Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS


Capítulo 12
Uma Novidade não Muito Boa


Notas iniciais do capítulo

Bem, cá estou com capítulo novo,
Achei um pouco pequeno, mas uma dica, prestem atenção aos pequenos detalhes, por que podem ser essências para o futuro da fic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340214/chapter/12

Acordei com meu braço doendo bem menos, mas ainda enfaixado, o sol estava nascendo e entrava pela janela, eu me levantei e fui observar o contraste da luz e das cores que refletia com a floresta à frente, perecíamos estar em uma das torres, então era possível ver a floresta de cima. A porta bateu atrás de mim, mas continuei imóvel.

 - É lindo, não é? – perguntou a voz da enfermeira às minhas costas, me fazendo virar para olha-la, agora de dia, seu rosto me parecia um tanto familiar – Gosto de vir aqui de manhã para ver por essa janela.

 Observei que pela primeira vez, ela não brigava comigo, mas conversava sensatamente, as pessoas ao redor, que eu não me incomodei em observar o rosto, acordavam incomodadas pela luz do sol.

 Sentei-me novamente na cama, a enfermeira – que eu não me lembrava de ter dito o nome, mas uma sensação, de que a palavra estava na ponta da língua, mas eu não conseguia soltar me importunava – andava até as outras camas, entregando remédios a eles ou perguntando sobre o café da manhã.

 - Você que comer agora? – me perguntou quando chegou à minha cama, pois seguia da esquerda para a direita.

 - Depende, vou ter que comer papinha? – perguntei arqueando a sobrancelha.

 - Não, você tem uma dieta a seguir. – falou rindo – Vou trazer para você.

 Ela saiu do quarto e demorou tempo suficiente para eu poder escutar meu estomago roncar, mas voltou alguns minutos depois com duas bandejas cheias de tigelas pequenas, cada uma parecia estar etiquetada, começando novamente da esquerda para a direita, ela passou entregando-as. Alguns ainda dormiam, outros reclamavam de fome, mas a enfermeira insistia que ele tinha que manter o jejum, outros, haviam decidido comer mais tarde, mas quando sentiram aquele cheiro – de torradas, frutas, cereal, leite e… sim, o néctar dos deuses, café – acabaram mudando de ideia e pedindo a comida. Quando ela parou na minha cama, tirou como fez em todas as outras, um tipo de bandeja com pernas, que ela apoiou por cima de mim e depositou nela duas das tigelas. Em uma havia uma salada de frutas, e na outra cereal e leite. Quase fiz bico quando vi que não havia nem sinal de café.

 - Aceita uma xícara de café? – nunca fiquei tão feliz ao ouvir essas palavras, abri um sorriso enorme.

 - Claro que sim.

 Ela colocou uma xícara já cheia sobre minha bandeja, eu podia sentir de longe o cheiro forte e saia uma leve fumaça branca. Levei a xícara até a boca e senti o gosto tão familiar e adorado que me fazia tanta falta, mas ele estava muito fraco comparado ao cheiro, não importava, era café, e isso já me melhorou meu humor.

 Eu ataquei as duas tigelas seguintes como um gigante faminto, que comeria qualquer coisa, e apesar de ser cereal de aveia, eu quase não senti o gosto enjoativo, tudo parecia tão fraco e sem gosto, até mesmo as frutas exóticas da salada.

  O médico não entrou no quarto e logo após terminar de comer, a enfermeira entrou novamente com uma prancheta na mão, me dizendo que eu estava liberada.

 - Mas ele nem ao menos me examinou. – falei.

 - Você passou a noite sendo observada. – respondeu.

 - Observada? Ele passou a noite do meu lado? Me olhando? – perguntei soando incrédula.

 - Quase isso. – respondeu calmamente – Mas o que vale é que você já pode ir.

 - Tudo bem, tchau, eu acho. – falei me levantando e caminhei até a porta.

 Saí do quarto e logo ao virar o primeiro corredor já dei de cara com quem eu menos queria ver àquela hora, Alec.

 - Oi. – falei tentando sair da frente dele.

 - Espera Luna. – ele segurou meu braço, mas eu me desvencilhei do aperto e voltei meus olhos para os seus.

 - O que? – perguntei seca.

- Me desculpe, tenho que… hum, admitir que eu havia visto Tomas lá. – falou esfregando as mãos.

