Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS


Capítulo 18
‘’Você acha que eu sou louca?’’


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, quero anunciar que eu acabo de chegar aos meus 100 reviews ~le dancinha o/ ~o~ o/ obrigada para minhas leitoras fieis que estão sempre comentando UHUUUL, DIVAS, AMO VOCÊS ~LE JOGA PURPURINA~ AMORES DA MINHA VIDA #Parei
E agora, o capítulo. ÊÊÊÊ a reação de algumas de vocês realmente foi uma bosta e Yeza, obrigada pela sua incrível sinceridade u.u
Mas ainda não acabou, tenham paciencia com sua amada autora/vulgo eu u.u e não me joguem bosta êêêê
Agora fiquem com o capítulo



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 A reação de Luna foi a que Jason menos esperava, ela começou a chorar. E não era um choro calmo e silencioso, ela dava soluços altos e sussurrava coisas como ‘’eu sou louca’’ entre eles. Abraçou as pernas e ficou lá, chorando em posição fetal enquanto Jason estava sem reação.

 - Luna… - chamou Jay calmamente, tirando o cabelo da frente dos olhos dela e percebendo que as lágrimas não paravam de cair – Você não é louca… eu estou aqui com você.

 - Me deixa sozinha, Jason. – foi tudo que ela respondeu após um tempo parando bruscamente as lágrimas.

 Ele fixou os olhos nos dela e percebeu que aquilo era o melhor a ser feito. Depositou um beijo em sua testa e silenciosamente saiu do quarto. A porta não se abriu novamente por um bom tempo.

 Mas lá estava Tomas cinco minutos depois, escorado à janela.

 - Luna? – chamou, ela abriu os olhos e olhou assustada para ele, aquele momento, em sua cabeça, era nada mais que uma evidencia de sua loucura.

 - Você não é real. Ele me disse que você não é real, vá embora, me deixe em paz. – falou levando as mãos à cabeça e fechando os olhos.

 - Você me escuta da mesma forma que o escuta não é? Porque eu não seria real? Porque você devia escutar a ele e não a mim? Eu nunca te fiz mal, diferente dele, certo? – falou firme e calmamente cada palavra, ou pelo menos foi como soaram na cabeça de Luna.

 - Ele não me fez mal. – falou Luna em um sussurro – Está tudo explicado.

 - Eu escutei a parte em que ele disse ‘’nunca faria isso de novo’’ ele assumiu que já te traiu uma vez. Você não se lembra de como foi? Não se lembra do quanto sofreu? O quanto chorou? Ele não te faz bem. Confie em mim, não estou aqui para te fazer mal, diferente dele.

 - Saia daqui, me deixe pensar. Sozinha. Por que não me lembro de nada? – falou se virando para o outro lado na cama e fechando os olhos, não ouviu mais a voz de Tomas.

 Ela pegou no sono e um sonho nada tranquilo começou em sua cabeça. ‘’Ela olhava para uma mensagem na tela do telefone, mostrava um endereço, um horário e um recado ‘’descubra quem seu namorado realmente é’’ parecia indecisa quanto a ir ao local, mas Jason tinha se mostrado diferente nesses últimos dias, sua personalidade estava mudando, Luna ficava preocupada com isso.

 Seus pais não estavam em casa e iam demorar voltar. Eram sete da noite, o horário dizia nove, mesmo de carro demoraria duas horas para chegar ao endereço. Por fim se decidiu, pegou um sobretudo, as chaves do carro e saiu. Ela tinha acabado de fazer dezesseis, havia tirado carteira a dois dias. Os pais haviam saído em um carro, o outro havia ficado na garagem.

 Ela estava tensa de mais para ligar o som, e percorreu todo o trajeto em silêncio. As ruas estavam sem congestionamento, mas até achar o endereço certo, realmente demorou duas horas.

 Era um prédio velho com a pintura desgastada, pessoas bebendo e fumando estavam sentados ou em pé, conversando e rindo à porta.

 Juntou os braços segurando firmemente as bordas do sobretudo, respirou fundo e passou desviando das pessoas em direção à porta.

 Mulheres vestidas como vadias lhe lançavam olhares às vezes sugestivos, às vezes cheios de repugnância – talvez por Luna estar vestindo mais roupas que elas já usaram em toda suas vidas de vadias –, ela ignorou os olhares com facilidade. Mas não eram apenas as mulheres, alguns homens, nada discretos, a viam como um pedaço de carne, isso a fez abaixar a cabeça, puxar o casaco para mais junto de si e enrubescer levemente, o que não era muito comum de sua parte, que costumava encarar tudo de cabeça erguida.

 Apertou o passo, porque a porta parecia tão longe? Finalmente passou do portal velho de madeira, mas o lhe esperava lá dentro não era muito melhor que do lado de fora, mais homens cheirando a cigarro e cerveja de má qualidade que a olhavam com voracidade.

 Entre tantos olhares, uma mão boba desconhecida apertou a bunda de Luna, que deu um pulo, um grito agudo saiu de seus lábios e em um movimento rápido, se virou e acertou as partes íntimas do dono da mão com um chute. Ele caiu no chão gemendo de dor, todos em voltam riam, Luna arrumou o cabelo atrás da orelha e voltou a andar com a classe de uma dama até escutar uma voz atrás de si.

