A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 11
a segunda joia




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O grande líder troll estava usando no dedo indicador da mão direita o anel de Eiwa, uma das joias mais cobiçadas do mundo. O feiticeiro Morgan havia lhe roubado o colar sagrado, mas ainda não tinha todas as relíquias em mãos. Sammus sabia que precisava pegar aquele anel, mas o seu dono era muito forte para ser furtado tão facilmente. O troll retirou a lança do chão e disse:

–A honra da nossa raça não será manchada pela presença de vocês elfos. Morram! – Antes que o ataque atingisse Sammus, o sacerdote se posicionou na frente dele e repeliu o impacto usando seu cajado. Enquanto ele lutava contra o troll, Sammus corria pela capital á procura de seu poderoso arco, que havia sido confiscado no momento em que fora preso no tronco. Ele chegou a uma região vazia, meio obscura, próximo a uma construção de pedra, semelhante a uma tumba, com um tampo de madeira fechando a entrada e com dois trolls de guarda. Ele pegou uma pedra do tamanho se sua mão fechada e a atirou á uns cinco metros de distância da tumba. Os guardas foram verificar o barulho que lhes chamara atenção, o que deu a Sammus a oportunidade perfeita para entrar e ver se seu arco está guardado lá dentro. Com os guardas longe dali, ele conseguiu se aproximar da entrada e afastar o tampo o suficiente para que ele pudesse passar facilmente. Ele entrou e percebeu que se tratava de uma caverna com vários minérios encravados nas paredes, com o teto alto e cheio de estalactites prestes a caírem. No final da caverna, Sammus pode ver um túmulo com uma lápide atrás dela. Ele foi até lá e viu que estava meio aberto, o que significa que alguém o abriu recentemente. Ele esticou o braço dentro do túmulo e tateou até encontrar seu arco de madeira, junto da aljava e suas flechas. Ele puxou uma coisa de cada vez para fora, colocando nas costas a aljava e na mão esquerda o arco. Ele saiu da tumba e percebeu que os trolls tinham voltado a ficar de guarda na porta, percebendo assim a presença dele e o atacando imediatamente. Sammus correu para longe e atirou uma flecha no guarda da esquerda, logo em seguida atirando outra no guarda da direita. Ele correu como nunca até chegar ao lugar onde Amarth e o grande troll lutavam. Ele atirou uma flecha na direção do líder dos sanguinários, mas esta foi repelida com apenas um golpe dele. Ele tomou distância e atirou outra flecha, mas ela também não causou dano em seu alvo.

–O que pretende atirando essas flechas em mim? –O troll zombava, mas Sammus nem se importou:

–Apena queremos sair daqui. A ordem dos cavaleiros da morte está na ativa novamente, e não podemos os deixar destruírem e reconstruírem o mundo ao modo do deus da morte, Ellian.

–Sua causa é nobre, realmente. Mas eu ainda sou um troll. Chamo-me Vorjin lança-feroz, e não envergonharei meus antepassados. Morram! – Ele levantou a lança, girou ela no ar e a atirou em Sammus. Antes que fosse atingido, uma fumaça emergiu de onde o sacerdote estava e rapidamente preencheu todo o lugar, diminuindo o campo de visão de todos ali presentes. Quando ela se dissipou, eles puderam visualizar uma sombra, que logo foi tomando a forma de um dragão.

–O que é isso? Que monstro é esse? –Vorjin se espantou com aquilo, mas o elfo já sabia bem o que era:

–Amarth! Vamos embora! –O animago havia assumido sua forma draconiana para que ele e Sammus pudessem fugir dali. Com apenas um sopro, ele derrubou o troll, que deixou cair no chão o anel e que foi rapidamente apanhado por Sammus. Os dois conseguiram fugir daquele lugar, voando na direção na fenda que dava início ao abismo.

Chegando lá em cima, Sammus desceu das costas do dragão e se sentou no chão, respirando o ar puro da superfície. Ele pegou uma fruta na mochila e deu outra para Amarth. Enquanto comiam, Sammus disse:

–Temos que sair logo para procurar a princesa antes que ela e Morgan cheguem às Terras do Norte.

–Claro. Depois de encontrar a joias e ressuscitar a deusa Eiwa. –Sammus parou de comer e perguntou, olhando confuso para o sacerdote:

–Como assim? A vida dela é mais importante do que qualquer coisa!

–Nem pensar! Sua missão é reviver a deusa e salvar o mundo, ao invés de ficar correndo atrás da sua namoradinha! –Sammus estava quase dando um soco na cara de Amarth. Porém, o sacerdote foi salvo por um barulho que ambos ouviram. Se parecia com uma canção, que vinham de uma floresta a oeste dali. O maravilhoso som atraiu os dois para lá, como se fosse um feitiço. Eles entraram na floresta e viram vários elfos dançando e cantando entorno de uma flor linda e brilhante. Quando o arqueiro se aproximou, pode identificar o que cantavam:

No alto da colina

Cresce uma flor

Cresce cada vez mais rápido

Mais perfeito a cada hora

Dentro daquela flor

Existe uma minúscula cadeira

Toda decorada com ouro

A rainha das fadas senta-se lá”

Eles se sentaram em um tronco e continuaram a apreciar a bela canção. Uma das elfas que estava cantando se aproximou e perguntou:

–Olá companheiros! Quem são vocês?

–Eu me chamo Sammus, e ele se chama Amarth. –Sammus estava completamente hipnotizado pela beleza dela. Aparentando ter vinte e cinco anos de idade, seus cabelos longos e brilhantes combinavam perfeitamente com os olhos negros como os de uma águia. – Como você se chama?

–Eu me chamo Sylvanna. Sou a líder dessa aldeia!

–Aqui é uma aldeia élfica?

–Sim! Venham, vou lhes mostrar tudo! –Sammus havia saído de um abismo de trolls selvagens e entrado em uma aldeia cheia de ninfas maravilhosas. Estava se sentindo o cara mais sortudo do mundo, exceto pelo fato de Amarth não querer salvar a princesa


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