P.O.V. Alessandra

Quando Marc me falou da menina que havia chegado na escola tinha a mesma cor dos olhos que eu, fiquei bastante surpresa, ,já que uma pesquisa feita por mim quando tinha 5 anos me informou que menos de 5% da população tinha essa cor cinza nós olhos, ou seja, é realmente muito raro. E saber que existe alguém com a mesma cor tão próximo, me fez caminhar mais rápido do que o normal para sala de aula, chamando atenção dos alunos a minha volta.

Assim que cheguei na sala, automaticamente, meus olhos procuravam pela menina, não foi muito difícil encontrá-la já que ela tava perto da Rainha da Popularidade, Meilin Natan.

Suspirando, sentei-me na carteira de sempre, junto com Marc, esperando o professor Maixon chegar. Senti Marc cutucando meu estomago, como uma forma de me chamar.

– O que foi? – perguntei ao meu amigo

Marc sorriu para mim – quase me cegando com seus dentes colgate – e apontando para a carteira ao lado, disse:

– Olha Alê, a menina que eu te falei.

Automaticamente, virei-me, encontrando olhos iguais ao meus me observando. Pelo jeito que ela me olhava, eu devo estar parecendo assustada ou algo do tipo, então logo me recompus.

– Oi meu nome é Barbara, mas todos me chamam de Bah ou Baby. – a aluna nova disse, sorrindo em minha direção.

– Oi Barbara – sorri de volta –, meu nome é Alessandra, mas pode me chamar de Alê...

Ela deu um pequeno sorriso disfarçado no rosto, como se estivesse nervosa para fazer novas amizades, percebi ela olhando Marc pelo canto do olho, acho que se perguntando se ele ia ou não se apresentar, como ele não se deu a menor vontade, decidi fazer isso por ele.

Estava preste a apresentá-lo, quando ouvi um grito "SE ABAIXEM" empurrando eu e Barbara no chão, fazendo com que eu e ela caíssemos com Marc em cima de nós duas.

Por um momento perdi todo ar que eu tinha em meu pulmão, com o peso de Marc em cima de mim. Depois de recuperar o ar fiquei brava, estava prestes a xingá-lo de todos os nomes que conheço e chutá-lo até ele sair de cima de mim e de Barbara, quando ele murmurou algo.

– Zeus, sunt Furiæ

Minha cabeça estava a mil. Como assim fúrias? Eu sempre soube que Marc é fascinado por mitologia grega, mas não sabia que ele realmente acredita que coisas como essa existissem!

Não tive tempo de pensar mais no assunto, Marc se levantou, puxando uma mão minha outra de Barbara para que ficássemos de pé rapidamente. Pelo canto do olho, vi três seres horríveis, com aparência de mulheres aladas, por seus olhos escorriam sangue, e elas possuíam dentes afiados e corpos de cobra segurando chicotes que parecia estar coberto de lava. Eu só pude pensar em apenas uma palavra.

– CORRAM!