 - Sério mesmo? Não tinha percebido. – falei irônica.

 - Mas bem, não importa mais, ele vai se casar agora.

 - Não. Ainda não é nada combinado.

 - Eles anunciaram essa manhã, Luna, anunciaram a data do casamento. – falou sério.

 - Hum. – falei. Eu achava que eu sentiria o chão sair debaixo dos meus pés, ou um aperto no coração ao escutar isso, mas eu tinha certeza que aconteceria uma hora ou outra, então apenas me conformei com o fato de que ele iria se casar com alguém melhor que eu e arqueei uma sobrancelha.

 - Não vai dizer nada mais? – perguntou Alec.

 - Ah, eu já sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, e olha só, acaba de acontecer.

 - Tudo bem, então. Está tudo bem entre a gente?

 - Entre a gente? – perguntei fazendo careta.

 - Quero dizer… você não está com raiva de mim ou algo assim?

 - Não. Agora se me der licença, tenho que ir ali. Fazer alguma coisa. Em algum lugar.

 Ele chegou para o lado, e me deu passagem. E não, não estava tudo bem, Tomas havia marcado a data por causa de Alec, isso era visível, mas como eu disse, isso iria acontecer uma hora ou outra, ele apenas fez que fosse mais cedo.

 Eu fui para fora do castelo, a população estava em festa, todos dançavam, como se tivessem em uma boate ao ar livre, faziam uma festa antes da festa. Aquilo era enjoativo de mais para mim.

 Voltei para dentro, lá era mais calmo, apesar de as empregadas suspirarem pelos cantos como se estivessem se lembrando de um filme de romance, mas era mais sossegado do que lá fora.

 Andava de cabeça baixa quando bati em algo, olhando para cima, descobri ser a costa da Rainha Megan. Pedi desculpas, mas ela não pareceu se incomodar com o incidente, mantinha um sorriso de orelha a orelha, não precisava pensar duas vezes para descobrir o motivo. ‘’Meu filho vai se casar isso não é ótimo?’’ veio a voz da mulher até minha cabeça seguida de um grito histérico, mas isso não parecia fazer o tipo dela.

 - Bom dia senhora. – falei tentando ser gentil.

 - Bom dia Luna, já sabe da novidade, querida?

 - Bem, se diz a novidade que Tomas vai se casar, sim, eu sei. – eu disse forçando um sorriso.

 - Não parece animada.

 - Ah, eu estou, é só um pouco de… sono, isso, sono. – falei e dessa vez o que saiu forçado foi um bocejo.

 - Se não quer falar, tudo bem, mas eu estou muito feliz em saber que ele vai se casar com uma garota como Mel. – disse a rainha, sorrindo verdadeiramente.

 - Fico feliz por você.

 - Vamos fazer uma festa, você vai, não vai? – perguntou.

 - Ah, eu não sei se seria uma boa ideia.

 - Claro que seria, além de comemorar o noivado, pretendo fazer um bolo gigante pelo aniversário de Tomas.

 - Aniversário? Legal, quantos anos ele está fazendo?

 - Vinte e três, o bolo vai ficar enorme. – falou sonhadora – Agora se me dá licença, Luna, ainda tenho que arrumar uma confeiteira.

 - Acabou de arrumar. – falei apontando para mim – Eu trabalhava com isso antes de vir para cá, não se preocupe, eu fico com o bolo.

 - Ótimo, obrigada, Luna, de verdade, você me livrou de muito trabalho, a festa será amanhã à noite, durante a tarde de amanhã, a cozinha é toda sua.

 - Tudo bem.

 - Agora sim, tenho outras coisas para arrumar, com licença.

 - Fique à vontade.

 Ela seguiu pelo corredor às minhas costas e eu continuei andando, pelo menos durante a tarde do dia seguinte eu ficaria ocupada sem ter que me preocupar com nada, apenas me dedicando a confeitaria, que eu tanto sentia falta, mas naquele momento, continuei andando, esperando trombar em outro alguém, sem sucesso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pode parecer idiota meu eu REALMENTE, bocejei quando estava revisando ao ler ''falei e dessa vez o que saiu forçado foi um bocejo.'' AUHSUASH,
Sejam fifas, comentem, não dói nadinha U.U