Back In Time (Hiatus) escrita por Lost in Neverland


Capítulo 1
Am I in heaven?


Notas iniciais do capítulo

Estou há algum tempo trabalhando nessa fic. Queria que ficasse bem "tchãn" hahaha
Enfim, amo supernatural e definitivamente amei escrever esse capítulo e acho que ficou bom.
Espero que vocês gostem de lê-lo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!



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Acordei em cima da hora. Mais uma vez. Deveria estar pronta para sair de casa às 7 horas. O relógio marcava 6:30. Iria chegar atrasada. De novo. O atraso já era constante na minha vida, eu precisava me disciplinar nesse aspecto. E em outros também, mas enfim.

Antes de sair ainda havia algumas coisas importantes - e outras nem tanto – que eu deveria fazer.

Arrumei-me rapidamente, tomei um café mais rápido ainda e fui arrumar as coisas.

Gostava do lugar onde morávamos, mas o mundo estava em tensão e nós estávamos bem no meio do furacão.


Alemanha, 1938

Querido Samuel,

Não sei se irá receber esta carta tão depressa como eu gostaria ou se ao menos irá recebê-la um dia. As coisas têm estado cada vez mais complicadas por aqui. Bom, acredito que você já saiba o porquê.

De qualquer maneira, seria bom receber notícias suas. Então, mande-me notícias! Spot ainda está vivo?

Meu Deus, como eu amo aquele cachorro!

Preciso ir agora, estou morta de sono!

Mande notícias!

Sinto sua falta, beijos,

Lana.



Escrevi uma carta às pressas para meu avô. Não nos víamos há... não sei, anos?


Somos uma família nada tradicional. A carta estava recheada de códigos que somente nós podemos entender.

Há muitas possibilidades de a correspondência ser aberta antes de chegar ao seu destino. Não posso arriscar colocar informações comprometedoras, sabendo que eles com certeza lerão. Todos eles. Até mesmo os “não-humanos”.

Há anos nos comunicamos por meio de frases prontas, que significam algo específico, são vários os códigos que utilizamos. Sempre foi uma “coisa de família”

Como disse, não somos uma família tradicional.

Estamos encurralados.

Somos caçadores. E judeus.

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Samuel's POV:

Essa não é a definição de um trabalho dos sonhos. Não queria, mas tudo isso acabou tornando-se um negócio de família.

A partir do momento que você está dentro, não há como sair. Há alguns anos atrás, quando minha filha Susan engravidou, resolvi mandá-la para longe. Ela precisava estar protegida, mais do que nunca naquele momento, afinal, um bebê estava a caminho.

Não deveria ter colocado minhas preciosas filhas nessa perigosa estrada sem volta. Susan é a mais nova. Tenho também meu outro tesouro: Regina, sua irmã mais velha. Não tenho ideia de onde ela possa estar agora. Ela cuidava da irmã enquanto eu ia trabalhar, e me acompanhava algumas vezes. Lembro-me que ela costumava dizer que não se importava em levar aquela vida, pelo contrário, ela amava. Sentia-se bem podendo ajudar outras pessoas e isso bastava para ela. Um dia, ela saiu para um trabalho, mas ainda não tinha muita certeza do que se tratava e simplesmente não voltou.

Não conseguia falar com ela pelo celular, e foi ai que começou meu desespero. Andei o mundo inteiro procurando por ela mas nunca a encontrei. E também nunca encontrei o que quer que fosse que ela foi combater. Até agora.

Ainda creio que ela esteja viva. Você pode dizer que sou otimista, o que é verdade, mas não é só isso. Recebi uma “mensagem” digamos, há muito tempo atrás. E acho que ela está se concretizando. Mas, essa história fica para mais tarde.

Enfim, Susan, com 7 anos já sabia usar as armas. Mesmo querendo deixa-la fora de tudo isso, precisei ensiná-la tudo o que sei e Regina me ajudava. Ela deveria saber como se defender. O perigo estava conosco a todo momento.

Foi estupidez da minha parte achar que poderia deixa-la ter uma vida que não fosse essa. E, mais estupidez ainda foi manda-la para longe.

Agora, além de não ter ideia de como minha primogênita está, também perdi a minha pequena. Foi um ato para protegê-la, algo que agora estava fora do meu alcance. Sabia que ela estava com problemas. Mas o que fazer?

