O Lirio escrita por Ju Longbotton, Letss, DannyWeasley


Capítulo 23
Lilian




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Esme tinha dito algo, sobre o bicho que eu não decorei o nome, ele só era domado pela voz de uma pessoa que canta muito bem, dono de uma voz angelical, vasculhei minha memória, não conhecia nenhum ser vivo que cantasse muito bem, eu mesma pouco cantava, nunca ouvi outros cantarem na minha frente, a não ser em filmes, olhei para Esme e Manu, elas negaram com a cabeça, já sabendo de minha pergunta, o que nós faríamos, eu não sabia, dei dois passos a frente, eu era a mais envergonhada das pessoas, mas se mais alguém soubesse do nosso mundo, seria mais uma vida colocada em risco, que poderia ser perdida, respirei fundo, e se minha voz saísse um desafino total? Eu ia passar pelo maior vexame da minha vida, e as pessoas não seriam salvas, então eu preciso cantar muito bem, respirei fundo novamente e comecei a cantar a primeira música que veio em minha mente:
- I’m gonna pick up the pieces and build a lego house – o monstro me olhou e se sentou para ouvir, eu na torcida de que ele gostasse, - If things go wrong we can knock it down – o monstro estava gostando, fazendo até gestos com a cabeça, uau, eu tenho uma voz angelical então – my three words have two meanings but there is one thing of my mind, it’s all for you - eu fui indo em direção a biblioteca que era do lado da quadra, a biblioteca tinha uma porta que dava para a rua, o que me preocupava e me tranquilizava, pelo menos eutéria uma desculpa, mas e se ele saísse? – And it is dark in a cold december but I’ve got you to keep me warm, o livro foi para lá depois daquela confusão, mas antes eu tinha que conversar com o monstro, se é que era possível, então fiz sinal para que ele parasse, e disse:
- Vamos parar e conversar? – Aquilo era ridículo, eu tentando manter uma conversa civilizada com um monstro, achariam que eu estava louca, mas ninguém ouvia nada, mesmo estando um enorme silencio do lado de fora, eu ainda sussurrava e assim continuariam a pensar que eu estava cantando em murmúrios, o monstro era consciente, eu senti, ele fez que sim com a cabeça.
- Então, como e porque você está aqui?
- Eu cheguei aqui cantando algumas palavras em um único local, o local onde tudo é possível, o lugar é consciente e tudo compreende, enxerga as coisas nas entrelinhas, eu cantei, o lugar entendeu e eu vim parar aqui onde o livro estava.
- E agora responda a minha outra pergunta. – sua voz era grossa, mas ele também sussurrava, e por incrível não tinha nenhum bafo terrível, como na maioria dos livros.
- Bem, quando uma outra pessoa que não faz parte do que está acontecendo, sabe da existência do nosso mundo, ocorre um desequilíbrio no controle do mundo, o que é visto por um enorme globo, que pertence as seis bruxas, só elas tem isso, e isso delas nunca vai ser retirado, sendo elas boas ou ruins, porque antes de toda aquela história do lírio acontecer, elas eram governantas do mundo de Farfa, e seu trono só pode ser retirado pela morte, ou por sua renuncia, o que eu realmente duvido que vá acontecer, tanto um quanto outro.
- Nossa, então com esse desequilíbrio todo, já que foram muitas pessoas que acabaram por descobrir, tudo isso, elas te mandaram para cá? Então você não está do nosso lado?
- Estou sim minha cara, do lado de vocês, desejo muito ser libertado, quando viraram bruxas terrivelmente más, elas executaram alguns, em uma terrível execução, que ainda acontece as vezes, ou mandou que fosse escravo, elas me acharam útil, e decidiram a minha escravidão perpetua, só vocês podem me libertar.
- Nossa, e como você foi forçado a vir até aqui para basicamente matar todo o mundo?
- Elas provavelmente me deram um remédio em minha bebida, que me deixa louco, descontrolado, elas acharam que não teria ninguém que cantasse de modo a me acalmar.
- Nossa, que horror! – E tudo aquilo era culpa de Flávio, o pobre bicho não teria sofrido tanto se ele não tivesse espalhado tudo aquilo. – Bom, senhor monstro eu vou te mandar de volta para dentro do livro, lá você vai estar mais seguro, invente alguma desculpa para elas, me desculpe por tudo isso ta?
- Tá! – Ele disse indiferente, o mandei de volta para o livro, e fui para a quadra, peguei o microfone e disse:
- Gente era apenas um garoto bobo com uma fantasia realista, que me fez de boba, me fez pagar o mico de cantar na frente de todos, mas já foi expulsa das províncias da escola, então podemos continuar a dança então interrompida!
- Eu acho que você cantou muito bem! – Disse Flávio, eu o fuzilei com os olhos, um monte de gente começou a concordar, eu comecei a ficar vermelha, até que alguém gritou:
- Coitada da menina, vai ficar envergonhada, tá mais vermelha do que pimentão!
- Muito obrigada a todos!
E assim continuamos a dança, depois de eu ter avisado minhas amigas de que eu queria falar com elas.


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