Back In Time (Hiatus) escrita por Lost in Neverland


Capítulo 2
An unexpected journey


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!
Mil desculpas pela demora para postar o capítulo, ultimamente eu tenho estado em uma verdadeira correria com as coisas da escola e tudo o mais.
Espero que gostem!
Boa leitura! :)
P.S.: As sinagogas incendiadas citadas no texto, foi um evento que realmente ocorreu na Alemanha, em 1938 e ficou conhecido como a Noite dos Cristais.



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Lana's POV:

Minha mãe havia saído para um trabalho há uma semana. Antes de ela partir, havíamos combinado de nos encontrar no lugar de sempre. Nosso ponto preferido na cidade.

Combinamos 07h30. O relógio já marcava 07:07 e eu ainda não estava pronta. Estava atrasada. E muito. Mas espera, 07:07? Será isso um bom sinal? Ou mau?

Só espero não chegar tão depois do horário combinado. E mais ainda, espero encontrá-la lá.

Morávamos em uma casa simples, porém muito aconchegante. E estava uma bagunça. Mas agora não era o melhor momento para uma faxina.

Enfim.

Sinceramente, não faço ideia que serviço ela foi fazer. Poderia ser uma caçada ou apenas um trabalho normal. Ela estava trabalhando para os nazistas, fazendo sabe-se lá o que, ela não me contava. Eles ainda não haviam descoberto “nossas raízes”, podemos colocar assim, e esse emprego era uma das formas de nos camuflar. Não me pergunte como, são palavras dela.

Devo confessar que somos muito bons em nos esconder, mas afinal de contas, somos caçadores.

Porém, mesmo assim, eles suspeitavam. Não sei o que aconteceria caso descobrissem a verdade, mas ainda que minha mãe esteja no meio deles, seja conhecida e vista como “amiga”, tenho o palpite que essa descoberta não traria coisas boas.

Sem contar nos demônios que estão nos perseguindo.

Ok. Isso não é nenhuma novidade, mas sei lá, há algo mais acontecendo. Não é uma simples perseguição de uma presa ao seu predador, querendo vingança ou sei lá o que. É... diferente. Talvez eu esteja enganada.

Posso estar delirando, mas juro que estive na presença de um anjo uns dias atrás. Talvez eu esteja mesmo completamente enganada. Talvez.

Enfim, de uma coisa eu tenho certeza: algo – grande - está acontecendo ou prestes a acontecer. Ou os dois. E não estou me referindo apenas à guerra.

Peguei minhas coisas e finalmente saí de casa.

Fiz todo o percurso a pé. Conforme caminhava, pude perceber algumas agitações em alguns determinados lugares. Era possível sentir a tensão no ar. O pavor. Ou talvez fosse apenas o meu desespero falando mais alto.

Mantive a calma e segui em frente.

Finalmente cheguei ao destino.

Havia uma pequena multidão reunida ali. Tentei ver o que estava acontecendo, mas não tive sucesso. Depois de alguns minutos, finalmente consegui visualizar a cena e quando isso aconteceu, gelei.

Samuel's POV:

Não demorei muito para arrumar as malas. Partiria para a Alemanha na manhã seguinte.

Estava cada vez mais preocupado, precisava ir até lá. Entretanto, não sei se conseguiria ao menos embarcar, mas precisava tentar.

Já estava tarde. Fui fazer um chocolate quente e ler, para tentar desfocar um pouco dos problemas, mas percebi que isso era impossível. Por fim, resolvi ir deitar.

Quando estava a caminho do quarto, algo estranho aconteceu.

Uma rajada de vento forte tomou conta da sala, levando os poucos papeis que ali estavam espalhados, para todos os cantos do cômodo. As páginas dos livros viravam rapidamente e violentamente.

E então, tão rápido como começou tudo aquilo parou. E eu estava diante de três estranhos bem na minha sala, que surgiram do nada.

Sam's POV:

Naquela manhã presenciei algo que ainda estava tentando entender. Nada daquilo fazia sentido algum. Talvez as coisas possam se esclarecer agora, afinal, estou diante do homem que encontrei algumas horas atrás. A diferença é que agora ele pode nos ver.

Cas levou-me até ali naquela manhã. Exatamente naquela sala. As pessoas que estavam ali não podiam nos ver. E não me pergunte por quê, eu estou completamente tonto com toda essa história.

Achei que finalmente teria o que podemos chamar de paz, e ai, Castiel vai lá e nos traz para a Segunda Guerra Mundial com aquela conhecida expressão do tipo: “nós vamos todos morrer”. Devo dizer que isso não é nada animador. Mas também posso dizer que a 2ª guerra não é nada comparado ao que já lutamos. Acho.

Tenho que começar a deixar essa chance de viver em paz novamente de lado, o que também não é nada animador. Posso dizer que o dia não está sendo muito bom.

Enfim.

