Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS


Capítulo 17
De Volta ao Mundo Real


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas da Terra.

Por que eu falei isso? spoakpsakpskap #parei u.u Enfim, o último capítulo no final foi meio que um trechinho do que viria a seguir.
E digamos que esse trechinho não foi muito bem recebido por vocês, infelizmente.
Desde o começo da fic eu planejava fazer isso que vem nesse capítulo, eu estava muito, muito mesmo, empolgada pra isso, mas os reviews de vocês me desanimaram, por assim dizer.
E esse foi um dos motivos pelo qual eu demorei mais que o normal a postar.
Mas por fim eu decidi que não iria mudar nada, eu realmente fiz da forma que eu queria desde o começo, mas não se desesperem isso não é um final ''Ooooh, o que está por vir?'' ~le-se com voz de plateia empolgada u.u~
Não vai acabar assim do tipo ''OMG, COMO VOCÊ FAZ ISSO, NADA É REAL? POIS SAIBA QUE EU ODEIO VOCÊ ~LE JOGA CABELO~''
Eu não sou tão cruel. Agora, se vocês tiverem paciência, e não deixarem de acompanhar, eu espero surpreende-las, *u*
Agora depois desse discurso dramático, deixo com vocês minha querida ''Luna Maluquets'' :33

P.S. Sim Dolores, sinto lhe informar que suas suspeitas estavam certas e espero que mesmo assim continue acompanhando a fic :X



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340214/chapter/17

P.O.V Narrador Observador

Luna acordou e pode sentir que estava deitada em uma cama, muito desconfortável por sinal. Nada doía, era como se ela estivesse despertando de uma noite tranquila de sono. Um som parecido com o ronronar de um gato saiu de seus lábios e a garota se espreguiçou.

Abriu os olhos, sua visão estava turva, só pode distinguir o quão branco o quarto era e parecia entrar luz por uma janela grande, notou duas formas aos lados direito e esquerdo.

Os olhos se acostumaram ao ambiente aos poucos e se arregalaram ao ver um monitor mostrando seus batimentos cardíacos e alguns tipos de equipamentos ligados nela.

Dormindo em uma poltrona com um sorriso bobo no rosto à sua esquerda estava Jason, a barba estava grande e ele tinha olheiras. Ele mantinha uma mão agarrada a de Luna, que a soltou quando viu e a outra pendia da poltrona.

Do outro lado do quarto, sentado em uma cadeira de madeira, Tomas olhava despreocupadamente para ela, e mandou um sorriso gentil. Ela viu em sua testa, uma série alinhada de espinhas vermelhas, estranhamente, agora ele a lembrava alguém.

Sentiu algo em sua mão novamente, era Jason persistente tentando passar um pouco de confiança para si mesmo com a esperança de que Luna iria acordar, já que ele ainda não vira seus olhos abertos.

Ao toque de Jay, a atenção de Luna voltou vagarosamente para ele. A boca do garoto se abriu em ‘’O’’, seu coração disparou e ele pulou da poltrona. Ajoelhou-se ao lado da cama, segurou o rosto de Luna entre as mãos e aproximou seu rosto do dela para um beijo, logo recusado por ela, que ainda tinha a traição na cabeça.

Ele franziu as sobrancelhas, e saiu do quarto, foi procurar uma enfermeira, quando na verdade o que queria era sair pulando e comemorando.

A enfermeira calmamente entrou no quarto, mediu pressão, batimentos cardíacos, impediu Jason de entrar no quarto e ignorou Tomas que continuou sentado no mesmo lugar o tempo todo.

Ela saiu, o médico entrou – um neurologista, o que Luna achou estranho – fez perguntas simples e vagas, Luna as respondeu secamente, mas achou estranho o fato de não terem dito nada sobre Tomas estar no quarto, mas terem barrado Jason, não controlou sua língua e quando viu já tinha perguntado.

– Por que não deixaram Jay entrar, mas não puseram ele para fora? – apontou para Tomas, que continuava sentado no mesmo lugar. Agora ela notou que suas palavras poderiam magoar Tomas e sussurrou algumas desculpas. Olhou para o médico que ajeitou os olhinhos de meia lua, apertou os olhos na direção da cadeira que ela apontou e saiu do quarto escrevendo algo em sua prancheta, sem responder a pergunta da garota.

Cinco minutos depois, ela escutou uma discussão do lado de fora da porta. Algo que envolvia horário de visita.

O tempo passou, Luna virou na cama várias vezes sem conseguir dormir.

Até que a enfermeira entrou no quarto novamente, agora segurando uma agulha. Era uma garota alta, com um corpo perfeito, loira, com um coque no alto da cabeça, um rosto livre de qualquer imperfeição. Luna se perguntara o porquê de ela trabalhar em um hospital ao invés de virar modelo.

Ela não disse nada, apenas injetou a agulha no pulso de Luna antes que a garota pudesse perguntar qualquer coisa.

– O que é isso? – falou tarde de mais para qualquer discussão.

– Calmante, apenas para te ajudar a dormir, não se preocupe.

– Não preciso de calmante. – mas o sono já chegara e um bocejo a impediu de completar a frase.

– Boa noite. – a enfermeira disse com um sorriso tranquilizante.

Mas o som que saiu dos lábios de Luna parecia-se novamente com o ronronar de um gato, ela retribuiu o sorriso, virou para o outro lado e viu Tomas, na mesma posição do dia todo antes de fechar os olhos e cair em um sono forçado, mas tranquilo.


