Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 8
Uma conversa com quadros


Notas iniciais do capítulo

E aí, peoples que leem a minha fanfic, como estão? Ansiosos pelo capítulo? Esse é um dos meus preferidos, foi bem difícil de escrever, não ficou lá essas coisas, mas dá pro gasto... Esse capítulo é dedicado para a Lala Chase Granger, que me deu a primeira recomendação dessa temporada, eeeeeeeeebaaaaaaaaaaaa! Abraço, Lala *--*



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Na semana seguinte, o Prof. Denóires não parava de encarar feio o Auror toda a vez que fazia questão de acompanhar os alunos para a aula de Draco.

O primeiro treino de quadribol fora um tanto que engraçado: Tiago, acidentalmente, soltou os balaços contra Scorpius quando ele estava sozinho no campo e sem bastão para se defender. Acabou que o garoto teve que sobrevoar o campo inteiro até que a Prof.ª Filepów, a juíza que apitava os jogos, viu o menino e trancou os balaços de volta, mas foi engraçado ver ele voando a toda velocidade enquanto dava gritinhos histéricos.

Louis fazia sucesso com seus olhos azuis e seus cabelos louro prateados de veela. Fred dizia que a maioria das professoras se encantava com ele e davam vários pontos à Corvinal por qualquer coisa que ele dizia durante as aulas. Fred, no entanto, não estava sendo um menino tão centrado nos estudos. Escapara de duas detenções por pouco. Na primeira vez foi pego no flagra ao tentar esconder uma Vomitilha no bacon de Louis sem querer, e na segunda estava tentando enfeitiçar o primo pelas costas. Alvo suspeitava que ele estava fazendo isso à mando de Tiago, mas achou que seria melhor não acusar sem ter provas.

Lotho, ao contrário de Fred, estava indo muito bem nas aulas. Os professores se impressionavam com o seu conhecimento, sabia de coisas que nem mesmo Rosa ouvira falar. –“Aposto como andou pegando cola de algum aluno mais velho!” disse Tiago, enquanto Matt e Carlos encaravam o francês se exibindo. “Esses franceses não são muito inteligentes, vejo isso pela Dominique!”. –Mas Alvo também notou mais uma coisa no menino: nas muitas vezes em que vinha falar com ele para pedir para contar-lhe pela vigésima vez como vencera Bob Rondres, de repente ele fazia uma careta e dizia que precisava ir embora. Aparecia depois de um tempo como se nada tivesse acontecido, e voltava a bombardear Alvo, Carlos, Rosa e Tiago de perguntas sobre a noite que passaram com Bob Rondres.

Rosa, decididamente, estava ficando cada vez mais parecida com o pai. Os cabelos pareciam ficar cada dia mais ruivos, e sua fome aumentava mais a cada refeição. Rony achava graça e ficava orgulhoso disso, dizia que desde que ela continuasse com a inteligência de tia Hermione estava tudo bem. Rosa também estava sofrendo nas aulas da Prof.ª Dáthpick, que continuara trazendo a Tarântula para a turma alimentar. O pior é que ela vira Carlos alimentando a aranha gigante na vez de Rosa, e ficara furiosa com isso:

-O que está fazendo, Sr. Cattér? –perguntou severa. –Deixe o cavalheirismo de lado, a Srta. Weasley precisa adquirir experiência com esse tipo de animal.

-É, com o animal que está falando comigo agora também... –disse Carlos mal-humorado.

Não fora fácil para a prima ter que passar por aquilo. Ela gritou, esperneou, gritou novamente e quase fugiu da aula, mas após a professora a segurar, Rosa atirou a comida para a aranha, que a abocanhou, faminta.

O ano não começara muito tranquilo. As aulas estavam puxadas, e isso que era apenas a primeira semana. As aulas de Feitiço eram as menos trabalhosas, Denóires raramente dava trabalhos, e quando dava, eram sobre Feitiços que Alvo já conhecia, o que tornava menos cansativo e tedioso. Poções era uma matéria em que ele realmente não ia bem, Harry disse que os três Potter menores puxaram isso dele, pois Tiago e Lilí eram verdadeiros desastres na matéria.

