A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 29
A troca de aliados




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     Sob o sol de meio dia, os bravos guerreiros de Andhorar lutavam para defender o nome da deusa Eiwa. As ninfas e criaturas espirituais já haviam fugido para outra dimensão; longe desta horrível batalha. Os guerreiros élficos não ficavam para trás no quesito coragem e força, todavia, eles não estavam mais conseguindo parar os cavaleiros malignos, e várias árvores e animais da Floresta de Prata estavam pagando o preço da invasão. No hall dos espíritos, Candice iniciava um ataque contra Morgan, que já preparava suas correntes malignas. Sammus atirava diversas flechas, mas que eram facilmente repelidas pelos poderes do feiticeiro.

-Até quando as fadinhas irão ficar nesta brincadeira? Eu não tenho tempo para isso. Entreguem-me as quatro joias, e eu prometo matá-los rapidamente, para que não sofram.

-Você é doente... –Sammus disse – Acha mesmo que Ellian lhe dará algo se você recuperar as relíquias para Ele?

-Bom... Na verdade Ele fará algo para mim. Minha esposa morreu algum tempo atrás, quando vivíamos em Goldshire. Ele veio até mim, me deu poderes e riquezas para que eu fizesse o que ele me pediu, e minha esposa voltaria à vida como pagamento.

-Morgan, ninguém pode voltar à vida, e única pessoa que pode ressuscitar alguém é a deusa Eiwa. Se você me der o Colar, nos traremos Eiwa de volta a vida e talvez ela traga sua amada de volta! –as palavras de Candice fizeram nascer uma gota de esperança diante de tudo que está acontecendo, e sem hesitar ele baixou sua arma.

-Rainha, você tem razão. Eu...  –Antes que o feiticeiro pudesse concluir sua frase, uma corneta foi ouvida por todos em um raio de uma milha.

Todos a ouviram, desde elfos e fadas a soldados e cavaleiros.  Os heróis olharam pelas janelas do castelo, e se impressionaram com o que viram a leste dali. A poucas léguas do castelo, o antigo porto se tornara pequeno diante a enorme frota de navios que se aproximava do continente. Instantes depois, os dez primeiros navios atracaram, e de cada um saíram quarenta soldados orcs. Essas embarcações, agora vazias, saíram para que a segunda fileira desembarcasse dezenas de bárbaros, e após alguns minutos, elas ancoraram longe dali para que o último grupo de navios chegasse ao porto dos elfos.

-O que faremos agora? –Sammus perguntou.

-Sinceramente, não sei. Eu não tinha conhecimento deles, e não temos soldados suficientes para lutar.

-Mas e Normmaedon? Eles não vão nos dar suporte?

-Luna está cuidando disso. – Nesse momento, a bela princesa de cabelos azuis entra no hall dos espíritos, com um ar de decepção.

-Alteza, os soldados não virão. Tentei outros reinos, mas é inútil.

-Como eu previa. O medo desestabilizou as alianças, que agora não têm serventia para nada. Sammus, eu e Aladar iremos para a batalha, junto dos magos e arqueiros. Morgan, você... –A rainha olhou para os lados, mas não viu o feiticeiro, apenas um corvo voando pela janela.

-Então, que os deuses nos ajudem. –Sammus rogou.

    Os cavaleiros da morte pareciam ser invencíveis, mesmo depois de muitos golpes recebidos. Seus poderes eram incrivelmente destrutíveis, e sua defesa ainda maior. Entretanto, enquanto existir uma espada, haverá um soldado para lutar. A força de vontade desta bela raça élfica é algo extraordinário, além de que nunca recuam diante de um inimigo, independente da força que ele apresenta em batalha.

Apenas alguns guerreiros continuavam de pé, de espada em punho e um coração valente que os motivavam a vencer. Um estranho pássaro negro voou por cima de todos, e aterrissou no meio do campo de batalha entre os cavaleiros e os elfos. Repentinamente, seus olhos vermelhos se intensificaram em uma estranha luz, e uma intrigante fumaça o circulou dos pés a cabeça, em seguida o transformando no feiticeiro Morgan.  Apenas erguendo a mão esquerda, o feiticeiro fez toda a tropa de cavaleiros da morte parar de atacar, e por osmose os soldados de Andhorar fizeram o mesmo.

-Ouça-me sábio rei Tanaris Sombra da lua, o que irei lhe dizer. Há um exército de aproximadamente 1.200 soldados no porto, prontos para uma guerra. Vocês devem ir até lá para impedi-los de chegarem até aqui, ou estará tudo acabado.

-E por que deveríamos acreditar em você? – O rei perguntou.

-Eu percebi que é de meu interesse o retorno de Eiwa, e estou disposto a ajudá-los.

-Você tem certeza do que diz? Se esse exército estiver mesmo vindo para cá, isso significa que seremos todos aniquilados.

-Talvez, mas meus cavaleiros podem ajudar. Esse será o nosso pacto; a aliança entre os cavaleiros da morte e os elfos de Andhorar.

Depois de pensar bastante, o rei viu que não tinha alternativa a não ser aceitar o trato. Os cavaleiros negros invocaram seus cavalos descarnados e os soldados remanescentes montaram junto com eles. Assim, cada cavalo fantasmagórico carregando um soldado e um maligno cavalgou durante meia hora até todos chegarem ao campo de batalha, de onde era possível ver a pequena vila de elfos e o porto abarrotado de soldados.

-Então é verdade...  Será esse o fim do nosso mundo? –um dos soldados perguntou.

-Acho que não. Olhe para lá! –O rei apontava para o castelo, de onde vinham vários magos e arqueiros, liderados por Sammus, Aladar e Candice. Depois de se unirem, o exército formado por magos, arqueiros, elfos, cavaleiros da morte e alguns soldados estava pronto para a batalha final entre o bem e o mal.

-Ei rainha, pegue! –Morgan deu o colar sagrado para a rainha, que o prendeu a uma flecha e o atirou na janela onde Luna se encontrava.

        Longe dali, nas profundezas do submundo, alguns seres poderosos se encontravam.

-Quando iremos iniciar nosso ataque? –Um demônio gigante perguntou.

-Paciência, Silth. Nossa hora está chegando... –Ellian respondeu.

-Acho bom mesmo. Não agüento mais esperar nessa droga de... –antes que ele pudesse terminar de falar, alguém emergiu das sombras e o matou com apenas um golpe de tridente.

-Eu odiava aquele cara.

-Acalme-se, Tristan. Todos os nossos subordinados estão eufóricos para destruírem o mundo de Tarkarian, e com razão. Entretanto, não podemos aparecer agora, apenas quando alguém em especial retornar a vida.

Ellian saiu do local e voltou para sua sala particular, onde se sentou em seu trono de ossos humanos.


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