A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 19
Indo ao castelo




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Depois de conversarem sobre a viagem de Sammus, Luna, Amarth, as jóias encontradas, eles decidiram que Aladar seguiria viagem com eles, mas que antes eles deveriam tirar Tanatius do poder. Sammus tirou algo do bolso, e todos puderam ver que era um anel brilhante.

-Sammus, onde você encontrou esse anel? –perguntou Sylvanna.

-logo após nós derrotarmos os trolls do abismo. Essa é uma das relíquias de Eiwa, a segunda que eu encontrei.

-Onde está a outra? –perguntou Aladar.

-Morgan, o feiticeiro que seqüestrou Luna, a roubou de mim. Era tão bom estar com ela...

-Com Luna ou a jóia? –Indagou Sylvanna.

-Bom... Os dois. O colar me dava o dom de voar, mas essa jóia não me deu nenhum poder ainda. Enfim, talvez ela faça algo quando lutarmos contra o tirano rei de Kringodh. –Ele guardou o anel em sua calça de couro e se deitou na cama, pensativo. Ele pensou em Luna, em seus amigos, e logo adormeceu.

Ele se viu em lugar descampado, com montanhas flutuantes á frente e pássaros de várias cores voando entre elas, protegendo diversos ninhos com ovos vermelhos. Na direção norte, muito longe dali, Sammus pôde ver um castelo que flutuava como se não pesasse nada. Era todo branco, com nuvens flutuando ao seu redor e várias criaturas belas e iluminadas que o defendiam com espadas e arcos brilhantes. No chão, ele pôde ver uma bela mulher de cabelos branquíssimos e brilhantes, usando um vestido exuberante e uns laços azuis em suas pernas e braços. Ela foi até Sammus e disse calmamente:

-Olá, Sammus. Eu o trouxe aqui para lhe dar um recado. Ouça atentamente. –o elfo olhou com curiosidade para a mulher e perguntou:

-Quem é você?

-Me chamo Elune, e sou a deusa da lua. Algo ruim está para acontecer, e só você e minha filha podem salvar o mundo.

-Eu e Luna?  Mas como? –a deusa se sentou e posição de lótus na grama e respondeu:

-A existência de um deus nunca está por completo em um único lugar. Ou seja, para matá-lo, ele deve está totalmente presente na sua frente, ou ele renascerá em outro lugar. Quando Eiwa foi morta pelo seu irmão, uma parte de sua aura estava no mundo mortal, e por isso de alguma forma ela sobreviveu. As cinco jóias que vocês estão procurando irão completar sua aura, fazendo assim ela reviver por completo.

-Sei... Mas por que Ellian ainda não foi atrás dela para terminar o serviço? –A deusa o olhou como se já esperasse essa pergunta.

-Primeiro: ele não sabe que ela está viva; Segundo: Ao ser expulso do palácio celestial para o mundo inferior, ele também estava com uma parte de sua aura em outro lugar. Ele também está interessado nas jóias, para recuperar seu poder, e para isso usa os cavaleiros da morte para encontrá-las.

-Entendi, mas onde está Eiwa nesse momento? –A deusa baixou os olhos, fitando a grama.

-Você saberá. – A visão do garoto ficou embaçada e ele não conseguiu enxergar mais nada. Segundos depois ele acordou na cama do pequeno hotel e viu seu arco encostado na parede. Sylvanna também acordara, e viu Aladar e Ritchie contemplando o nascer do sol pela janela do quarto.

