You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Voltei de viagem hoje, e novo capítulo procêis :)
Esse tá >chato<, mas leiam, please... Tô sentindo falta do meu Freddie nessa história, hoje o capítulo é só dele.



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–Cinguenta dólagues, senhor.

A mulher, esticando a mão, falou enquanto mascava o chiclete. Ela era uma adolescente, tinha o cabelo bem escuro, repicado e preso num rabo-de-cavalo, e estava bem sujo, por sinal. Também tinha piercings espalhados por toda a cara, com um no meio da língua que mudavam a pronúncia de algumas letras. Eu, de má vontade, entreguei a nota para ela, enquanto saía da floricultura batendo o pé.

Eu sabia que tinha dado mancada com Madisen. Tudo bem, meu dia estava péssimo. Tinha acabado de deixar minha Sam numa pizzaria com um cara galinha galanteador, e não pude fazer nada. Mas isso não me dá o direito de desprezá-la como fiz. Poxa, Madi teve o maior trabalho para preparar tudo aquilo, e ela só queria atenção e carinho da minha parte.

Já faziam dois dias que ela não falava comigo, por causa do orgulho. Eu ri, enquanto saía da floricultura, às duas da manhã (N/A: Floricultura vinte e quatro horas, isso sim é Estados Unidos) . Já estava a uma quadra do prédio dela,e tinha certeza que nesse exato momento ela estava lá assistindo sua série favorita. Dois caras, irmãos ou amigos, sei lá, que caçam coisas sobrenaturais. Coisa ridícula, prefiro muito mais meu Star Trek.

Andei mais um pouco e entrei no condomínio, e assim que entrei no elevador, apertando o número cinco, subiu o orgulho. Eu sabia que ia finalmente surpreender minha namorada, por quem sou apaixonado. Eu segurei firme o buquê, com rosas vermelhas e brancas, e o papel que tinha em volta brilhava muito. Barulhento, mas brilhava muito. O presente perfeito, junto com um pedido de desculpas.

Rapidamente, o elevador abriu já perto do apartamento. Abri a porta, bem devagarzinho, e tudo estava escuro.

–Madi? - falei, baixo, e ela não parecia estar lá.

Andei até o quarto e sala onde ela costumava a dormir. E, sim, estava certo. Tinha um pote de pipocas na mão, embaixo das cobertas, só de sutiã e calça de moletom. Assim que me viu, virou os olhos.

–Oi. - falei, erguendo o buquê.

Peguei ar para dizer uma frase, mas Madisen só pegou o controle e aumentou mais a televisão. A olhei, confuso.

–Sei que está chateada.

Não respondeu. Parecia que eu nem estava ali. Fiquei bem na frente da tv, segurando o buquê e sorrindo. Achei que Madi ia ao menos pedir licença, sendo obrigada a falar comigo, mas não foi isso que aconteceu. Ela.apertou um botão e tudo ficou escuro. Tinha desligado a tv.

–Qual é, Madisen. - falei, ligando a luz e tirando o cobertor de sua cabeça. Ela colocou de volta.

–Eu vou falar apenas uma vez: me deixa em paz. - ouvi seu sussurro, e logo virou para o outro lado.

–Madisen, pára. Vamos fazer às pazes, dormir agarradinhos e amanhã te faço panquecas de doce de leite. - mais uma vez, puxei seu cobertor, mas Madisen se estressou, levantando-se e indo até a cozinha.

–Vou contar até três, e ligarei para a polícia.

–Para com isso. Para de surtar.

–Eu? Surtando? - ela fez careta. - Não foi você que ficou excitado, preparou uma festa inteirinha pra quem ama e depois tem que ver a pessoa sair do ambiente sem dar nenhuma satisfação! Pode ter certeza que não sou eu que tenho um surto de repente.

–Me desculpe, Madi. Meu dia não tinha sido bom. - cocei os cabelos.

–Seu dia não tinha sido bom?! Eu te ofereci SEXO, Freddie! E você é quem normalmente implora pra mim por uma noite! Dessa vez, que EU preparei nossa festinha inteira, você me deu o fora, pisando em tudo que eu tinha preparado! - ela andava pela mini-cozinha, e enquanto gritava olhava para o chão, aflita. - Me parece que seu dia não tinha sido ruim. Tava mais para péssimo. Ou...

–Está fazendo tempestade e drama em copo dágua.

Foi o bastante. Madisen apenas me olhou, sem dizer nada. E, de repente, partiu para cima de mim, dando tapas doídos em meu peito. Facilmente, a segurei.