Alvo podia se colocar como um meio termo quando o assunto era os melhores da classe. Rosa era, sem dúvida alguma, a mais inteligente. Carlos não ligava muito para coisas como a Primeira Batalha Bruxa, Mandrágoras, Poções Para Fazer Crescer ou qualquer outra coisa que Rosa, Emma Yagff e Kate Lêx julgavam interessantíssimas. Mas a pior aula era, decididamente, História da Magia. Na verdade, o primeiro dia de aula até que não tinha sido tão tedioso, pois o Prof. Binns contara bastante sobre a Batalha Final, o que causara um grande rebuliço nos alunos que invejavam Alvo, Rosa e Dennis por serem filhos dos que lutaram na batalha e enfrentaram Voldemort pessoalmente. O rebuliço ainda continuara e Alvo duvidava que fosse acabar tão cedo. Ele, Tiago, Rosa, Fred, Dennis, Guto e até Scorpius eram alvos de milhares de pedidos de autógrafos dos pais e até deles mesmos. Todos –e principalmente Tiago –davam seu autógrafo de bom grado, mas Alvo e Rosa ficavam meio envergonhados de fazerem tal ato. Porém, não podia negar que ser parado no corredor sempre que passava e ouvir coisas como: “Parabéns pelo ano passado!”, “Seu pai foi um herói!” e “Você é o novo Harry Potter!” eram bem melhores do que passar perto da sala comunal da Sonserina e ouvir: “Harry Potter foi um porco e você também é um!” e “Seu pai não fez mais que o seu dever! Preferimos o pai do Scorpius!”. Foi em uma dessas vezes que Tiago quase pegou uma detenção: Reece não o viu andando na frente de Alvo e quando falou mal de Harry, levou um bom soco no meio da cara dado por Tiago. A Prof.ª Chollobull, a subdiretora, viu aquela cena e estava disposta a expulsar Tiago. Guelch se contentou com uma detenção, mas por sorte Neville conseguiu livrar a cara do menino.

Fred Weasley não era um menino mau, era apenas um menino levado que passara tempo demais com Tiago Sirius Potter e Matt Stuck. Às vezes Alvo sentia uma certa inveja de Fred. Como ele poderia chegar e de repente já ser o centro das atenções? Com ele fora diferente, nunca conseguiu esta reputação em todo o seu primeiro ano, se não contar aquele tempinho de depois que ele acordou do “acidente” com Bob Rondres em que todos o paparicavam. Bom, ele era grato por ter o irmão que tem, pois assim ele tinha a fama de “o irmão do Tiago Sirius”, o que já era alguma coisa.

Alvo estava acabando de sair da aula de Duelos que tivera com Teddy. Fora a terceira até agora, e por enquanto Alvo até estava se saindo bem. Nunca fora muito bom em duelos, lembrava-se nitidamente de todas as vezes que pegava a varinha do jeito errado ou pronunciava o feitiço errado. O pior era ter que aguentar Tiago o lembrando dessas coisas mesmo quando já haviam se passado dois anos.

-Mas você está melhorando. –disse o irmão. –Claro, não chega aos pés de Fred, Matt e eu, mas eu não esperava isso! Para você está mais que bom!

-Mais que bom uma ova! –reclamou Daniella. –Ele é O Escolhido! Filho de Harry Potter!

-Grandes coisas, eu também sou filho dele!

-E, por favor, me chame de Alvo!

-É, Daniella! –disse Tiago fingindo estar aborrecido. –Não deve chamar meu irmão desse jeito! Não vê que assim o coitado fica encabulado? Não se preocupe, Escolhido, ôpa! Quer dizer, não se preocupe, Al!

Alvo não gostava disso, mas não ousaria se aborrecer com o irmão. Até porque era meio que impossível aborrecer-se com Tiago. Ele tinha um jeito cativante, um sorriso especial, algo diferente que impedia as pessoas de ficarem com raiva dele por muito tempo, mesmo que fizesse algo que não merecesse o perdão assim tão fácil, mas quando isso acontecia (e também nas raras ocasiões em que ele dava o braço a torcer e vencia o orgulho) ele tratava de pedir desculpas e dar o seu sorriso maroto e uma piscada de olho, isso, acompanhado de umas boas gargalhadas fazia você esquecer que um dia se chateara com Tiago Sirius Potter.

Essas eram características de Tiago, Matt e Fred. O menor deles, Fred, era o mais engraçado, segundo Harry era por ser filho de um dos gêmeos Weasley, e que se o filho de Jorge não fosse assim, o pai ficaria extremamente triste e inventaria um produto da Gemialidades Weasley para que o menino ficasse mais parecido com ele.

Matt era parecido com Carlos, definitivamente, ou melhor, Carlos era parecido com Matt. Não só fisicamente, mas também no jeito. Os dois eram muito orgulhosos, e isso por vezes os fazia mal, mas nada ou ninguém poderiam mudar isso neles, era o jeito dos dois, se não fossem assim, não seriam eles.

Mas todos eles tinham uma coisa em comum: eram ótimos amigos. Tão bons amigos que quando Scorpius desarmou Alvo e o garoto deu uma pirueta no ar caindo de cara no chão, no meio de uma aula de Teddy, nenhum deles riu.

-IDIOTA! –berrou Reece.

-Idiota é você, ô Panaca!  -retrucou Tiago.

-É! –concordou Fred. –Até parece que nunca caiu de cara no chão! Alvo é um pouco atrapalhado, sabemos, mas tenho certeza que é a convivência com Alice, só isso!

