Fraternidade escrita por Esther K Hawkeye


Capítulo 9
Parte VIII


Notas iniciais do capítulo

Voltei com um mais novo capítulo
E olhem... Não se preocupem com o espaço da fanfic que está tão pouco sendo citado, ele irá começar a ser representado daqui a algum tempo, eu pensei em tudo, ok?

Boa leitura :)



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Um pouco de sofrimento judeu na Alemanha

– Vamos! Vamos! Saia daí! - Gritos de soldados.

– Tem algum judeu aí? - Perguntas maldosas.

– Fuzilem-no! - Ameaças.

– Por favor, não! - Implorações.

– Adeus, judeus, adeus! - Humilhação.

Frases como essas definem o momento em que estava a Alemanha em 1940. Hitler estava no poder e o que os judeus podiam fazer?

Um amontoado de gente sendo levadas que nem gado para os carros militares. Logo, todos seriam mandados para campos de concentração e extermínio nazistas. A maioria ia para Auschwitz-Bikernau; um campo de extermínio novo em folha que ficava na Polônia invadida.

Uma grande frustração entre os judeus que não estavam na Alemanha, na Polônia ou em qualquer país invadido por Adolf Hitler.

Os judeus da Iugoslávia deviam agradecer por estarem recebendo um desconto de vida extra do destino, porque logo eles iriam se juntar aos judeus poloneses, tchecoslovacos, alemães e holandeses.

Coitados dos judeus alemães... Coitados.

A vida amorosa de Alexis

Já fazia um ano em que Hannelli e Alexis trabalhavam juntos e como esperado, Hana se apaixonou por ele. Sim, diretamente vos digo. Se apaixonou, não de forma superficial.

Que novidade... Todas as garotas do colégio também eram apaixonadas por Alexis, por que seria diferente com Hannelli?

É aí que você se engana, meu caro leitor. Hannelli, ao contrário daquelas garotas, era uma adulta. Uma adulta responsável e dedicada, com certeza não se apaixonaria por alguém tão de repente. Mas independente disto, deixou que o búlgaro viesse até ela.

E ele veio? Veio.

Duvida? Pois não duvida.

Um pouco de Alexis e sua paixão: Voltava para casa com a cabeça nos ares. Se sentiu assustado de início, nunca tinha sentido aquele tipo de coisa. Toda vez que olhava para Hana, era um sentimento de alívio e nervosismo ao mesmo tempo. Por que aquilo?

Já tentou falar sobre isso com qualquer pessoa, seja com o seu pai adotivo, seja com o seu irmão, seja com as pessoas do trabalho dele. Mas não, não queria falar sobre isto.

E nesta manhã, estava naquele mesmo saguão, observando Hana com os seus papéis, com um olhar fixo neles, como se estivesse confusa. De alguma forma, não estava conseguindo cuidar de tudo aquilo sozinha. E Alexis tinha parado o que estava fazendo porque estava esperando alguém. Mas era impossível não se preocupar com ela.

O rapaz suspirou e foi até a moça.

– Precisa de ajuda, Hana? - A pergunta fez a moça se assustar.

– Senhor Alexis...? Eu... - Revirou o olhar, olhando para ele. - Bem... - Olhando para aqueles olhos profundamente castanhos esverdeados, corava, até o seu rosto ficar completamente vermelho. - N-Não precisa... E-Eu dou conta.

Ele logo deu de ombros, mas não saiu de perto dela. Como não conseguia sentir vergonha nenhuma, ele queria perguntá-la algo.

– Você vai fazer algo neste sábado?

O coração dela batia fortemente. Não, não podia ser o que estava pensando. O que Alexis queria...? Será que tinha alguma chance com ele? Não, não poderia ser. Alexis tinha uma certa fama de ser muito frio.

– Não, senhor Alexis, não... - E falava e repetia o "não".

Ele deu um pequeno sorriso, o que arrepiou Hana. O sorriso de Alexis, apesar de quase nunca ser demonstrado, era uma das coisas mais lindas que Hannelli já tinha visto. De alguma forma, sorriu de volta.

– A senhorita gostaria de sair comigo? - O jeito terno que ele tinha pedido encantaria qualquer mulher.

