Digimon Adventure 03 - Em Busca Do Espaço Zero escrita por Sillycone br


Capítulo 3
Ankoku shinka! A fúria do Cavaleiro Negro!


Notas iniciais do capítulo

Legal, tem limites para o tamanho do título do capitulo. ¬¬

Bom, eu estou com um pouco de sono então postarei do jeito que está mesmo. Amanhã eu devo arrumar algum detalhe que falte. Acho que está tudo certo, mas pode ser que eu esteja escrevendo besteira ou que eu tenha falado de mais da história. Se precisar, vou editar aqui, ok? xD

Resumo da ópera: Gostei pra caramba de escrever esse capítulo, espero que vocês gostem de ler e espero os seus comentarios e recomendações. Um agradecimento especial para "B Star Fic", que alegrou o meu dia com um comentario fantástico. Um abraço e fiquem com a história!



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Fire blast!” exclamavam os DarkTyrannomons.

Patamon e Veemon empurraram seus respectivos parceiros, enquanto uma labareda de fogo passou por pouco pela cabeça deles e incendiou uma das casas de madeira. Ainda era de tarde, e nada explicava porque estava tão escuro do lado de fora do palácio. Os garotos se levantaram e continuaram fugindo, enquanto TonosamaGekomon carregava seus súditos e abria caminho para o grupo.

“Você não consegue digivolver, Patamon?” – perguntou Takeru, tentando recuperar o fôlego.

“Não adianta, Takeru! Tem alguma coisa errada!” – respondeu o Digimon.

A perseguição continuou até os limites da cidade, e eles foram parar em um rio. Quando menos perceberam, um Devidramon pousou na frente deles, bloqueando a passagem. Os garotos pediram ajuda para o Lorde Gekomon, mas o gigante simplesmente continuou correndo e desapareceu floresta adentro.

Não demorou muito e eles estavam encurralados. E o fato de eles não estarem enxergando muita coisa não estava ajudando em nada.

Takeru e Daisuke ficaram de costas um para o outro. Veemon e Patamon se colocaram na frente dos parceiros, com vários dos inimigos envolta deles.

Isso é mal...” – pensava Daisuke –“Alguém, por favor, nos ajude!”.

E como se atendesse ao seu pedido, uma esfera de ferro atingiu um dos Devidramons, derrubando-o do céu. Outras esferas atingiram dois dos DarkTyrannomons, que se desfizeram na forma de dados.

“Olhem!” – disse Veemon, com os olhos voltados para cima –“Tem alguma coisa vindo!”

Um Digimon dragão com escamas negras surgiu da escuridão, chocando-se contra o único Devidramon que restava. Com uma mordida fatal no pescoço, o dragão eliminou mais um inimigo cujo corpo se desfez imediatamente. Takeru e os outros engoliram o seco.

Iron Tail!” – exclamou o DarkTyrannomon mais próximo.

E assim, o dinossauro negro balançou sua cauda, pulando para cima do Digimon Dragão. Esse último se esquivou com velocidade, enfiando suas garras vermelhas nas costas do inimigo. Com uma força incrível, o dragão arremessou o dinossauro contra seus semelhantes, que foram ao chão, desorientados.

O dragão subiu aos céus. Ele acumulou sua força. Suas mandíbulas brilharam com uma luz vermelha, até que ele gritou:

Power Metal!

E então ele expeliu esfera de ferro enorme, que atingiu em cheio os DarkTyrannomons. O digimon dragão soltou um rosnado de vitória, enquanto os corpos dos seus inimigos iam se desfazendo.

Daisuke e os outros olhavam para aquela cena, sem conseguir acreditar.

“Ele é forte!” – murmurou Patamon.

O Digimon dragão fez um pouso suave sobre uma área devastada, próxima àquele cenário. Das suas costas, um rapaz com vestes negras saltou de seu “meio de transporte”, erguendo seu Digivice para cima.

“Digi-data! Scan!”– berrou o rapaz.

E naquele instante, todos souberam de quem se tratava. O Cavaleiro Negro pousou no chão, se agachando para conter a força da queda. Seu digivice se iluminou, absorvendo os dados dos Digimons derrotados. Takeru observou a cena em estado de choque, sem encontrar palavras para se expressar.

