Back In Time (Hiatus) escrita por Lost in Neverland


Capítulo 3
Revelations are coming


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!
Novamente peço desculpas pela demora. Está sendo difícil atualizar a fic todos os dias, a correria é cada vez maior.
Enfim, o capítulo não ficou tão grande como eu gostaria, mas espero que gostem!
Boa leitura! :)



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Lana's POV:

A única coisa que posso dizer com certeza é que eu estava perdida nessa história. E decepcionada. Muito decepcionada.

Ainda não consigo acreditar na cena que acabei de presenciar. Gostaria de dizer que há um lado bom nisso tudo, mas eu estaria mentindo.

E o tal anjo? Meu Deus. É muita coisa para um só dia e para o meu humilde coração aguentar.

Alguns dias atrás, comecei a ter uns sonhos estranhos, com esse anjo. Ele dizia que iria precisar da minha ajuda, que algo aconteceria... No início achei que eram apenas sonhos, mas pelo visto estava enganada. Aqui está ele, bem do meu lado, em carne e osso. E isso não é um sonho. Até gostaria que fosse, mas não é. Como eu tenho tanta certeza? Simples. Bom, todo esse caos, desespero e sofrimento é natural da realidade. Está muito “real” para ser um sonho, se é que você me entende.

Castiel. Esse era o nome do anjo dos meus sonhos. Confio nele. E não só pelo fato de ser um anjo, mas pelo fato de ele saber coisas que apenas eu sei. Talvez não apenas eu, mas isso não vem ao caso. Não agora.

Enfim, ele realmente parece se importar e querer me ajudar. Não é a primeira vez que encontro com ele pessoalmente.

Quero dizer, na primeira vez não estive com ele diretamente, mas Castiel estava lá, sei disso agora. A ventania, o som tão alto ao ponto de machucar meus ouvidos... Fiquei bem assustada naquele dia.

Ou seja, essa é a segunda vez que encontro com ele, mas é a primeira que o vejo. E que converso com um anjo.

Conversar com um anjo, assim, pessoalmente, não é nada estranho perto de tudo que já vi por aí, mas ainda assim, nunca pensei que algo do tipo fosse acontecer.

Sempre acreditei em anjos. Se demônios existem, por que os anjos não existiriam? Precisava me apoiar na fé de que havia seres poderosos e bondosos por ai tomando conta de nós. Detonando todo o mal. Fico feliz em saber que estava certa.

O fato de ter Castiel do meu lado agora conforta um pouco o meu coração. Só um pouco. Mas, depois de tudo, é melhor ter um pouco de esperança do que nada.

Nunca tive interesse em saber qual trabalho minha mãe fazia. Mas claro, estaria mentindo se dissesse que não tinha curiosidade. Sempre fui curiosa em saber o que era, mas sem muito interesse, é meio confuso mas é isso ai.

E agora finalmente eu descobri. Gostaria de não ter descoberto nada.

Lá estava minha mãe, junto com os nazistas segurando um chicote e o utilizando repetidas vezes naquelas pessoas inocentes. Pessoas como ela.

Eu estava chocada, triste, e decepcionada.

Já havia desviado os olhos daquela cena há bastante tempo, mas a cruel imagem que vi irá permanecer para sempre na minha memória. E irá me atormentar também, disso eu tenho certeza.

Deve haver uma explicação. TEM que haver uma explicação.

Dean's POV:

Estava boiando completamente. Agora só faltava o mar.

Não estava entendendo nada daquela história toda e o fato que Sam com certeza sabia de alguma coisa me perturbava ainda mais.

O que ele viu naquela manhã? Quem é esse Samuel? Apesar do mesmo nome, ele não é nosso avô. O que estamos fazendo aqui? Quem é aquela garota?

Vontade de socar a cara daquele anjinho que até agora não deu o ar da graça de uma explicação decente. A falta de respostas para todas essas perguntas estava me deixando louco.

