Inversamente Opostos escrita por IsaDoraBMS
Notas iniciais do capítulo
Olé pessoinhas >.< Viu que não atrazei? U.U
Fiz um pedacinho desse capítulo como especial de dia das mães já que é hoje e pá. Por falar nisso, digam ''Feliz dia das mães'' para as suas por mim >.
Acordei em um tipo de enfermaria, tinha camas dos lados com pessoas desmaiadas, eu tentei me sentar na cama e meu ombro doeu. Só então eu percebi que estava enfaixado. Provavelmente aquele leão não havia sido um sonho e foi no meu ombro direito, que ele havia fincado as presas, e eu havia realmente o matado com minha espada. Por um momento me senti assustada e orgulhosa por esse feito. Então me lembrei do sangue do leão e senti ânsia de vomito.
A porta se abriu e Alec entrou e se sentou ao meu lado.
- Você está bem? – perguntou.
- Ótima. – respondi.
- O que aquele garoto tem na cabeça pra te levar para o meio da floresta?
- Não foi culpa dele. Ele perguntou se eu queria ir e eu aceitei, aliás, estava muito disposto a me proteger. – falei.
- Te proteger te deixando sozinha no meio da floresta?
- Eu não sei por que ele sumiu. – falei – Mas eu consegui me defender sozinha, se quer saber.
- E se não tivesse conseguido? – perguntou.
- Então eu estaria morta e te pouparia do trabalho de consertar o avião, já que não vai embora, isso é apenas um favor para mim, certo?
- Certo. Mas nesse caso, Tomas também estaria morto. – ele tinha um sorriso maligno no rosto, o que realmente me assustou.
- É brincadeira, não é?
- Claro que sim, por mais que eu esteja com raiva de alguém, eu não seria capas de matar essa pessoa. – falou.
- Eu sei… - falei e seguiu-se um bocejo – Acredito em você.
Eu lutava para manter meus olhos abertos, mas a carícia no meu rosto, e o beijo na testa me indicou que a soneca estava liberada. Fechei os olhos e escutei o barulho da porta fechando, pouco depois eu já estava em sono profundo.
[…]
Quando acordei novamente não se passou nem dois minutos e a porta se abriu, Mel entrou e se sentou ao meu lado, onde antes estava Alec.
- E aí? – perguntou.
- Estou bem, obrigada. – falei e soou mais rude do que eu esperava, ela franziu a sobrancelha.
- Fiquei sabendo que você matou um leão. – falou e deu um soco leve no meu ombro, soltei um gemido de dor, mas disfarcei com um sorriso forçado – desculpa.
- Tudo bem. – falei, um silencio incomodo se seguiu até eu ter coragem de fazer a pergunta que batucava na minha cabeça – Posso perguntar uma coisa para você?
- Claro. – ela respondeu, mas parecia relutante.
- Por que não quis ir para o jardim com Tomas quando ele te chamou?
- É estranho, talvez você não entenda, mas eu estou com realmente muito medo de voltar naquela floresta, e aquele jardim me traz lembranças, de sonhos que eu ando tendo toda noite, pesadelos que me atormentam e me fazem acordar gritando, por sorte Tomas tem o sono pesado e ainda não acordou enquanto eu estava no meio de um pesadelo, mas só de pensar em cruzar aquela porta novamente já me dá arrepios.
- Tudo bem – meu ombro começara a doer – mas por que não disse isso para Tomas? Ele acha que você está agindo mais estranha do que antes, converse com ele. Afinal, você ainda espera se casar?
- Claro que sim, desde que voltei nunca pensei o contrario – com a cabeça baixa puxava um fio do lençol do meu colchão –, nós… eu e Tomas, estamos nos afastando, não é? E ele procura o afeto que eu nego em você. Estou certa?
- Sim, está. – meu ombro latejava de dor, cada vez mais – Se ainda ama aquele garoto, é melhor ir reconquistando-o aos poucos.
