Fraternidade escrita por Esther K Hawkeye


Capítulo 6
Parte V - Ou o capítulo da reflexão.


Notas iniciais do capítulo

Mais outro capítulo está aqui. Mas antes de começar, eu queria deixar claro três coisas:
1 - Se eu demorar muito a postar, é porque a minha internet está caindo a cada momento; tem outros dias em que me proíbem de ir ao computador.
2 - Me desculpe se houver algum erro de português. Já tive um problema com isso aqui e pretendo não ter mais. Não sou a rainha da gramática; cometo erros. Mas se por acaso vier algum, não tenham medo de me falar. Não se sinta chata(o) também, porque eu entendo perfeitamente (eu sou assim também LOL)
3 - Se faltar acento nas palavras, culpa do meu teclado. Outra coisa seria: Se o texto vier esquisito, culpa do meu navegador, o Opera. Só poderei instalar um navegador mais confiável no mês que vem, desculpem-me.
Fora isso, está tudo ok. Boa leitura :)



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A menina com um dom especial.

Dia 24 de Junho de 1921, dia em que uma croata judia nasceu. Agora, imagine uma garota diferente de muitas - diferente mesmo - outras garotas; ao mesmo tempo, muito igual; sentimentos acima de tudo, mesmo que sem querer. 

Esta garota cuja sua história eu irei falar se chama Andrija Krleza. Diferente de muitas outras histórias sobre garotas, eu prometo que esta irá ser diferente. E que provavelmente, irá te agradar.

Se não te agradar, sinto que falta um coração aí dentro de seu ser.

Mas quando eu terminar, peço para que não sinta pena dela. Não, não sinta. Eu insisto!

Nascida numa família de origem judaica; segunda filha de um húngaro com uma iugoslávia. Tinha dois irmãos, uma mais velha, a húngara Elizabeta; o mais novo, o esloveno Janez. 

Diferente da sua irmã, Andrija se deu bem com a tendência feminina desde cedo. Porque sua irmã mais velha tinha botado em sua própria cabeça de que era um garoto, por isso Elizabeta tinha uma estranha mania de vestir as roupas do pai e caminhar pela casa, falando como se fosse um garoto. Mas isso... Isso era antes. 

Ao se tornar adolescente, Elizabeta estava no caminho certo para ser a mulher perfeita. E era esse caminho que Andrija tentava seguir desde muito tempo. 

E quem diria... Demoraram vinte e três anos para seu sonho virar realidade. Mas, não vamos ir logo adiante, se não eu seria uma "estragadora de finais". 

A família Krleza viva na cidade iugoslava de Zagreb, até o pai da família ser transferido para Belgrado. Nisto, Andrija tinha seis anos de idade. 

Ao passar quase que toda a sua vida em Belgrado, Andrija descobriu alguns amores: literatura, astronomia, história e é claro, jornalismo. Ao chegar aos quinze anos de idade, Andrija decidiu que seria uma jornalista. 

Mas com o amor a essas coisas, veio o amor famíliar. Andrija amava o seu pai como nunca havia amado ninguém; eles eram muito ligados. Apesar de amar a mãe quase que na mesma intensidade, elas nunca foram assim tão próximas. Já os seus irmãos... Apesar das brigas constantes que tem com Elizabeta, elas logo se entendiam e eram de certa forma, amigas. Trata o seu irmão caçula como se ele fosse um pequeno príncipe. Diga-se de passagem, Janez só se tornou um rapaz confiável, delicado, um cavalheiro, apenas pela estadia com uma de suas irmãs mais velhas. 

Amor também é relatado em cima de rapazes. Pois bem, tenho de falar que Andrija só amou um rapaz em toda a sua vida. Mas é claro que ela era realmente grata por ter vários admiradores em toda a sua vida. Chegou a sair com alguns rapazes, mas nunca sentiu nada de especial por eles. 

Você deve estar se perguntando: Quem seria o único rapaz da vida da croata? Resposta simples para perguntas óbvias; seu nome é Vencelau Brauer. 

Apesar de muitas coisas, ela conseguia captar todo o seu amor por ele, mas nunca admitiu seus sentimentos por medo, ele era o seu melhor amigo. E também, ela não achava que era um sentimento tão forte assim. 

Quando as influências nazistas chegaram à Iugoslávia, Andrija foi obrigada a se transferir de sua escola para um Liceu Israelita. Porém, os judeus ainda não sofriam nenhum tipo de preconceito e podiam ser livres como quisessem. E a garota começou a se sentir mal a partir daí. 

Sentir-se mal é comum, mas não naquele caso da garota. Ela sentia... Sentia que algo iria acontecer. Mas o que seria? Acompanhe os jornais, acompanhe as notícias. Alemanha rompeu o Tratado de Versalles; Adolf Hitler e o partido Nazista chegam ao poder alemão; Alemanha isso, Alemanha aquilo; Hitler isso, Hitler aquilo. 

Quanta coisa de podre já tinha acontecido, sendo visto em uma só vida. Grande depressão, preconceito contra os filhos de Israel, não obedecer a um tratado de "paz"; agora Andrija não tinha tantas dúvidas: Uma guerra estava por vir. 

É claro que ela não falava, não podia. Caso falasse, ia ser chamada de louca. Então, pra que falar sendo que ninguém ouviria uma garotinha? 

Agora entendem porque Andrija sempre foi mais do que uma simples garota; ela era uma garota especial, com um dom especial. Um dom que poucas garotas adquirem naquela época. O dom de pensar. 

Foi um crime culposo da morte ter tirado sua família dela. 

O garoto alegre depressivo.

Nascido em uma família de Montenegro e judaica, Scepan Petrovik sempre viveu em meio de coisas complicadas. 