“E... Ele é um monstro...” –balbuciou o loiro.

“Eu sei que você está aí!” – gritou o Cavaleiro, guardando o digivice nos bolsos. –“Apareça logo, desgraçado!”

O dragão negro rugiu em apoio ao seu parceiro. Expeliu uma esfera de ferro que voou na direção de Daisuke e dos outros. Quando estava prestes a se chocar com o garoto, a esfera se estourou no meio do nada. Como se uma parede invisível tivesse bloqueado o ataque, levantando uma grande quantidade de poeira.

“Ei! Para onde você está mirando!?” – berrou o líder dos Digiescolhidos –“Podia ter nos...”

As palavras do garoto morreram. Do meio da poeira que baixava, um Digimon horrendo apareceu. Era como um ciborgue, com cara de esqueleto e o corpo todo coberto por uma armadura de metal. Seu braço esquerdo tinha um canhão anexado ao pulso, e o braço direito tinha a forma de uma grande foice. Ele só podia ser descrito como a própria encarnação da morte.

“Então você estava aí, Reapermon.” – disse o Cavaleiro Negro, com seu parceiro Digimon rugindo furiosamente.

Você está melhorando, Hibiki...” – respondeu o robô com a foice – “E pensar que conseguiria me encontrar nessa escuridão...

“Não me chame pelo nome, desgraçado!” – exaltou-se o rapaz, em coro ao rosnado de protesto que veio do dragão – “Você vai libertá-la! AGORA!”

Você não está na posição de fazer exigências, rapaz...

E antes que tivesse tempo do Digimon robô reagir, o dragão negro investiu contra ele. A fera tentou desequilibrar seu inimigo, mas seu esforço foi em vão. Reapermon repeliu seu ataque e, se esforço algum, socou o rosto do dragão com uma força brutal. O Cavaleiro Negro assistiu seu Digimon ser jogado para longe, tamanha a potencia do impacto. Gritando um nome qualquer, correu de encontro ao seu parceiro.

Takeru e Patamon gelaram. Seus músculos travaram, à medida que Reapermon perdeu o interesse naquela “batalha” e começou a caminhar na direção deles. Daisuke e Veemon também estavam paralisados de medo, sem saber o que fazer. O Digimon maligno brandiu sua foice, com uma visível sede de sangue.

Power shot!” – uma voz ao longe gritou.

E pequenas esferas de ferro atingiram as costas de do Digimon esqueleto, fazendo com que ele interrompesse um ataque. Reapermon desviou sua atenção para onde estavam o Cavaleiro negro e seu parceiro Digimon, estando este último de volta à forma Seichouki.

“Não vai escapar,seu desgraçado. “ – disse o Cavaleiro, sacando o digivice novamente – “Dessa vez, eu com certeza vou te matar.”

A voz desse garoto...” – pensava Takeru – “De onde eu conheço essa voz?

O Digimon maligno riu-se descontroladamente.

É mesmo?” – perguntou ele, em um tom irônico – “Bem, acho que não preciso mais de você. Com o que acabei de encontrar, serei mais poderoso do que você pode imaginar!”

Daisuke e Takeru escutavam atentamente cada palavra, embora continuassem sem se mover.

É uma pena...” – Lamentou-se Reapermon – “Mas não se preocupe, meu caro Hibiki. Farei bom uso do coração da sua preciosa Kiara...

Naquele instante, uma aura sombria começou a envolver o corpo do Cavaleiro Negro. Era como uma névoa escura, que lhe cobriam dos pés até o pescoço. O Digimon esqueleto assistiu com atenção a mesma aura envolver o parceiro Digimon do rapaz. Seu Digivice pulsou, não como um raio de luz, mas com uma onda de trevas.

“Nunca mais...” – silabou o Cavaleiro –“NÃO ABRA A SUA MALDITA BOCA PRA DIZER O NOME DELA! NUNCA MAIS!”

“Dorumon! Ankoku Shinka!” – “DexDorugamon!”

E o cavaleiro berrou, ao mesmo tempo em que a nova forma de seu parceiro Digimon rugiu de maneira assustadora. Os dois ainda era rodeados por aquela aura que parecia refletir o ódio que emanava de seus corações.

Reapermon observava a cena, levemente interessado.

