CAPITULO 4

PDV CARLISLE

Como assim ela viajou sozinha? Ela é apenas uma adolescente, não sei nem se tem idade para isso. Tentei me acalmar um pouco e raciocinar direito.

__Tudo bem, pode ficar aqui se quiser.

Ela me fitou surpresa, talvez não esperasse pela minha proposta, mas aceitou o meu convite com um aceno de cabeça.

(UMA SEMANA DEPOIS)

Uma semana já havia se passado desde aquela nossa conversa, ela já sabe que eu sou um vampiro, não ficou assustada como eu pensei que ficaria, o que me surpreendeu.

Tentei fazer ela se abrir, mas toda vez que toco no assunto do seu passado ela desconversa, talvez ainda não esteja pronta para me contar mais sobre ela, eu respeito seu silêncio mesmo sabendo que ela esconde algo.

Fui até o jardim que se tornou seu lugar preferido da casa, ela passa longas horas cuidando das flores, enquanto nós conversamos sobre coisas mais amenas que o seu passado.

Estranhamente, hoje ela me parecia com a expressão um pouco culpada, então eu chamei sua atenção.

__Há algo errado?__ Perguntei me sentando ao seu lado na grama bem aparada.

Ela suspirou antes de me responder.

__Você já deve ter percebido que eu nunca falo do meu passado...__fiz um aceno leve de cabeça incentivando-a a continuar.__ Não é nada relacionado ao que você é, eu só não sei se entenderia, eu me sinto um pouco culpada por isso, você contou do seu passado pra mim, acho que é justo eu lhe contar o meu, eu...

PDV BELLA

Quando eu estava prestes a falar sinto uma aproximação, de novo não...

__Temos que sair daqui rápido...__Disse apontando para que ele olhasse o céu, logo entendeu do que eu estava falando quando avistou a movimentação de algo mais denso que as nuvens.

PDV CARLISLE

Aquilo não poderia ser uma nuvem, pois estava se movimentando muito depressa, então segurei sua mão e disparamos em direção a casa, ela começou a me puxar para que descesse as escadas, entramos no sótão, que ficava na parte mais baixa da casa.

__Tem uma corrente de ar um pouco abaixo do piso, preciso que você abra uma passagem rápido.__ Disse apressada e sem questionar fiz o que ela disse.

Ela estava certa, havia um tuneo assim como ela havia dito, ela pegou um tapete e assim que eu disse ela veio em seguida escondendo a passagem com o tapete.

A peguei no colo já que eu era o mais rápido, segui pela passagem até encontrar uma escada que levava para a superfície, coloquei-a no chão e subi primeiro para ver se era seguro, acabei em um beco pouco iluminado, ajudei-a a subir e a encarei.

__O que era aquilo?

__Vou lhe explicar tudo assim que encontrar um amigo meu que pode nos ajudar.__ Disse fechando os olhos.

Depois que os abriu, deu dois passos para trás levando as mãos em direção as suas costas, eu não entendi até que num movimento rápido um clarão nos envolveu, quando ele sumiu eu pude ver asas em suas costas, acho que se fosse humano agora teria um ataque cardíaco.