A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 28
O início da batalha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324004/chapter/28

      Andhorar, o reino dos elfos de luz, governado pelos reis Candice Arcoleve e Tanaris Sombralunar estava agora visível aos inimigos. Sem o cristal mágico, o castelo não ficará mais camuflado, o que é um risco a segurança de todos, inclusive das joias de Eiwa.

Todos os soldados e guerreiros do reino estavam em alerta para um possível ataque surpresa. A tropa dos cavaleiros da morte não devia estar muito longe, e a frota de navios de Barrens também não. Entretanto, os heróis só tinham conhecimento dos cavaleiros de Ellian, e desconheciam a frota de orcs, bárbaros e anões liderados pelo general Teranon, o visionário que avançavam pelo oceano a toda velocidade. Sammus, Aladar e Luna treinaram bastante também, para ajudar na grande batalha que decidirá o destino de Tarkarian, e junto deles estavam Sobekk, Candice e Grimm, auxiliando no treinamento.

-Sammus, devemos lançar algum sinal que o feiticeiro Morgan veja, e assim ele virá!

-Concordo rainha. Mas o que? –Sammus perguntou.

-Bom, posso lançar uma saraivada de flechas para o alto, todas pegando fogo. Talvez ele veja!

-Pode dar certo! Vamos então para um lugar alto. –Candice e Sammus subiram na torre mais alta de todo o castelo, no hall dos espíritos. De lá, eles se dirigiram até uma varanda de onde dava para ver todo o reino.

-Aqui está bom.  Atire comigo, garoto. –Sammus e Candice miraram para o alto, e uma flecha de cada um fora atirada. A rainha estava usando sua aljava mágica, enquanto Sammus estava usando seu anel de poder. As flechas cortaram o céu em uma velocidade surpreendente, e ao alcançarem uma altitude muito elevada, elas explodiram em várias cores diferentes.

-Parece um arco-íris destruído! - Sammus brincou. –a explosão iluminou todo o castelo, e a união de diversas cores no céu fez os olhos dos elfos do reino de Andhorar brilharem de esperança.

Sammus estava apreciando o espetáculo no céu, mas Candice Arcoleve estava concentrada em outra coisa. Ela olhava na direção sul fixamente, sem perder o foco, e o arqueiro percebeu isso.

-Alteza, o que tanto olha? – ele perguntou.

-O estopim de nossa batalha final. –De inicio o garoto não entendeu, mas depois ele também olhou na mesma direção e compreendeu o que a rainha quis dizer. Uma tropa de cavaleiros da morte avançava furiosa na direção do castelo, e não estavam dispostos a parar. Entretanto, ainda havia a floresta de prata, a defesa natural do reino de Andhorar, que deveria contê-los por um tempo.

-Acha que eles entrarão na floresta? – Sammus perguntou.

-Não duvido. Os animais e as feras os atrasarão por um tempo, mas devemos estar preparados para a invasão. Os faunos e centauros são exímios guerreiros, e eu conto com eles para a defesa. Porém, ainda resta um recurso não utilizado: os valentes soldados do reino de Kringodh.

Na floresta, a paz reinava inerte. Os pássaros cantavam felizes, e as fadas zelavam pela vida das árvores milenares, que protegiam os animais que habitavam ali. Tudo parecia perfeito naquele local, até que barulhos de cascos são ouvidos e o terror toma conta da floresta. Dezenas de cavaleiros negros invadem a floresta de prata, matando animais e derrubando árvores com seus poderes destrutivos. Os faunos se apresentaram com lanças e adagas, prontos para a batalha. Os cavaleiros avançaram, mas o sátiros os detiveram com suas armas rudimentares e corações valentes. Os protetores da floresta lutavam bravamente contra os malignos, que retribuíam com spells mortais que destruíam os espíritos dos faunos sem piedade. Gritos e urros podiam ser ouvidos a milhas dali, e foi isso que alertou a rainha Candice Arcoleve. Os soldados estavam prontos; os arqueiros em posição de ataque e os magos com suas magias de alta escala na ponta das varinhas. As armaduras brilhavam com a luz do poderoso sol; e com a chegada do primeiro cavaleiro da morte, os guerreiros irromperam numa corrida até a floresta de prata. Os malignos desmontaram de seus cavalos descarnados, que desapareceram em seguida. Com sabres e espadas em mãos, os cavaleiros partiram ao ataque, e os dois exércitos se chocaram. Armas se encontravam violentamente, e algumas armaduras não resistiam. Os faunos haviam sido derrotados, e corpos destroçados podiam ser vistos ali. O sangue jorrava em abundância do corpo dos soldados, que, todavia não desistiam. A batalha se intensificava mais e mais, e a fúria dos dois lados era incrivelmente poderosa.

Do hall dos espíritos, Candice conseguia visualizar uma parte da batalha, que já era assustadora por si só. Entretanto, isso se tornou um problema menor quando a rainha avistou um dragão gigante vindo em sua direção. Aquele que o montava era ninguém menos que o feiticeiro Morgan, um dos herdeiros dos cavaleiros da morte.

-Sammus, diga a Sobekk que venha até aqui. –após o arqueiro ter trago o paladino até onde estavam, a rainha ordenou:

-Sobekk, abaixo do meu trono há uma passagem secreta. Ela leva a uma pequena sala onde está sepultado o corpo de Sylvanna/Eiwa, e eu preciso que você fique de guarda para que ninguém tenha acesso a esse lugar.

-Entendido, alteza.

-Sammus, diga a Luna que venha aqui. –novamente, o garoto fez o que a rainha lhe pediu.

-Precisa de mim? – Luna perguntou.

-Sim. Eu ia mandar Martin até o reino de Kringodh para chamar os soldados, mas tive uma idéia melhor. Tente se comunicar com arch-mensageiros do reino de Normmaedon, mais precisamente da cidade Castlebridge

-Sim senhora.

-Sammus –a rainha prosseguiu – Você, Aladar e eu iremos para o campo de batalha. Meu marido irá lutar na floresta para ajudar os nossos soldados, e devemos segurar a barra até os soldados de Normmaedon chegarem, se chegarem.

     Sammus viu um mapa exposto no hall dos espíritos que mostrava a região onde Andhorar fora fundada. Ele percebeu que a floresta não protegia o castelo todo, apenas na parte sul. No lado leste havia um descampado que acabava no litoral do continente. Ali havia um porto, e perto dali uma pequena vila de elfos.

O dragão se aproximava mais e mais, e Candice estava preparada para qualquer ataque. Entretanto, o monstro não fez o percurso que a rainha imaginava; Morgan o guiou para os céus, e desceu a toda velocidade no castelo. O impacto foi tão grande que destruiu uma das torres de Andhorar, mas que matou a criatura gigante. O feiticeiro entrou pela torre destruída e finalmente encontrou Sammus e Candice no hall dos espíritos.

-Saudações rainha. Vejo que retirou sua defesa principal daqui...

-Morgan, nos devolva o colar de Eiwa, e o deixaremos vivo. –o feiticeiro riu como nunca, e depois respondeu:

-Eu matarei vocês dois tão rápido que nem irão sentir dor. Ma antes, digam-me, onde estão as outras relíquias?

-Pergunte para a sua mãe, seu infeliz! –a rainha respondeu – Morra!!!!!

A rainha atirou uma rajada de flechas tão poderosas que Sammus achou que iria morrer ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estamos quase terminando... não esqueçam de comentar!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa E O Arqueiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.