A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 12
Sylvanna e o bosque das almas




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A elfa levou Sammus e Amarth para o interior da floresta, onde havia pequenas casas de madeira e algumas barracas feitas de couro de animais. Depois de mostrar todo o local para eles, a noite se aproximou e o cansaço também. Sylvanna ofereceu sua casa para a estadia dos viajantes, que ficaram gratos pela gentileza. Sua casa era pequena, mas confortável, com um quarto, um cômodo onde guarda seus equipamentos e uma sala de recepção. Eles se sentaram em um banco longo de madeira, deixando as armas recostadas na parede.

–Fiquem á vontade! Eu irei buscar alimentos para que possamos conversar calmamente. –Ela buscou algumas frutas e um pedaço grande de coelho assado.

–O que fazem por aqui? Pelo o que vejo, não são elfos do nosso grande continente. – perguntou a líder.

–Estamos atrás das joias sagradas e dos herdeiros dos grandes reis, para que possamos ressuscitar a deusa Eiwa.

–Que notícia ótima! Pensei o mundo acabaria em trevas, como antes, mas vejo que vocês irão impedir isso! – A prioridade de Sammus daquele momento não era salvar o mundo, mas sim salvar a princesa Luna.

–Sim, mas existe um problema. Minha amiga Luna é a herdeira e líder dos cavaleiros da morte, e como nenhum mortal pode fugir do seu próprio destino, ela foi sequestrada por Morgan, o feiticeiro das terras do norte para assumir o posto. –Sylvanna se espantou com a notícia, e por fim disse:

–Nesse caso, em nome da nossa aldeia, eu os ajudarei em vossa missão. Eu conheço bem essa região, e sei que existe um reino de humanos não muito longe daqui. Se quiser, posso me juntar a vocês e ajudar a salvar o mundo de Tarkarian! –Amarth, que ainda não havia falado nada, perguntou:

–Bom, teremos que nos apressar, pois a ordem dos cavaleiros já está se organizando para uma possível invasão. Podemos partir amanhã de manhã? –Sammus o olhou como se já conhecesse aquele tom de voz ridículo e respondeu:

–Claro. Mas antes salvaremos a princesa Luna! – O sacerdote não se conformava com isso. Para ele, a prioridade era seguir as ordens divinas, ao invés de ficar correndo atrás de princesas. Depois de uma breve discussão, Sammus saiu de dentro de casa e foi passear um pouco para se acalmar. Sylvanna o acompanhou até que chegaram a um bosque, com árvores frutíferas e muitos animais exóticos.

–Que lugar é esse? –perguntou Sammus.

–Esse é o bosque das almas, onde todos os guerreiros que viveram na época em que éramos imorais foram enterrados. Dizem que se você fizer uma prece a eles, os espíritos o fortalecerão. –Os dois se sentaram em posição de lótus e começaram a meditar. Sammus estava pensando se Luna já havia chegado às terras do norte, mas logo percebeu que atravessar o grande continente demoraria muito tempo, mesmo de dragão. Os dois elfos deitaram no gramado e logo caíram no sono profundo.

O sonho dos elfos

Os elfos se viram em um campo vazio, sem montanhas ou vales por perto, em uma noite escura. O solo estava devastado por um possível incêndio que destruiu toda a vegetação e as árvores. Não havia nada para se vir no horizonte, exceto por uma torre gigante que se estendia além das nuvens. Ao redor dela voavam vários súcubos, montados em gárgulas de pedra. Eles avançaram um passo e encontraram no chão uma pena vermelha, que brilhava intensamente e iluminava num raio de seis jardas. Sylvanna a pegou e colocou em uma bolsa tiracolo que carregava sempre, logo em seguida dizendo a Sammus:

–Conseguimos. Quando se medita no bosque das almas, você consegue se transportar para o mundo dos sonhos. Tudo que aconteceu, está aconteceu ou irá acontecer se passará nesse local. Podemos ver o passado, o presente e o futuro, o que nos dá o poder de evitarmos guerras e tragédias.

–Incrível! E como se chama esse lugar?

–O salão do infinito. Esse lugar pertence à deusa dos sonhos, Valkyria. – A deusa dos sonhos é responsável pela imaginação e sonhos dos seres mortais do mundo de Tarkarian. Entretanto, os sonhos não são apenas fruto da imaginação, mas sim um universo paralelo onde nada é impossível. Infelizmente, os mortais podem apenas visitar enquanto dormem, já que os filhos de Valkyria são os únicos que podem viver lá.

Eles acordaram de manhã e prepararam seus equipamentos para visitarem o reino humano mais próximo.

–Bom dia a todos! –Sylvanna havia acordado de bom humor naquela manhã.

–Bom dia! –Sammus retribuiu a gentileza. –Onde está o Amarth?

–Eu não sei. Talvez esteja no pomar comendo alguma fruta. –Eles foram até lá e o viram executando algum tipo de encantamento. Quando se aproximaram, Sammus perguntou:

–O que está fazendo, sacerdote? –Ele rapidamente guardou suas coisas e respondeu:

–Nada. Vamos indo ao reino mais próximo, talvez eles tenham alguma noticia do herdeiro humano.

–Ou de Luna. –disse Sammus.






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