You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hello! Tô perdendo leitores e reviews ou é impressão minha?
Só pra avisar, esse cap tá... vocês vão ver no final. :)
Gabriela vai me matar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335611/chapter/23

Ele massageou a área entre as sobrancelhas, perto do nariz. Mais uma vez, preocupado, mirou os papéis de cancelamento do patrocínio na empresa que tinha certeza que fecharia contrato. Pra variar, estava tudo dando errado. Jogou os papéis para o lado, fechando os olhos por um segundo e acabou revendo lembranças de um passado perdido.

-É melhor deixar esses negócios de lado, amor. – ela falou, passando a mão suavemente em seus cabelos. Mark não parou de escrever e fazer contas na calculadora.

-Sabe que não posso, Anne.

-Devia ficar mais tempo com sua família, sabia? – com os lábios de mel, e ainda cheios de batom, pescou sua boca, depositando lá um beijo quente, enquanto sentava em seu colo. Mas, logo, saiu. – Nosso filho sente a falta do papai, sabia?

Anne, com os cabelos claríssimos e olhos bem azuis, deu um sorriso que só ela sabia dar. Um sorriso que dizia ‘tudo vai ficar bem, eu prometo’, mas ao mesmo tempo poderia desafiá-lo a ficar louco quando estavam na cama, completando um ao outro.

-Eu amo você. – mexeu os lábios, sem fazer som algum. – Harry também.

Ele coçou os cabelos, voltando a encarar os documentos. Cansada, ela deixou a sala. Por mais que Goran quisesse, não poderia deixar de trabalhar para dar atenção à família. Não agora.

De repente, um enorme barulho tirou sua atenção. No mínimo, fogos lá fora, mas parecia mais real do que uma comemoração ao longe. Tinha sido perto.

Ah, não.

Desesperadamente, Mark desceu as escadas. Depois de dois degraus, como estava histérico, os pés se embolaram, as pernas tremeram, e ele foi rolando ao chão. Mais sons incrivelmente altos. Ele, quase como um reflexo, cobriu a cabeça. Um vidro se quebrando.

-Anne!

Assim que Mark entrou na cozinha, viu a mulher, tão bonita, estirada no chão de barriga para baixo. Ele sabia que isso ia acontecer. Não acreditava nos próprios olhos. Não podia acreditar, isso era uma alucinação. Em segundos, já estava perto dela, e virou-a para cima. O rosto, de olhos abertos, estava completamente normal, mas petrificado. A blusa tinha sangue, e segurava uma mamadeira com leite morno. Anne estava morta.

E, em sua barriga, cinco tiros, formando um enorme M. Ele os achou, e tirou o que era mais precioso.

Uma batida na porta quase o fez cair da cadeira. Goran segurou na mesa, perto das gavetas, voltando à realidade, dezesseis anos depois do ocorrido. Anne não estava mais ali, entre suas mãos.

-Entre. – disse, entre os dentes e tentando se recompor.

A doce garota, de cabelos claros e olhos azuis, como Anne, entrou sorrindo. Ele, automaticamente, fez o mesmo.

-Desculpe incomodar, Sr. Goran. – sua voz ecoou pela sala, e tinha um enorme recipiente de café em suas mãos.

-Tudo bem, Srta. Puckett. É ótimo quando me tira dessa realidade. Tantos problemas... – lentamente, soltou os pensamentos. Sam fez questão de balançar a cabeça, acompanhando o raciocínio.

-Foi exatamente por isso que trouxe um café para o senhor, se o senhor quiser descontrair um pouco. Só pra dar uma pausa de segundos, e refrescar a cabeça. Faz bem. – entregou a ele o copo de Starbucks, com o cheiro perfumando todo o enorme escritório. – Se eu puder ajudar em alguma coisa...

Não, ela não poderia ajudar. No final de semana seguinte, teria que arriscar seus empregados e fazer um grande roubo no banco principal da cidade, e ainda não tinha gente suficiente. Era obrigado a arranjar dinheiro, para dar para o cara mais perigoso que o mundo conheceu. Nada que Sam fizesse poderia ajudar.

Se viu, anos atrás, subestimando uma pessoa tão próxima a ele. E, ainda por cima, tão parecida a Anne. Uma cópia fiel, porém mais jovem, e de personalidades completamente diferentes.

Sam sorriu, percebendo que Goran estava bastante preocupado e atarefado, resolvendo saiu da sala.

-Qualquer coisa, só chame. E, senhor, o diretor George ligou. Quer que pegue a papelada “preparativa”, segundo ele.

-Tudo bem, amanhã ou depois você pega na sala dele. – disse, sem perceber a careta que Sam fizera por pensar que teria que voltar naquela espelunca do cara tarado. – Pode ir, Srta. Puckett, já está tarde. Dispensada.

-Claro, obrigada. – fechou a porta, dançando do outro lado. Finalmente poderia filar um duplo queijo no McDonalds.