Eles foram até a praça do vilarejo e começaram a se organizar para a invasão no castelo de Kringodh. Sammus, Sylvanna e Ritchie estavam com seus arcos e aljavas prontos, e Aladar estava com sua espada que fora herdada do grande rei humano do mundo antigo. Eles saíram da pequena cidade ainda de manhã, e seguiram pela estrada principal que levava ao centro do reino, onde se localizava o castelo. Ao redor da estrada havia apenas floresta, e algumas fadas e animais apareciam na frente deles de vez em quando. Depois de muito tempo andando, eles puderam avistar de longe uma enorme construção de pedra com várias torres e acessos com uma muralha ao redor que o protegia por todos os lados. A um cinco metros de onde estavam, havia um homem com vários cavalos a venda que chamou a atenção dos viajantes. Eles foram até lá e viram que ele usava um chapéu em forma de cone, como um feiticeiro, mas não se vestia como tal. Entretanto, seus cavalos tinham as patas flamejantes, prontos para correr, e suas crinas brilhavam na luz da manhã como se fossem animais divinos.

-Ei moço, quanto custa esses cavalos? –perguntou Sammus.

-Esses cavalos não são animais comuns. Por isso, não podem ser comprados com ouro. Você tem algo que serviria para me pagar.

-eu não tenho nada além desse arco. O quê quer por eles? Diga!

-Seu arco mágico. –Sammus pensou que o homem era louco, pois seu arco não era nada mágico. –é pegar ou largar.

-Mas meu arco é uma arma comum. Não tem nada de especial.

-Não sozinho, mas se usar esse anel junto poderá fazer coisas incríveis! –o garoto não sabia como o homem descobriu seu anel, mas continuou:

-Não posso. Se quiser, posso te dar algum ouro, mas deverá ser rápido, pois estamos com pressa. –o homem que estava o tempo todo sentado se levantou e disse calmamente, mas ameaçador:

-Tudo bem então. Terei que pegar esse arco á força. –ele avançou e tentou pegar a arma do garoto, que se esquivou para o lado rapidamente e colocou no dedo o anel que provavelmente continha muitos poderes. Ele tirou o arco das costas e atirou uma flecha, e incrivelmente ela entrou em combustão espontânea e atingiu seu alvo em cheio, quase o incendiando. Sylvanna e os outros e olharam com espanto e viram que a mão do garoto que segurava as flechas também pegava fogo, e o anel dele brilhava como nunca. Quando perceberam que o homem que atacara Sammus estava desacordado, eles rapidamente subiram nos cavalos e correram em direção ao castelo.

Os animais correram muito além do que eles imaginaram, mas parecia que nunca se cansavam. Depois de quase uma hora de viajem, eles finalmente chegaram ao castelo, e viram uma cena horrível: três cavaleiros da morte atacando o reino com toda a força enquanto os soldados do rei tentavam impedir, em vão. Havia muitos corpos no chão, e parecia que a batalha tinha virado a noite, e que os soldados tinham perdido as esperanças. Foi então que Aladar desceu de seu cavalo, sacou sua espada e gritou:

-Vão embora, criaturas do mal! – os cavaleiros que estavam quase dentro da fortaleza, invocando criaturas das sombras para lutarem contra os soldados, se viraram e responderam:

-Vejam: o garoto que se acha rei veio retomar o poder. Vá embora você, ou nós o mataremos!

-Sem chance! –Ele correu com sua espada e atacou aquele que segurava a espada longa. Suas armas se chocaram, e as lâminas produziam faíscas cada vez que se encontravam. Aladar lutava com toda sua força, mas os dois parceiros malignos de seu oponente resolveram tomar providências. Antes de conseguirem atacar o jovem rei, Sammus atirou uma flecha flamejante no arqueiro maligno enquanto Sylvanna atirou uma flecha naquele que usava uma poderosa corrente. Eles não caíram, mas sofreram um dano razoável. Aladar continuou atacando, e sua espada parecia viva diante aquela batalha. O arco de Sammus também estava diferente, demonstrando poder enquanto lançava flechas encantadas no inimigo, que se desviava incansavelmente dos ataques. Eles avançaram e continuaram atacando, com Aladar na frente confrontando o espadachim do mal, até que Sylvanna é acertada por uma flecha na perna e do ferimento escorre um líquido misterioso. Não era sangue propriamente dito, mas um plasma dourado que parecia não ser deste mundo.


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