Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 16
Ninfas, não são bem o que eu pensava


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela quantidade de coisa que estou postando agora. D:



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 Aquela frase á me deixou em pânico total, por um momento passado bem rápido, fiquei paralisada, sem mexer, sem falar, sem piscar, simplesmente, parada. Mas logo o pânico passou, por sorte. Sebastian disse.

  -Temos que sair daqui. E logo! –Disse se afastando abraçado junto a mim não tirando os olhos do lago.

  -Aonde estão indo? Amores... –Uma mulher loira, de pele clara, com a face perfeita, sem nenhuma falha, apareceu do nada na água, como se estivesse escondida dentro d’água e pudesse respirar a mesma como as pessoas de minha espécie; totalmente atrativa para qualquer homem, e no caso de Sebastian, pensei logo que ele era uma presa fácil.

  -Sim, aonde estão indo? –Outras mulheres surgiram das águas verdes do lago do pântano. Todas eram muito bonitas, como a loira, mas ela, parecia ser a comandante da “tropa”.

  -Sebastian, vamos. –Eu disse a ele o puxando para traz.

 Neste momento, Sebastian já estava dominado pela atração das ninfas. Eu pensava no que fazer, mas enquanto isso apenas o segurava para não ir para o lago, e eu sabia que aquilo não iria durar muito. Em minha mente eu dizia: “Pensa Selene! Pensa! Não deixe com que aquelas ninfas o domine.” As ninfas se debruçaram na beira do lago para ele se sentir mais aproximado pelas mesmas, e era previsível que ele iria se soltar logo e ir correndo até elas. A loira fazia de tudo para se tornar a mais atrativa e conseguir logo sua “comida”, passava sua língua em seus lábios, piscava levemente o olhando, mexia em seu próprio cabelo, e por mais absurdo que eu pensava, ela estava tirando o manto que vestia. Sebastian estava se descontrolando mas eu fazia força para segurá-lo e não deixa-lo levar pelas ninfas. Até que me veio a cabeça fazer um “duelo” com as ninfas, e ver quem iria conseguir, e claro, no desespero, eu precisava ganhar, perder Sebastian seria a razão para eu desistir de tudo.

 Ainda o segurando, respirei fundo, e comecei a cantar e como não estava na água, ele não morreria afogado. O plano deu certo, certo até demais. Além de atrair Sebastian as ninfas também foram, então, cheguei a conclusão que, não é só porque elas seduzem elas são imunes a sedução de outras pessoas, mas isso, já iria se tornar um problema, todas as ninfas saíram da água, e, todas, sem exceção, estavam nuas, porque o manto que cobriam elas, era transparente, então não fazia efeito algum porque, se estava na água, o manto iria molhar e iria deixar aparecendo todas as partes dos corpos das ninfas. E, ai é que esta o problema, com sete ninfas nuas seria quase impossível eu conseguir prender a atenção de Sebastian, mas enquanto eu ainda tinha controle de todas elas, e dele, eu fui andando para traz, me afastando do rio, e assim todos me seguiam, após chegar a um certo ponto, eu já estava não aguentando cantar mais, então, juntando minhas forças, peguei uma madeira com um finco extremamente pontiagudo, e esperei até elas se posicionarem em fila. Sebastian era o primeiro, e fui parando de cantar pausadamente, e cada ninfa que estava como última da fila ia correndo de volta para o lago, até que eu segurei o canto para a loira, e na hora certa, me posicionei com o finco de madeira, e parei de cantar. No mesmo momento enfiei a “estaca” em seu coração, que, por incrível que pareça, atravessou a ninfa loira por inteiro e a prendeu na terra de tão forte que a fincada foi.

  -O que está acontecendo? –Sebastian perguntou assustado vendo o finco no coração da ninfa.