Ele continuou seu flashback do passado, lembrando que desde aquela época teve que continuar se mudando e se mudando, fugindo de Marcony, até que parou em Seattle. Mas isso ia mudar, mais cedo ou mais tarde. Ele daria a volta por cima.

...................................................................................................

-Incrível como nós já estávamospré-destinados a ficar juntos, não é mesmo?

Como um ninja, Harry apareceu em sua frente. Sam quase se engasgou com o tanto de queijo que estava na boca.

-Engraçado, não sabia que era tão delicada em relação à comida. – ele sorriu, fechando um pouco os olhos.

-Eu tô com fome, tá? Seu pai anda muito estranho. Tive que ajuda-lo até agora pouco. – disse, com um pouco de comida ainda na boca e mordendo mais um enorme pedaço do lanche gigante. – E você está me seguindo por quê?

-Fazem dois dias que não te vejo, senti apenas saudades. – ele pegou em sua mão, mas Sam logo a tirou de baixo, o olhando assustada.

-É... Que bom. - ela disfarçou, mas já era tarde demais.

Harry logo arqueou as sobrancelhas, enquanto Sam tentava comer mais e mais para não ter que falar nada.

-Que foi? Não posso mais segurar sua mão? – disse, com o sorriso fora do rosto. Ela tinha vontade de enfiar a cabeça no chão.

-Pff, claro que pode. – tentou ser o mais natural possível, mas evitando o contato visual.

-Não é o que parece. – Harry deu uma risadinha, segurando no queixo dela e praticamente a forçando a olhar para ele. Sam ficou vermelha na hora, voltando a olhar para o lanche mordido. – Wow, você é tímida mesmo, né? – ele riu, dessa vez mais alto ainda.

Droga, o que está acontecendo comigo?! Larga de ser besta, Samantha!

-É melhor você comer logo, já estão rodeando várias moscas aqui. E sabe que eu vou te levar em casa.

-Não, eu já disse que tenho pernas e dinheiro pra pegar um táxi. – Sam falou, jogando o papel do hambúrguer no lixo e indo em direção da calçada.

-Não, - Harry, pegando em seus ombros e fazendo Sam se arrepiar, virou cuidadosamente a menina para o outro lado. – Hoje eu vou sim te levar, e se você dizer qualquer coisa eu vou te levar à força mesmo.

Dando de ombros, ela foi com ele até o grande e preto carro, na esquina do estabelecimento.

[...]

Assim que ele entrou no elevador e a porta se fechou, Sam se calou.

-O que foi?

-Nada, eu só... Não gosto desse elevador. Sempre vou de escadas.

-Por que? – Harry disse, dando um passo mais para perto dela, e a loira automaticamente deu outro. Ele percebeu que havia algo de estranho.

-T-Tenho uma fobia desse prédio. Uma vez, ele parou entre os andares, e se balançou. Não sou rica como você que pode comprar o melhor apartamento no melhor condomínio da cidade.

Dizendo isso, a porta se abriu, e ela logo foi para o 3-A abrir a porta com a chave de pompom azul. A chave rosa era do armário da academia. A verde, por sua vez, de um cofre onde guardava seus doces favoritos.

Cuidadosamente, enquanto esperava a garota abrir a porta, Harry pousou suas mãos em sua cintura, sorrindo. Sabia que com o menor dos toques, ela se arrepiava e até tremia, inconscientemente. E não foi exceção dessa vez. Sam o fez, quase tendo um mini ataque cardíaco. Mas isso quase nunca acontecia, a não ser com ele.

Rapidamente, tratou de abrir a porta e colocar as coisas lá dentro, mostrando que ele já poderia ir embora.

-Olha, estou admirado.

-O que é? – disse meio grossa, porém preocupada. Por ele achar sua casa feia ou por ela ter algum cheiro ruim.

-Nunca vi alguém tão tímida quanto você. – ele disse, com um sorriso maroto. Já ela não sorriu. – E olha que eu já conheci garotas do mundo todo.

-E isso é ruim?

-Bem, depende. – Ele falou, se aproximando, e Sam já deu dois passos para trás. – Viu? Geralmente, sim. É ruim, pois mesmo os garotos sem vergonha na cara, as muito tímidas os deixam meio receosos de tocá-las. Como se elas não gostassem.

-Sabe que não sou sempre assim. – disse, com a voz meio trêmula. – E aonde quer chegar?

-Olha, Sam... Fica parada.

Harry, sem se preocupar com o tempo ou com a velocidade de suas passadas, chegou bem perto de Sam, colocando o cabelo para trás de sua orelha. Era quase raro vê-la depois do trabalho de madeixas soltas. Sempre usava um rabo-de-cavalo meio desfiado, deixando um aspecto sexy e misterioso. Ela, como uma perfeita estátua, nem se mexeu.