–Seu cafajeste! A trouxa aqui faz tudo por você! Tudo! Eu amo você, Freddie! Eu dou meu corpo para você! Muitos garotos queriam esse corpo gostoso, mas você o tem! Não me valoriza, não ta nem aí pros meus sentimentos! Você é um cafajeste! Estúpido! Sabe do que mais? Eu aposto que antes de me encontrar, estava se aliviando em outra!

Eu arqueei às sobrancelhas. Tinha sido muito engraçado ver Madisen toda estressada, mas isso já era demais.

–O que quer dizer com isso? - perguntei, a empurrando. Ela apertou um pouco os pulsos, só para exibir que eu a tinha machucado, mas logo voltou a gritar.

–Aposto que você estava com alguma vadia, arregaçando essa vadia, metendo com tudo, e quando me encontrou, já estava saciado! E sabe do que mais? Aposto que essa tal vadia era Samantha Puckett!

Isso já era demais. Senti meu rosto inteiro ficar vermelho, o lábio inchar e o olho fechar. Não acreditava que Madi estava falando aquilo.

–Samantha Puckett não é uma vadia. - eu disse, com meu tom de voz um pouco mais grave. O buquê, na minha mão, já tinha ido parar de cima da pia.

–Não muda de assunto! Eu seu que você estava com ela, e acham que eu sou idiota! Acham que eu sou estúpida! Mas quer saber? Eu sou mesmo! Sou estúpida por acreditar em você!

–Eu nunca traí você, Madisen! - gritei.

–Cala essa boca antes de mentir pra mim, Freddie! - seus olhos já jorravam lágrimas, e qualquer um na face da terra podia ouvir os gritos. - Se você não me traiu, por que de um dia pro outro não quer mais transar comigo? A base de um relacionamento é a confiança, e isso já acabou da minha parte.

A voz dela era estridente, e ecoava pelo apartamento inteiro. Pelo visto, os vizinhos já estavam acordados, pois vários deles batiam na parede ou no teto, pedindo silêncio. Madisen me olhava com ódio, e eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

–Você está de cabeça quente. Está com o orgulho ferido - falei, mas estava mais pensando alto do que dizendo a ela. - Eu volto amanhã para nós tentarmos conversar de novo.

Virei as costas, andando em direção à porta.

–Cai fora do meu apartamento, Freddie. É menor desistir, nunca vou te perdoar.

–Sabe que eu amo você. - eu disse, baixo. Madisen ergueu as sobrancelhas.

–Isso não significa nada pra mim. "Eu te amo" até boneca de um e noventa e nove fala. Nunca mais apareça aqui.

Aquilo foi o suficiente. Eu bati a porta, descendo as escadas três por três. Não podia acreditar. Madisen tinha endoidado. Não dizia coisa com coisa. Tinha acabado de inventar a ideia que eu a traíra!

Eu suspirei, coçando os cabelos. E acabei pensando no que ela disse.

Eu não podia, eu não conseguia acreditar em mim mesmo. Tinha sido tão idiota em deixar Madi sozinha! Ela teve tanto trabalho, tanto amor, e eu só pisei em cima dos seus sentimentos!

Mas espera: eu também estava mal. Estressado, deprimido e mal por causa do dia tão intenso que tinha enfrentado. Ela tinha que entender. Rapidamente, entrei no meu carro, liguei o rádio em um volume alto e dei partida no carro, andando à alta velocidade. A cabeça mal raciocinava, eu tinha raiva, tristeza e arrependimento. Eu só queria voltar lá e ficar com a minha namorada, mas mesmo assim queria falar-lhe que não existia só ela na relação.

Eu não sabia o que fazer. Sentia a garganta doendo, quase explodindo as lágrimas. Odiava brigas, ainda mais com ela. Não cogitei outra ideia, a não ser aquela.

Estava bem na porta do Heaven’s Palace. O porteiro já me conhecia, eu visitava aquele apartamento com Carly desde criança. Ele tinha por volta dos quarenta e poucos anos, com um bom humor indescritível. Com passos ligeiros, entrei no elevador do bloco B e apertei o terceiro botão. Estava histérico. Precisava vê-la o mais rápido possível.

Assim que a porta se abriu, eu entrei no apartamento 3-A. Estava tudo escuro, praticamente não conseguia ver nada. Só reconheci a maioria dos móveis, pois ela normalmente não os mudava de lugar.

–Quem está aí? – ouvi um grito do quarto, e de repente uma luz se acendeu lá.

–Sam... sou eu. Freddie. – limpei a garganta, com a voz meio diferente.

Em dois segundos, vi um vulto se aproximar e acender a luz. Sam tinha os cabelos soltos, encaracolados e completamente bagunçados. Coçava o olho, e tinha um pouco de sua barriguinha para fora. Usava uma regata branca, shorts da mesma cor e ficava bocejando.