Hana piscou algumas vezes, engolindo em seco e com o rosto vermelho. Alexis abaixou o olhar e corou levemente, ele estava nervoso. Sim, este é o "estar nervoso" de Alexis.

– O-Oh... Senhor Alexis... C-Claro que sim! - E não conseguia conter o sorriso bobo em sua face.

Ele alongou o sorriso.

– Que horas fica melhor para você?

Ela revirou o olhar, tinha que responder algo. Qualquer hora estava bom para ela, mas tinha que ser uma específica. Voltou o seu olhar para ele e voltou a sorrir.

– Às oito horas, está bem?

Ele sorriu de volta.

– Claro que está. - Ele pegou a mão dela, que quase enlouqueceu internamente com aquele ato; delicadamente, beijou a mão dela.

Naquela hora, Hannelli não conseguia parar de sorrir feito uma boba

– Eu te vejo, então... - Ele finalizou, afastando-se dela. - Até mais... - E saiu andando.

Ela simplesmente acenou, como se tivesse dando um "tchau". Mal podia acreditar! Ela tinha uma chance com o "Senhor Alexis".

O encontro de Sábado

Esperava na porta da casa de Hannelli. Alexis esperava com muita paciência. A espera não foi em vão, Hana saiu de casa completamente linda, com um vestido cinza comum, mas muito bonito, por sinal. Os cabelos loiros estavam presos em um coque. Ela estava mais bonita do que geralmente é.

Isso fez Alexis corar um pouco, ficando até mais nervoso. Coçou a cabeça, passando a mão pelos cabelos negros e lisos; culpa do nervosismo. Engoliu em seco.

– Eu demorei...? - Ela perguntou. A tonalidade vermelha no rosto dela parecia se destacar com a sua aparência.

– Não, não demorou... - Ele sorriu. - Você está linda. - Chegou mais próximo dela.

Aquele sorriso e aquelas palavras deixavam Hana sem jeito.

– Obrigada... - Sorriu de volta.

Até que ele esticou a mão para ela, pedindo para que ela pegasse-a.

– Vamos... Eu sei de um restaurante muito bom.

Ela pegou a mão dele, ainda com aquele sorriso no rosto. Ele a puxou até si; segundos depois, Hana "abraçou" o braço de Alexis. Ele a conduzia até o local.

O bom era que tudo era perto naquele bairro, por isso que em cinco minutos, acharam um restaurante chique. Entraram, e depois de pedir uma mesa para dois, se sentaram um na frente do outro.

Olhar para os olhos de Alexis era um desafio. Eram tão profundos quanto frios. Mas a natureza daqueles olhos era fria, mesmo não querendo ser. Mas Hana se apaixonava por aqueles olhos mais e mais.

– Você come algo em especial? - Alexis perguntou, o que tirou Hannelli da "hipnose".

– Er... Não, eu como de tudo. - Se sentiu uma idiota por ter dito isso. - Eu posso te acompanhar, senhor Alexis.

Ele a olhou seriamente.

– Por favor, não me chame mais de "senhor". - Ele esticou a mão pela mesa, devagar. Até se encontrar com a mão dela, acariciando-a em seguida. - Não tem mais necessidade disto.

Hana respirou fundo. O que aquilo tudo queria dizer? Pois bem, tentou seguir as palavras dele.

– Tudo bem... Alexis. - Sentiu um pouco de dificudade de falar o nome dele sem o "senhor" na frente. Entrelaçou os dedos com os dele.

Ao sentir aquele ato, Alexis sorriu novamente. Aquele momento estava o fazendo feliz. Mas teve que recuar a mão, para que possa chamar o garçom para fazer o pedido.

Hannelli o observava, hipnotizada. Logo, um sorriso bobo renasceu em sua face, junto com um forte suspiro.

Alexis voltou a sua atenção a ela.

– Tudo bem, Hana? - E deu uma risadinha.

Ela alargou o sorriso, mostrando os dentes.

– Estou ótima... É que eu adoro a sua companhia.

O sorriso de Alexis desaparecera, mostrando uma expressão surpresa. E ao perceber, Hana tirou o sorriso também. Droga, ela tinha falado alguma coisa de errado? Não. Pelo contrário.

