A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 20
Luna




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324004/chapter/20

 

Sylvanna, a arqueira, havia sido atingida por uma flecha inimiga na perna, e agora sangrava muito. Entretanto, seus amigos perceberam que não era um sangue comum: parecia um líquido sagrado, que brilhava intensamente numa cor dourada e reluzia à luz daquela manhã. Eles foram até ela para verificar se estava bem, e logo seu ferimento se curou rapidamente. Sammus a olhou como que se pedisse uma resposta, e ela logo entendeu:

-Sammus, não se preocupe comigo. Vá e derrote esses cavaleiros malignos e faça com que Aladar recupere o trono.

-Mas você está bem? Pode andar?

-Sim. –Eles continuaram atacando, como sugeriu Sylvanna. Sammus continuou atirando flechas flamejantes na direção dos cavaleiros, até que um deles finalmente caiu. Dois deles ainda estavam de pé, e não pareciam com mais força para continuar. Por isso, Aladar atacou com toda a força o espadachim maligno e finalmente o derrotou, mas aquele que segurava as correntes flamejantes ainda estava com força suficiente para invocar mais sombras malignas e o fez sem pensar.

Várias criaturas fantasmagóricas apareceram diante deles, e todas elas foram para cima de Aladar. Antes de ser atacado, Ritchie se atirou na frente dele e recebeu toda a carga de golpes, o protegendo de ser morto pelos inimigos.  Aladar o olhou sem entender muito bem o porquê de ele ter feito isso, e então perguntou:

-Meu amigo, não deveria ter feito isso!

-Meu rei, minha vida é servi-lo e protegê-lo. Eu ficarei bem aqui, agora vá e retome seu trono que nós cuidamos do resto!

-Tudo bem, farei isso por você, parceiro. –Agora só restavam Aladar e Sammus na batalha, enquanto Sylvanna e Ritchie se recuperavam.

Sammus correu para mais perto do portão e de lá atirou uma flecha flamejante que destruiu boa parte das sombras malignas. Aladar cortava o ar com sua espada e descia a lâmina com toda a força nos inimigos, que desapareciam com um único golpe.  Ao ver que estava perdendo, Endredod correu na direção de seu cavalo, planejando fugir, mas os garotos o viram. Sammus rapidamente pegou uma flecha de sua aljava, mirou e a atirou contra o fugitivo, que se desviou astutamente. Entretanto, a flecha continuou seu percurso, indo de encontro ás cordas que prendiam Luna no animal. Ela conseguiu se soltar, e quando avistou Sammus, se alegrou inexplicavelmente e correu em sua direção sem pensar duas vezes. Quando a viu correndo, ele também ficou feliz e largou seu arco no chão, para recebê-la. Quando se encontraram, eles não resistiram e logo se abraçaram como se estivessem separados há séculos. Durante um tempo, eles ficaram ali, de pé, agarrados um ao outro, até que perceberam que todos olhavam para eles e logo se afastaram.

-Que bom que está viva, princesa Luna! –disse Sammus, um pouco sem graça.

-Obrigada, Sammus. Você me salvou de um destino cruel, serei eternamente grata a você! –ela não percebeu, mas seu rosto estava corado havia tempo, e todos viram que eles faziam um casal perfeito.

-Não quero interromper o momento dos apaixonados aí, mas vocês não estão se esquecendo de nada? – a voz vinha dali de perto, e quando todos se viraram, viram o paladino Sobekk amarrado nas costa do cavalo negro.

-Olá amigo! Não tinha o visto, espere um momento! –Sammus correu na direção do paladino e o libertou, logo em seguida fazendo o mesmo com Tyr, o bardo.

-Iremos conversar depois, mas agora temos que... –Antes que Luna pudesse terminar de falar, Endredod correu em sua direção e tentou atacar, mas foi bloqueado pela espada de Aladar. O garoto brandiu sua reluzente espada e partiu ao meio o sombrio cavaleiro, o transformando em cinzas automaticamente.

-Ei, o que é aquilo? –Sammus apontava para um item dourado que brilhava no chão em meio às cinzas.

-Acredito ser uma das jóias de Eiwa. –Luna pegou o cálice e o guardou na mochila. –Vamos logo, temos que impedir Amarth de restaurar o poder de Ellian e destruir o mundo!

-Ele antes precisará das jóias para fazê-lo. –Todos olharam para Sammus, que logo contou de seu sonho com a deusa Elune. Depois disso, Luna disse a eles que um dos cavaleiros da morte que a seqüestrou planejava roubar uma das jóias de Eiwa que estava escondida no castelo, e Aladar revelou que sabia onde ela estava.

Sammus, Luna e Aladar entraram no castelo, enquanto Sobekk e Tyr ficaram combatendo as sombras malignas que se espreitavam dentro dos portões da fortaleza. Eles pegaram o mesmo caminho que um mensageiro havia feito para avisar ao rei sobre o ataque dos cavaleiros. Quando finalmente chegaram à entrada do grande corredor iluminado de vitrais, Aladar bloqueou a passagem de Luna e Sammus e disse em seguida:

-Quero que fiquem aqui, por precaução. Eu irei lá recuperar meu trono, e depois disso iremos até a jóia escondida.

-Mas Aladar, será mais fácil se formos nós três enfrentar Tanatius!

-Eu sei Sammus, mas é algo que eu tenho que fazer sozinho, pois ele feriu o meu orgulho e minha honra ao me expulsar do meu próprio reino.

-Entendo. Faça o que tenha de fazer, mas não aja por impulso. Eu e Luna ficaremos aqui, se precisar de algo. –O garoto loiro respondeu afirmativamente com a cabeça e prosseguiu por um tapete vermelho que levava a um belo trono dourado. Quando o rei Tanatius avistou Aladar se aproximando, se apressou em por um sorriso no rosto e disse:

-Olá, menino. A fortaleza do castelo está sendo atacada, e eu preciso que você resolva isso para mim.

-Eu já resolvi. Mas não fiz isso por você, mas sim pelo meu castelo. –O sorriso do rei desapareceu e logo se transformou em um rosto fechado.

-O que quer dizer com isso?

-Eu estou aqui para reivindicar o que é meu de direito. Saia do meu castelo ou sofrerá as conseqüências. –O rei ficou estático por um instante e logo depois riu freneticamente, e como o local estava vazio, sua estranha gargalhada ecoou por todo o lugar, fazendo Sammus e Luna se arrepiarem.

-O que isso significa? Não sairei daqui tão facilmente, pirralho!

-Então eu o desafio a um duelo. O perdedor admite a derrota e sai do castelo. Aceita?

-É claro. Sei que vou vencer fácil de você. –Ele se levantou de seu trono reluzente e sacou sua bela espada prateada, e Aladar fez o mesmo. Eles deram um passo á frente e quando ficaram cara á cara, fizeram uma breve reverência, cruzaram as espadas, e iniciaram o combate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa E O Arqueiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.