Naquela manhã estava acontecendo uma reunião exatamente nessa sala. Parecia ser algo importante. E definitivamente eles eram caçadores. O lugar estava repleto de armadilhas do diabo e essas coisas. Mas não estavam ali agora. Estranho...

– Quem são vocês? – perguntou o senhor que eu havia visitado com o Cas horas antes, desconfiado

– Eu sou um anjo do Senhor – disse Castiel – e esses são meus amigos, e seus amigos também

– Hein? – o homem começou a gargalhar e rapidamente pegou um pote - acho que estava em seu bolso - com água, provavelmente benta, e jogou em nós

Nada aconteceu.

– Nós sabemos da profecia – disse Castiel

– Hein? – dessa vez foi Dean – “nós sabemos”? Você tem certeza disso, anjinho? Eu não sei de nada, nem sei onde diabos nós estamos.

Silêncio.

– E então?

– Então o que?

– Vai nos explicar ou não? – questionou Dean – Você também não sabe de nada, não é Sam?

Mais silêncio.

– NÃO É, SAM? Bom saber que sou excluído dos babados, valeu pela consideração de vocês.

– Você estava dormindo – disse Castiel para meu irmão, se desculpando, um anjo como sempre

– E daí?

– E daí que precisávamos vir o mais rápido possível. Eu iria vir sozinho, mas então resolvi trazer o Sam comigo

– Por que não me acordou?

– Pode ser difícil de acreditar, mas você é um cara difícil de se acordar – disse Cas rindo sozinho

– Mas você é um anjo, caramba! Não consegue nem me acordar?

– Me desculpe. Da próxima vez prometo que farei de tudo até você abrir os olhos.

– Da próxima vez? Isso não vai acabar não?

– A gente nunca sabe o...

– EI! – intervi porque percebi que aquela discussão iria durar a vida inteira – Vocês podem parar agora. Castiel, você pode explicar que raios de profecia é essa?

– Você sabe, Sam. Estava aqui, não estava?

Claro, agora tudo fazia sentido. Aquela reunião. Aquelas palavras soltas sem sentido, mas que causaram tanto impacto. Ainda não entendia o que tudo aquilo significava. E sinceramente, não entendia completamente o que tinha acontecido ali.

– Afinal de contas, quem são vocês? E como sabem disso? - perguntou o homem

– Eu sou um anjo do Senhor. Eu sei das coisas.

– Ah é, claro. E vocês ai?

– Esses são seus parentes – disse Cas, antes que pudéssemos nos apresentar – Dean e Sam, esse é Samuel. Samuel esses são Dean e Sam.

– O que? – falamos todos juntos

– E qual é o nosso parentesco? – perguntou Dean

– Samuel?- perguntei, não acreditando no que estava ouvindo

– Hum – disse Castiel pensativo – Podemos discutir isso depois? É uma história longa e não temos tempo. Em breve vocês terão um tempo reservado para família. Podemos ir?

Antes que qualquer um pudesse protestar, já estávamos longe dali. Em uma rua, com várias aglomerações por todos os cantos. As pessoas estavam realmente agitadas.

Castiel saiu do nosso lado de repente e foi falar com uma garota que estava ali por perto.

– Onde estamos? – perguntou Dean, chegando perto de mim, sussurrando

– Por que está sussurrando?

– Estou com um mau pressentimento.

– Eu também.

– Onde estamos? – perguntou ele novamente, exatamente da mesma maneira

– Não faço ideia.

– Alemanha – disse Samuel

– Como você sabe? – perguntei

– Olhem ali.

Olhamos e simplesmente não acreditei na cena que estava vendo. Simultaneamente, Cas voltou com a menina com quem ele estava falando e parou ao nosso lado.

Não havia notado antes, mas a cidade tinha algumas sinagogas. Eram algumas? No plural? Impossível saber com certeza, elas estavam distantes e completamente incendiadas. Aos pedaços. Difícil determinar quantas.

E onde estava o aglomerado de pessoas, no centro havia um pouco mais de meia dúzia de seres humanos. Eram seres humanos. Visivelmente passaram por variadas torturas e agora estavam em um estado muito, muito ruim. Nenhum deles mortos. Podia imaginar, na situação em que eles se encontravam, continuar vivo era também uma tortura. E a tortura continuava. Sem parar.

Desviei os olhos.

Como poderia haver pessoas capazes de tamanha atrocidade? Minha vontade era sair de onde estava e parar aquilo tudo. Mas eu não ia ajudar em nada, acabaria morto.

– Você está certo – disse Cas, olhando para mim, com uma expressão acolhedora, como se pudesse ler meus pensamentos – Ainda não é o momento. Mas logo será.

A menina estava com os olhos vidrados naquela cena e uma expressão de pavor. Completamente calada.

– Como eu sempre costumo dizer – disse Dean – os demônios eu entendo, as pessoas não.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Reviews?