-Ei! –gritou Alice.

-Tudo bem, tudo bem! –disse Teddy. –Sem brigas, galerinha! Não é nada demais cair...

-Fala isso porque cai a cada segundo! –riu Scorpius.

-Ah, mas é agora que eu pego esse moleque! –disse Tiago partindo para cima do loiro que estava em cima do palanque. Matt, Carlos e Fred o seguraram, mas Alvo pode ver uma grande vontade de ajudar a bater, nos olhos de cada um.

Acabou que Teddy teve que se meter na briga e bem na hora a Prof. Chollobull entrou.

-O que está havendo aqui? –perguntou ela olhando com desaprovação à bagunça da aula.

-Bem, -começou Tiago. –estávamos tendo uma aula de Duelos quando um animal entrou pela porta e se meteu.

-Tiago! –exclamou Teddy. Ele correu até a professora. –Ah, desculpe! Não foi nada! Só estávamos com uma pequena confusão!

A professora correu os olhos pelo Salão Principal e parou o olhar em Tiago. Os dois começaram a encarar-se feio e Alvo mal podia imaginar o que o irmão devia estar pensando.

-Aposto que esse daí estava envolvido! –disse se referindo à Tiago.

-Pois apostou certo! –retrucou o garoto. –E se não tivesse chegado e interrompido, eu com certeza teria dado uma boa lição no seu precioso Malfoy! Mas não tem problema, eu te pego na saída!

-Você não vai chegar perto do Scorpius! –disse Marcel Jofrey, e ele e a irmã se puseram na frente do menino.

Tiago olhou aquela cena e deu uma boa gargalhada.

-Então é você quem vai me impedir? –perguntou ele se recuperando. –Cara, até minha irmãzinha é melhor que você!

-Essas brigas são regulares em sua aula, Sr... Hum... Quem é você? –perguntou Chollobull.

-Lupin. –apressou-se a dizer o rapaz, seus cabelos foram ficando mais avermelhados. –Teddy Lupin. E não! Na verdade é a primeira ver que isso acontece... Quer dizer, temos uns probleminhas, mas nada muito grave!

-Ainda acho que deveria ensinar por turma! –disse ela. –São muitos alunos para um rapaz inexperiente como você.

-Na verdade, eu sou ótimo em duelos. –disse Teddy. –Sempre levei jeito com feitiços.

-É, creio que ser o afilhado de Harry Potter deva ter influenciado... –disse ela.

-Como é? –perguntou Teddy, seus cabelos ficando negros. –Está insinuando que meu padrinho usou sua fama para me conseguir esse cargo? Pois fique a senhora sabendo que se entrei para essa escola foi por meu mérito! Sou ótimo em Duelos, e Neville concordou em me contratar! Se não acredita no que digo pergunte ao diretor!

-Sim, meu jovem... –disse ela, um pouco assustado com o tom de voz de Teddy e com a menção do nome do diretor. –Não foi o que quis dizer... Só acho que deva cortar tais regalias e privilégios como esta aula de alunos que vem apenas para lhe arranjar confusão! –e indicou Tiago. O garoto fez uma cara de incrédulo e já ia argumentar, mas Teddy fora mais rápido:

-Tiago é um ótimo aluno! Um dos melhores que tenho! Jamais o daria uma suspensão por discutir com filhinhos de papai que zombam do seu irmão e de mim! O que ele fez foi querer defender nós dois! Não foi nenhum ato que mereça castigo, e sim parabéns!

Tiago limpou a garganta bem auto e foi até o lado de Teddy. Era tão alto que conseguia passar a mão pelo ombro do primo.

-É, - disse encarando a Prof.ª Chollobull. –acho que tem alguém sobrando aqui...

A professora lhe deu um olhar de desaprovação e foi embora. Teddy balançou a cabeça, chateado, e olhou para o chão.

Tiago abriu a boca para lhe dizer alguma coisa, mas de repente a fechou, lhe deu tapinhas nas costas e voltou. Tiago também não estava muito feliz.

-Espero que ele não se encrenque por minha causa... –disse.

-Muito bem, pessoal! –disse Teddy. –A aula acabou! Vão andando!

Muitos fizeram “ah”, mas Alvo pode ouvir um “já não era sem tempo” vindo do lado da Sonserina. Tiago cerrou os punhos ao ouvir aquilo, Alvo tinha certeza que o irmão estava sofrendo um conflito interior.

Todos foram embora, mas os Marotos decidiram ficar para ajudar a dar um jeito na bagunça.

-Vocês não precisam! –insistiu Teddy. –Podem ir fazer outra coisa. Eu não me importo de ficar aqui.

-A gente também não. –disse Tiago, e com um gesto da varinha empurrou uma dúzia de cadeiras para o lugar.

