Back In Time (Hiatus) escrita por Lost in Neverland


Capítulo 4
The prophecy


Notas iniciais do capítulo

Hey, seus lindos!
Quero pedir desculpas novamente por estar demorando a atualizar a fic, mil desculpas!
Espero que estejam gostando, e se estiverem, adoraria saber!
Enfim, fiquei escrevendo esse capítulo durante 3 dias o.O espero que a demora tenha valido a pena! haha ^^
Boa leitura! :)



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Samuel's POV:

Há uns anos atrás, recebi um, hum, “recado”, digamos assim. Gostaria de dizer que foi algo que veio em um momento oportuno, mas, na verdade, foi totalmente o contrário. E, além disso, devo confessar que aquilo tudo me assustou um pouco. E, acredite, sou um cara difícil de ser assustado.

Viver caçando demônios e monstros não chega nem perto do desespero de, simplesmente pensar na possibilidade de perder alguém. E foi esse desespero que senti. O pior de todos.

Lembro-me de cada único e pequeno detalhe daquele dia.

Aquela semana havia sido uma verdadeira caçada. Mas, para a minha preocupação e pouquíssima felicidade, daquela vez eu não era o caçador e sim a caça.

Demônios surgiam a todo momento com uma sede de sangue sobrenatural e, até mesmo amedrontadora. Sede pelo sangue de minha família.

E, para a festa ficar ainda melhor, encontrei com alguns anjos. Isso mesmo. Anjos.

Nunca achei que veria um ser como esse na minha vida. E, sinceramente, nunca fui muito crente quanto à esses assuntos. Minhas filhas, ao contrário de mim, acreditavam e muito.

Como sinto falta delas!

Enfim. Onde é que eu estava? Ah, sim, claro. Os seres alados.

Então, esses anjos fizeram com que eu ficasse muito mais confuso do que eu já estava. Mesmo não acreditando muito, sempre os vi como protetores.

Estava enganado.

Quer dizer, alguns ansiavam desesperadamente pela minha morte e outros estavam dispostos a morrer – se é que isso é possível – para que eu ficasse são e salvo. Para que toda a minha família pudesse sair sã e salva.

Além de tudo o que estava acontecendo,  descobri  que nem todos os anjos são bonzinhos. Confesso que isso foi um tanto quanto surpreendente para mim.

De qualquer maneira, os demônios querendo me matar nunca foi uma grande novidade. Mas, eles estavam mais desesperados pela minha morte que o normal. Tinha algo a mais nessa história. Com certeza.

Recebia visitas de anjos – os que queriam ajudar, ou pareciam querer, pelo menos – frequentemente. E, em uma dessas visitas, recebi a mensagem.

Sam's POV:

Naquela manhã eu e Cas chegamos à uma sala onde parecia estar havendo uma reunião e parecia ser realmente importante.

O lugar pertencia a um típico caçador, isso era óbvio. Sal em todas as janelas e portas e, espiando debaixo do enorme tapete redondo e desgastado que cobria grande parte do chão da sala, vi que havia ali uma armadilha do diabo.

Três pequenos sofás rodeavam o tapete e, perto de um deles, havia uma mesinha com chá – eu acho – e biscoitos recém-preparados exalando um delicioso aroma que se espalhava pelo ambiente. Percebi que estava com fome e com muita vontade de experimentar daqueles biscoitos.

Encostadas na parede encontravam-se várias estantes transbordando de livros. E havia papeis com várias anotações espalhados por todo o lugar. Desde a mais alta estante até o chão.

Ficamos no canto do cômodo observando tudo. Porém, qualquer que fosse o assunto sendo tratado ali, também já estava sendo terminado.

Além de Samuel, havia mais três caras vestidos com ternos pretos. Tinham uma forte aura de poder e autoridade. Depois de um tempo, pude deduzir que eram anjos.

Não participei muito da cena, foram apenas alguns segundos no local. Mas, nesse pouco tempo que estive lá, vi um dos caras entregar um pergaminho a Samuel. E sim, é o mesmo que ele encontrou minutos atrás. Disso eu tinha certeza. Entretanto, antes que eu pudesse ouvir o que havia naquele pergaminho, eu e Cas estávamos de volta.

- O que foi aquilo? – perguntei curioso, não tinha entendido droga nenhuma na hora

- Em breve você saberá – disse ele, olhando para longe sério e pensativo

- Por que não me contar agora?

- Porque não – ele continuava olhando o sei lá o que distante

- Você é retardado ou o quê?

- Ou o quê o que? – ele perguntou, finalmente virando seu rosto para mim e me encarando com os olhos azuis preocupados, escondendo alguma coisa

- Hein?

- Qual a segunda opção?

- Que opção?

- Do o quê?

- O quê?

- É.

- Hein?

- Ah, esquece.

- Tanto faz – não estava com vontade de começar mais um típica conversa de maluco com Castiel – E então?

- E então o que?

- Por que você me levou nessa viagem se não quer ao menos explicar o que era aquilo? E onde era aquilo?

- Eu vou explicar. Mas não agora. E queria companhia, não estava com vontade de viajar sozinho – disse ele, dando de ombros e sorrindo, assumindo uma postura relaxada – de qualquer maneira, precisava ir até lá – o anjo voltou ao semblante sério e preocupado. O “relaxamento” não durou nem 2 segundos.