  -Eu a matei. –Eu disse a observando. O que eu estava presenciando não era uma morte, digamos, comum, e sim uma morte prolongada. A ninfa estava se estrebuchando no chão, como se algum espírito maligno e descontrolado estivesse tentando sair da dor e do sofrimento agonizante que estava sentindo no corpo da ninfa. Seus olhos ficavam “rolando”, literalmente, revirava os olhos e logo voltava ao normal, mas isso acontecia frequentemente. Seu corpo dava “pulos” involuntários. Por um momento me senti mal pela ninfa, mas já era tarde de mais para sentimentos, o sangue branco se escorria pela terra em que estava deitada. Depois de alguns gemidos de dor, ela finalmente, se foi.

  -Isso realmente me assustou... –Sebastian confessou a olhando igualmente. –Ainda não entendi a morte da ninfa, por que tanto sofrimento agonizante se você mesma a atingiu no coração?! E qual o por quê do sangue branco?

  -Para falar a verdade, acho que devíamos sair daqui. Meu medo já está voltando. –Sebastian concordou com a cabeça e se transformou em lobo, subi em suas costas, me ajeitei para não cair, e fomos.

Após chegarmos de volta no acampamento, Adella já veio correndo perguntar.

  -Aconteceu alguma coisa? Estão bem? Por que demoraram tanto?

  -Sim, aconteceu. –Respondi a primeira pergunta. Enquanto Sebastian se transformava em humano.

  -Sim, estamos bem. –Respondeu a segunda pergunta.

  -Demoramos por causa das ninfas... –Finalizei a terceira pergunta.

  -Ninfas? –Wrath perguntou com a mínima preocupação.

  -Sim. –Respondi.

  -Como escaparam delas? –Adella perguntou.

  -Eu tive que “duelar” com elas pelo Sebastian que estava sendo seduzido pelas mesmas. –Respondi.

  -Duelar? –Wrath pareceu confuso.

  -É, realmente, duelar? –Sebastian também queria saber porque ele não lembrava de absolutamente nada depois que foi seduzido.

  -Sim, eu usei um de meus poderes que é mais forte que os das ninfas que não só seduziu Sebastian quanto todas as que estavam lá. Esperei ficar enfileiradas com Sebastian sendo o primeiro da fila, e fui parando de cantar pausadamente, assim, as ninfas de traz percebiam que estavam fora do lago, ou seja, sem estar protegidas, e corriam de volta para o mesmo. Quando chegou a vez da, digamos, comandante, eu enfiei um finco no coração dela e a morte foi bastante assustadora. –Finalizei.

  -Como ela morreu? –Wrath perguntou curioso, não demonstrando totalmente, mas percebia-se.

  -Bom, ela começou a, digamos, tremer no chão. Era como se alguma coisa estivesse tentando se libertar da dor e sofrimento que a ninfa estava passando, seus olhos reviravam constantemente. Para mim, foi aterrorizante. E no final de tudo, quando ela finalmente se foi, o sangue, que, para mim deveria ser vermelho, foi branco. –O respondi.

  -Essa parte eu vi. –Sebastian disse. –E concordo, foi aterrorizante. Mas o que importa é que minha medrosa venceu as ninfas. –E me deu um beijo na testa.

  -Espera. –Adella nos interrompeu. –Você disse que havia mais de uma ninfa, haviam quantas, aproximadamente? –Perguntou pensativa.

  -Acho que sete... –Disse sem entender.

  -Vocês não faziam a mínima ideia onde estavam... –Adella disse nos olhando. O que me deixou um pouco apavorada.

  -Afinal, onde estávamos? –Perguntei um pouco desesperada.

  -Estavam no ninho das ninfas. É lá que elas matam, comem, e se satisfazem com o que quiserem. Vocês tiveram sorte, mas não sorte comum. Foi muita sorte. Me surpreendo de vocês estarem vivos neste momento, aqui, e agora... –Adella disse.

  -Nossa! Desde que entrei na liga só me acontecem desastres... –Resmunguei.

  -É isso. Você lembra da borboleta que havia pousado em sua mão? –Adella questionou.

  -Sim, mas o que tem a ver? –Perguntei confusa.

  -A borboleta vermelha que pousou em sua mão significava que teria de ter muita cautela, porque teriam muitos perigos lhe rondando. Então acho que já está na hora de se prevenir e tomar cautela com qualquer coisa. –Finalizou me deixando insegura.


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Notas finais do capítulo

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