Estavam quase saindo quando Scorpius e sua turma voltaram ao Salão Principal.

-O que fazem aqui? –perguntou Fred um pouco arrogante.

-Não é da sua conta, ô Filho do Sem Orelha! –disse Scorpius ríspido.

Alvo, que estava do lado de Fred, sentiu o garoto estremecer de raiva.

-Não... Fale... Do meu pai... –grunhiu o menino. –Ele é um grande homem! Diferente do seu!

-Ah, sim... –disse o loiro dando uma boa olhada em Fred. –Deve ser... Dando o nome do irmão idiota que morreu ao filho...

Fred já ia partir para cima de Scorpius quando Tiago o segurou.

-Já chega! – disse, entrepondo-se entre os dois. –Malfoy, quer mais alguma coisa ou veio apenas para nos assustar com essa sua cara feia? E acho bom ser a primeira opção porque se não for eu juro que solto o Fred!

-Relaxa, Potter... –disse Scorpius sem ao menos olhar nos olhos de Tiago. Alvo bem sabia o porquê. –Vim pegar o que esqueci...

Ele e sua turma foram até o tablado e pegaram uma mochila que estava jogada no chão e foram embora. Os Marotos ficaram ajudando a organizar o Salão Principal, mas Alvo não pode deixar de notar que Fred estava muito quieto. O menino era sempre alegre e falante, e não deixava nenhum lugar monótono.

Tiago e Teddy pareceram perceber isso, pois logo perguntaram:

-Está tudo bem, Fred?

O garoto balançou a cabeça negativamente, mas continuou olhando para o chão. Teddy e Tiago se olharam, e Alvo viu que Tiago olhou para a direção onde Scorpius saíra com uma certa ferocidade nos olhos.

-Não está chateado com o que aquele idiota te falou, né? –perguntou Tiago ajoelhando-se para ficar da altura do primo.

-Acha que o meu tio foi um idiota? –perguntou. Sua voz saiu um pouco fraca.

-Claro que não! –disse Tiago depressa.

Fred balançou a cabeça.

-É estranho, sabe... –disse ele. –Mesmo sabendo o que aconteceu, às vezes eu penso que... Penso o quanto seria bom ter o conhecido. Papai vive falando dele, diz que eu honro seu nome, mas às vezes eu duvido disso. Acho que não faço jus ao nome dele...

-Eu entendo você. –disse Tiago. –Bem... Papai também me deu o nome de pessoas bem importantes. É muita responsabilidade às vezes... Não sei se dou conta, quer dizer... Foram o pai e o padrinho dele!

-Acho que eu posso entrar nesse assunto, também... –disse Alvo. Ele podia até ter enfrentado Bob Rondres, mas mesmo assim não se sentia muito confiante quando o assunto era honra. Na verdade, lembrar disso o deixava um pouco traumatizado, mas ele tentava ao máximo não pensar... Se bem que era difícil já que segundo seu pai ele recebera o nome do maior bruxo e do homem mais corajoso que o patriarca já conhecera.

Fez-se silêncio por ali. Fred, Tiago e Alvo apenas se olhavam. Não precisava de palavras, cada um sabia o que se passava pela cabeça do outro, eles entendiam o que o outro estava passando.

-Acho que também entendo vocês... –disse Teddy. Matt, Suzanna e Daniella se olharam e depois disseram:

-Acho que nós já vamos indo... Nos encontramos depois.

Teddy deu um longo suspiro e continuou:

-Quando eu tinha a idade de vocês, tio Harry costumava me contar histórias sobre os meus pais... Eu gostava de ouvir sobre como o meu pai era corajoso e até nas encrencas que se metia com os verdadeiros Marotos...

-Está dizendo que nós somos os falsos? –perguntou Tiago ofendido.

-Não, não! –respondeu Teddy. –Então vamos dizer os primeiros Marotos, ok? Bem... Depois de ouvir todas essas histórias eu também ficava encucado com a possibilidade de eu não estar honrado o nome do meu avô e o do meu pai. Na verdade, eu me sentia estranho... Era o único menino que não fora criado pelos pais e sim pela avó. Por causa disso eu me dava muito bem com Neville e tio Harry, mas apesar de eles serem muito importantes, ainda não conseguiam tirar de mim a ideia de que eu não estivesse honrando o meu pai... Bom, às vezes eu fugia para a Casa dos Gritos... –e deu uma risadinha lembrando-se dos velhos tempos. –Saía correndo e dava uivos, fingindo que estava me transformando em um lobisomem... Mas, sabem de uma coisa? Eu achei um jeito de aliviar esse medo. Quero que venham comigo, por favor...

Ele se levantou e o restante dos Marotos o seguiram. Ele foi para o Saguão de Entrada e subiu até o terceiro andar.

-Ótimo! Vamos ver um monte de troféus de pessoas velhas e que provavelmente já morreram. –disse Tiago.

