afinal? As personalidades eram literalmente opostas, Jason, seco, fechado, até um pouco rude enquanto Tomas era cavalheiro e gentil.

 Aos poucos, Luna foi juntando os pontos, procurou desesperadamente o celular na mesinha ao lado, estava carregado. Nas fotos havia uma pasta intitulada ‘’lembranças’’. A primeira foto da pasta era um adolescente cheio de espinhas com o nome de ‘’Jason Tomas Patrick – Joseph Jr. Patrck’’. Luna se lembrou desse dia, ‘’Era aniversário de Jason, eles tinham ido à praia comemorar, ela começara a tirar fotos e logo após a primeira, de Jason com o irmão, perguntara aos dois o porquê de o pai batizar o filho mais velho com o mesmo com seu próprio nome, nenhum dos dois soube responder. ’’

 Então tudo se esclareceu e ela pensou em si mesma. Antes, histérica, fazia barraco por qualquer assunto, não aceitava não como resposta e queria sempre ser a dona da razão. Hoje, estava mais matura, aprendera que nem sempre estava certa e virara uma pessoa mais calma e sensata.

 Lembrou-se de outro momento daquele mesmo dia, aniversário de Jason, ‘’A festa estava quase no fim, todos estavam indo embora, mas Jason pediu atenção aos poucos que ainda estavam ali, os pais, o irmão, os amigos mais íntimos – onde Luna se encontrava no meio –  e todos se juntaram perto da fogueira que estava ali. Quando conseguiu silencio, Jason se aproximou de Luna e cordialmente pôs um joelho no chão e segurou sua mão direita. Tirou uma caixinha e uma rosa do bolso fundo da bermuda que usava. Abriu a caixa e a garota viu ali dentro, não uma aliança de compromisso, mas o Um Anel o tão famoso Anel do Poder, símbolo de O Senhor dos Anéis, uma das maiores trilogias da época, que diferente da maioria das garotas era o sonho de consumo da adolescência de Luna. Olhando em seus olhos disse às palavras que tantas garotas ansiavam tanto por escutar um dia.

 - Luna Melanie Wifray, quer namorar comigo? – falou Jason com a voz meio rouca, por parte por estar segurando o choro, por parte, por medo da resposta, nessa época ele era tanto quanto inseguro.

 Luna abriu um sorriso de orelha a orelha e puxou o braço de Jason, o fazendo levantar, sua testa suava nos cinco segundos que se passaram. Luna se jogou nos braços dele e o puxou para um beijo molhado, principalmente por que Jason começara a chorar.

 Após os gritos e os tapinhas de incentivo dos amigos dos dois, eles finalmente ficaram sozinhos.

 O anel, vinha em uma corrente, que foi colocada no pescoço da garota, não era um presente convencional, mas no atual estado de fanatismo de Luna, era o presente perfeito, que desde aquele dia em diante, nunca se separou dele.

 As horas seguintes foram perfeitas nas palavras dos dois, apesar de um casal convencional não concordaria que ‘’perfeito’’ seria a ideia para dormir abraçados na praia e acordar com o cabelo cheio de baba da pessoa ao lado. ’’

 A lembrança acabou com um sorriso bobo no rosto de Luna.

 - Ótima forma de começar um namoro. – sussurrou para si mesma.

 - Sentiu minha falta? – uma voz conhecia a fez olhar para o lado.

 Alec olhava pra ela e sorria. Uma única covinha se destacava na bochecha esquerda, os braços estavam cruzados, o cabelo bagunçado, usava uma camiseta azul marino, uma calça jeans azul escura e sapatenis cinza.

- Você também não é real, certo? – perguntou ela, na defensiva.

 - O que isso importa? Você está me vendo, não está? – falou Alec se sentando ao seu lado na cama.

 - Desculpe isso é muito estranho para mim, não sei quando uma coisa é real, e quando minha mente está me pregando uma peça.

 - Segunda opção no meu caso pode-se dizer. – respondeu ele sorrindo levemente – mas não sou uma peça tão ruim assim.

 Ela riu.

 - Apenas fiquei chateado que se lembrou de todos menos de mim, também fui importante para você um dia, sabe? – continuou Alec.

 - Como assim? – perguntou Luna franzindo o cenho – Desculpe Alec, a última memória que me veio à mente foi quando Tomas… quer dizer, quando Jason me pediu em namoro.

 - Ah, que pena – ele fez beicinho, o que fez ela rir – Vou te dar uma dica: Te ajudei a superar a traição de Tomas. – com uma piscadela, ele se virou, foi até a janela aberta e pulou, em um surto desesperado, Luna correu até lá, mas não havia nem sinal de alguém caindo andares abaixo, então ela se deu conta de que ele próprio dissera que era uma ilusão e voltou com o coração aos pulos para a cama. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, eu quis dizer Tomas e,
Review não doi, tá? u.u