Genso No Sekai Kara No Ojo escrita por UnicórnioDaNeve


Capítulo 14
Inside the Fire


Notas iniciais do capítulo

E então você lê o título e pensa "What the fuck? O que essa autora problemática quis dizer?" Bom, digamos que tem uma música que eu gostei muito, tem tudo a ver com o capítulo e eu a usei para me inspirar. Se quiserem dar uma olhada, o link é esse:
http://letras.mus.br/disturbed/1225254/traducao.html
~~ Avisos do capítulo: Yaoi ~~



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Sim, havia apenas um jeito. Poderia ser arriscado. Ciel sabia de todas as possibilidades. Vida ou morte. Céu ou inferno. Grace estava em um intermediário entre ambos.

O conde ouviu fracas batidas vindas do coração da garota. Em um impulso, estendeu Grace ao mordomo e disse:

– No momento ela é apenas outra alma perdida prestes a ser minha novamente. Sabe o que fazer, certo, Sebastian?

O servo assentiu e carregou o corpo, pulando de telhado em telhado. Seus olhos rubros brilhavam.

Em poucos minutos já estavam em uma casa humilde, de madeira. Sebastian bateu na porta e esperou até que um homem afeminado de longos cabelos rubros o atendesse.

– Sebas-chan! –O homem cantarolou, fazendo pose- Veio me ver?

– Não exatamente... Na verdade eu- O demônio começou, mas foi interrompido.

– Sentiu saudades de mim?

– Senhor Sutcliff, o que eu queria dizer, é que ela está prestes a morrer.

– Quer me ajuda? Ah, Se-bas-ti-an-san! –Grell cantarolou novamente, separando as sílabas e fazendo delicadas poses de excitação.

– Não é que eu queira sua ajuda... Apenas proteja o meu bocchan. Tenho coisas mais importantes para fazer.

– Eu o protegerei. Porém, há uma condição.

– Qualquer uma. Ande rápido! A situação aqui é grave!

– Me beije, Sebby! Para que eu proteja o conde, você deve me beijar.

O mordomo ficou surpreso e quase desistiu do pedido, porém, ele não tinha muito tempo. Refletiu um pouco e logo puxou o ruivo para mais perto de si. Grell envolveu Sebastian em seus braços e o beijou. Não foi um beijo muito longo, foi só o suficiente para deixar o shinigami completamente... Louco? Penso que sim.

Enfim, enquanto Grell saltitava até o local da guerra e dizia o nome do amado repetidas vezes, Sebastian buscava por um lugar confortável para deitar a princesa.

A cabana era realmente pequena. Possuía um quarto, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Tudo em um cômodo só. Não havia quase nenhuma opção de lugar.

E assim, com Grace inconsciente e deitada na cama, Sebastian começou seu ritual...

****

Ciel ainda resistia. Ele permanecia lutando com o líder. Era realmente uma luta disputada. Apesar da diferença entre as duas idades, o potencial era o mesmo. Parando um pouco para recuperar o fôlego e limpar o sangue que escorria da sua face, o conde pensou "Não é possível! Como um mortal como ele consegue se igualar com um demônio?".

– Eis a questão... Reflita sobre isso, condezinho! –Yumio ironizou.

Como? Ciel não havia dito nada. Como Yumio conseguiu ler seus pensamentos? Não havia tempo para mais conversa. Eles continuaram a luta.

O demônio sacou sua espada novamente e literalmente jogou-se em cima do inimigo. Ele continuava extremamente ferido, mas não pretendia desistir.

Ciel percebeu o cansaço do oponente e... Digamos que "perfurou" a perna de Yumio. O golpe foi tão repentino que surpreendeu o inimigo, fazendo-o pular para trás. Mas não ficou por isso mesmo. Os dois já lutavam outra vez.

Bom, estava tudo "normal" por ali... Até que se ouviu uma voz meio afeminada que cantava sem parar.

Grell! Precisava mesmo vir? –Ciel revirou os olhos, com desgosto.

– Sebby-kun me pediu delicadamente... Oh, muito delicadamente!

– Ele te pediu? Aquele demônio inútil... Justo para você?

O shinigami não precisou responder. Ele havia sido pago para proteger o nobre. Sem avisar, Grell já protegia o jovem mestre.

Passaram-se mais uns quinze minutos naquele aquecimento deles. Não estavam lutando de verdade, afinal.

É só isso que sabe fazer? Você não devia ser considerado um demônio. Não passa de lixo. É isso que você é. Lixo! –Yumio insultou o conde Phantomhive.

E foi aquele insulto que fez com que eles lutassem seriamente. Grell fez uma pose de ataque, enquanto Ciel se preparava para usar seus poderes demoníacos. O garoto não era muito experiente ainda. Seus conhecimentos sobre as habilidades eram extremamente frágeis. E foi por esse mesmo motivo que ele se revelou. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que o garoto revelou sua forma de demônio.

Tal ato assustou a todos, que pararam a luta e correram para longe dali. Todos, menos Yumio, Grell e o próprio Ciel Phantomhive.

– Idiota! –O oponente ria sem cessar- Não se pode mostrar sua forma real para um mortal! Mas você agiu bem... Não sou um mortal!

Enquanto dizia isso, o homem puxava a pele do seu próprio rosto, mostrando sua verdadeira forma, também.

EU SOU UM DEMÔNIO!

– Você é? Já imaginava. Por isso que leu minha mente. Não é novidade.

Yumio segurou o garoto pelo pescoço e o levantou, enforcando-o. Disse:

– Isso pode não ser novidade, condezinho, mas talvez o fato de eu poder arrancar seus olhos com minhas próprias mãos seja.

O garoto não conseguia respirar. As palavras não saíam de sua boca. Era o fim? Poderia ser. Yumio apertava cada vez mais.

Ciel sentiu uma pressão forte em seu pescoço. Pensou que estaria morrendo. Seus olhos estavam fechados no momento. Não sabia de nada.

– Não acredito... – Um homem, talvez Yumio, disse num fio de voz.

O jovem mestre caiu, já em sua forma de garoto. Abriu os olhos por espontânea curiosidade. Um clarão. As cores foram se formando lentamente. Olhou diretamente para o inimigo. Uma espada atravessara seu peito. Como? Quando? Ciel ainda não conseguia falar. Virou-se, com grande dificuldade, ainda caído no chão.

Aquele era... Sebastian? Ele estava muito longe. Não poderia ter matado Yumio.

O conde virou para o outro lado, resistindo às dores constantes que sentia em seu pescoço.

Grace?! Sim, era ela! Ofegava. Não parecia normal. Olhou diretamente para o nobre. Os olhos... Vermelhos? Ela era um demônio?

O nobre juntou todas as forças ainda restantes para perguntar:

Sebastian! O que fez com ela?

– Não seja tão mal agradecido! Eu salvei a vida dela!

A menina se aproximava lentamente do garoto. Ele se levantou e a abraçou.

– Idiota! Quase me matou de preocupação. – Ele disse, não a soltando.

Porém, ela não retribuía o abraço. O vermelho brilhante em seus olhos não saía.

– O que ela tem?

– Digamos que... Ela não tem alma. –Sebastian dobrou os braços atrás da cabeça e riu despreocupadamente.

O QUE?!?


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Notas finais do capítulo

Hehehehehe... Estraguei a vida deles, né? Gomenasai! T-T
Ah, parabéns para a minha querida leitora, Lady Michaelis por ter adivinhado o futuro da Grace-chan! *--*
Sayonara! Nos vemos no próximo capítulo! ;*