-Entrem! –insistiu Teddy. –Tenho certeza que não vão se arrepender...

Embora um pouco relutante, Tiago entrou na sala, junto com os outros. Era uma sala repleta de quadros e troféus. Por onde se olhava só se via ouro e prata e algumas prateleiras. Teddy foi andando à frente e apontou para que eles o seguissem.

Eles foram andando e andando até chegarem em uma parte em que haviam vários quadros. Alguns não tinham pessoas, e só a paisagem, outros tinham seus donos dormindo ou visitando os quadros vizinhos. Em cima dos quadros havia um grande letreiro escrito: “FALECIDOS NA ÚLTIMA BATALHA”. Alvo engoliu em seco e correu os olhos pelos quadros.

-Vem aqui... –disse Teddy, ele puxou Fred para um quadro mais para o canto onde um rapaz dormia em cima de uma escrivaninha. O garotinho olhou hesitante para o quadro e depois para Teddy, que imediatamente compreendeu. Alvo se aproximou. Teddy pigarreou e o rapaz resmungou:

-Será que pode fazer menos barulho? Tem gente tentando tirar a merecida soneca!

-Acho que você vai querer ver quem está aqui... –disse Teddy.

-Cara, por favor, não me importa se Voldemort esteja querendo me ver, eu só quero descansar!

-Hum... T-tio? –disse Fred inseguro. O rapaz do quadro levantou a cabeça imediatamente, como se já conhecesse a voz do sobrinho. Os dois Fred’s se olharam por um bom tempo, parecia que queriam certificar-se de que eram eles mesmos.

-Uau... –disse o Fred mais velho observando o sobrinho. –Você é...?

-Sou. –respondeu o menor, adivinhando o que o tio queria dizer. –Fred II, é... Você ainda se parece com o meu pai, exceto que é bem mais jovem.

-E como ele está? –perguntou Fred ansioso.

-Ele está bem. –contou Fred II. –Seguiu com a loja de vocês, Lino Jordan é quem o ajuda. Ela faz muito sucesso. Ele sente sua falta... Chora muito por isso às vezes...

O rapaz ficou cabisbaixo por um tempo, mas depois sorriu e voltou a fitar o sobrinho.

-É incrível como você se parece com a gente... Comigo... Acho que a homenagem deu certo, não é? –disse ele, os dois sorriram. –Que menino sortudo você é, nasceu com este rosto lindo que seu pai e eu temos!

Todos gargalharam.

-Ora, e quem são vocês? –disse Fred. –Você aí, rapaz, não está um pouco velho para estudar em Hogwarts, não?

-Ah, não estudo mais. Sou professor. E também não estou tão velho assim, e me surpreendo que não me reconheça... Sou Teddy, Teddy Lupin.

-O quê? –disse Fred espantado. –Caramba! Eu lembro quando você era um garotinho e vinha nos ver! Teddy... Como você está... Ai, eu não acredito! –disse mirando Alvo. –É o filho do Harry!

-Um dos, por favor! –interrompeu Tiago. –Prazer, Tiago Sirius!

-Ah, droga! –disse Fred examinando Tiago e Alvo. –Nenhum de vocês se parece com a Gina... Uma pena mesmo... Queria que tivessem mais ruivos na família, sabe, nem dá pra dizer que vocês são Weasley.

-Ah, mas é porque você não viu a Lilí! –disse Tiago. –Ela é tão ruiva quanto a mamãe!

-Ah, ótimo! –disse Fred. –E essa com certeza é uma Weasley, não?

Rosa corou quando o tio lhe indicou.

-Rosa Weasley, senhor... –disse ela timidamente.

-O senhor está no céu, querida! –disse ele. –E você é filha de quem?

-Rony e Hermione. –disse ela, um pouco mais descontraída.

-Ah, puxou Hermione então, porque o Rony não é nenhuma belezinha... –disse o tio sorrindo.

-Na inteligência também. –acrescentou Carlos.

-Ah, mais um Weasley? E você é o irmão da Rosa? Parece um pouco com o Rony, coitado...

Rosa riu e Carlos revirou os olhos, provavelmente irritado com o tio deles que também o achava parecido com Rony.

-Você não tem falado com o Draco ultimamente, tem? –perguntou ele ao quadro.

-Draco Malfoy? –disse ele. –Não vejo aquela lombriga desde a escola... Uma grande sorte mesmo...

Eles riram. Era incrível como em pouco tempo aquele rapaz ficara tão próximo deles, até parecia que já se conheciam, até Carlos estava bem à vontade com ele. Eles também descobriram que Fred II era igualzinho ao tio. Até no jeito em que contava piadas e caçoava das pessoas, eles eram idênticos, era como se Fred, Fred II e Jorge fossem a mesma pessoa, apesar da grande diferença de idade dos três. Até Tiago se parecia um pouco com ele.