– Vamos – disse Castiel, interrompendo meus pensamentos

– Para onde? – perguntou Sam

– Embora.

– Nossa, jura? Você está ajudando bastante, Cas – disse eu, já um pouco exaltado

–O que é? Você prefere ficar aqui apreciando a vista? – disse ele gesticulando em direção ao lugar onde estavam machucando os judeus e aos diversos lugares incendiados (E sim, o “machucando” foi um eufemismo).

– Ah, pelo amor de Deus, não seja babaca – gritei

–O babaca aqui não sou eu – disse ele na maior calma, fazendo aspas com os dedos enquanto pronunciava a palavra babaca

– Eu poderia te matar agora

– Não, não poderia – disse ele, sorrindo

– Vocês poderiam parar de brigar aqui? – foi a primeira vez que ouvi a voz da garota – Não queremos atrair a atenção daqueles caras ali. E além do mais, estão parecendo um casalzinho.

– E além do mais, eu nem te conheço

– Dean, seja educado – disse Sam, o bom samaritano

– Quem é você?

– Dean.

– O que é? – falei um pouco alto demais

– Seja educado.

– Ah, vá plantar latas, Sam!

– Existe como ter uma plantação de latas? Achei que latas não eram “criadas” – disse Cas, pensativo

– Cale a boca, Castiel.

– Notei que você está meio estressado hoje, não? – disse o anjo

– Sério? Você notou? Nem eu tinha notado!

– Dean, por favor, sem escândalo

– Desculpe.

– Então, quem é você? – perguntei, dirigindo-me à garota com um tom de voz mais amigável

– Lana – respondeu ela, sorrindo- Sou neta de Samuel. Prazer, Dean.

– Como você sabe o meu... Ah! Sam adora pronunciar o meu belo nome a todo segundo. Amor é uma coisa complicada.

– Cala essa boca, Dean.

– Falando em Samuel, onde ele está? – perguntei, percebendo que ele não estava mais ali

– Ele foi para casa – respondeu Lana – tem, ãhn, assuntos para resolver

Depois de alguns minutos de silêncio, Castiel perguntou:

– Agora, digam-me, é realmente possível plantar latas?

Revirei os olhos e não pude conter o sorriso.

– Não anjinho. Não é possível.

Voltamos para casa caminhando. Não seria legal sermos tele transportados “magicamente” e simplesmente sumir na frente de um bando de nazistas.

Ah é. Outra coisinha. Descobri que Lana e Samuel eram judeus. O que fazia de nós judeus. Ou descendentes de judeus. Ainda não tivemos tempo para discutir o parentesco. De qualquer maneira, uma coisa era certa: estávamos ferrados. Podia sentir isso.

No caminho de volta não falamos muito – ali até o vento poderia nos ouvir – mas conversamos um pouco.

Finalmente chegamos em casa. Era uma casa abandonada para ficarmos temporariamente. Afinal, apenas Lana tinha uma residência ali, mas não seria seguro para ela voltar para lá. E um hotel seria menos seguro ainda.

Samuel estava no que eu imaginava ser a sala, e procurava alguma coisa. Ele tinha trago poucas coisas mas entre elas estavam muitos livros, cadernos, folhas, recortes de revistas, enfim.

Tudo isso estava jogado ali na sala. Ele definitivamente estava procurando algo no meio de toda aquela bagunça.

O cômodo era pequeno, com apenas dois sofás e uma pequena mesinha de madeira no centro. Fiquei curioso em saber quem havia morado ali e porque a casa fora abandonada.

– Achei – disse Samuel, pegando um pergaminho, em péssimo estado.

– Nós precisamos conversar – Disse Castiel, virando-se para nós em um tom bastante sério

– Já era hora – disse eu

Tinha a sensação que encontraria as respostas para todas as minhas perguntas em breve. Talvez não todas, mas algumas.

Não sei se fico preocupado com isso ou desesperado. Provavelmente os dois.

Tenho o mau pressentimento que essa conversa não resultará em notícias muito felizes.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
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