–O que está fazendo aqui, e à essa hora? – ela me disse, pausadamente. Depois, cruzou os braços.

–Eu... eu só... – cocei os cabelos novamente. – Eu não sei. Eu só...

–O que aconteceu? – ela me perguntou, sentando-se no sofá. Depois de alguns segundos se irritando com a luz forte, seu olho foi se acostumando. Sam deu leves batidinhas na almofada, me chamando para sentar também, e eu obedeci. – Você parece arrasado.

Suspirei.

–Me desculpe, eu não.. Eu não deveria ter vindo aqui te perturbar, sabe. Eu só estava por perto, e...

–Freddie, o que aconteceu? – Sam, cuidadosamente, segurou em minha perna. Eu encarei sua mão, e sabia que deveria contar a verdade.

–Eu odeio brigar com quem amo. Isso geralmente me tira do sério. Sabe, nunca sei se estou certo ou errado! É loucura! Eu penso que a culpa é sempre minha, que se eu pudesse poderia ter evitado aquela briga, ou se tenho razão e esperar até a outra pessoa se ligar. E ainda por cima, sempre fico com um baita peso na consciência e me remoendo por dentro! – sem perceber, eu já estava gritando como antes na casa da Madisen. As lágrimas voltaram a entalar minha garganta, e os nervos subiam cada vez mais, ao pensar nela.

–Ei, calma, Freddie.. Foi ela de novo? – me perguntou, segurando forte em minha mão. Eu assenti. – Sabia. Na verdade, Carly fala que essas brigas bobas são frequentes, e sempre acabam com você, não é mesmo?

–Eu sempre tento, Sam. Eu juro que tento, mas tem vezes que... – de repente, a palavras não saíram. Se eu dissesse mais alguma coisa, com certeza ia desabar. As lágrimas tomariam conta do meu rosto.

–Shhhh... – sem mesmo perceber, os braços de Sam agora me rodeavam, e eu tombei minha cabeça em seu ombro. – Calma, Freddie, tenho certeza que tudo vai ficar bem, vocês vão se resolver, uma hora ou outra. Sempre se resolvem, não é mesmo? – ela riu, mas eu não pude fazer o mesmo. - Fica tranquilo. Mulheres são assim mesmo. soltam os cachorros, mas logo voltam como se nada tivesse acontecido. Não quero que você fique assim.

Aquela dor e mágoa, aos poucos, foi deixando minha consciência. Sam ainda me abraçava, e isso fez com que em alguns minutos eu tivesse esquecido aquilo. Pelo jeito, acreditei que isso era só coisa de momento, que nós realmente iríamos nos resolver uma hora ou outra.

–Valeu, Sam.

–Sempre pode contar comigo, sabe disso. Só não se acostume, daqui a pouco abro uma lojinha de esquina. – disse, tirando uma pequena risada de mim, e beijando com carinho minha testa. – Quer ficar aqui hoje? Eu preparo uma cama pra você, a gente toma um chá e até conversa sobre bobeira.

–Não posso, acho melhor ir embora. – falei, levantando-me.

–Por favor, nerd. Fica. – seus olhos azuis penetraram nos meus, e o corpo da loira continuava bem perto. Eu, como sempre, não deixei de reparar que a cada dia ela ficava mais sensual. Argh. – Prometo que não te bato se me encher o saco. Mas é só por hoje.

–E-Eu juro que quero ficar, loira, mas não posso. Hoje é domingo, amanhã tenho reunião bem cedinho, e todos os materiais estão em casa. – lentamente, fui me dirigindo até o lado de fora do apartamento, e Sam vinha atrás. – Semana que vem a gente combina, eu passo a noite aqui e nós vemos a última temporada de The Walking Dead.

–Jura? – me perguntou, abrindo um grande sorriso e se preparando para fechar a porta.

Eu não esperei mais, só coloquei as duas mãos em seu rosto e colei nossas testas. Não sabia o porquê, mas sentia Sam muito mais à vontade assim, pertinho de mim, do que com outras pessoas.

–Eu juro. – bem baixo, sussurrei. Ela sorriu novamente. – Tchau, loira.


Com passos lentos, dei as costas e entrei no elevador.



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Notas finais do capítulo

Confissão: nem sei se já lançou ou não a última temporada de twd, ou se os carinhas de supernatural são irmãos ou amigos. O nome de um é... Max? Sei lá kkkkkk sou fã de iCarly e tvd, não me julguem.
Enfim,, gostaram? Eu não. Mas pelo menos teve Seddie :)
O PRÓXIMO TÁ MUITO LEGAL. Contagem regressiva: três capítulos para o meu cap favorito dessa fic. Quem adivinhar leva prêmio, uma participação na fic. O que será? :)) Falei demais.



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