Nasceu em Podgorica, Iugoslávia; no dia 13 de Julho de 1918. Sempre viveu com os pais e com sua irmã mais nova, Tatiana, quatro nos mais nova. 

Mudou-se para Belgrado por conta das complicações de sua cidade natal, aos sete anos de idade. Com isso, seguiu o seu caminho como um jovem comum, um rapaz que, segundo ele, era normal e igual a todos. Apesar de seus problemas psicológicos e depressão nervosa, que logo adquiria aos seus vinte e tantos anos. Mas quando criança, ele passava a imagem de uma criança alegre e tranquila. 

Dizem... Dizem que as pessoas com aparências mais alegres são geralmente as mais sofredoras. Este caso se une exatamente à personalidade do judeu. 

Não, não fale: "Ele certamente irá morrer cedo", porque isso será comprovado apenas no final disso tudo. Fato ou não, isso é você que deverá descobrir. 

Porque apesar de tudo, Scepan era um rapaz forte e cheio de si, apesar das brigas constantes dos pais e do esquecimento de seus próprios filhos. Mesmo tendo que cuidar de sua irmãzinha sozinho; mesmo tendo que ir constantemente para um acompanhamento psiquiátrico. Ele jura, jura, jura mesmo que é um rapaz normal, que pode viver a vida num rítmo normal. 

Ao conhecer o seu melhor amigo, Vencelau, ele mudou um pouco sua personalidade. O porque é bem simples, Scepan nunca teve amigos e vivia triste constantemente. Já tiveram casos que ele tinha que ir para algum tipo de clínica de recuperação mental para poder tirar sua tristeza de si. 

Provavelmente, se você o visse, se você não conhecesse sua história, você diria que ele era uma criança feliz, por viver sorrindo. Isso não é verdade. Scepan era apenas um garoto com algum tipo de dificuldade mental, que tinha acesso a depressão. Era apenas um garoto buscando a felicidade. 

Chegou uma época, porém, que ele tinha que se separar de Vencelau pelo menos na escola. Ele teria ido a um Liceu Israelita, o mesmo em que estudava Andrija. E pode seguir sua vida normalmente. 

Mas ele tinha uma coisa chamada consciência das coisas; até mais do que os próprios pais. Ao ver as notícias, já realizava que tinha algo de ruim vindo. Não sabia o que, só sabia que isso poderia muito bem sobrar para eles, os judeus. 

Afinal, passar por uma Segunda Guerra Mundial de cabeça erguida não era para todos. 

Alexis e a filosofia 

O que seria comunismo? O significado desta palavra? "Comum a todos"! Meus parabéns à você que acertou. 

Porque todas as vezes em que falava de seu pai - tanto o adotivo quanto o biológico. -, Vencelau sempre ouvia essa palavra: 

Comunismo, comunismo, comunismo...

Karl Marx dizia. Era o bem para a humanidade... Será mesmo? E como se resume um caráter, uma biografia, de uma pessoa chamada Vencelau? 

Apenas três palavras estariam escritas para resumi-lo: Carinho, inteligência e curiosidade, curiosidade acima de tudo. 

E este "será mesmo?" não é apenas uma pergunta retórica. Porque sim, ela tem resposta. Agora, você saberia responde-la?

Para a sua curiosidade, eu também não. Então por que Vencelau também saberia? 

Quer saber, o mais novo não entendia direito a filosofia. Por que temos sempre que ser frios? Por que sempre temos que encarar tudo e nos adaptarmos ao meio que vivemos, mesmo que este meio estivesse em um estado horrível.

Mas e o mais velho? O mais velho! Alexis. 

O búlgaro não era chegado a literatura ligada a imaginação. E  era exatamente o oposto de Vencelau neste assunto. Alexis era frio, encarava tudo na forma mais realística possível.

Ao chegar aos dezoito anos, Alexis já teria lido muitos livros de filosofia. Karl Marx, Freud, Aristóteles, Tales de Mileto, Platão e muitos outros. 

Como alguém pode viver assim tão friamente? Acredite, ninguém vive. A partir de um certo ponto, Alexis passou a ver as coisa um pouco mais fora da realidade. E por que assim tão de repente, Alexis? A chegada do amor? 

Isso não sabemos. Os sentimentos e pensamentos de Alexis continuam uma incógnita. 

Mas como todo cálculo matemático tem o seu resultado, nós certamente teremos o resultado da incógnita da vida do rapaz. Basta vermos sua história. 


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Notas finais do capítulo

Como puderam ver... Nenhum diálogo foi utilizado neste capítulo. Acabei de ter aulas de filosofia e inspirei-me. Eu queria passar a filosofia da vida pros meus personagens.
Espero que reflitam sobre a vida dos seus antepassados e comparem com a vida atual. Uma coisa eu digo: É legal viver quando a vida é assim tão boa.
Esta fanfic não é apenas uma simples fanfic. É uma linha de raciocínio, para que vocês, leitores meus, saibam qual é o sentido da vida. E não reclamem, se vocês estão lendo isso, é porque tiveram condições para tal.
Espero que esta história mude o seu pensamento sobre os sentidos da vida. É por isso que estou aqui, escrevendo isto para vocês. Por isso, nunca abandonem a filosofia, mas dê um pouco de liberdade para os seus pensamentos. Acreditem, sua criatividade precisa, pede, implora para ser explorada.
Eu posso estar falando nada com nada aqui, mas você vai entender ao decorrer desta fanfic e das minhas outras estórias futuras. Elas sempre terão algum assunto filosófico.
Obrigada por terem lido, e até o próximo capítulo. Não se esqueça, "penso, logo existo" :)



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