A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 8
os duendes da floresta




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O arqueiro, a princesa e o sacerdote adentraram na floresta de Redwood para pegarem algumas frutas e caçarem algum animal, mas quando entraram nela, se espantaram. Vários duendes estavam vivendo ali. Havia várias casas de madeira de carvalho, que foram construídas em torno de uma fonte natural de água. Esses duendes da floresta de redwood têm por volta de um metro de altura, orelhas pontudas, um nariz enorme, e vestem roupas de pano ou até mesmo de seda. A maioria deles estava coletando madeira ou pegando frutas, alguns caçavam coelhos para a ceia que se aproximava. Sammus deu um passo para frente e sem querer acertou o joelho em um duende que ia à direção dele, fazendo-o cair no chão.

– Que engraçado, o idiota agora derrubou um duende! Ajude-o a se levantar!- A princesa não parava de rir do feito de Sammus. Porém, o garoto a repreendeu, pois a criatura não demonstrou achar graça da queda. Antes que Sammus pudesse se desculpar, o duende se adiantou:

–Imbecil! O que três bárbaros fazem aqui? Vão embora, vocês trarão inimigos para cá! – mesmo cheio de rugas, ele aparentava ter uns vinte anos. Ele carregava uma enorme espada na cintura, que arrastava no chão enquanto andava.

–Não somos bárbaros. Estamos em uma missão muito importante e precisamos nos alimentar para seguirmos em frente. Você poderia nos dar um pouco de comida? -O duende estava desconfiado dos três jovens, mas mesmo assim pediu para que eles o seguissem. Ele os levou á casa dele, que foi construída com madeira de carvalho e eucalipto, e foi forrada no teto com palha seca. A porta era bem pequena, obrigando os jovens a entrarem de joelhos no chão.

–A minha casa é pequena, mas confortável. Meu nome é Zhinor, o espadachim. Moro nessa floresta desde que nasci, e nunca vi elfos vindo para essa região. Quem são vocês e o que fazem aqui? –O jovem Zhinor atiçava uma pequena lareira de tijolos para se aquecer, pois o frio castigava os duendes dessa floresta à noite e de madrugada. Sammus, que estava procurando uma posição confortável na pequena casa, respondeu:

–Sou Sammus, o herdeiro do grande rei elfo do mundo antigo. Nós três estamos à procura do herdeiro do rei humano, para que possamos ressuscitar a deusa Eiwa.

–Então você é a reencarnação do glorioso rei? Bom, sua missão é bem complicada. Mesmo que encontre o humano, ainda precisará encontrar o orc, e você sabe que esses brutos não são nada diplomáticos.

–Eu sei. Pretendo seguir até o reino de Kringodh, onde o grande rei humano reinou durante anos. Talvez ele esteja lá, treinando e se preparando para a invasão da ordem dos cavaleiros da morte. –A princesa Luna fitava o fogo enquanto ele crepitava lentamente. Ela estava há horas sem comer, por isso interrompeu a conversa de Sammus, dizendo:

–Perdoe-me interromper, mas você tem comida aqui? Estou quase desmaiando, de tanta fome! –O jovem duende foi até a cozinha e pegou uma cesta contendo frutas, pães e uma garrafa de vinho tinto.

–Levem isso com vocês. Se quiserem, podem passar a noite aqui, mas não me importo se forem embora.

O duende os levou até um quarto vazio onde os viajantes poderiam dormir tranquilamente, sem se preocupar com os cavaleiros da morte por um tempo. Os três tiveram que dormir imprensados um contra o outro, pois o tamanho do quarto era ridículo. Como Zhinor não tinha camas grandes o suficiente, ele teve que forrar o chão do cômodo com palhas secas e lãs de carneiro, e deu a eles sacos de pergaminhos velhos para usarem como travesseiro. O saco que Sammus estava usando como travesseiro estava aberto, e no momento em que ele se mexeu (com muita dificuldade), deixou cair do saco velho um pergaminho desgastado que chamou sua atenção. Ele estava enrolado em uma fita cor púrpuro e suas bordas estavam um pouco rasgadas. Ele o abriu e viu que nas margens havia desenhos e inscrições muito antigas, provavelmente de alguma civilização perdida. Ele leu o texto que estava escrito, que dizia:

“ventis fluentem versus molendinum invenit beatitudinem simul memoriis illis qui in proelio cecidit. trahit videre venti vis et invenis”

Sammus não entendeu muito que estava escrito, por isso voltou a dormir.

Na manhã seguinte, os três aventureiros acordaram às cinco horas da manhã para seguirem até o reino mais próximo e buscar informações sobre o paradeiro do escolhido humano. A princesa guardou os alimentos que Zhinor deu a ela na mochila e logo em seguida saiu para respirar um ar puro. Ela estava sentada com as pernas cruzadas, meditando, quando sentiu o chão tremer como se houvesse um terremoto. De repente, dezenas de guerreiros usando túnicas negras apareceram do horizonte correndo como se estivessem em uma cruzada. Eles atravessaram a floresta de redwood derrubando duendes e animais que estivessem no caminho, chamando a atenção de Zhinor, Sammus e do sacerdote animago. Eles entraram na frente dos invasores e disseram:

–Quem são vocês? O que fazem aqui? –O cara que estava liderando a corrida, mas que não estava usando túnicas, mas sim uma armadura negra, disse:

–Sou Blade of Wind, e essa é a legião de meio-sangues haueko hatyārā. Um grupo de cavaleiros da morte irá invadir o reino de Kringodh e matar o rei e seu filho, pois acreditam que o herdeiro dos humanos reside lá. –Sammus nunca tinha visto um meio-sangue, e se espantou por parecerem muito com os elfos. A grande diferença é o corpo, que é maior e mais resistente do que o dos elfos. Essas criaturas sanguinárias e assassinas, que não costumam perdoar seus alvos, se chamam assim pelo fato de terem no sangue o plasma sagrado dos Titãs, seres colossais criados pelos deuses para defenderem o universo de entidades malignas.





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