A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 6
a nova aliada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324004/chapter/6


Chegando à cidade esquecida, Sammus voou acima do portão e aterrissou em cima de uma casa abandonada. Na verdade, a cidade toda parecia estar abandonada. Vultos passavam correndo ao redor de Sammus como fantasmas, falando palavras que ele não conseguia entender. Por segurança, ele tirou o arco das costas e pegou uma flecha da aljava, pronto para atacar qualquer um que se aproximasse. Ele ouve um barulho e olha para trás para ver o que era, e se depara com um homem alto vestindo uma túnica negra surgindo da névoa que cobria praticamente toda a cidade. O estranho homem segurava uma adaga púrpura que emanava um fogo negro, algo que não parecia ser do mundo dos mortais. Ele deu um passo para frente, mas Sammus o advertiu:

–Nem mais um passo, estranho. Ou eu atiro em você!

–Acalme-se, jovem elfo. Sou um elfo xamã e fui enviado por Bēṭegāra para lhe trazer uma noticia.

–Bēṭegāra está vivo? E Gudài sēnlín?

–Sim, os dois estão vivos. E querem que você vá para as terras do ferro e encontre o herdeiro dos humanos.

–E como você me encontrou?

–Essa adaga foi atraída pelo sou enorme poder, então eu apenas segui a direção. –Sammus estava confuso. Era a pessoa mais fraca que conhecia, por que aquele cara diria que ele tem tanto poder assim?

Como num piscar de olhos, o xamã desapareceu sem que Sammus visse. Logo em seguida, a princesa finalmente o encontrou para pegar de volta o cetro místico. Ela foi até ele e com um olhar furioso, disse:

– O que pensa que está fazendo? Roubar um item mágico de uma princesa-Semideusa como eu, te condena à pena de morte nas masmorras sombrias! Você tem noção do que acabou de fazer? –Sammus apenas fitava o chão de pedra, perdido em seus pensamentos. Ele resolveu olhar diretamente nos olhos da princesa Luna e respondeu, com firmeza:

–Não me interessa o que vai fazer comigo. Você não sabe o que está acontecendo no mundo lá fora, não é? Nós, os herdeiros dos grandes reis, somos os únicos que podemos encontrar as joias da deusa Eiwa e ressuscitá-la. Entretanto, se você não me ajudar a revivê-la, os cavaleiros da morte logo conseguirão dominar todo o mundo de Tarkarian. É isso que você quer? – A princesa estava constrangida. Ninguém nunca havia falado com ela daquele jeito, já que todos tinham medo dela. Sammus era a única pessoa que conhecia que arriscaria sua própria vida para salvar milhões e milhões de pessoas que nem o conhecia. Já ela, filha da deusa da caça, nunca moveu um dedo para ajudar as pessoas. Então, ela disse algo que espantou o jovem elfo:

–Bom, eu não sabia o que fazer, mas não se preocupe. Eu o ajudarei.

Sammus lançou o cetro para a princesa Luna e virou as costas para ela. Ele não se importou com o que Luna havia dito para ele, apenas começou a andar na direção da saída da cidade. Antes de alçar vôo, a princesa tentou pela última vez:

– Por favor, Sammus, deixe-me ir com você! Só eu posso usar esse cetro, e com ele você poderá encontrar as joias e os herdeiros! –Sammus não tinha escolha. A princesa olhava no fundo dos seus olhos, de um modo que derrubava até o mais imponente general. Ele logicamente não aguentou e aceitou a ajuda da futura amiga.

–Obrigada, Sammus. Eu serei útil em sua aventura!

Os dois rumaram para o oeste em busca de um navio que os levasse para o grande continente. Já eram oito horas da noite quando eles chegaram próximo ao castelo de gelo. Eles entraram sorrateiramente e subiram até o quarto da princesa, para pegarem tudo que precisavam para a longa viajem. A semideusa vestiu um vestido mais curto e menos valioso, pegou uma mochila e guardou alguns pertences que lhe seria útil.

Eles saíram pela janela e voaram sobre e floresta que servia de barreira para o castelo. Sammus e Luna resolveram descer e acampar na mesma caverna onde ele estava antes de encontrar a jóia, mas Sobekk não estava mais lá. Provavelmente ele saiu por aí para procurar o garoto, achando que ele estava em perigo. O que ele não sabia é que, o elfo estava com a princesa Luna e uma das joias da deusa, o que ia atrair inúmeros inimigos para eles. Com isso, ele seria facilmente encontrado tanto por ele, quanto pelos cavaleiros da morte.

Os dois jovens dormiram dentro da caverna e logo de manhã cedo arrumaram as coisas para continuar a viajem. Tinham apenas como bagagem duas mochilas de couro, o arco de Sammus, o cetro de Luna, uma aljava e alguns alimentos. A princesa também carregava um livro grande e pesado, provavelmente o que a ensinou a fazer feitiços. Eles andaram por uma trilha de pedras que levava ao topo de um morro, e de lá dava para ver um ancoradouro e vários elfos e humanos negociando ou brigando por algo. Eles desceram por um caminho estreito, atravessaram a praia, e foram até o ancoradouro à procura de alguém que os levasse para as terras de ferro. Porém, antes de chegarem até lá, eles ouvem um barulho que faz todos se calarem. Um rugido faz as águas pacíficas tremerem, logo depois de derrubar todos com o impacto tenebroso.

Um dragão se aproximava das terras do sul!

Todos correram para longe em busca de proteção. Alguns humanos bárbaros que tinha vindo de navio de Barrens tiraram as catapultas da embarcação e as prepararam para atacar. Sammus e Luna correram para dentro de uma cabana de palha e torceram o dragão partir para longe. Entretanto, o dragão procurava algo em especial. Ele sobrevoou toda a praia e o dia se transformou em noite, já que sua sombra escureceu toda a região. Ele tinha uns 150 metros de comprimento e era coberto por uma camada de escamas impenetráveis. Possuía um par de asas afiadas, os olhos vermelhos como o fogo e garras afiadíssimas, o que o tornava um dos maiores predadores de Tarkarian.






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa E O Arqueiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.