Ora, ora...” –silabou o digimon Esqueleto – “E pensar que esse pirralho ia pensar em usar as próprias trevas como sua arma...


(...)


#21

Não estava sendo um dia fácil.

A transformação do parceiro do Cavaleiro Negro lembrava muito a forma de SkullGreymon. Um dinossauro cujo corpo era feito de ossos, que aparecia nas vezes em que Agumon, o parceiro de Taichi, era forçado a executar aquele tipo de digievolução.

DexDorugamon tinha o mesmo tamanho de sua evolução natural, mantendo também as mesmas garras afiadas. A diferença era que partes do peito, da perna, das costas, asas e da pata esquerda eram agora feitas de metal. O restante do corpo era coberto por placas e remendos de vários pedaços de couro negro e azul. Sua cauda lembrava uma fiação elétrica partida. Seu rosto era coberto por uma mascara de ferro que lhe dava um aspecto assustador.

Seu parceiro, o Cavaleiro, subiu em suas costas rapidamente. Separadas, as auras que envolviam seus corpos já era suficientemente intimidadoras. Fundindo-se, elas mudaram de cor, variando em tons de vermelho e preto.

“O... Olhe para eles, Patamon!” – disse Takeru, apontando para a névoa vermelha que os cercava – “O que eles pensam que estão fazendo!?”

Era como se o dragão e o rapaz tivessem tornado-se animais selvagens. Os dois tinham seus olhos fixos no inimigo, Reapermon, e pareciam não se importar com qualquer outra coisa. O dragão de metal rosnou, fazendo com que Patamon e Veemon se abraçassem aos seus respectivos parceiros. Os dois garotos aguardavam, tensos, qual daqueles dois monstros iria fazer o primeiro movimento.

Do nada, DexDorugamon apareceu nas costas do Digimon esqueleto. Esse último tentou virar-se, mas não conseguiu a tempo. A cauda do dragão de metal o atingiu, fazendo Reapermon se chocar contra o muro da cidade. Sem descanso, o Cavaleiro e sua montaria investiram contra o inimigo novamente.

Metal cast!” – rugiu o dragão, com a voz alterada pelas trevas.

Reapermon não teve reação nenhuma, enquanto o adversário lhe perfurou com sua pata mecânica e tentou arrancar suas entranhas para fora. Fechando suas asas, o parceiro do Cavaleiro Negro saltou sobre o ciborgue e prendeu a mandíbula no ombro de sua armadura de metal. Com um movimento rápido no pescoço, DexDorugamon arremessou o oponente contra o lugar onde estavam Daisuke e os outros.

“Daisuke, nós temos que sair daqui!” – gritou Veemon.

Mas o rapaz não conseguia ouvir. Estava apavorado. Ainda não conseguia se mover.

Ankoku shinka?” – pensava Daisuke – “Ele é capaz de controlar esse tipo de poder!?”

Takeru se antecipou, indo para perto dos dois e segurando Daisuke pelo braço. Os garotos e seus digimons se obrigaram a correr como nunca, indo parar no leito de um rio. Desviaram por pouco do corpo de Reapermon, que quicou na água algumas vezes e se arrebentou nas arvores do outro lado.

O Cavaleiro Negro urrou de raiva. Seu parceiro dragão parecia se irritar cada vez mais à medida que lutava. Nada parecia satisfazê-los. Tudo que eles queriam era ver seu inimigo morto. Jogados para longe pela força dos ventos, Daisuke e seus amigos assistiram ao dragão de metal elevar-se aos céus, com as presas brilhando em um tom escarlate.

Ondas de energia se acumularam em sua garganta, criando uma densa esfera de ferro preta. A escuridão foi se aglomerando, até que o dragão mirou em Reapermon e berrou:

Cannonball!”

E então, ele atirou a esfera pela boca, atingindo uma grande área ao redor do alvo. Uma enorme explosão se seguiu. Veemon empurrou seus três amigos no chão, fazendo com que eles ficassem abaixados no momento exato em que uma poderosa onda de vento e poeira os atingiu.

Eles ouviram DexDorugamon rugir, como se vitória já fosse sua. Quando a poeira baixou, o corpo de Reapermon não estava mais em lugar nenhum.

