A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 3
O paladino do gelo




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Uma tempestade cai, fortalecendo a fúria do mar. Tristan ainda não apareceu, mas sua voz profunda e grave assustou todos os tripulantes do navio, incluindo Martin e Sammus. Uma tromba d água emergiu do mar em direção ao navio e o atacou com toda força, fazendo Sammus e Martin caírem do barco.

–Martin, você está bem?

–Estou. Vamos procurar algo que flutue para subirmos, Sammus!

–Tudo bem. Ei olhe lá!- Sammus apontava para um bloco de gelo que vinha flutuando do sul até onde eles estavam. Os dois subiram no bloco de gelo e sacaram as armas para se defenderem dos ataques de Tristan. De repente, uma mão azulada que emerge da água segurando uma lança ataca os elfos, que rapidamente se esquivam. Sammus então tira seu arco das costas e atira uma flecha na mão de Tristan, que grita aos quatro ventos:

– Como ousa me atacar, mortal? Você sentirá a fúria de um deus agora!- Tristan finalmente saiu da água e se mostrou. Era um cara belo, de cabelos longos e negros, que usava armadura prateada de couro de dragão do mar. Sammus estava muito assustado, mas não se entregou. Tristan o olhava com frieza, um olhar de assassino mortal que era.

–Sinta a fúria do remador das marés!!!! RUJAM SAKIT!!!!!- Uma chuva veloz e pesada de gelo estava prestes cair, quando inesperadamente todos ouvem uma voz:

–Hoje não, Tristan. –Uma marreta bastante pesada veio voando por detrás de Sammus e atingiu Tristan em cheio. Sammus e Martin olharam para trás e viram um guerreiro alto e loiro, trajando uma armadura amarela e uma tiara de bronze.

–Retorne!- A marreta retornou à mão dele, que desceu até o outro bloco de gelo em que estavam Sammus e Martin.

–Obrigado por nos salvar! Quem é você?

–Sou Sobekk Arkarian, O paladino do gelo. Você deve ser Sammus IV!- O paladino deve ter sabido da invasão pelos arch-mensageiros.

–Sim, Sou eu. Viemos para cá por causa da invasão dos humanos do reino de Kalindore!

–Eu sei. Eu irei te treinar até a invasão dos cavaleiros da morte. Sorte a sua que não era Tristan de verdade. Esse aí é só o filho dele, que diz ser o próprio deus dos mares para os viajantes!

–Cavaleiros da morte? Eles não foram destruídos?

–Sim, mas existem mais deles. Um reino inteiro, para ser exato. Eles vivem nas terras do norte, aliados a outros dois reinos humanos.

–E por que eles ainda não vieram atrás de mim e dos outros herdeiros?- O paladino olhou profundamente para o céu, e depois respondeu:

–Por que Ellian ainda está enfraquecido. Mas, Quando ele e os outros deuses se fortalecerem, os cavaleiros da morte irão atrás de você e dos outros escolhidos.

Sammus ainda não havia pensado nisso. Onde estariam o herdeiro do rei humano e o herdeiro do rei orc? Provavelmente treinando também. Por isso ele resolveu que iria treinar bastante e fazer jus ao nome de Sammus I. Até por que, não queria cair em batalha tão facilmente, como um fraco que era.

Ele e Martin subiram no barco do paladino e os três navegaram até as margens das planícies perdidas, que fica à norte de Lumiera, uma das maiores nações das terras geladas. Eles desembarcaram e caminharam até uma pequena vila de camponeses onde morava um amigo de Sobekk. Chegando lá, eles foram até uma taverna e todos se acomodaram nas mesas.

–Bem vindos, viajantes! Vou trazer um pouco de chocolate quente pra vocês!- A mulher que veio recebê-los era a dona do bar, uma elfa cigana que havia fugido do reino do trono congelado.

–Obrigado, Haikka!- agradeceu o paladino.

–O que faremos agora?- Perguntou Sammus, preocupado.

–Começaremos seu treinamento amanhã cedo. Nós iremos caçar alguns animais para a vila e depois viajaremos à Lumiera, para comprar uma armadura pra você.

Depois de tomar o chocolate quente, Sammus e Martin e foram até um pequeno hotel para descansarem, enquanto Sobekk voltava para sua casa. No outro dia, o paladino acordou Sammus às cinco horas da manhã para irem caçar. Eles foram até a floresta das planícies e prepararam suas armas para caçar, quando de repente Sammus ouve um barulho:

– Ei paladino, ouviu isso? –Sobekk também tinha ouvido. Ele olhou em volta como se conhecesse esse barulho há muito tempo.

–Eu ouvi sim. Parece até uma... –Antes de Sobekk terminar de falar, um grande pássaro vermelho fogo atravessou o céu e desceu na direção de Sammus.

–... Fênix! Achei que não existissem mais!

–Fênix? O que uma delas faz aqui?- O pássaro havia pousado perto de Sammus, que a observava profundamente. Elas estavam desaparecidas há muito tempo, o que é estranho, já que elas não morrem tão facilmente. Algo a espantou de seu ninho, e o paladino acredita que foi um dos cavaleiros da morte. Uma pessoa normal não teria coragem suficiente para ir a seu ninho apenas por diversão.

–Ela deve ter fugido do ninho, que fica no templo de Fillian. Não teremos tempo para caçar, apenas para ir até Lumiera comprar seus equipamentos.

Eles recolheram as armas e voltaram para o bar. Sammus estava se perguntando o porquê de tanta pressa para ir embora, só por que uma fênix fugiu do ninho. Ele e Martin prepararam suas coisas para viajem e depois passaram na casa de Sobekk. Ás sete horas da noite, eles se reuniram no bar, pegaram alguns suprimentos e saíram noite adentro para chegarem logo em Lumiera. A lua estava cheia, o que melhorava a visibilidade deles, mas, subitamente ela mudou de cor e ficou escura, o que assustou o paladino. O que terá acontecido para ela ter ficado assim? Será que algum cavaleiro da morte estava por perto?



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