Não fora à toa que eles nem perceberam quando Teddy se afastara, pois estavam todos muito ocupados rolando de rir de qualquer coisa que Fred falara, era curioso o jeito que ele arranjava algo irônico em cada frase que dizia. Foi Alvo quem notou que faltava a presença de alguém por ali. Mas também logo o encontrou, estava mais adiante admirando dois quadros em particulares, ou melhor, os quadros de seus pais.

Alvo se aproximou lentamente e reconheceu na hora quem eram. Remo Lupin trazia no rosto um largo sorriso, e os cabelos meio grisalhos não afetavam a aparência jovial que seu sorriso lhe dava, apesar das cicatrizes. Ele e o filho se pareciam tanto quanto Alvo se parecia com Harry ou Scorpius com Draco. Porém, Teddy também herdara alguns traços da mãe: a boca, o nariz, e, segundo Harry e Molly, um jeitinho atrapalhado. Mas o que os marcava bastante era o dom de ser metamorfomago. Talvez fosse pela emoção ou por estar nervoso, mas os cabelos de Teddy não se contentavam em ficar da cor natural, iam de roxo para laranja e daí para azul. Acontecia a mesma coisa com a mãe do rapaz, Ninfadora Tonks. Um momento engraçado foi quando, após muitas mudadas de cor, os cabelos dos dois ficaram verdes ao mesmo tempo. Teddy deu uma risada, acompanhado dos pais. Por um instante os três só se encararam. Foi lindo de ver... A família ali... Reunida... Por vezes Alvo sentia pena do primo por ter crescido sem a presença dos pais, e por mais que Harry tentasse preencher este espaço, Alvo sabia que no fundo ninguém conseguiria... Nem mesmo a avó, nem mesmo o padrinho. Era um espaço impreenchível que somente os verdadeiros pais tinham o poder de preencher...

Alvo nem notou por quanto tempo ficara admirando a família Lupin, só voltou a si quando Tonks falou:

-Você está tão crescido, filho... –disse ela, os olhos marejados de água.

-É verdade, da última vez que o vimos você era um garotinho, agora é um homem... –disse seu pai. Teddy sorria mais a cada palavra que os dois davam.

-Desculpe... –disse ele meio encabulado. –Sei que não vim os visitar nos últimos anos... Estive muito ocupado... E... Tinha medo... Cada vez que vinha, não tinha vontade de voltar...

-Você não teve culpa. –disse Lupin paternalmente. –Você sempre vinha nos visitar quando nossos quadros estavam lá embaixo. Não tinha como você vir depois que fomos trazidos para cá... Eles selaram esta sala para que ninguém soubesse o motivo do letreiro... –disse ele apontando para o letreiro acima. Alvo lembrava que uma vez no ano anterior, Rosa se queixara por não terem a deixado entrar na Sala dos Troféus.

-Eu sei... –disse Teddy sorrindo. –Mas creio que não seria difícil dar uma escapada para o filho de um dos marotos...

Tonks soltou um soluço e Lupin sorriu. Imediatamente Tiago saiu de onde estava:

-Ouvi alguém dizer “marotos”? –disse ele, mas parou abruptamente ao ver com quem eles estavam falando. –Putz! Acho que cheguei em hora errada...

-Não, não! –disse Teddy o puxando. –Quero que conheça os meus pais...

E um à um Teddy foi os apresentando. Alvo não pode deixar de notar a rápida olhada curiosa que Remo e Tonks deram em sua cicatriz, mas ficou feliz pela exclamação deles: “Minha nossa! Mas é a cara do Harry!”. Também foi muito divertido conversar com eles –“É... Não podem ver um lobisomem que já deixam os verdadeiros tios de lado!”, resmungou Fred, mas deu uma piscada logo em seguida.

-... Eu tenho dado aulas aqui! –disse Teddy animado. –Eles são ótimos alunos! Tiago e Alvo são ótimos em feitiços em feitiços!

-São dignos de filhos de Harry Potter... –disse Lupin sorrindo. Alvo sentiu-se um pouco encabulado, não era nada bom em feitiços e hoje mesmo fora arremessado no ar enquanto dava piruetas, mas antes que pudesse pensar ou falar mais alguma coisa, uma voz grave interviu em sua mente o fazendo voltar a si:

-Harry Potter?

Todos olharam para ver onde estava o dono da voz, mas não viram ninguém. Alvo viu Lupin e Tonks se entreolharem rapidamente. Aquela voz, por alguma razão, lhe era familiar...

-Alguém disse Harry Potter? –perguntou a voz novamente.