“Não pode ser...” – espantou-se Takeru, olhando para aquela gigantesca cratera que havia se formado –“Será que eles o mataram?”

“Takeru! Ali!” – gritou Patamon, apontando para algum lugar no céu.

O Digimon ciborgue estava a alguns metros do ar, com o braço e a foice cruzados.

Impressionante...” – murmurou Reapermon, com sua voz grave – “Me parece que as trevas te deram alguma força, rapaz...

“E agora ele voa!?” – perguntou Daisuke, reparando que o Digimon esqueleto não estava caindo.

DexDorugamon voltou a rosnar de raiva, com seu parceiro humano se colocando de pé sobre suas costas. A aura que os cercava mudou para uma cor roxa. Os dois estavam arfando, sem conseguir respirar direito.

Mas é inútil...” – riu-se Reapermon – “Já se esqueceu? Eu sou a própria escuridão. E pelo que estou vendo, vocês também já chegaram ao seu limite...

(...)

#45

“Não... adianta...” -- silabou Tailmon –“Não... vai... quebrar...”

Seus braços estavam ardendo por conta das queimaduras. Ela não parou um segundo de tentar destruir o vidro que a separava de Hikari. A Digimon felina gemia de dor, enquanto encontrava forças para se levantar.

“Por quê?” – questionava ela –“Ela esta aqui, tão perto de mim, e eu não consigo alcança-la...”

Mas não adiantava reclamar. O cilindro da garota estava realmente logo à frente da cúpula onde Tailmon estava presa. Contudo, não parecia existir uma forma de sair daquela prisão.

Seus pés lhe falharam. Seu peso era, naquele momento, muito mais do que ela podia sustentar. Ela sucumbiu ao cansaço, caindo no sono quase que instantaneamente.

Em seus sonhos, a gata caminhava na margem de um gigantesco mar negro, que se estendia até onde sua visão podia alcançar. Um nevoeiro espesso estava cobrindo a região. Ela gritava pelos nomes de Hikari e seus amigos, mas ninguém respondia.

“Tailmon!” – uma voz chamou.

Aquela era uma voz que Tailmon conhecia bem. Era a voz seu amigo, Wizarmon, um Digimon feiticeiro que deu a própria vida para salvar à dela em certa ocasião. A gata parou de andar e seu olhar se perdeu na imensidão daquele oceano.

“Wizamon!?” – gritou ela –“Eu estou aqui!

“Não desista!” – ordenou o bruxo. – “Você é muito mais forte do que isso! Levante-se, Tailmon!”

Aquelas palavras lhe passavam confiança. Ela podia jurar que viu uma aparição de Wizarmon flutuando sobre as águas. Sua imagem era transparente, como a de um fantasma. Surpresa, Tailmon chegou a mergulhar e nadar em direção ao amigo.

“A Hikari precisa de sua força. Você precisa se levantar, Tailmon!” – pediu o feiticeiro, uma última vez.

Ela continuou nadando, mas acabou sendo arrastada pela força da correnteza. O espírito de Wizarmon foi partindo, até que desapareceu por completo sobre a névoa densa. Ela perdeu o fôlego, sentindo que alguma coisa estava a puxando para baixo. Quando percebeu que estava se afogando, ela fechou os olhos e chamou por Hikari.

Então, seu sonho se interrompeu subitamente. Seu corpo ferido estava escorado em uma das paredes da cúpula. Dois braços gigantes amarravam algumas bandagens sobre os ferimentos mais graves da felina e colocavam algum tipo de erva sobre as queimaduras.

Imediatamente, ela sentiu um grande alívio.

“Isso deve ser o suficiente.” – disse uma voz masculina – “Logo você vai começar a se sentir melhor.”

As duas mãos enormes recuaram, atravessando uma abertura circular que tinha no teto da prisão de vidro. Logo após isso, a fenda se fechou. Tailmon ainda estava fraca, mas podia reconhecer um vulto grande que estava de pé ao lado da cúpula.

“Espere...” – chamou a gata – “Quem é você?”

“Uma amigo” – respondeu o vulto. –“Nem todos os que sucumbem ao poder das trevas são inimigos dos que buscam a luz. Para nós, ainda há a chance de escolher um destino diferente...”

