Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 17
Algum descanso


Notas iniciais do capítulo

Ficou pequeno, mas acho que já estava na hora de um desses. c:



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Quando eu teria um descaço? Afinal, até esse ponto, só me aconteciam tragédias.

–Concordo com Adella. Comece a ter mais cautela. –Wrath disse me olhando. Seu olhar era como se me ameaçasse, mas eu preferi não pensar nisso.

–Não se preocupe, eu irei ficar com você o máximo que puder. –Sebastian disse me abraçando.

–Querem peixe? –Adella disse logo tentando tirar o clima de silêncio.

–Sim, estou morta de fome. –Respondi a olhando, ainda abraçada a Sebastian.

Adella havia acabado de colocar os peixes para tostarem, ainda demoraria alguns minutos. Passei o tempo toda abraçada junto a Sebastian, ele fazia carinho no meu cabelo enquanto eu fechava meus olhos e relaxava um pouco. Aquilo estava me deixando com sono, o silêncio, a fogueira, tudo isso ajudava. Minha respiração estava calma, estava descansando um pouco, apenas fisicamente, porque em minha mente estava relembrando a morte dolorosa da ninfa, a agonia da dor dela estava contagiando toda a minha mente. Só aquilo vinha em minha mente. Tentei esquecer isso por alguns minutos, mas não dava. Então fiquei descansando o corpo e pensando naquilo.

Passaram-se alguns minutos e Adella nos avisou que já estava pronto, sai do abraço, ainda calada, peguei o peixe e sentei no chão mesmo. Devorei dois, um seguido do outro, todos ainda comiam seu peixe, Adella ficou assustada com a rapidez com que comi meus peixes, mas deixei para lá. Coloquei minhas mãos na testa, abaixei minha cabeça e fechei os olhos, ainda sentada. E a cena da morte se repetia infinitamente em minha cabeça, desde o momento que peguei a estaca e enfiei em seu coração, até a hora em que ela, realmente, se foi.

–Está bem? –Sebastian perguntou, mas não pude ver sua face pois ainda continuava naquela mesma posição.

–Ahn...? –Eu disse, agora, entendendo qual foi a pergunta de Sebastian. -Ah, sim... Na verdade estou com dor de cabeça, acho que vou dormir para ver se melhora... –Respondi me levantando e indo para minha cabana.

Já dentro da cabana, retirei o vestido que eu usava (vermelho com pequenas bolas brancas), e troquei para o pijama que Antonella havia me dado. Sentei-me no colchão que estava estendido no chão, e fiquei na mesma posição em que estava do lado de fora. Toda hora vinha em minha mente se eu, realmente, havia feito certo ter matado aquela ninfa. Depois de passar mais alguns minutos, alguém abriu a cabana que eu estava e perguntou.

–Quer que eu durma com você ai? –O dono da voz, Sebastian, perguntou.

–Se quiser... –Eu disse, agora, o olhando.

Sebastian entrou na cabana, se sentou ao meu lado, colocou seu braço me envolvendo de lado e eu deitei minha cabeça em seu ombro.

–Tem certeza que é dor de cabeça? –Perguntou.

–Sim, mas há uma oura coisa... –Eu disse ainda com a cabeça em seu ombro.

–Pode me dizer?

–Sim, é que... –Respirei fundo. –É que eu estou me sentindo mal por ter matado aquela ninfa. –Falei.

–Mas por que está se sentindo mal por isso? Afinal, você me salvou. –Sebastian disse tentando entender.

–Você não viu a morte dela? –Perguntei.

–Vi.

–Então, algo me diz que eu não deveria ter feito aquilo, me parece que ela sofreu demais com aquilo... –Falei.

–É isso que as ninfas querem que você pense. Querem que se sinta culpada. No fundo elas são, e sempre serão “sanguessugas” de vidas. Pode ficar tranquila. –Sebastian disse beijando minha testa.

–Aquilo foi agonizante. –Eu disse, mas logo me recompondo. –Acho melhor dormirmos, o dia foi longo. –Falei.

–Então me dê um beijo antes. –Sebastian exigiu, e eu fiz o exigido.

Sebastian acariciou meu rosto, e disse.

–Eu te amo.

–Eu também te amo. –Respondi.

Nos deitamos um de frente para o outro e fechei meus olhos. Algum tempo se passou e eu ainda não havia dormido. O sono fugia de mim a todo o momento, então fiquei de olhos abertos, o esperando chegar. Enquanto isso, eu observava Sebastian dormir e acariciava seu cabelo.

Depois de bastante tempo o olhando e o acariciando, o sono chegou, e eu acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

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