Foi aí que Alvo viu. Não era uma pessoa, e sim um quadro. Um quadro mais afastados dos demais, sua moldura também era diferente. Ele e outro quadro, este porém vazio, tinham molduras diferentes, feitas de prata com traços de ouro. Alvo viu quem era. Ali, a pele macilenta, os cabelos oleosos formando uma cortina pelo rosto branco e um casaco abotoado até o pescoço. Só podia ser ele... Era do jeito que o pai descrevera. Alvo sentiu-se estranho quanto a isso, o irmão, porém, pareceu achar graça:

-Snape? –perguntou admirado. –Caramba! Alvo, ele até se parece com você!

Rosa lhe deu um enorme cutucão. Os dois Severos se encararam do mesmo jeito que Teddy encarara os pais. Então era esse... Esse era o homem de quem o pai tanto falara e até batizara o filho com seu nome.  Segundo Harry, fora o mínimo que ele poderia fazer.

-É incrível... –disse Snape. Sua boca mal se mexia enquanto ele falava, como o pai dissera. –Você se parece tanto com seu pai... E com Tiago...

-Ah, qual é! –disse o irmão de Alvo irritado. –O Al dá pro gasto, mas não teve a sorte de se parecer comigo...

-Acho que ele estava falando do verdadeiro Tiago. –disse Rosa ao primo, quase num sussurro.

-Verdadeiro? –repetiu o garoto ofendido. –E eu sou o quê? Falsificado? Só porque você recebeu um nome original não quer dizer que os que ganharam o nome de outros sejam falsificados...

-Eu não disse isso! –retorquiu Rosa.

-Nem precisa, esses seus olhinhos azuis já me dizem tudo! –disse Tiago dando uma piscada à prima. Rosa bufou e revirou os olhos, irritada.

Todos riram, menos Alvo e Snape. Os dois apenas se olhavam, ou melhor, Snape não tirava os olhos da cicatriz dele. Normalmente o garoto ficava irritado quando isso acontecia, mas desta vez não. Sentiu-se tomado de compaixão pelo homem. O pai lhe contara a verdadeira história de Snape, e ele ficara tocado. Ele sentia-se um pouco culpado, pois quando o pai lhe contava apenas como o professor era perverso com ele, o garoto sentia uma certa raiva dele e até ficava irritado por ter recebido seu nome.

-Você foi muito corajoso. –Alvo deixou escapar. Por um instante ele acreditou que só pensara aquilo, mas quando todos começaram a olhá-lo e Tiago soltou uma risadinha, ele viu a burrada que fizera. –M-Meu pai me contou sobre você e... Ele realmente te acha corajoso... Me d-deu seu nome. -ele gaguejou. Sentiu-se um pouco idiota por isso. Snape concordou com a cabeça.

-Ah, começou o mel com açúcar... –resmungou Tiago. –Se houvesse um quadro do meu avô e do Sirius, eu não...

 -Tiago! –exclamou Rosa dando-lhe um tapa no braço.

-Tá bom, tá bom! Não está mais aqui quem falou... –disse Tiago fazendo uma reverência a Snape. –Vou lá falar com o meu camarada, ele sim me entende e ri das minhas piadas... Tio Fred! –berrou, e já ia sair quando Snape o chamou:

-Espere! –Tiago parou um pouco espantado olhando para o quadro. –Diga... Diga a seu pai que eu...

-Que também considera ele o homem mais corajoso que já conheceu? Não esquenta, Snape, pode deixar que eu encho o cara de elogios...

-Não. –disse ele. –Diga que... Que eu o... Admiro... –ele pareceu dizer aquilo com grande esforço. Tiago piscou e voltou a falar com Fred.

Alvo voltou a admirar Snape. Ele sim era um exemplo. Não que os outros não fossem, mas se quisesse se espelhar em alguém, quem melhor que ele, cujo nome o garoto mesmo herdara.

-Você tem os olhos de Lílian... –disse Snape. Alvo também já estava acostumado a esse tipo de comentário, seu pai disse que isso era normal. Ele apenas sorriu e concordou. –E a cicatriz...

-Ganhei ano passado... –disse Alvo meio sem jeito, ao notar um quê de curiosidade na voz do professor.

-Dumbledore me falou sobre você...

Alvo concordou novamente sem encontrar palavras. Teve vontade de explicar ao homem como ganhara aquela cicatriz, pois se Dumbledore falara dele, com certeza mencionara o fato dele ser um grande medroso. Começou a sentir-se agoniado por não ter mais assunto, mas no fundo ele não se importava realmente com isso. Na verdade, tinha vontade de ficar por ali um bom tempo conversando com Snape, mas apenas os dois, assim poderia perguntar qual fora o segredo para tanta coragem sem sentir-se como o maior idiota do mundo.

-Ouvi alguém mencionar meu nome? –disse outra voz. Dessa vez Alvo reconheceu antes mesmo do dono aparecer. Já até conversara com ele antes.

-Alvo? Alvo Dumbledore? –exclamaram Teddy e Rosa incrédulos, ao mesmo tempo.