Tailmon lutava para permanecer consciente, mantendo-se atenta àquelas palavras.

“Você precisa ser forte.” – pediu a voz – “O futuro que te aguarda não será nada fácil. Mas não se esqueça de quem você é. Não se esqueça de quem você ama. E se eu falhar e tudo der errado, lembre-se: É você quem escolhe o seu destino...”

O vulto começou a se afastar do vidro, se misturando com a névoa do lado de fora. Tailmon podia jurar que ele tinha a forma de um coelho de pele marrom e duas orelhas grandes com a ponta rosa. Seu peito era envolvido por um tipo de colete branco e suas penas tinham um tom de roxo mais claro. Tinha os braços longos que se estendiam até o calcanhar e um cachecol roxo envolta do pescoço.

“Eu encontrarei uma forma de tirar você e sua amiga daqui.” –murmurou aquela voz masculina – “Até lá, você não deve fraquejar. Resista...”

E naquele momento, as últimas forças da parceira de Hikari se esgotaram. A gata se entregou ao mundo dos sonhos novamente e a última coisa que se lembra de ter visto foi a seu salvador desaparecer no meio da neblina densa.

(...)

#50

A batalha estava ficando mais intensa. DexDorugamon e Reapermon se moviam a uma velocidade impressionante, por vezes se chocando no ar. Cada golpe que eles trocavam criava uma onda de energia negra que, em contato com as casas de madeira, entrava em chamas e se dissolvia.

“Se a gente ficar aqui, pode acabar morrendo!” – exclamou Daisuke.

O olhar do garoto se concentrou em Veemon, que estava lutando para respirar. Era como se não houvesse ar o suficiente. Seu parceiro não estava cansado, pois eles estiveram parados por um bom tempo. Só o que o líder podia pensar era que aquela escuridão estava de alguma maneira sugando suas energias.

“Takeru, ele tem razão!” – exclamou Patamon –“Rápido, enquanto o tal de Reapermon está ocupado, a gente...”

Mas era tarde demais. Com o braço mecânico pressionando a garganta do dragão de metal, Reapermon mergulhou do céu e chocou o corpo do adversário contra o chão. Da nova cratera que havia se formado,ele arrastou o corpo do dragão até o leito do rio e o arremessou.

DexDorugamon se chocou contra a borda oposta à que foi arremessado, parando de se mover. A aura que o rodeava se desfez. Seu corpo se iluminou com uma luz roxa até que ele regrediu à forma Younenki, Dorimon. O Cavaleiro Negro, que se manteve montado em seu parceiro Digimon todo esse tempo, também foi lançado e uma rocha acabou atingindo sua cabeça. O rapaz caiu ao lado do corpo do seu pequeno Digimon. Ambos terminaram a luta inconscientes.

O Digimon ciborgue pousou suavemente ao lado dos dois. Com a lamina de sua foice, ele tocou o rosto do Cavaleiro duas vezes, como se estivesse provocando uma briga. Um filete de sangue escorreu das bochechas do garoto.

Viu o que acontece, Hibiki, quando você acha que pode controlar a escuridão?” – sussurou Reapermon, rindo com deboche – “Você não devia ter vindo. Desobedeceu minhas ordens pela última vez...

O Digimon ergueu sua foice, e estava pronto para desferir o golpe de misericórdia.

Air Shot!” – Gritou Patamon

Veemon Head!” – Berrou Veemon.

Os dois ataques atingiram as costas do Digimon esqueleto, interrompendo seu ataque mais uma vez. Ele se virou para Daisuke e Takeru, que estavam ao lado de seus respectivos parceiros Digimon.

Curioso...” – disse Reapermon, baixando sua arma– “Porque iriam querer salvar alguém como ele?

“Não vamos deixar você fazer o que quer!” – exclamou Takeru

“É, não temos medo de você, coisa feia!” – provocou Daisuke, para o desespero do restante do grupo. – “Se você é tão forte assim, porque não tenta pegar a gente?”

Fechando o punho de metal e brandindo sua foice no ar, o ciborgue foi atingido em cheio pelas palavras do garoto.

Então foram vocês que atravessaram o meu portal...” – afirmou o Digimon, reprimindo o seu ódio – “Insolentes... Vão aprender o seu lugar...