[…]


A luz matinal que entrou pela janela acordou Luna, que dormia em um sono leve. O quarto estava vazio, a não ser por ela. Seu estômago roncou, a levando a apertar a campainha já muito conhecida por ela – talvez pelo falo de a garota ser um ímã à hospitais –, que poucos minutos depois levou a mesma enfermeira da noite anterior até o quarto.

– Que bom que acordou, quer comer alguma coisa? – perguntou a enfermeira com um sorriso no rosto.

– Claro, mas não aqui, quando vou poder ir embora? – logo após as palavras deixarem sua boca ela sentiu arrependimento, afinal a culpa não era da enfermeira, não era justo descontar nela.

– Você ainda não recebeu alta, querida, espere até o médico te liberar. – a enfermeira continuou com o tom de voz gentil apesar da grosseria de Luna – Vou trazer seu café. A enfermeira saiu e voltou alguns minutos depois com uma bandeja, com algumas frutas vermelhas e o que devia ser mingau de aveia.

A garota saiu do quarto e deixou Luna sozinha com seu aterrorizante café da manhã, as frutas estavam doces, não teve problemas com elas, mas por sorte, havia uma planta por perto que teve de suportar o mingau de aveia.

– Alguém quer falar com você. – uma sorridente enfermeira anunciou à porta, logo depois dando passagem para Jason, que ainda tinha olheiras e uma barba por fazer.

– Como você está? – perguntou ele se sentando na cama.

– Acho que a melhor pergunta aqui é como você está. Olha essas olheiras, está horrível. Há quanto tempo não dorme?

– Muito tempo. – falou com uma risada sem humor – praticamente desde que acharam seu avião e você entrou em coma.

Luna lhe lançou um olhar confuso.

– Depois que você fugiu no avião e caiu te encontraram dois dias depois, o dano do avião não foi muito grave, mas você teve uma hemorragia e entrou em coma. – explicou ele.

– Dois dias? Quer dizer que tudo aquilo foi um sonho? – perguntou confusa.

– Aquilo o que?

– Aquilo, o castelo, Tomas, Alec, Mel. Nada foi real? – O desespero começava tomar conta de sua voz e aqueles nomes levaram a uma súbita lembrança, mas algo como uma palavra na ponta da língua que ela não conseguiu se lembrar e que não fazia parte de sua momentânea ‘’aventura na ilha’’.

– Provavelmente sim. Tudo fruto da sua imaginação. A ilha era muito pequena para um castelo. Na verdade, foi muita sorte sua a ter encontrado, ou o avião teria caído no mar.

– Mas e Alec, ele está bem? – perguntou Luna tentando esconder o fato de que estava assustada com aquilo tudo.

– Quem?

– Alec, o cara que estava no avião comigo. E eu tenho certeza que ele estava lá por que ele entrou antes que o avião caísse.

– Você estava sozinha lá dentro, querida, me desculpe. – Jason tentou soar o mais calmo possível.

– Mas eu tenho certeza de ter visto Alec lá. E como pude esquecer? É impossível ter sido tudo um sonho, por que ontem quando acordei vi Tomas sentado bem ali. – ela tentou soar confiante, mas sua voz estava falha, a garota estava ficando assustada com aquilo tudo. Ela apontou para a cadeira no canto da sala, agora vazia.

– Luna, tenho que te perguntar uma coisa. – falou Jason segurando a mão de Luna.

– Não mude de assunto, Jason, o que está acontecendo? – ela retribuiu o aperto da mão suada de Jay.

– Já vamos descobrir querida, apenas me responda. O que exatamente te levou a fugir, sim, podemos chamar isso de fuga, certo? O que fez você fugir aquele dia? – seus olhos estavam fixos nos dela sua mão e testa suavam freneticamente.

– Eu entrei no seu apartamento. A porta estava aberta. Eu fui para seu quarto, tinha uma garota deitada com você. – as palavras pareciam relutantes em sair.

– Não, meu amor, eu nunca faria isso de novo. Sou totalmente fiel a você. – falou Jason calmamente – Acredita em mim?

– Alguma coisa na minha cabeça me diz que eu devo confiar em você. Mas minhas lembranças vão contra o que você diz.

– Depois que você viu… isso, o que exatamente você fez?

– Achei que fosse só uma pergunta. – falou em tom brincalhão e um sorriso tímido deixou seus lábios, Jason sorriu também, mas foi um pouco mais forçado – Eu saí do apartamento e bati a porta. Você veio atrás de mim. Nós discutimos no saguão. Eu peguei um taxi e fui até o avião.

– Tudo bem, agora vamos analisar o meu ponto de vista. – seu tom de voz era paciente, como se conversasse com uma criança – Eu estava dormindo. Sozinho. Escutei a porta bater. Levantei-me e vistoriei a casa, como não vi nada de estranho e nem ninguém, tranquei a porta e voltei a dormir. O porteiro e as pessoas que estavam no saguão no momento que você foi para lá disseram… elas disseram que você conversava sozinha, e brigava com um ‘’eu’’ imaginário.

– Não entendi Jay, o que está querendo dizer? – o tom de voz de Luna começara a aumentar – está me chamando de louca?

– Não. Não foi isso que eu disse. Olha Luna, não fica zangada comigo, só estou tentando ajudar, quero que você entenda com calma.

– Entenda o que Jason? Quer parar de enrolar? – agora Luna praticamente gritava.

– O médico, analisou isso tudo que aconteceu. Ele chegou a conclusão de que você pode ter esquizofrenia, Luna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se matem, não me matem, eu preciso muito, necessiiiiiiiito saber o que vocês acharam. Vamo lá né, não custa nada, só um reviewzinho ~le beicinho u.u