- Obrigada pela dica, acho que desde que cheguei precisava ter essa conversa com alguém. Até mais. – ela se levantou para sair, mas eu impedi.
- Pode fazer um favor para mim, Mel? – perguntei e ela acenou que sim com a cabeça – Peça a uma enfermeira para me dopar de novo.
Imagino que estivesse fazendo uma cara de dor muito feia, por que Mel saiu correndo do quarto e em exatamente vinte e oito segundos depois – que eu contei, pois meu ombro parecia que iria inflamar em chamas a qualquer momento – uma enfermeira entrou calmamente no quarto e injetou algo no meu pulso, que se espalhou rapidamente, e eu pude senti o alívio da dor indo embora, e do sono voltando.
[…]
‘’Minha mãe estava sentada ao meu lado agora, eu estava no hospital, às mesmas pessoas ainda estavam nas camas ao redor, ela mantinha um sorriso carinhoso no rosto e a me ver abrir os olhos começou a fazer cafuné na minha cabeça, como quando eu era criança e não queria dormir.
- Como chegou aqui? – perguntei, mas ela não respondeu minha pergunta.
- Você continua linda, princesa. – falou – Estamos com muitas saudades de você, volte logo.
-Tudo bem, mãe, é só a senhora me levar até seu avião, acho que preciso me despedir de algumas pessoas antes, mas...
- Eu amo você, minha querida. – ela falou me ignorando novamente e me deu um beijo na testa – volte logo. – ela se levantou e caminhou em direção à porta, eu tentei me levantar, só então me dei conta de que tinha uma corda me prendendo à cama.
- Mãe! – gritei, mas ela me ignorou e continuou andando – Mãe me espere! – eu continuei gritando, mas ela me ignorou, lagrimas apareceram nos meus olhos e eu gritava para que ela voltasse, mas ela foi e me deixou. ’’
Eu percebi que aquilo era um sonho quando me sentei na cama, não havia ninguém ao meu lado, mas eu tinha lágrimas nos olhos, foi então que notei o quanto sentia falta dos meus pais. Da minha mãe em especial. De como sentia falta dos seus conselhos, do seu jeito histérico, e do seu cafuné.
Tomas entrou no quarto e eu sequei as lágrimas às pressas.
- Estava chorando, Luna? – ele perguntou se sentando.
- Foi apenas um sonho, não se preocupe.
- Quer falar sobre isso?
- Não obrigada. – respondi e a sala ficou silenciosa a não ser pela respiração dos outros pacientes – Mas queria que me explicasse direito o que aconteceu.
- Eu me separei alguns metros de você, pretendia mesmo te manter sempre à vista, eu fui pegar um presente – ele mostrou um buque de copos de leite – mas eles estavam, mas longe do que eu pensava, e eu acabei demorando mais do que queria. Quando cheguei onde você estava, você já tinha se virado com o leão, o único problema foi àquela garra cravada no seu ombro, mas não foi coisa séria. Eu te trouxe correndo de volta para o castelo. É possível que você tenha desmaiado apenas pelo cheiro de sangue, o médico disse que às vezes isso acontece, mas apesar disso, você vai ficar bem.
- Certo. Obrigada então. Plante-os para mim. – falei apontando para as flores – E Mel?
- O que tem Mel? – perguntou.
- Ela conversou com você?
- Não, por quê? Deveria?
- Ela me visitou mais cedo, eu conversei com ela, você devia fazer o mesmo. – falei.
- Tudo bem. – falou com a sobrancelha franzida – Por quê?
- Quer fazer o favor de sair daqui e ir procurar aquela garota? –falei tentando parecer séria, mas tinha um sorriso no rosto – Vou dormir de novo.
- Então bom sono, eu vou procurar ‘’aquela garota’’.
Ele saiu do quarto e eu realmente caí no sono novamente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mereço um review?