O líder dos digiescolhidos caiu para trás, com as mãos apoiadas no chão. Foi nesse momento que Reapermon se atirou para cima dos garotos.

É isso?” – pensava Daisuke – “Não há nada que possamos fazer?”

Patamon e Veemon mantiveram seu terreno. Mesmo sabendo que não tinham chance alguma contra aquele monstro, não iriam deixar que seus parceiros fossem feridos. Foi quando uma voz conhecida gritou:

Spiking Finish!”

#41

E o Ciborgue foi atingido por um tipo de espinho roxo, sendo forçado a recuar em seu salto. Um Digimon inseto com a forma humanoide chegou voando do nada, atingindo Reapermon com vários chutes rápidos.

“Stingmon!” – disseram Takeru e Patamon ao mesmo tempo.

“Pessoal! Vocês estão bem!?” – gritou uma voz vinda de longe.

Era ninguém menos do que Ken Ichijoji. O parceiro de Stingmon saltou alguns escombros na área baixa do muro que cercava o vilarejo dos Gekomons, indo de encontro aos companheiros. Logo atrás de Ken, uma garota de cabelos longos e púrpuros fez o mesmo movimento, seguida por um Digimon pássaro com a aparência de uma águia.

A jovem se curvou em uma posição bizarra, estendendo as mãos para baixo. Com a ajuda do Digimon ao seu lado, ela trouxe dois outros conhecidos para a área externa à cidade: um garoto baixinho de cabelos curtos e olhos castanhos acompanhado de um Digimon do tipo mamífero com o corpo coberto por uma concha resistente.

“Ichijoji! Miyako! Iori!” – exclamou Daisuke, sorrindo.

“Hawkmon! Armadimon!” – disse Veemon.

Ken e Miyako se aproximaram e ajudaram o líder dos Digiescolhidos a se levantar. Hawkmon colocou o braço direito de Veemon sobre seu ombro, enquanto Iori e Armadimon checavam se Takeru e Patamon estavam bem.

“Recebi a mensagem do Takeru e vim assim que pude!” – afirmou Ken.

“Mensagem?” – indagou Daisuke.

Só então o líder lembrou que, antes de entrarem no Digimundo, Takeru estava falando alguma coisa sobre pedir ajuda aos outros digiescolhidos. Ele viu o loiro escrevendo uma mensagem pelo D-Terminal, mas tinha certeza que não adiantaria nada. Pelo visto, estava enganado.

“Ei, Daisuke!” – chamou Miyako, visivelmente irritada. – “Que história é essa de vir para o Digimundo e largar a gente para trás?”

“O que? Não tenho culpa!” – vociferou o garoto de cabelo espetado – “Vocês é que ficaram lá parados feito...”

#50

Antes que Daisuke pudesse terminar, Stingmon foi erguido no ar e atingido por um soco. Seu corpo começou a brilhar com uma luz dourada, retornando para a forma Seichouki, Wormmon.

“Pessoal, se importam de discutir isso outra hora?” – pediu Iori –“Estamos com problemas!”

Ken conseguiu aparar o parceiro nos braços, enquanto os outros observaram Reapermon se elevar aos céus e apontar-lhes o canhão de seu braço.

Vocês vão pagar caro por ficar no meu caminho!” – proferiu o digimon maligno – “Bone Duster!”

E com essas palavras, ao invés de atingir diretamente os Digiescolhidos, o Ciborgue mirou na base do rio que os circundava. Sua arma disparou, provocando uma grande explosão. Devido à força do golpe, uma grande onda arrastou Daisuke e os outros para o curso do rio. Eles foram levados pelas aguas, lutando para respirar.

A correnteza ficou tão poderosa que arrastou também o corpo do Cavaleiro Negro e seu parceiro Digimon. A água foi se acumulando, até que desembocou em uma imensa cachoeira. Reapermon riu-se diabolicamente, vendo os garotos e seus digimons desaparecerem no meio da queda d’água...

(...)

Continua!


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Notas finais do capítulo

Uau! Tive que acabar aqui, estava muito grande. Eu já engatei no capitulo 4, mas sei la quando vai sair.

Gostaram? Sugestões? Estou aguardando vocês lá nos comentarios.

Obrigado pelo seu tempo e já já nos encontraremos de novo!