-Velho Barbudo? –perguntou Tiago abandonando o tio e correndo para ver quem ocupara o novo quadro.

-Ah, é! –disse Fred irritado, mas ainda com seu ar irônico. -Deixe o seu tio aqui, sozinho!

Tiago não resistiu, se juntou aos amigos e soltou uma exclamação ao ver o novo quadro. Alvo Dumbledore era um homem de idade, de cabelos e barba longos e branquíssimos. Porém, assim como Lupin, ele tinha um sorriso que o deixava um pouco mais jovem.

-Ah, Tiago! –disse dando um sorriso ainda maior ao menino. –Você continua o mesmo! E Teddy! Quanto tempo, meu jovem, quanto tempo... E vocês devem ser Carlos Cattér e Rosa Weasley, não? Eu ainda não os conhecia, mas é claro que já ouvi falar, afinal, quem não ouviu? –ele deu uma risada silenciosa. O silêncio voltou a pairar sobre o local. Snape e Alvo continuavam a se olhar, mas dessa vez alguém mais mirava Alvo: Dumbledore. Era como se aqueles olhos azuis o tivessem penetrando, o pai também falara isso sobre ele.

-Bem, vejo que vocês dois estão se dando bem... –disse. Alvo achou aquilo estranho, já que ao menos estavam se falando. Foi como se Dumbledore lesse seus pensamentos, pois logo continuou: -Ah, sim... Snape é um homem mais calado... Vejo que isso é um ponto forte entre vocês... Falam-se apenas por olhares. Incrível...

Era verdade. Não precisava de palavras, era como se Alvo soubesse o que Snape estava dizendo e o professor também, mesmo que Alvo não quisesse dizer mais nada. Esse era mais um momento em que ele não saberia dizer quanto tempo ficou ali, de pé, apenas observando Snape, e sendo invadidos por milhares de perguntas, ideias e pensamentos que, de alguma maneira, o homem parecia entender, pois de vez em quando mudava a expressão facial. Alvo só voltou a si quando um garoto entrou na Sala de Troféus gritando feito um louco:

-AI, ESSE PIRRAÇA! NÃO AGUENTO MAIS! JÁ FALEI A NEVILLE, MAS ELE NÃO ME ESCUTA! E AGORA QUEM TEM QUE... –mas parou abruptamente quando viu que não estava sozinho. Alvo o reconheceu, era o monitor alto e louro que vira no trem e a quem Tiago chamara de Wood. Ele ficou vermelhíssimo e recomeçou a falar, ou melhor, gaguejar: -M-Me desculpem! Eu n-não queria... Eu achei q-que estava... Eu não... Eh... Bem, eu... Ah, eu quero... É que... Geralmente essa sala é vazia... Eu costumo vir aqui pra... Pensar... Hum, é... Já vou...

-Indo embora. –completou Tiago. Teddy lhe deu um tapa no ombro.

-Não, não! –disse ele rapidamente. –Nós já estamos indo, não precisa...

-Ah, Teddy, deixa o Wood! –resmungou Tiago. –Se ele quiser ir, que vá! Não vê que estamos em um momento especial aqui? – e ele apontou para Alvo e depois para o quadro de Snape. –Não é todo o dia que podemos ver o preparador de Poções aí! – e ele indicou Snape.

-Tiago! –exclamou Rosa.

-Ah, que foi? –perguntou o menino. –Ele é um preparador de poções, queria que eu o chamasse de Ranhoso?

-Tiago! –exclamou Teddy, que também sabia do apelido que Snape tinha quando era jovem.

-Só estou dizendo que não disse nada demais! –disse o garoto, já irritado. –Vovô e Sirius o chamavam de Ranhoso e Seboso! Eu só o chamei de...

-Tiago! –exclamaram Rosa e Teddy juntos dessa vez.

-Ah, Tiago isso, Tiago aquilo! Tudo é o Tiago! –disse ele quase gritando. –Porque que a culpa não pode ser da Rosa?

Todos se olharam por um momento e depois caíram na gargalhada.

-Ah, tudo bem que ela está ficando bem parecida com o tio Rony, mas a Rosa aprontando uma? –disse Fred II controlando-se para não rir mais.

-É, ela pode ser até uma metamorfomago! –disse Teddy esperançoso.  

Fez-se uma pausa em todos se olharam por um momento, mas então Wood disse:

-Bem, já está tarde, o jantar já vai começar e...

-Já entendemos... –disse Tiago. E, revirando os olhos, puxou a fila para fora da Sala de Troféu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Acho que o mais difícil de fazer foi o Snape, mas é assim que eu imagino que ele agiria se falasse com os filhos de Harry... Enfim? Comentários? Ou então façam como a Lala, recomendem a fic e me deixem feliz à ponto de produzir um patrono :3