A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 9
o destino dos cavaleiros




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Depois da criação do universo, os titãs, protetores dos deuses, perceberam a quantidade de poder que tinham em mãos e tentaram se apoderar do livro sagrado do quinto céu. As escrituras desse livro falam desde a origem da vida até fim dos tempos. Quem se apoderasse dessa relíquia poderia comandar todo o universo, destruir os deuses e reconstruir o mundo a seu modo.

O mais jovem dos titãs, Killmatheas, conseguiu roubar o livro sagrado para que ele e seu irmão pudessem dominar toda a imensidão espacial. O que ele não sabia, é que o livro que ele havia roubado era falso, sendo assim um truque para saber se algum titã traidor iria se arriscar a roubá-lo. Quando os deuses descobriram, baniram os colossais para uma dimensão perdida, escura, de onde não poderiam sair por toda a eternidade. Entretanto, Killmatheas conseguiu fugir e assumiu sua forma mortal para viver no mundo de Tarkarian para sempre.


Depois de muita conversa, Sammus decidiu que iria junto com a legião de meios sangues para defender o reino, mas Blade Wind não concordou:

–Você não irá junto com nós, sua companhia só irá nos atrasar.

–Tem que nos deixar ir! Se o herdeiro estiver lá, minha missão estará quase comple... –antes que Sammus pudesse terminar de falar, um vulto preto veio voando por detrás de todos eles e roubou a joia do pescoço do elfo, que caiu no chão bruscamente. A princesa pegou seu cetro de dentro da mochila e recitou:

Morra congelado, kaminen in morten! –De repente, da fonte que estava no centro do vilarejo de duendes, Luna fez emergir um turbilhão de água que se transformava em gelo a cada movimento que ela fazia com as mãos. Ela direcionou o feitiço na direção do ladrão, mas ele se esquivou e subiu na copa das árvores. Sammus pegou o arco e atirou uma flecha, que foi repelida por um sopro de fogo produzido pelo estranho.

–Desça daí, medroso! –A princesa o afrontava, mas ele a ignorou.

–Me devolva o colar ou eu o matarei! –Sammus estava inteiramente ligado à joia, se ele se separasse dela, não saberia até onde iria para recuperá-la. O ladrão estava vestindo trapos rasgados e imundos, mas seu cajado denunciava sua riqueza. Ele, que até então estava calado, respondeu:

–Sou Morgan, um dos herdeiros da ordem dos cavaleiros da morte. Vim para cá roubar a joia da deusa, e aquele que ficar no meu caminho, eu eliminarei. –Morgan tirou os panos que lhe cobria o rosto e mostrou sua face. Era cego de um dos olhos, com uma cicatriz que vinha do canto esquerdo da testa e parava no lado direito do rosto. Seus cabelos eram longos, mas ressecados como os de um mendigo.

–Não pense que sairá impune daqui! Lummus atack!!!! – Amarth usou se cajado para atacar Morgan, que foi acertado pelo poder de luz do sacerdote. Ele caiu da árvore, batendo as costas e a cabeça no chão. Blade Wind o pegou pelo colarinho e disse:

–Quem te enviou aqui?

–Além das joias, estamos atrás dos herdeiros de nós cavaleiros. Eu sou o único herdeiro encontrado, mas detectamos uma enorme fonte de energia maligna vinda da floresta, que pode ser de um de nós. –O duende Zhinor levantou sua espada e disse:

–Devolva a joia e vá embora, por que não há nenhum cavaleiro da morte aqui! –Morgan cuspiu fogo na direção de Blade Wind, que se esquivou e redirecionou o ataque para o céu. O meio sangue sacou uma enorme espada das costas e atacou o herdeiro do mal, atingindo-o no abdômen fatalmente. Ele se recuperou rapidamente e atacou com uma rajada de fogo, controlada pelo seu cajado negro. Antes que atingisse Sammus, a princesa se jogou na frente e recebeu toda a carga do poder. Ela caiu no chão, com uma parte do vestido queimado e rasgado. Todos foram ao seu encontro para ampará-la, que disse com dificuldade:

–O desgraçado me acertou em cheio... Vocês podem ir ao reino de Kringodh sem mim, pois eu serei um peso morto a vocês. –Sammus não iria abandonar sua princesa tão facilmente.

–Eu ficarei aqui com você, minha princesa!

–Sua missão é mais importante, arqueiro. Eu serei curada aqui na floresta e... –Antes que ela pudesse terminar de falar, o feiticeiro Morgan escapa das mãos de Blade Wind e ataca ferozmente a semideusa, lançando um raio vermelho no coração dela.

–Você morrerá agora, cavaleiro negro! –Blade Wind brande sua espada pula na direção de Morgan, encravando a lâmina da arma nas costas do assassino. Sammus, que segurava Luna a todo o momento, a tirou de seus braços, pegou uma flecha de sua aljava e a encravou no coração do feiticeiro, fazendo-o ficar desacordado.

–Por quê? Porque atacou ela? Eu o amaldiçoo a queimar no fogo de Neraka!!!!! –Sammus estava irado e triste ao mesmo tempo, como nunca havia ficado antes. Neraka é o lugar para onde são mandadas as almas pecadoras para sofrerem eternamente.

–Só isso não irá me matar! Háháhá! –De repente, Morgan se levanta e suas feridas se recuperam como se nada tivesse acontecido.

–Maldito, eu irei te matar!!! –Sammus tentou atacá-lo, mas sem sucesso. Morgan retirou de sua cintura uma corrente negra e flamejante, que usava como cinto. Ele se aproximou de Luna, mas o duende Zhinor interviu:

–Afaste-se, assassino! Você morrerá aqui e agora pela minha espada de aço! –Blade Wind, líder da legião haueko hatyārā, tomou a frente da conversa e disse:

–Não temos nada a ver com esses elfos. Entretanto, matar alguém assim, friamente, é algo imperdoável, para nós meio sangues. Aceite sua sentença e morra como um homem! –antes que ele pudesse acertar sua espada nele, Morgan se esquivou para o lado e disse a todos:

–Ela não está morta. Só eu sei curar suas feridas, mas não farei isso por vocês. Ela virá comigo para o propósito dos cavaleiros da morte.

–E qual é esse propósito? –perguntou Zhinor, enquanto tentava acalmar Sammus e curar de Luna.

–Assumir seu verdadeiro papel: primeira herdeira e rainha dos cavaleiros da morte. –Todos ficaram boquiabertos com a resposta. Usando sua corrente, ele laçou Luna e a puxou para perto de si, logo em seguida desaparecendo em meio a uma névoa.



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