 - Volta aqui, vadia. – uma voz desconhecida falou, ela chutou ser que ela havia acabado de chutar e começou a andar mais rápido.

 Chegou ao balcão quase que correndo, a garota sentada do outro lado lia uma revista que não devia ter um conteúdo muito descente pela cara que fazia enquanto mastigava a tampa de uma caneta.

 Luna pigarreou. A garota a ignorou. Uma tosse forçada. A garota fingia que não escutou e esperava ansiosamente que Luna percebesse que ela não estava a fim de trabalhar e fosse embora. Uma campainha chegou aos olhos de Luna, sua mão foi até o objeto e começou a toca-lo sem parar. A recepcionista se irritou com o barulho e segurou nada delicadamente o pulso de Luna, obrigando-a parar de tocar a campainha e lançando um olhar nervoso para ela, que retribuiu com um sorriso sarcástico.

 - Preciso ir ao quarto 402. – falou Luna tentando manter o tom de voz normal.

 - Não sei se viu a placa garota, mas isso é um motel. Você não pode ir simplesmente entrando em um quarto que esteja ocupado. Vá embora, não estou a fim de trabalhar hoje. – respondeu e voltou os olhos para a revista.

 Luna não desistiria tão facilmente, e o universo estava a seu favor. Uma folha, em cima da mesa dizia o número de cada apartamento e o andar que se encontrava. O prédio tinha oito andares, 402 ficava no quarto.

 Ela escutou o clique do elevador se abrindo e sem pensar duas vezes correu como uma louca para dentro dele. A recepcionista olhou para trás, deu uma risadinha seca e se voltou para sua revista.

 Não parecia que ninguém se importava, ou a tiraria de dentro do elevador, então calmamente apertou o botão 4 e esperou.

 O elevador tocava um remix horrível de uma música da Beyoncé e os poucos segundos que Luna ficou no elevador foram um sofrimento.

 O andar tinha três apartamentos, ela escutava gemidos vindos dos três. Inclusive do 402. A partir desse momento, sabia o que iria encontrar quando abrisse a porta. Tirou o sobretudo, verificou as unhas, estavam suficientemente grandes, amarrou o cabelo em um coque apertado e abriu a porta. Claro que estava aberta, Jason sempre teve essa mania.

 Estava certa. O namorado, que jurara fidelidade e amor eterno a ela, estava lá, fodendo outra garota. Eles não ainda não a viram, a garota, por cima comandava os movimentos. Estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Luna chegou perto e puxou seu cabelo, a arrastando para longe de Jason. Foi nesse momento que os dois perceberam que havia alguém mais no quarto. Jason conhecia a namorada que tinha, sabia exatamente o que estava por vir e acertara em cheio. O primeiro passo de Luna foi pular em cima da garota, puxando seu cabelo e a arranhando, a garota não reagiu, apenas mantinha um sorriso sínico no rosto, mas Jason achou que devia fazer alguma coisa, segurou Luna pela cintura e a levou para longe com facilidade, ela esperneava e gritava.

 - Sai, por favor. – falou Jason se dirigindo a outra.

 Ela já estava vestida, quando ele disse essas palavras, apenas passou por Luna, que estava firme nos braços de Jason e tentou inutilmente pular em cima da garota novamente.

 - Então você veio? Achei que a princesinha fosse ficar com medo daqui. – falou ela se virando para Luna novamente.

 - Foi você quem mandou a mensagem? – perguntou Luna arranhando os braços de Jason tentando se soltar.

 - Quem mais seria? Ah, e pode ficar com seu namoradinho agora, ele não é tudo aquilo que dizem. – e saiu do quarto de nariz em pé.

 - Vai embora mesmo vadia, vai procurar um cafetão que te queira, vai.

 Não houve resposta.

 - Me põe no chão, não vou sair correndo atrás dela. – ele a soltou, ela arrumou a roupa e o cabelo – Muito menos de você. – e saiu do quarto.

 Jason não foi atrás dela, conhecia a garota e sabia que ela se controla-la muito no quarto para não avançar nele também, então a deixou ir, se sentou na cama e ficou lá chorando e tentando entender o motivo de ter feito uma burrada tão grande. Ela ficou em perfeito estado emocional até chegar ao carro, onde desabou em lágrimas, tentando entender o motivo da burrada de Jason. Mas a aproximação de homens estranhos a forçou a ligar o carro e deixar de lado a ideia de ir atrás de Jason, alguns socos não fariam mal.

 Luna chegou em casa que estava vazia como o previsto e foi direto para a cama, caindo em sono profundo.’’

 Luna acordou e viu sua mãe, sentada ao seu lado, sorrindo para ela.

 - Você acha que eu sou louca, mamãe? – perguntou com os olhos de repente se enchendo de lágrimas.

 - Claro que não querida. – respondeu gentilmente a mãe – por que isso você sempre foi. – completou, tirando um sorriso sincero de Luna, seguido por gargalhadas de ambas.


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Notas finais do capítulo

Olha, tá certo que muitas vão falar ''ah, comassim, Jason eu te odeio ~le joga cabelo e sai que nem diva~'' Mas se a Luna perdoou você tambem pode -indireta- u.u