A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 5
O colar de Eiwa




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Sammus correu como nunca havia corrido antes. De repente, seus pés começaram a se separar do chão e seu corpo começou a levitar. Então, ele percebeu que estava voando a alguns metros do chão, o que lhe deu uma vantagem sobre o cavaleiro. O maior sonho das criaturas terrestres do mundo Tarkarian estava sendo executado por ele, um simples elfo que vivia em uma floresta longe do reino e da capital. Mesmo sendo perseguido por uma das criaturas mais terríveis do mundo, ele estava feliz, algo estranho para quem recebe uma noticia horrível daquela. O colar estava mudando seu humor e suas habilidades, deixando-o mais forte, mais vivo e mais alegre. O cavaleiro negro estava seguindo Sammus por terra em seu cavalo, enquanto murmurava algo em élfico antigo. Esse idioma não era falado á muito tempo, até mesmo Bēṭegāra que é um dos elfos mais velhos da floresta, não o pronuncia muito bem. O que um cavaleiro da morte pretendia falando essas coisas?

Sammus fugiu para oeste da floresta, a caminho de um castelo de gelo. Ele desceu e se escondeu atrás de um pinheiro, esperando o cavaleiro aparecer. Ele ouviu uma batida de cascos e imaginou que era seu seguidor vindo. Porém, quem estava vindo era um elfo que trajava uma túnica azul e branca com um símbolo semelhante ao brasão da aliança do gelo. Ele estava montado em um giant equus, uma raça de cavalos gigantes que só se encontra no sul. Ele percebeu a presença do garoto e foi até ele:

–Quem é você, invasor? – o homem aparentava uma imagem imponente e poderosa, intimidando qualquer um que o encarasse.

–Sou Sammus IV, venho de uma floresta nos Campos Genuínos. –O elfo o olhou como se já o conhecesse e disse:

–Por que está aqui? Não sabe que este local é parte das dependências do castelo? Você deve ter vindo matar a princesa, não é?

–Não! Eu estava fugindo de um cavaleiro da morte e vim parar aqui. Quem vive nesse castelo gigante? –O castelo que ele falava é uma construção magnífica revestido em azul e pérolas brancas, que abriga uma princesa muito bela e poderosa.

–A princesa Luna Thyna, filha da Deusa da caça e do rei de Alask. Ela protege todo o país de Lumiera com seu poder de semideusa.

–Semideusa? Talvez sua sabedoria possa me indicar onde se encontram os outros dois herdeiros!

–Outros dois? Não me diga que você é o herdeiro do grande rei elfo? – O cavaleiro não conseguia acreditar.

–Sim. Esse é o arco do rei. Eu sou o bisneto dele, e estou à procura do herdeiro orc e humano!

–Então venha jovem guerreiro. Eu te levarei até a princesa, talvez ela saiba o que fazer. –Sammus subiu no cavalo gigante com a ajuda do cavaleiro e os dois cavalgaram até os portões do castelo. Chegando lá, as sentinelas que guardava os portões os avistaram chegando e logo abriram os portões. Eles desceram do cavalo e subiram uma escadaria que levava a um salão incrustado em diamantes, repleto de elfos e alguns humanos dos reinos que fazem parte da aliança de gelo.

Eles foram até uma jovem que usava um vestido branco cintilante e prendia os cabelos azuis com uma presilha de ouro. Ela bebia champanhe com suas amigas e conversavam com outras jovens, todas elas elfas.

–Olá, princesa. –ele fez uma reverência.

–Olá thaynon. Quem é esse que vem com você? –a princesa olhou Sammus de cima a baixo como se estivesse comprando um escravo.

–Esse é Sammus, um elfo que veio dos Campos Genuínos, descendente do grande rei elfo.

–E o que quer aqui, jovem elfo?

–Estou atrás dos outros dois herdeiros, e pensei que sua sabedoria pudesse me ajudar a encontrá-los!

–Acho que sim, mas, o que é isso que usa no pescoço? –A semideusa fitava o colar de Sammus. –parece um artefato poderoso!

–Essa é uma das joias da deusa Eiwa. Eu a encontrei no fundo do rio, enquanto fugia de um cavaleiro da morte.

–E ela faz algo de especial?

–Não. –Sammus não podia contar a eles o que a jóia fazia se não o matariam para tê-la. Ele precisa dela para encontrar os outros herdeiros, antes que seja tarde demais.

–É uma pena. Bom, venha comigo até o meu quarto e talvez eu possa ajudá-lo em sua busca.

–Obrigado, princesa Luna Thyna. –Eles subiram até o quarto da semideusa, que ficava na mais alta torre do castelo. Eles demoraram meia hora subindo as escadas, até que finalmente chegam à torre principal. A porta foi talhada em uma madeira rara que só se encontra nas terras de ferro. A maçaneta era de ouro maciço, tal como as dobradiças. Eles entraram no quarto e Sammus viu o quão grande era. Vários armários, uma cama de quatro colunas, cortinas de seda, guarda-roupa cheio de vestidos de luxo e apenas uma janela sem grade.

A princesa foi até o criado mudo e pegou seu cetro místico que continha um rubi na ponta.

–Esse cetro é muito poderoso. Ele mostra a direção da maior fonte de energia que tem em um raio de 100 quilômetros.

–Ótimo! Ele pode nos guiar até as armas dos grandes reis, que provavelmente estão com os herdeiros!

–Bom, não é bem assim. Eu sei que essa jóia é muito poderosa, e que ela te dá poder. Eu só não sei qual. Por isso, se quiser minha ajuda, terá que me pagar com esse colar. –Sammus faria de tudo para encontrar os outros herdeiros para reviver a deusa Eiwa, mas ele precisava da jóia que a ressuscitaria. Então, inesperadamente, ele correu pra cima da princesa e tomou o cetro da sua mão, logo em seguida pulando da janela desesperado. A princesa Luna ficou admirada com a coragem do garoto, mas também se impressionou com a burrice.

–Não há como fugir, eu sou uma feiticeira muito poderosa! –Sammus correu pelos céus usando o colar de Eiwa. Ele virava o cetro para todas as direções, mas nada acontecia.

–Não sabe usar o cetro? Hahaha! Devolva-o e eu não o matarei!

–A é? Então venha pegar você mesma! – a semideusa disse algo em um idioma desconhecido de Sammus e pulou da janela. Antes de cair no chão, de suas costas nasceu um par de asas que a fez voar na velocidade que quisesse. Ela foi atrás de Sammus, que fugiu para a cidade de Last Town, a cidade perdida.


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