-Consegue guardar um segredo? – sussurrou, com a boca bem próxima de sua orelha, mas dessa vez Sam não só tremeu, como deixou escapar algo indecifrável de seus lábios. – Você sabe, a prática é o segredo pra tudo.

-O... que quer dizer? – perguntou, antes de um suspiro e de carícias em seus cabelos, enquanto tinha os olhos fixos em Harry, que admirava sua boca quanto ela se movia, devagar.

-Uma proposta. Eu tenho uma proposta para você. É muito comum, Sam. E não vai significar absolutamente nada. Eu juro. Só quero ajudá-la.

-A questão é: eu não preciso de ajuda. Não quero nem preciso. – com um gesto só, tirou as mãos de Harry de seu rosto, prendendo o cabelo em um coque frouxo e indo em direção à pia.

Assim que chegou lá, fez uma careta. Estava nervosa. Por Deus, o que é que Harry queria?!

-Você não precisa de ajuda, eu  estou só oferecendo.

-Seja rápido e objetivo, ok? O que é que você quer? – ela disse, já começando a guardar os pratos limpos e perdendo sua paciência.

-Eu estou me oferecendo. Naquele dia, em minha casa, eu te beijei, não lembra? Claro que lembra. Eu te beijei, e você achou ruim. Eu quero te ajudar, Sam. Sei que você quer se sentir bonita, amada e desejada pelos homens. Todas querem. Mas assim, tímida, tudo o que vai conseguir é repeli-los.

Ela cruzou as os braços e arqueou as sobrancelhas, de costas para Harry. Fazia sentido. Há muito tempo, era agressiva. Achava que era por isso que os garotinhos não se interessavam nela. Mas, mesmo depois que voltou a ser normal, eles ainda não davam a mínima. Seria por isso? Porque ela não permitia-os se aproximar?

Seria por isso que Freddie não se aproximou mais? Pois ela não deixou?

-Esse é meu ponto. Eu vou te ajudar a superar isso. Sabe, como uma amizade colorida, Sam. Olha, sei que tenho uma quedinha por você mas prometo que não vou me deixar envolver. Vai ser só isso.

-Não, não mesmo. E-eu não posso.

-Você namora? – cruzou os braços.

-Não, mas... – ela travou, sem conseguir contar a verdade.

-Então o que importa? Vai ser divertido, Sam. Se você soubesse o quanto isso é normal... Divertido pra nós dois, e ainda vai ajudá-la a derrubar essas suas paredes com os outros ca...

-Eu sou virgem, tá? Eu menti! Nunca me envolvi tanto assim com ninguém, Harry! Sei que você pega ou pegava todas, era uma por noite, percebi isso no momento em que te vi, esse é seu tipo, mas não é o meu, tá? Eu quero fazer isso com o cara certo! Com alguém que eu goste muito!

Ele ficou meio chocado, descruzando os braços. Sam tinha praticamente jogado na cara que não gostava tanto assim de Harry ao ponto se entregar seu corpo plenamente a ele. Ela coçava os cabelos, nervosa e arrependida por ter sido tão direta. Mas um fora nunca o abalara. Ele não se deixava abater.

-Bem, eu... Se quer saber, nunca saberia disso se você não me contasse. Sabe, sempre pareceu tão... selvagem e insaciável. – ela corou com isso. – Achei que... mas isso não vem ao caso. Melhor ainda! Eu posso ensiná-la e ajudá-la. Quer ter sua primeira vez com alguém especial, eu respeito isso, mas não acha que eu sou especial?

Realmente, não sabia o que responder. Claro que era, mas não do jeito que ela sonhara.

-Pelo jeito já sei a resposta. Tudo bem, foi só uma proposta. Se não quer aceitar, respeito completamente. Aliás, é uma coisa meio complicada mesmo. Acho que hoje vou dar uma passada na casa do meu pai pegar algumas roupas que esqueci lá no outro dia. Bem, a gente se vê, né?

Ele falou, puxando mais a touca para frente. Sem saber muito bem como se despedir, resolveu dar um simples beijo na bochecha de Sam. Dessa vez, ele era quem estava com vergonha, mas não deixou transparecer. Estava se sentindo um idiota. Harry encostou os lábios na parte de baixo da bochecha de Sam, depois rumou para a porta. Sua noite estava cada vez pior. Burro, burro, burro.

Assim que chegou perto da porta, segurou na maçaneta.

-Harry!

Ele fez bico e arqueou as sobrancelhas. No mínimo, ia chamá-lo para jantar. Claro que não iria aceitar. Virou-se, mas foi surpreendido por dois lábios quentes em sua boca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:) PARTIU APEDREJAR A AUTORA :)

Quem aceitaria um amigo como Harry? Meu sonho era colocar uma amizade colorida da Sam com o Freddie, mas não deu pra encaixar nessa história. Quem sabe na outra fic? Adoooooro. Precisava escrever uns hots nessa fic. Alguém apoia Sarry?!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You Belong With Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.