- Preciso ir – ele disse – Adeus.

- Mas, você não... Cas?

Antes que eu pudesse terminar a pergunta, ele já tinha sumido.

Por que ele sempre faz isso? Não sei se ele se supera mais nas entradas ou nas saídas, ambas repentinas. Difícil decidir.

Sai correndo do beco onde havíamos parado. Precisava falar com Dean urgentemente.

Depois disso, consegui chegar rapidamente ao meu destino e encontrar o meu bom e velho irmão com suas piadas podres. Acho que você já sabe o que acontece a partir daí...

Dean's POV:

Todo aquele suspense e mistério já estava me cansando. Podia até ouvir o tã-tã-tã de música de suspense ao fundo.

- O que é isso? – perguntei, referindo-me ao pergaminho mas não me dirigindo a ninguém especificamente, tudo o que queria era apenas uma resposta clara o suficiente

- Uma mensagem que recebi anos atrás – respondeu Samuel, entregando o pergaminho para Castiel – uma mensagem entregue por anjos, aliás.

- Que ótimo! – disse eu, fingindo alegria - Não, espera... acho que talvez não seja tão ótimo assim, afinal, alguns amiguinhos do Cas não são tão meigos quanto ele, não é anjinho? – disse isso tentando soar despreocupado mas não deu muito certo.     

- Não seja ridículo – disse Cas

- Não seja tão educado – disse eu, ironicamente

- Eu sempre sou educado. Sou um anjo.

- Calem a boca – Sam interrompeu – Cas, a cena que vi mais cedo, foi quando entregaram essa mensagem?

- Exato.

- O que? – perguntei, como sempre sendo excluído dos assuntos

- E que mensagem é essa? –continuou Sam, ignorando-me completamente

- É uma profecia – anunciou Castiel

- Alguém pode me responder? Até quando vou ter que aguentar tamanho sofrimento e tortura vindo da parte de vocês? Vocês só sabem de deletar de tudo.

- Não seja dramático, Dean.

- Posso ler? – perguntou Castiel

- Já era para ter lido, meu anjo – disse eu e Cas apenas revirou os olhos e me fitou com uma intensa expressão de desprezo.

Então ele começou, lendo alto e pausadamente, como se estivesse declamando uma poesia:

Os filhos do futuro retornarão ao passado

Se instalando no presente

O aviso será dado

Um escolhido se perderá na floresta bem à frente

A linhagem se encontrará

Um mar com seres presentes e ausentes

Inundará a caçada afogando entes

Pela espada do rei um cairá,

Formando-se a rota

Trazendo o triunfo e a derrota

- Mas que droga isso quer dizer?

- Dean, é uma profecia. Normalmente não sabemos seu real significado até que ela se realize – disse Sam com seu típico tom eu-sei-de-tudo-beijos

- Eu sei disso, meu querido. O que quero dizer, podemos ter ao menos uma noção não é? Podemos saber o que talvez irá acontecer, por essa profecia

- Podemos fazer deduções de seu significado, mas normalmente, ela está recheada de duplos sentidos – disse Castiel

- Acho que os filhos do futuro somos nós – disse Sam

- E o resto? – perguntei – podemos desvendar, certo?

- Sei lá. Você acha que eu tenho cara de enciclopédia?

- Eu não acho Sammy, tenho certeza.

- Você está errado – disse ele, parecendo ofendido mas ao mesmo tempo orgulhoso

- Não fique magoado.

- Eu não estou.

- Mas parece.

- Mas não estou.

- Sammy, Sammy, Sammy – disse, cantarolando

- Cala essa boca, Dean. Não enche.

- Magoado e estressado.

Sam apenas revirou os olhos. Ia começar a falar algo mas aparentemente desistiu.

- Onde está Lana? – perguntou Sammy, parecendo preocupado

- Lana? – perguntou Samuel, perplexo

- Estou aqui – ela disse, surgindo na sala de repente, vindo sei lá de onde.

- Lana?

- Vovô?

Os dois se abraçaram demoradamente e bem apertado.

- Por que vocês não me falaram quem ele era? – perguntou ela, ainda nos braços do avô, os dois com os olhos cheios de lágrimas prestes a transbordar

- Não sabia que vocês eram, hã, parentes. E você não perguntou – disse Sam, da forma mais educada possível. Típico de Sammy.

- Ultimamente eu não estou sabendo de nada, nem quem sou eu – disse eu

- Isso não é novidade – disse Cas, se intrometendo

- Há há há há, mas como você é engraçado, anjinho!

- Obrigado. Desculpe-me, mas não posso dizer o mesmo de você.

- Hein? Eu sou muito engraçado. Sou adorável.

- E muito iludido.

- Cale a boca, Castiel.

- Enfim – disse Cas, como se nada tivesse acontecido – aproveitem o momento, curtam os novos familiares, porque momentos como esse, logo, serão raros

- Ah, isso é muito motivador.

- Descansem e preparem-se – disse ele

- Preparar para que? – perguntou Sam

Mas o anjo já tinha batido as asas e voado para longe. Odiava quando ele fazia isso.

Acho melhor aproveitar um pouco. E me preparar, como disse Cas. Afinal, em breve, vou sair por aí socando alguns nazistas.

É, isso vai ser divertido.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Alguma recomendação? Reviews? Façam um ser humano feliz! haha ^^