– O-O que foi, Alexis?

Ele voltou a sorrir.

– É que... Ninguém nunca tinha dito isso para mim. Verdade mesmo que você gosta da minha companhia?

Ela assentiu, sorrindo apaixonadamente.

– Sim, senhor... - Ela olhou para os olhos dele, que estavam a falando: "O que eu tinha dito...?" - Alexis... Desculpa, Alexis. - Ele assentiu, melhor assim. - E-Eu gosto muito de você, muito mesmo.

Ele olhou para baixo, com um sorriso bobo no rosto. Deu uma pequena risada e voltou o olhar para ela.

– Eu também gosto muito de você, Hana. - E sorriu largamente.

Sorrisos, seguidos de mais sorrisos. Aquele era mesmo o Alexis? Era um Alexis apaixonado.

Depois de algum tempo, pagaram a conta e foram embora. No caminho, continuavam conversando sobre várias coisas e descobriram que tinham muito em comum. Risos eram companhia daquela conversa. Até que chegaram na casa de Hannelli.

– Bem... Obrigada por essa noite incrível, senh... - O olhar novamente. - Alexis... Ah! Ainda vou me acostumar.

Ele riu.

– Não se preocupe, algum dia você se acostuma.

Sorrindo, olharam um para o outro, estavam apaixonados um pelo outro. Até que, perdida em pensamentos, Hana queria falar a verdade. Queria demonstrar, pelo menos em palavras, o que sentia por ele.

Se aproximava dele.

– Alexis... Eu... - Mas não tinha visto uma pedra no caminho (estas pedras...) e acabou tropessando nela.

Alexis rápidamente a segurou nos braços. Lembrou-se de algo que aconteceu anos atrás, quando ele ainda era apenas um garoto. O incidente com aquela menina. O "Desculpe-me" exagerado. Enqunto Hannelli olhava para o chão, segurando nos ombros dele, incrédula. Então... Era ele... Era ele este tempo inteiro.

Voltaram os olhares um para o outro. Desta vez, incrédulos.

– Você... - Falou Alexis baixinho.

Hana só olhava, com os olhos trêmulos. Ao perceberem que estavam muito próximos um do outro. Esta era a chance. Aproximaram seus rostos um do outro, até os lábios se encontrarem num beijo apaixonante.

Alexis aproximou ainda mais o corpo dela, abraçando sua cintura. Hannelli abraçava o pescoço dele levemente, passou a mão nos cabelos negros do búlgaro. Tudo isso enquanto os lábios de ambos se beijavam de várias formas.

Se separaram, ainda olhando um nos olhos do outro.

– Senhor Alexis...

Ele balançou a cabeça negativamente, sorrindo.

– Eu já disse para não me chamar assim.

Ela sorriu, antes de passar o dedo indicador sobre os lábios dele.

– Tudo bem... Alexis. - Sentiu os seus cabelos sendo acariciados por uma mão búlgara. - Eu preciso entrar em casa...

Ele assentiu, deixou-a ir. Antes disto, Hana comentou:

– Alexis... A única coisa que eu quero é: Sorria mais... Seu sorriso é lindo.

Alexis a olhou impressionado de novo.

– Vou tentar...

Ela sorriu de canto.

– Boa noite... - Ela finalizou com delicadeza, antes de entrar na sua casa, lentamente.

Alexis suspirou pesado, ainda com o sorriso. Seguiu o seu caminho até a sua casa, um apartamento no centro daquele bairro de Belgrado.

Fechou a porta do apartamento, encostando-se nela logo em seguida. Passou a mão nos próprios lábios em seguida, com os olhos fechados e cabeça erguida. Um sorriso bobo surgiu em sua face.

Não, aquele não era o Alexis frio e calculista, não era o mesmo. Nem mesmo a sua família poderia imaginá-lo daquele jeito.

A magia do amor muda qualquer um.


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Notas finais do capítulo

Ufa! Gostaram?

Espero que sim. Alexis não ia ser um frio insensível para sempre, haha xD

Até o próximo capítulo. De agora em diante, promete. :)



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