Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS


Capítulo 16
Um Casamento Nada Feliz


Notas iniciais do capítulo

Culpem minha demora pela saga - linda perfeita maravilhosa incrível uhuul vai diva u.u - Senhor dos Anéis - em especial o Aragorn que é muito mais uhuul vai diva que qualquer um u.u - que me distraiu durante essa semana u.u E eu vou calar a boca por que pareço poser falando assim u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340214/chapter/16

 Ah, então quer dizer que eu praticamente me chamei de vadia? Legal, um pouco de emoção para minha vida, enfim. Sou uma louca brigando comigo mesma, ótimo.

 E imagino como deve ter sido essa briga, por que nunca fui boa para brigar. Eu me lembrava de fleshes da coisa, mas parecia estar borrada na minha cabeça e em tentar fazer força para lembrar, minha cabeça doía. Mas me lembrei de ter lhe acertado um soco no nariz, que sangrou, lhe puxado o cabelo, e de ter tentado lha dar um mata leão, mas alguém me pegou e me levou para longe dela.

 Ok, eu sou uma idiota, mas agora eu tinha coisas mais importantes para pensar do que nas cagadas que eu já fiz, como por exemplo, estava quase na hora do casamento do garoto e eu não tinha o que vestir. Literalmente. Hoje não iria aparecer ninguém para me dar uma roupa nova e o meu vestido de ontem estava rasgado, manchado, horrível. Eu definitivamente não podia usar.

 Eu estava com dor de cabeça, Tomas estava com raiva de mim, eu estava com raiva de mim, todos deviam estar. Então não havia motivos para ir nesse casamento. Ótimo, ficar no quarto é a melhor opção.

Mas pelo visto, nem todos pensavam assim.

 Por que lá estava eu, deitada esparramada na cama, com calças largas de homem e uma blusa preta pelo menos quatro números maior que eu lendo um livro achado em uma gaveta – que por acaso era muito bom – quando alguém abriu a porta.

 - Não sabe bater, Alec? – perguntei.

 Ele me olhou de cima a baixo, e antes que eu pudesse me defender, ele já havia me agarrado as pernas e me jogado por cima do ombro.

 - Onde está me levando? – perguntei dando socos em suas costas.

 - Para o casamento.

- Não quero ir.

- Sei que não. Não sei se percebeu, mas estou te levando à força. – falou ignorando meus socos.

 -Não posso ir assim, estou parecendo um mendigo. – falei calmamente.

 - Você está ótima, ninguém vai te notar.

 - Me solta, porra.

 - Não adianta ficar extressadinha, só vou te soltar quando estivermos lá.

 Então eu desisti, e ao invés de espernear, comecei brincar com uma linha solta da calça de Alec, que com um pouco mais de tempo, não ficaria firme, se meu telefone tivesse bateria, seria apenas questão de tempo para poder filmar a cena constrangedora que viria a seguir.

 Eu estava certa, sua calça caiu. Mas nós já estávamos no meio da multidão que esperava pelo casamento. Eu poderia muito bem sair de fininho dali enquanto todos riam da cueca de bolinhas de Alec. Mas meus olhos encontraram os de Tomas, no altar, ele estava em um terno branco, estava novamente nervoso e suava muito, quando me viu um sorriso tímido percorreu seus lábios e sussurrou as palavras ‘’obrigado por vir’’. Isso foi suficiente para que eu não saísse dali.

 Quando Alec conseguiu por as calças no lugar e se sentar, o tumulto diminuiu e o lugar voltou à quietude de antes.

 As cadeiras estavam todas ocupadas, não se ouvia nem ao menos o som de uma mosca ou a respiração dos convidados.

A primeira dama entrou, ela não era uma criança fofinha, pelo contrário, a garota devia ter em média quinze anos, usava um vestido vermelho longo com babados fofos nos ombros. Era horrível. Ela carregava um buquê de margaridas. Seu cabelo era loiro e estava preso em um rabo de cavalo com cachos.

A segunda usava um vestido idêntico, parecia ter a mesma idade, mas levava uma almofada. Provavelmente com alianças. Seu cabelo era castanho e estava preso da mesma forma que o da primeira garota.

O violino começou a tocar aquela típica marcha nupcial acompanhado pelos outros instrumentos clássicos. Mel estava em um vestido branco com renda e um véu enorme preso no coque no alto da cabeça que se perdia pelo corredor porta afora. A maquiagem estava exagerada e mesmo assim não escondia totalmente as olheiras e o olho roxo. Usava um batom vermelho que fora a única coisa em seu rosto que não a deixava parecer um zumbi completo.

 Ao contrário do típico, ela entrou sozinha, sem o pai que normalmente acompanhava a noiva, mas mesmo assim não perdia a confiança. Tinha um sorriso de orelha a orelha, nariz em pé. Seus dedos se agarraram firmemente ao buquê de copos de leite.

 Ela chegou ao altar. Entregou o buque para uma dama. Segurou as mãos de Tomas. Os dois olharam para frente. Quem celebrava o casamento usava uma coisa dourada na cabeça. Uma coroa. Ali estava o rei, tentei encara-lo, minha visão rodou. Não podia ser pelo porre de ontem, a dor de cabeça passara. Por algum motivo, senti um desejo estranho, como se minha vida dependesse de saber quem era esse rei. Ele começara a falar, sua voz ecoava e chegava como um sussurro na minha cabeça. Eu não conseguia identifica-la.

 Levantei-me desesperada, minha visão rodou, escutei uma risada estranha e um murmúrio, mas ninguém ria, estavam todos sérios, olhando fixos para frente. Eu andava em direção ao altar. A cada passo era como se alguém estivesse mudando os canais de uma televisão na minha cabeça e imagens diferentes apareciam. Uma briga. Um motel. Jayson. Alec?

O que estava acontecendo?

 Senti uma dor na cabeça como se alguém tivesse a martelando. Caí de joelhos no chão com as mãos na cabeça. Quando a dor diminuiu, tirei as mãos da cabeça e me levantei, mas eu não estava mais no meio do corredor central, com roupas largas de homem, cabelo desgrenhado e cara de bêbada. Eu estava em um vestido de noiva, com o rosto suado, o rímel escorrendo e olhando para Tomas. Suas mãos também suadas seguravam as minhas com firmeza e ele tinha um sorriso bobo no rosto.

 Eu tentei me soltar, sair correndo, gritando, falar que aquela não era eu, que eu não era Mel. Mas meus braços não me obedeciam. Minha boca não se abria e a voz não saía.

 Olhei para o lado e consegui focar a visão no rosto do rei. Eu conhecia aquelas feições, quem olhava para mim com cara de peixe morto era meu sogro. O pai de Jayson.

Eu estava assustada, aquilo era um sonho?

O que estava acontecendo?  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sabe quando você espera ansiosamente a hora de escrever um capítulo e quando termina pensa ''uau, eu sou incrível'' ou quase isso. Então foi isso que aconteceu. Faz muito tempo que espero para chegar nessa parte e fiquei tipo ''OMG QUE BAPHO'' Tá, não foi assim, mas ceis entenderam, eu gostei, espero que vocês também u.u