Ela estava na Alemanha e eu, nos Estados Unidos. Ainda não pude conhecer minha neta, Lana, mas venho comunicando-me com ela por cartas. Nos últimos meses, as trocas de correspondências entre nós têm se tornado cada vez mais frequentes. Porém, devido as atuais circunstâncias, não nos falamos tanto como antes. Muitas cartas nem mesmo nos são entregues.

Não deveria sair daqui. Não sabendo o que estava prestes a acontecer. Quer dizer, eu não sabia ao certo, ninguém sabia, mas confesso que tinha uma vaga ideia.

A situação na Alemanha é apenas um dos nossos problemas. Eu deveria ficar aqui. Mas não posso ficar simplesmente sentado. Preciso fazer alguma coisa.

É arriscado, perigoso e talvez até mesmo fatal, mas não tenho outra escolha. Terei que fazer uma visita à Alemanha.

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Dean's POV:

Abri os olhos e percebi que ainda não tinha absorvido tudo o que aconteceu. Não foi um sonho. Mesmo que fosse, está parecendo mais um pesadelo...

Mas, todo pesadelo tem seu fim, e acho que chegamos ao fim desse aqui. Poderia tranquilamente dizer que eu estava no Paraíso.

Não. Eu não estava morto. Bom, não dessa vez.

Estava mais vivo do que nunca e em plena Terra. Nunca fui muito com a cara dos anjos. Você sabe, enquanto alguns são completos babacas, outros são tão... Anjinhos! E não digo isso literalmente! Enfim, eles acertaram de novo. “Quando tudo isso tiver terminado, haverá paz na Terra. O Paraíso estará na Terra.” Não me lembro se foram exatamente essas palavras que eles utilizaram, mas foi mais ou menos por aí.

E aqui estamos nós. Nunca imaginei que veria isso um dia. Passei a vida inteira lutando contra monstros, demônios e vendo que o mal estava por toda parte nesse mundo. Hoje está uma verdadeira paz.

Foi difícil chegar até aqui, mas valeu a pena. E mesmo não querendo fazer parte de tudo isso desde o início, percebo que fico feliz por ter participado. Pude ajudar as pessoas e pude ajudar a “trazer paz” para a Terra. Não fiz sozinho. Sinceramente acho que fui uma peça insignificante, como sempre, mas ainda assim fui uma peça nesse jogo. Nunca pensei que iria dizer isso, mas estou feliz por ter feito parte de toda essa história.

E agora, finalmente, teremos paz. Algo difícil de acreditar, mas ei, o mundo dá voltas. Até mesmo alguém como eu pode-se tornar um verdadeiro crente!

Fiquei longe de Lisa e Ben por mais tempo que eu gostaria. E agora que essa loucura acabou posso finalmente revê-los. Quem sabe a ideia de casa com cerquinha branca ainda não possa ser utilizada.

Já estava quase pronto para sair quando Sam apareceu entrando afobado pela porta.

– E ai, Sam? Passou a noite fora? Por que está sem fôlego? Não espera, não quero saber a resposta. Hum seu danadinho – disse eu, dando um soco no seu ombro e rindo

– Para com a palhaçada, Dean. E só pra constar, eu não passei a noite fora. Passei somente a manhã e foi cansativo

– Ahhhhh mas eu sabia, eu sabia! Foi uma comemoração e tanto, hein?

– Cale a boca. Não é nada disso.

– E o que é?

– Castiel. Ele me levou em um, hm, passeio. Foi estranho.

– Os passeios com o Cas são sempre estranhos. Qual foi o destino?

– Alemanha.

– Hein? Que droga você foi fazer na Alemanha?

– Ainda não consegui entender muito bem.

“Nossa, o Sam sempre foi o irmão mais inteligente” sempre soube que isso não era verdade.

– Dean.

– O que? – antes que pudesse me dar conta, Castiel surgiu atrás de mim, assustando-me.

– Mas que droga... Cara, arruma uma outra entrada triunfal pra você por que essa já deu.

– Desculpe-me – disse ele, envergonhado. Meu Deus, ele é um anjo!!

– Qual é o problema?

– Precisamos sair – disse ele com um tom preocupado que eu achei que não veria tão cedo.

– Achei que esse era o momento que eu iria desfrutar do Paraíso.

– Achou errado – disse ele, bem delicado

– Ok. Para onde?

– Alemanha.

– Quando?

– 1938

– Espera ai. Não é quando começa a...

– Guerra? Sim. Podemos ir?

– É claro anjinho. Mais uma guerra, que delícia!

Achei que as coisas iriam finalmente se acalmar. Cara, como eu estava enganado.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Reviews? *-*