O Lirio escrita por Ju Longbotton, Letss, DannyWeasley


Capítulo 8
Lilían




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Eu não acreditava no pitel que eu estava vendo na minha frente, olhos verdes, que pareciam feitos d’água, seus cabelo eram ruivos como o fogo, seu sorriso era daqueles que pararia rapidinho num comercial de pasta de dente, eu estava olhando para o seu rosto, tentando não aparentar o meu interesse, mas como a água dos seus olhos um sorriso se espalhou por meu rosto, e ele parecia igualmente encantado, mas eu não sabia como a beleza em homem poderia estar vendo algo de interessante em mim, e ficamos naquela troca de sorrisos. Até que eu senti uma cutucada em minhas costas, olhei para trás e percebi que Esmeralda estava me fitando com uma cara de “ não encoste no meu irmão”, e foi me empurrando e a única coisa que pude dizer foi um tchau apressado que ele retribuiu com entusiasmo.

Chegamos no belo quarto da Esmeralda, era um quarto azul-bebe e a cama ficava entre uma estante enorme lotada de livros, e pelos que consegui ler o titulo ela gostava muito de Crepúsculo, a estante me lembrava o meu quarto, eu também tinha uma estante lotada de livros, só que a minha cama era do lado da estante, e não “dentro” dela, percebi que Esmeralda ainda estava brava, então tentei dizer algumas palavras que apaziguassem a situação:

- Não fique brava porque eu olhei o seu irmão Esme, eu olho assim pra todo menino bonito, e considere isso um elogio ao seu irmão tá? Você sabe como eu vejo a beleza nos outros, tipo no Rupert Grint, isso não significa que eu vá namora-lo, eu apenas achei ele bonito ok? – a expressão em seu rosto mudou, ela deu um sorriso sincero e disse – É eu te conheço bem o suficiente para saber que você apenas olha e acha bonito.

Fiquei aliviada por ela ter me perdoado, não conseguiria passar a noite com ela olhando feio para mim e mandando indiretas do seu ódio. A noite passou, rimos muito, conhecemos mais sobre os interesses de cada uma, e como eu tenho insônia, elas dormiram e eu fiquei lendo, elas não se importaram com a luz acesa, e logo dormiram. Eu fiquei lendo por umas duas horas e percebi que estava com fome. Desci as escadas, tentando não fazer ruídos para não acordar ninguém. Quando estava nos últimos degraus, vi que havia uma pessoa ali de frente para a geladeira, de primeira eu não soube quem era, mas quando eu fui me aproximando da geladeira. Percebi que era o irmão da Esme, aquele que nós tínhamos encontrado no caminho para o seu quarto, ele se assustou quando percebeu que eu estava ali e deixou o pote de requeijão, olhei para baixo e ele tinha conseguido pegar-lo antes que ele se espatifasse no chão. Suspirei de alivio e disse:

- Me desculpe por ter te assustado. – eu não daquelas pessoas que perguntam se assustou, mesmo sabendo que assustou – Também tem insônia?

- Tenho. Estava lendo um livro e agora e me deu uma fome que estava corroendo o meu estomago. – ele disse, meio sem graça, não sei qual o motivo.

- Qual o seu nome? – eu nem ao menos sabia o nome dele, Esme não disse nada, acho que ficou com medo de eu me interessar mais.

- Flávio. E o seu?

- Lilian. – e assim desandou uma conversa enorme sobre interesses, o que queríamos da vida, livros e muitas outras coisas. Não vimos o tempo passar e percebi que ele era uma pessoa muito legal e que ele era simplesmente perfeito para mim e ele parecia pensar o mesmo. Estávamos muito perto um dou outro, tão perto que eu podia beija-lo se quisesse, mas bem na hora que eu iria faze-lo, Esme desceu a escada e viu o que ia acontecer. Olhou para mim com uma cara furiosa. Ela já estava arrumada, e Manu veio logo depois, ela estava arrumada também, eu estava atrasada, olhei para o relógio e subi correndo, me arrumei o mais rápido que pude e desci as escadas. Fiquei parada quando percebi que eles estavam conversando:

- Perdoe ela Esme, você sabe que eu sou um dos melhores amigos do Elias, e que você começou a namorar ele pouco depois que eu o conheci. – disse Elias num gesto fofo, tentando me proteger.

- Eu sei que é o mesmo caso meu e do Elias , mas eu ainda tenho que pensar um pouco. Eu já vou saindo. – Esme estava muito nervosa. Eu fechei os olhos, nem conversei com uma menina e já briguei com ela, que raiva de mim mesma.

- Mas já? É tão cedo, não quero sair agora – Manu estava com uma voz de preguiça que me deu sono.

- Se não quiser vir fica. – ouvi o som da porta bater.

- Esme! – Manu saiu atrás dela, batendo a porta novamente.

Sai de mansinho por trás da parede. Flávio estava com ar de derrotado. Tentei pensar em algo pra dizer e então falei:

- Ela está brava comigo, não está? – ele se assustou, era fácil assusta-lo.

- É se prepara, porque na escola o bicho vai pegar.

- Olha, não se sinta culpado. Eu vou dizer pra ela não ficar brava com você. Você não tem culpa nenhuma.

- Não adianta. Ela vai ficar brava com nós dois. Eu já tentei falar com ela e ela me ignorou completamente e você não precisa se culpar também.

- Eu já vou. Vou tentar falar com ela.

- Então vai.

Sai correndo da casa de Esme e fui para a escola. Elas ainda estavam na frente da escola. Eu respirei fundo e caminhei até elas. Esme percebeu a minha presença e me olhou tentando parecer indiferente, mas eu sabia que ela estava com muita raiva, logo eu fui dizendo:

- Esme por favor, não fique brava comigo. Isso não pode significar o fim da nossa amizade.

- É o que vai acontecer, o fim de uma amizade que nem começou direito.

- É só um namoro. Nós nem sabemos se vai dar certo e não quero que isso acabe com o que não começou.

- Pois é. Não começou e nunca vai começar! – ela amentou o tom de voz, o que me deixou muito nervosa.

- Mas eu ouvi enquanto eu descia a escada que aconteceu o mesmo com você e o Elias.

- Huuum. Então você ficou ouvindo na escada?

- Eu estava descendo a escada, por isso eu ouvi. – eu tive que mentir, a verdade só pioraria as coisas.

- É exatamente, mas era diferente, ele... huuum... ele... – antes que ela pudesse terminar de falar a tia veio e disse:

- O que está acontecendo aqui? Vão as três para a sala antes que percam a primeira aula.


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