A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 13
no caminho certo




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Os elfos saíram do pomar e foram esperar o animago na saída da aldeia, que levava a um caminho pelo qual Sammus e Amarth vieram. O sacerdote chegou alguns minutos depois com um pergaminho na mão, o que intrigou os arqueiros. Entretanto, eles não perguntaram nada, pois sabiam que ele não daria uma resposta direta.

–Pegaremos aquela estrada que leva ao cemitério e de lá partiremos para Eldorado, para pegarmos uma caravana até o reino Humano. –Sylvanna apontava para uma estrada que ia a norte da floresta.

–Eu não gosto de cemitérios. –Disse Sammus.

–Está com medo? –Perguntou Amarth.

–Claro que não! –Respondeu Sammus, tentando manter a pose.

Depois de meia hora de caminhada, eles finalmente chegaram ao cemitério. Uma área de dez mil metros quadrados guardava vários túmulos e lápides, de guerreiros e aldeões de diversos lugares do mundo. O cemitério era cercado por um muro de quinze metros de altura totalmente fechado, sendo um portal de madeira a única entrada. Eles entraram e se depararam com centenas de túmulos fechados, o que é normal, exceto por um que estava meio aberto. Eles se aproximaram um pouco e viram um rastro de terra que levava a um pequeno barraco velho de madeira, e resolveram seguir para ver quem estava lá dentro. A porta estava trancada, o que significava que quem entrou lá não queria ser incomodado. Mas eles não se importaram e invadiram dando um chute na porta. Sammus, o líder do grupo, entrou primeiro e disse:

–Bom, parece que não tem ning... –Antes que ele pudesse terminar de falar, um som estranho o interrompeu. Os outros dois também entraram para verificar o que tinha acontecido, mas já não era mais necessário. Um homem pálido, de aparência jovem, vestindo roupas de seda saiu das sombras e sacou seu enorme arco das costas, dizendo:

–Quem são vocês? O que fazem aqui?

–Estamos indo para Eldorado, para pegarmos uma caravana até o reino mais próximo. –respondeu Sammus.

–Nós estamos dentro do território do país de Kringodh, que é governado pelo rei Aladar. Ele vive em um castelo muito antigo, que era de seu bisavô, o grande rei Ayra. O que irão fazer lá? – O estranho ficou intrigado.

–Eu me chamo Sammus Zhí’whang IV, essa é Sylvanna olhos de águia e aquele é o sacerdote Amarth. –depois de apresentar os amigos, ele prosseguiu – Nós estamos atrás do herdeiro do grande rei humano. Você sabe algo sobre ele?

–Claro, ele é o rei Aladar. Entretanto, não conseguirão chegar perto dele, pois quando foi descoberto que ele era o herdeiro do grande rei, seu pai, thranyr, criou a ordem da luz. Essa ordem tem o dever de proteger ele de qualquer perigo ou inimigo, e como vocês não fazem parte do reino, não poderão entrar no castelo.

–Perdão, mas qual é o seu nome? –perguntou Amarth.

–Eu me chamo Ritchie, e era o guardião do rei. Desde que Aladar nasceu meu único propósito sempre foi de protegê-lo a todo custo. Porém, quando o pai dele morreu, o guardião oficial do garoto passou a ser Tanatius, o seu tio.

–Bom, mesmo assim, você precisa nos levar lá. Eu sou o herdeiro do grande rei elfo, e preciso me encontrar com Aladar. –Disse Sammus.

–Nesse caso eu posso levá-los. Mas vou logo avisando: não será fácil falar com o rei se Tanatius estiver por perto. Ele não é muito amigável, até mesmo comigo. Deve ser por que ele é um humano legítimo e eu apenas um filho de uma humana com um elfo.

Ritchie os guiou até uma fonte seca que servia de cama para um velho bêbado que sempre dormia ali. Entretanto, ele não estava mais lá, apenas um barril de cerveja ocupava seu lugar.

–O que queria fazer aqui? –perguntou Sammus, ao ver a decepção de Ritchie.

–Um velho que sempre dorme aqui carrega consigo algo que me pertence. Mas não se preocupe, não é nada importante.

Depois de saírem do cemitério, eles pegaram uma estrada de pedra que levava a um vale onde pequenos fazendeiros humanos viviam tranquilamente. Entretanto, eles perceberam algo estranho acontecendo não muito longe dali e resolveram verificar. Um pedaço de tecido se queimava em uma chama verde, que iluminava o caminho que começava a escurecer. Sammus segurou o trapo em uma parte que ainda não havia sido queimada e disse:

–Eu já vi esse pano antes. É um pedaço do vestido de Luna!

–Que ótimo! Finalmente encontramos uma pista! – Disse Sylvanna, otimista. O elfo apagou o fogo com um pouco de água que tinha em um cantil para que pudesse guardar em seu bolso, mas Amarth o advertiu:

–Se pensa que nós iremos atrás dela, você está muito enganado. Se eu for, provavelmente eu a matarei, já que ela é a nova líder dos cavaleiros da morte.

–É o que você pensa! –Disse Sammus, já irritado com a frieza do sacerdote.

–Você não pode me impedir jovem elfo.

–Mas eu posso tentar. – Ele retirou o arco das costas, puxou uma flecha da aljava e continuou:

–Ou você nos ajuda, ou vai embora! - Sammus mudou completamente o tom de voz.

–Essa decisão não cabe a mim e nem a você! Nossa missão é destruir a ordem dos cavaleiros da morte, salvando assim o planeta. Entretanto, se a sua namoradinha é a herdeira principal dos malignos, eu não posso deixar de seguir os planos para que você não sofra. Agora ande por q... – Antes que Amarth pudesse terminar de falar, Sammus gritou para os quatro ventos:

– Cale a boca!!!!!! – Como que quase por instinto, Sammus atirou a flecha que estava na sua mão, mas não como as outras vezes. Essa flecha correu com tanto ódio, ira e sede de justiça, que sua ponta afiada de pedra começou a criar faíscas e rapidamente pegar fogo, mas não um fogo qualquer. Um fogo azul/violeta cortou o vazio e foi direto na direção do sacerdote, explodindo em seu peito como fogos de artifício. O alvo e o atirador caíram quase ao mesmo tempo no chão, desmaiando automaticamente. Sylvanna e Ritchie carregaram Sammus até o vale, onde visitaram uma fazenda próxima.







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